Ações simultâneas promovem turismo de Mato Grosso do Sul em feiras e eventos nacionais e internacionais
Campo Grande (MS) – O mês de setembro, em que se comemora o Dia Internacional do Turismo (27), está sendo marcado por uma força tarefa na promoção e divulgação dos destinos turísticos de Mato Grosso do Sul. A Fundação de Turismo do estado fez parcerias em roadshows pelo interior do Paraná, promoveu capacitações sobre o […]
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SP Oktoberfest terá 15 tipos de cervejas artesanais; veja lista
Organização prevê consumo de 66 mil litros de cerveja nesta edição do evento, que começa nesta sexta-feira (20) no Jockey Clube de São Paulo e vai até 6 de outubro. São Paulo Oktoberfest terá mais de 15 tipos de cervejas artesanais Felipe Panfili/Divulgação A 3ª São Paulo Oktoberfest terá 15 tipos de cervejas artesanais e mais 5 tipos de cerveja Eisenbahn. As cervejarias convidadas vão se revezar durante as semanas do evento, que acontece a partir desta sexta-feira (20) e vai até 6 de outubro no Jockey Clube, na Zona Oeste de São Paulo. os ingressos custam a partir de R$ 40. A organização espera que 66 mil litros de cerveja sejam consumidos durante as semanas de festa. A Eisenbahn, cervejaria oficial do evento, vai levar 5 rótulos, inclusive a estilo Oktober, edição especial que será comercializada em pontos de venda até o final do ano. Além disso, quinze cervejarias vão se revezar a cada semana: 1ª semana: Hocus Pocus, Croma, Bold Brewing, Dádiva, Everbrew 2ª semana: Capa Preta, Verace, Tarantino, Madalena, Zalaz 3ª semana: Avós, Fábrica ICB, De Bron Bier, What's on Tap, Dama Bier A programação musical contará com shows das bandas IRA! Paralamas do Sucesso, Kiko Zambianchi, Biquíni Cavadão, Blitz, Raimundos, entre outras. Músicas típicas alemãs também estão confirmadas na programação. A organização calcula que o evento deverá gerar cerca de R$ 40 milhões no turismo da cidade e aproximadamente 1.800 empregos diretos e indiretos. Estima-se um fluxo de mais de 100 mil pessoas, com mais de 30 mil visitantes de fora da capital paulista. 3ª São Paulo Oktoberfest terá 20 tipos de cerveja Divulgação Serviço 3ª São Paulo Oktoberfest Onde: Jockey Club, Av. Lineu de Paula Machado, 599, Cidade Jardim. Datas: de 20 de setembro a 6 de outubro Dias e horários: Quinta-feira das 17h às 23h; Sexta-feira das 17h a 0h; Sábado das 12h a 0h; Domingo das 12h às 22h. Ingressos: VENDA DE INGRESSOS ESPECIAIS com quantidade limitada de acordo com a disponibilidade para duas quintas-feiras extras: 26 de setembro e 03 de outubro: R$ 20 meia entrada e R$ 40 a inteira e entrada franqueada: acima de 60 anos e pessoas vestidas com trajes típicos CAMAROTES: sistema open bar e alimentação servidos em horários marcados (de quinta-feira a domingo). O camarote tem capacidade para 360 pessoas em sistema de lounge único e dá acesso a todo o evento, com exceção aos espaços de patrocinadores que são de uso corporativo, com entrada diferenciada, espaço e atendimento exclusivos, com open bar e comida servida em determinados horários durante a festa: R$ 499 no 2º lote. MESAS RESERVADAS: garantem 10 lugares com assento reservado em frente ao palco o dia todo, 30 cargas de chope e 4 pratos que servem até 3 pessoas cada um sendo servidos por um garçom, sem filas. Cada pacote com 10 ingressos sai por R$ 1.799 de sexta a domingo. Às quintas-feiras cada mesa reservada custa R$990 e podem ser compradas e escolhidas no site. PONTOS POR INGRESSOS: Para trocar os pontos por ingressos é preciso ser cliente dos programas de fidelidade: Petrobras Premmia, Multiplus, Livelo, Dotz, TudoAzul, e Bradesco Prime. Em especial clientes da Multiplus e Dotz, podem comprar o ingresso e acumular mais pontos. Saiba mais informações.
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Pista principal do Santos Dumont será liberada a partir de sábado após passar por reforma
Anúncio foi feito pela Infraero nesta segunda. Pista passou por obras; no período, mais de 200 voos diários foram transferidos para o Galeão. Avião decola do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio Reprodução/TV Globo A pista principal do Aeroporto Santos Dumont estará liberada a partir deste sábado (21). O anúncio foi feito agora na noite desta segunda-feira (16) pela Infraero. A pista vem passando por obras desde o fim de agosto e, a partir de sábado, poderá receber os mais de 200 voos diários que foram transferidos para o Galeão. Para quem tem voo marcado para o sábado, a orientação é consultar a companhia aérea antes, já que o uso do Santos Dumont ou do Galeão será definido pelas empresas. Ainda de acordo com a Infraero, a expectativa é que a pista não precise de novas obras pelos próximos dez anos. Initial plugin text
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Turismo em unidades de conservação do ICMBio aumenta, mas falta de estrutura preocupa especialistas
Em 12 anos, visitas a áreas protegidas saltaram mais de 300%, mas falta de infraestrutura ainda afasta turistas. Para especialistas, concessões à iniciativa privada são bem-vindas, desde que mantida autonomia do ICMBio. Praia da Atalaia no Parque Nacional de Fernando de Noronha, um dos que já foi concedido à iniciativa privada pelo ICMBio. Fábio Tito/G1 Em 12 anos, o número de visitantes nos parques e unidades de conservação federais brasileiros cresceu 327%, passando de cerca de 2,9 milhões em 2006, para 12,4 milhões no ano passado. Apesar do potencial de desenvolvimento do turismo sustentável – capaz de gerar renda a comunidades do entorno dos parques e aumentar a consciência sobre preservação ambiental –, a dificuldade de acesso e deslocamento dentro das áreas protegidas e a falta de serviços básicos ainda afastam visitantes. No total, o Brasil tem 787 mil quilômetros quadrados protegidos por 334 unidades de conservação federais, que incluem parques e florestas nacionais, reservas extrativistas e áreas de proteção ambiental, entre outras categorias. Trata-se de uma área equivalente a cerca de 9% do território brasileiro e pouco menor do que a soma dos territórios de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Carros ameaçam dunas em Jericoacoara; veja problemas do turismo em 4 parques nacionais Qual o futuro do turismo sustentável no Brasil? O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi criado em 2007 com a finalidade de gerenciar as unidades de conservação federais. Por dois anos consecutivos, estudos feitos pelo pesquisador e servidor do ICMBio Thiago Beraldo concluíram que a cada R$ 1 investido no funcionamento do órgão, considerando salários, manutenção e operações, R$ 7 retornam em benefícios econômicos para as cidades que abrigam as áreas de preservação. Em 2017, por exemplo, os visitantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões em hospedagem, alimentação e no comércio dos municípios de acesso às unidades. O valor corresponde a quase quatro vezes o total de despesas do ICMBio naquele ano, quando foram gastos R$ 587 milhões, conforme o Portal da Transparência, do governo federal. Consciência sobre preservação ambiental O aumento de público nas unidades de conservação é comemorado por profissionais do setor, por traduzir o crescente interesse da população por essas áreas. Parte do crescimento também se deve ao fato de que mais unidades, principalmente as menores, passaram a contabilizar o número de visitantes. Quanto mais as pessoas conhecem, mais tendem a respeitar essas áreas, afirmou à DW Brasil o biólogo americano Thomas Lovejoy, que estuda a Amazônia desde a década de 1960. "[As unidades de conservação] tornam-se, então, algo que as pessoas reconhecem e entendem. Pelo menos até certo ponto elas ficam mais dispostas e interessadas em abraçá-las", considera Lovejoy. A onça-pintada Juru descansa em um barrando no Parque Estadual Encontro das Águas, no Mato Grosso Eduardo Palacio/G1 A bióloga Angela Kuczach, diretora executiva da Rede Pró-Unidades de Conservação (Pró-UC), formada por entidades de defesa do meio ambiente, ressalta que o crescimento da visitação nas unidades de conservação federais ainda é limitado pela falta de infraestrutura, rede hoteleira e transporte. "O parque é o grande chamariz, mas se você chega à região e ela não oferece condições de se hospedar e ter serviços, o turista não volta", pontua. Envolvimento de comunidades Beraldo, do ICMBio, considera que envolver a comunidade do entorno de unidades de conservação amplia a consciência sobre a importância da preservação ambiental, porque os moradores percebem que o turismo pode ser mais rentável do que a exploração de recursos naturais. Ele cita como exemplo a redução do furto de madeira e da ação de caçadores ilegais, afugentados pelo movimento de visitantes, como ocorreu na Floresta Nacional de Brasília. Fazer 'turismo sustentável' exige respeito ao meio ambiente e à cultura local; veja miniguia com dicas "Era uma unidade violenta. A gente fez um trabalho com o Exército. Hoje não tem nenhuma reclamação de roubo lá dentro. Na abertura das trilhas, a gente já encontrou armadilhas de caçadores, e, com o aumento do uso turístico, não tem mais", afirma. Para André Cunha, professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), "quando as comunidades participam, ganham-se aliados na conservação". "O turismo faz a diferença nessas áreas", diz. Carcará voa na Floresta Nacional de Brasília durante pôr do sol Pedro Ventura/Agência Brasília/Divulgação Concessão de unidades As dez primeiros colocadas no ranking das unidades de conservação mais procuradas em 2018 receberam, juntas, 76,5% do total de visitantes. Muitas delas são áreas turísticas já consagradas, como o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde fica o Cristo Redentor. A unidade recebeu 2,65 milhões de turistas no ano passado. Em segundo lugar, está o Parque Nacional do Iguaçu, por onde passaram 1,89 milhão de pessoas em 2018. Juntas, as duas áreas mais visitadas receberam mais de um terço dos turistas das unidades de conservação federais. Elas são também as áreas com a melhor infraestrutura de acesso, circulação interna e rede de serviços próximos. Ambas as unidades, ao lado dos Parques Nacionais de Fernando de Noronha, da Serra dos Órgãos (RJ), do Pau Brasil (BA) e de Itatiaia (RJ e MG), têm em comum o fato de serem concessionadas. VISTA CHINESA – Do mirante em estilo chinês localizado dentro do Parque Nacional da Floresta da Tijuca é possível apreciar as belezas da cidade por vários ângulos. De lá, é possível ver os principais cartões postais do Rio. Ricardo Zerrener/RioTur No início do ano, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende rever o modelo de gestão das unidades de conservação, hoje a cargo do ICMBio, e acelerar o processo de concessão à iniciativa privada a fim de fortalecer o turismo. Os benefício das concessões são consenso entre ambientalistas e especialistas do setor, que ressalvam no entanto, que a iniciativa privada deve focar apenas nos serviços de apoio ao turista – como alimentação, gestão das atividades de visitação e infraestrutura interna –, reservando ao ICMBio as funções de fiscalização e manejo das áreas. Além de estimular a atividade econômica nas comunidades do entorno, as concessões ajudariam a liberar os técnicos para se concentrarem em ações de fiscalização e preservação da fauna e flora, consideram especialistas. No total, 20 unidades são citadas pelo governo Bolsonaro como potenciais para serem concessionadas. Há mais de um mês, a DW Brasil vem solicitando entrevistas com autoridades do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, mas os pedidos não foram atendidos. Na semana passada, o ICMBio abriu consulta pública para incluir sugestões ao edital de concessão por 30 anos de mais dois parques nacionais, Aparados da Serra e Serra Geral, no Rio Grande do Sul. Parque Nacional em Aparados da Serra está edital de concessão de unidades de conservação do ICMBio Reprodução/RBS TV Um ponto de preocupação de ambientalistas é a possibilidade de redução das áreas de aproximadamente 60 unidades de conservação, cujos territórios tenham estradas federais, ferrovias, portos ou aeroportos. O Ministério da Infraestrutura solicitou ao ICMBio um estudo para rever essas áreas. Consultada pela DW, a pasta afirmou que o mapeamento identificou uma sobreposição das unidades de conservação a áreas construídas. Conforme o ministério, haverá apenas readequação na faixa de domínio das vias para evitar conflitos jurídicos futuros, mas alguns casos podem requerer mudanças na legislação. "A proposta faz apenas um ajuste legal, o que não significa que haverá redução, na prática, da faixa que já existe. Para os projetos em que não seja possível compatibilizar a infraestrutura com os objetivos da unidade de conservação, deverá ser elaborado projeto de lei", disse em nota a pasta. A definição ainda depende das análises do ICMBio. O Ministério da Infraestrutura argumenta ainda que as melhorias viárias no acesso às unidades de conservação tendem a contribuir para o aumento da visitação. Parque Nacional do Iguaçu, o segundo mais visitada do país, se estende por mais de 185 mil hectares. Parque Nacinal do Iguaçu/Divulgação Boas práticas pelo mundo Em países como Estados Unidos e Alemanha, as concessões, quando existem, ficam restritas ao atendimento ao visitante, enquanto preservação e gestão ficam a cargo de órgãos públicos. Um dos pioneiros no estímulo à visitação de áreas de preservação, os Estados Unidos mantêm desde 1919 o Serviço Nacional de Parques. O primeiro espaço criado foi o Yellowstone, no noroeste do país, em 1872. Hoje são mais de 400 unidades federais com visitação, que correspondem a 3,5% do território americano. A gestão é feita por pelo governo, e há parceiros privados em mais de 120 locais, focados em oferecer alimentação, alojamento, transporte, lojas de souvenirs e outros serviços de apoio à visitação. O órgão federal conta com verbas vindas de doações anuais e venda de ingressos. Apenas no ano passado, 318 milhões de pessoas passaram pelos parques nacionais dos Estados Unidos. Já na Alemanha, os serviços nos 16 parques nacionais, que recebem cerca de 50 milhões de pessoas por ano, são essencialmente mantidos pelo governo, afirmou à DW Volker Scherfose, chefe do Departamento de Áreas Protegidas da Agência Federal para a Conservação da Natureza (Bundesamt für Naturschutz). A presença de terceirizados nas unidades costuma ser restrita a guias. No Parque Nacional Jasmund – que fica no norte do país e abriga uma floresta tombada como patrimônio natural mundial pela Unesco –, há também serviços de suporte ao turista feitos por uma empresa.
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Empreendedores do Chile oferecem passeios turísticos adaptados a pessoas com deficiência
Iniciativa começou após um grupo comprar uma cadeira de rodas para que um amigo que ficou tetraplégico pudesse viajar à Patagônia. Startup planeja viagens para turistas com deficiência
Empreendedores do Chile criaram uma iniciativa para abrir alguns dos pontos turísticos mais emblemáticos do mundo a visitantes com deficiência. Veja vídeo acima.
A ideia da "Wheel the World" nasceu de um expedição de um grupo de amigos da Universidade da Califórnia em Berkeley ao Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia, há três anos.
O grupo usou um financiamento coletivo para adquirir uma cadeira de rodas especial para o amigo Alvaro Silberstein, que ficou tetraplégico após acidente de carro sofrido aos 18 anos.
Os integrantes do grupo documentaram a viagem para os contribuintes do fundo que a pagou. Depois, estimulados pelo interesse que a oportunidade despertou, começaram a pesquisar outras férias dos sonhos que poderiam ser adaptadas para pessoas com deficiência.
Desde o surgimento da Wheel the World, em 2018, a equipe de sete pessoas arranjou viagens para mais de 900 turistas para destinos como San Pedro de Atacama, o deserto mais seco do Chile, mergulhos no litoral da Ilha da Páscoa, no Oceano Pacífico, tirolesas na Costa Rica e um passeio pela Trilha Inca que leva a Machu Picchu, no Peru.
Hoje, o grupo tem 16 rotas no Chile e em quatro outros países em sua plataforma online, e pretende chegar a 150 até 2020.
Silberstein, o executivo-chefe da empresa, disse que a excursão patagônica o fez perceber que nada é impossível.
"Percebemos que, com o equipamento certo e as informações certas, podemos ajudar as pessoas com deficiências a ter este tipo de experiências, a abrir suas mentes para ver que somos capazes de tudo", disse.
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Em aventura na Transiberiana, brasileira percorre a Rússia de trem com filha de 2 anos
Gabriela Antunes tinha um sonho de adolescência de percorrer a ferrovia Transiberiana, que vai de Moscou até Vladivostok, no leste da Rússia, em um trajeto de mais de 9 mil km. Este ano, transformou o sonho em realidade – com a filha, Olívia, a tiracolo. Brasileira percorre Transiberiana com a filha de 2 anos Imagine percorrer 9,3 mil quilômetros de trem: agora, imagine fazer o mesmo pela Sibéria, e levando uma criança de 2 anos. Pois foi exatamente isso o que a brasileira Gabriela Antunes, de 36 anos, acabou de fazer: entre 22 de julho e 24 de agosto, ela viajou de Vladivostok até Moscou, na Rússia, atravessando o país de trem pela ferrovia Transiberiana. Junto com ela estava a filha, Olívia, que completou 2 anos em junho. Gabriela e Olívia em Kazan, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Construída entre 1891 e 1916 para conectar Moscou a Vladivostok, na costa do Pacífico da Rússia, a Transiberiana é provavelmente uma das linhas ferroviárias "mais famosas e românticas do mundo", segundo o próprio site oficial das ferrovias russas. Gabriela tinha um sonho de adolescência de visitar o país por causa do escritor Fiódor Dostoiévski, que começou a ler quando tinha 15 anos. Estudou um ano de russo na faculdade e, apesar do nível básico no idioma, juntou a cara e a coragem e partiu Rússia adentro. Olívia e Gabriela na frente do Teatro Bolshoi, em Moscou, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes E nem pensou em deixar Olívia de fora: "Achei legal essa ideia da mãe Rússia, de fazer a viagem mãe e filha", contou ao G1, que acompanhou (a distância) essa aventura. Depois de saírem de casa, em Lisboa, no começo de julho, Gabriela e Olívia embarcaram em uma verdadeira aventura pan-europeia. Antes de chegarem à Rússia, passaram por Suíça, França, Alemanha e duas cidades na Ucrânia – de onde seguiram de avião para Moscou. Na capital russa, embarcaram em outro voo, para Vladivostok, no extremo leste do país – onde finalmente pegaram o trem para fazer o caminho de volta à capital. Gabriela e Olívia em Novosibirsk, na Sibéria. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Brasileira percorre Transiberiana com filha de 2 anos Infográfico: Betta Jaworski/G1 Se não tivessem feito as paradas pelo caminho (veja mapa), a viagem direta teria durado 6 dias. A brasileira comprou os bilhetes com antecedência, pela internet. "Que bom, porque é um caos comprar nas estações", relatou, depois de precisar mudar a data de uma das passagens presencialmente. Olívia sentada nas escadas de um dos trens que as duas pegaram para atravessar a Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Sem recorrer a agências, pediu ajuda a uma amiga ucraniana em Lisboa para entender o russo e acertar nos trajetos; ela teve que comprar cada trecho individualmente, porque o trem não permitia subidas e descidas com a mesma passagem (modalidade hop-on, hop-off). Só com os bilhetes, calcula ter gastado, ao todo, 550 euros (R$ 2.460). Como ela escolheu viajar de forma econômica, também não pegou os trens de primeira classe. Gabriela e Olívia em Moscou, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes A brasileira escolheu as paradas que faria levando em conta, principalmente, o horário de saída e chegada, sem dar prioridade ao conforto das acomodações. O maior trecho que passou dentro do trem, entre Khabarovsk e Ulan-Ude, durou 56 horas. "Você percebe que esse não é um trem para turistas; é o meio de transporte da galera que vive aqui. Todo mundo viaja nele: [para] quem mora por aqui, esse trem é essencial – a veia central da Rússia", contou. Solidariedade Olívia, Gabriela e os (muitos) amigos russos que fizeram pelo caminho. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Gabriela e Olívia começaram a viagem pela Rússia sozinhas – mas logo começaram a fazer amigos por onde passavam, e contaram com a solidariedade russa durante toda a aventura. "Eles são muito amigáveis com pessoas com criança. Se você não tiver uma criança e for uma turista jovem, ou estudante, talvez eles não sejam tão simpáticos. Não sei. Comigo? Nossa, maravilhoso. Sempre sorrisos", disse. Em Vladivostok, a primeira parada, conheceram um grupo de russos que mudaria a viagem delas: eles falavam português, e, como dois deles ensinavam capoeira, acabaram fazendo com que as duas fossem recebidas por outras pessoas praticantes do esporte por todo o país. A "conexão capoeira", como disse Gabriela, "transformou completamente" a viagem das duas. Gabriela e amigas russas que fez em Vladivostok, no extremo leste da Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes "[Quando cheguei a Vladivostok], eu pensei: a partir de agora estou completamente sozinha", disse. "É o mais incrível de viajar. Você vai para o lugar mais longe, a 9 mil quilômetros de casa, aonde sempre quis ir mas sempre teve medo. É você entrar uma estranha e, dois dias depois, ter amigos e pensar, eu poderia morar aqui", disse a brasileira. A solidariedade russa apareceu logo que a dupla embarcou para a cidade seguinte, Khabarovsk. Assim que entrou no trem, Gabriela percebeu que havia esquecido os tênis no hostel. Uma amiga que tinha feito em Vladivostok, que morava na cidade e embarcava no horário seguinte, levou os sapatos. Gabriela e Olívia em Khabarovsk, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes E não só isso: levou também as duas para conhecerem a cidade. A moça, que também tinha uma filha, acabou emprestando o carrinho da própria bebê a Olívia para o passeio: “Ela me disse assim: a sua viagem já é muito difícil. Então a gente tem a obrigação de te ajudar a simplificar a vida o máximo que conseguir. Imagina, eu tinha acabado de conhecê-la e ela largou todos os compromissos que tinha para passar o dia comigo", observou. A cidade em si, além de seus habitantes, também ganhou o coração da brasileira. Não foi o caso da parada seguinte do trem, Ulan-Ude. Na cidade, na fronteira da Rússia com a Mongólia, não havia muito o que fazer — exceto por um detalhe curioso: Gabriela, Olívia e a 'cabeça gigante do Lênin' em Ulan-Ude, na Rússia, próximo à fronteira com a Mongólia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes “Não tem muito o que fazer, tirando a cabeça gigante do Lênin. E não é um busto, é uma cabeça!”, disse Gabriela sobre a cidade. Mesmo assim, as duas acabaram encontrando figuras interessantes: um grupo de turistas franceses, da terceira idade, que fazia o trajeto entre Paris e Pequim de carro, e uma família russa que as levou para um templo budista na cidade — onde todos acabaram participando, juntos, de um ritual da religião. Em Goryachinsk, as duas fizeram uma pausa para visitar o Lago Baikal, onde acamparam em casinhas de madeira e experimentaram a sauna russa, a banya. Gabriela e Olívia no lago Baikal, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes “Este lugar é absolutamente maravilhoso! Estamos no paraíso. É uma comunidade, todo mundo cuida da Olívia, eu deixo ela solta pelo terreno, brincando, correndo, indo nas casinhas das outras pessoas. Liberdade total”, comentou Gabriela. Lá, ela confirmou outros rumores: “Realmente, os russos, alguns deles começam a tomar vodka às 8h da manhã”, contou. De todos os lugares que visitaram, Kazan foi a cidade preferida da brasileira. Gabriela e Olívia em Kazan, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes "Sem dúvida, foi a mais bonita de todas: lindíssima, à beira do rio Volga", relatou. "Talvez a mais antiga [que visitaram], com casas medievais, histórias legais… É uma cultura muito à parte, diferente", disse. Kazan é a capital da República do Tatarstão, região russa onde cerca de metade da população é do povo tatar, cuja religião é o Islã. Reencontro Gabriela, João e Olívia se reencontraram em Nizhny Novgorod, na Rússia, depois de mais de um mês sem se verem. Evgeniy Stukachev/Natalia Bogdanova A dupla não atravessou a Rússia inteira sozinha. Em Nizhny Novgorod, já perto de Moscou, Gabriela e Olívia se reencontraram com João, marido dela e pai da pequena. Na verdade, a reunião terminou sendo uma surpresa — porque as duas haviam saído um dia antes do planejado de Kazan, a parada anterior. Graças a uma dupla de fotógrafos que conheceram no caminho, conseguiram planejar para que o reencontro fosse filmado e fotografado. E mais: as duas vestiram roupas tradicionais russas para encontrá-lo — em plena estação de trem da cidade. Os três acabaram também fazendo um ensaio de fotos com Gabriela e Olívia em roupas russas tradicionais. Gabriela, Olívia e João se reecontraram de novo depois de sete semanas em Nizhny Novgorod, na Rússia. Evgeniy Stukachev/Natalia Bogdanova João, que é português, não pôde viajar com as duas porque, ao contrário da brasileira, não teve férias nesse período. O passaporte europeu também complicaria a obtenção do visto russo, que exige detalhes da duração da estadia em cada cidade visitada. "Nos últimos anos, a única razão que impedia era eu — era agora ou nunca", explicou João. "Surgiu essa oportunidade e achei que ela devia fazer o sonho dela”. Por terem passaporte brasileiro, ela e Olívia não precisaram de visto para visitar a Rússia. "Nunca me senti tão bem, tão forte. Foi a minha viagem de maior aprendizado”, contou a brasileira. Gabriela e Olívia junto a uma estátua de Dostoiévski em São Petersburgo, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Juntos, os três visitaram o motivo da visita de Gabriela ao país: São Petersburgo. Mas a cidade acabou não atendendo às expectativas do casal. "A cidade foi uma grande surpresa pra gente: muita gente, muita confusão, muito caos, é muito mais estressante do que Moscou, por exemplo, do que todos os lugares onde nós passamos." Olívia: a rainha da sociabilidade Olívia distribuindo amor para pessoas (e cachorro) desconhecidos em várias cidades da Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes O temperamento de Olívia contribuiu, definitivamente, para a empreitada dar certo – e, inclusive, ajudou a quebrar o gelo com as pessoas, na opinião de Gabriela. “A Olívia é muito docinha. Ela agradece, se despede, joga beijinho, abraça, beija. Quando ela está com vontade, vai, abraça você e estende o braço pra você pegar no colo. Quando ela não está com vontade, te joga beijinho de longe", conta a brasileira sobre a filha. Mesmo assim, manter a pequena feliz não foi tarefa fácil. “Aprendi que a melhor maneira de lidar com birra de criança é dar muita atenção pra ela, conversar. Então, fica a dica – não é brigar com a criança, não. E, sim, dar muito amor — que, aí, ela joga no nosso time", explicou Gabriela. Gabriela amamenta Olívia na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Para garantir uma bebê contente, Gabriela se certificou de reservar dias inteiros só para ela – sem celular, redes sociais e, nem mesmo, fotos. Até abril deste ano, a brasileira nem tinha uma conta no Instagram; hoje, depois da viagem, tem mais de 11,6 mil seguidores. Na rede, recebeu muitos comentários positivos: "Se a gente estiver conseguindo, de alguma maneira, com a nossa história, fazer com que as pessoas tenham esperança, então acho que é legal, né? Acho que valeu a pena.” Mãe viaja? Gabriela com Olívia em São Petersburgo, na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes Mesmo antes de Olívia nascer, Gabriela e João já tinham planos de continuar viajando: juntos desde 2008, calculam já ter visitado 63 países. Olívia, com apenas 2 anos, foi a cerca de 15. A mãe da pequena garante que não vê nada de extraordinário no estilo de vida da família: “A gente vê outras pessoas com crianças nas viagens e acha normal”, diz. “Eu era apaixonada por viagens. Meu marido sempre soube que até teria filhos, mas só se ele concordasse em continuar viajando", diz. Certo é que esse vaivém todo também já deu a Olívia alguma proficiência em entender vários idiomas. Ela entende inglês, alemão e algo de francês. Na Europa há 14 anos, Gabriela é professora de idiomas em uma escola particular de Lisboa (ela fala oito línguas: português, inglês, alemão, francês, russo, espanhol, italiano e norueguês) e tem doutorado em literatura alemã medieval. Gabriela, Olívia e João na Rússia. Arquivo pessoal/Gabriela Antunes João, que é ator, começou um emprego novo em fevereiro, para garantir melhor estabilidade financeira ao casal. Gabriela está escrevendo um livro sobre as aventuras na Sibéria – e, para o futuro, planeja continuar viajando: neste ano, ainda vai para Marrocos e Inglaterra. No ano que vem, para Escócia e Coreia do Sul. E quer visitar a Rússia de novo, claro. “Quero voltar no ano que vem e depois descer até Mongólia e China! Viciei neste país”, declara.
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Em Veneza, o debate sobre turismo que põe em risco o meio ambiente
Cartaz em Veneza Arquivo Pessoal Enquanto as estrelas do cinema desfilavam pelos tapetes vermelhos em Veneza, no festival do dia 7 de setembro, grandes celebridades, como Mick Jagger, davam apoio a ativistas ambientais que protestavam contra as mudanças climáticas. Até o presidente Bolsonaro foi lembrado como algoz do clima, ao lado de nomes de líderes que não têm respeitado as evidências científicas sobre o aquecimento global. Não muito longe dali, porém, outro grupo trazia um cartaz onde se lia “Não a grandes navios”, chamando a atenção de amigos meus que estavam por ali, turistando e tietando. Mandaram-me a foto e pesquisei para trazer a informação até vocês. Para contextualizar o movimento, e não transformá-lo somente num protesto de moradores contra grandes navios nos canais de Veneza, vale conhecer um pouco mais da história local. No século XVI, explica o historiador Franco Corè, expert em Veneza, os donos do poder decidiram dar uma travada nos abusos de consumo das famílias venezianas. “Os dispositivos legislativos limitavam o luxo da moda masculina e feminina e obrigavam certos grupos sociais a usarem sinais distintos. As mulheres não precisavam usar roupas de seda, tranças e vestidos com ouro, prata ou pérolas na cabeça; as mangas não deveriam ser muito longas e tinham pérolas. O uso de joias no pescoço também foi proibido. Aos fiscais cabia identificar encargos desnecessários, despesas injustificadas, assentos e salários que não faziam sentido , para eliminá-los. O objetivo era ganhar economia e eficiência”, escreve Corè. Essa época, quando Veneza era chamada de “Sereníssima”, foi lembrada pelos ativistas ambientais do movimento “No Grand Navi”. Até com uma certa inveja, se assim podemos definir o sentimento. Séculos e séculos depois, aquela eficiência em cortar custos excessivos, em parar de cometer abusos, foi lembrada. É uma boa referência para os políticos atuais, que desprezam até mesmo os estudos mais rígidos que mostram os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente. Mesmo que, naquela época, o meio ambiente ainda não dava sinais de exaustão como vem dando. Voltamos para a atualidade e para os protestos. O “No Grand Navi” foi criado exatamente com o objetivo de conter os excessos. No caso específico, os excessos de grandes navios de Cruzeiro que entram na Baía de São Marco, elevando não só a poluição como o risco de se chocarem com outras embarcações menores. Isto aconteceu recentemente. No dia 2 de junho, um grande navio de cruzeiro colidiu com um bote que transportava turistas na lagoa, ferindo quatro pessoas e jogando outras nas águas. Cruzeiro colide com barco de turistas em Veneza, na Itália Andrea Merola/ANSA via AP O perigo é constante, e cada vez maior, porque os cruzeiros também são cada vez maiores, mais cheios de pessoas ávidas por conhecer a bela cidade. O trânsito dos cruzeiros, tão perto do continente, permite que os turistas vejam a icônica Piazza San Marco mas isto tem um custo alto não só para o meio ambiente como para o tráfego naval e a qualidade de vida dos venezianos. No dia do acidente, alguns moradores gritaram a frase: “Isto aqui não é Disneylândia”, lembrando o movimento “Não em meu quintal” (Nimby na sigla em inglês), nascido nos anos 80, nos Estados Unidos, que significa uma resistência de moradores locais contra usos indesejados de terrenos perto de si. Tal movimento é criticado por alguns estudiosos, como Edward Glaeser, que em “Os Centros Urbanos” (Ed. Campus) o define como “uma maldição” que precisa ser controlada. “Em cidades mais velhas, como Nova York, o movimento Nimby se esconde sob uma capa de movimento pela preservação, pervertendo a causa justa de preservar as lembranças mais bonitas em uma tentativa de congelar amplos bairros repletos de arquitetura medíocre”, escreve Glaeser. Mas o movimento “No Grand Navy”, apesar de ser, sim, a favor da preservação e contra a exploração ávida dos turistas, está longe de ser egoísta, embora possa querer privar algumas pessoas de conhecerem aquela belíssima região a bordo de um navio, com todo o conforto do mundo. É preciso mudar paradigmas para deixar que outros tenham qualidade de vida. Este será, cada vez mais, o modus vivendi adequado da sociedade. O que vem acontecendo, sobretudo no setor de turismo, no entanto, é que a ganância de se conseguir mais pessoas e mais capital vem prejudicando muito alguns pontos e, sim, trazendo riscos. A imagem de um navio imenso entrando pelo mar em Veneza, que já é considerada a cidade portuária mais poluída da Europa, dá bem a dimensão do excesso. E vale a pena lembrar, de novo, que excessos podem ser cometidos pela população, mas podem também ser limitados por quem recebe o bastião e ganha, assim, possibilidade de ter uma visão macro de qualquer situação. Como fizeram os donos do poder no século XVI na Sereníssima Veneza. Mas apesar do grave acidente acontecido em 2 de junho com o cruzeiro, dizem os ativistas do “No Grande Navy”, o governo italiano não tomou, até agora, nenhuma medida para conter os excessos e para aumentar a segurança na lagoa. Por isto, no dia 7 de setembro, lá estavam os cartazes, conclamando o mundo da cultura, artes e show business, a se juntarem à causa, exigindo “justiça climática real”. “Que o próximo governo italiano possa finalmente declarar uma emergência climática, interromper a produção que está provocando a quebra do clima e buscar uma transição justa para uma economia ecologicamente regenerativa. Ou seja, abandonar as atividades de construção prejudiciais para realmente nos comprometermos com a salvaguarda de nosso território, que já está profundamente sujeito às mudanças climáticas", escrevem os ativistas. Este giro pelo mundo, conhecendo a história e os reveses de quem se preocupa e faz contato com o que acontece ao redor, com o meio ambiente, é necessário. Nós, brasileiros, hoje em dia tão temerosos de que a desgovernança que permitiu, entre outras coisas, o fogo que ainda se espalha pela Amazônia, nos jogue para um lugar de desprezo na história de quem luta pela preservação do meio ambiente, podemos, ao menos, perceber que não estamos sozinhos nisto. Permitir exploração turística tão agressiva num local como Veneza, cidade tão antiga e mundialmente conhecida, é também um descalabro. Para a sorte dos italianos, não há mortes e destruição como vem acontecendo na maior floresta tropical do mundo.
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Da Serra do Rastro à Estrada da Graciosa, viagens rodoviárias abrem novos horizontes
No Paraná, a Estrada da Graciosa guarda belezas e a história de uma obra centenária. Viagens Rodoviárias – Descubra o Brasil
Viajar de carro ou ônibus pelas estradas brasileiras abre novos horizontes, preserva caminhos deslumbrantes, modernos e que acaba sendo um trunfo no roteiro.
Quem passa pela avenida dos Imigrantes, em São Paulo, por exemplo, encontra uma engenharia monumental. A via com seus 44 viadutos, sete pontes e 14 túneis liga São Paulo a Praia Grande, no litoral sul.
Já a Serra do Rastro, no sul Santa Catarina, entrega um visual de curvas e penhascos. Cortada pela rodovia SC-390, tem muitas matas e cachoeiras. Um mirante localizado em seu topo proporciona uma visão panorâmica da serra.
No Paraná, a Estrada da Graciosa guarda belezas e a história de uma obra centenária. Oficialmente chamada de PR-410, fez parte da antiga rota dos tropeiros em direção ao litoral do Estado. Parte do trecho da Serra foi declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
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Ciclista inicia viagem de São Carlos com meta de pedalar 25 mil km por nove países da América do Sul
José Mário Rodrigues de Almeida, de 41 anos, começou desafio nesta quinta-feira (12). Ciclista sai de São Carlos para viagem de aproximadamente um ano Arquivo pessoal Pedalar cerca de 25 mil quilômetros em até um ano. Esse é o objetivo de um morador de São Carlos (SP) que deu início ao Desafio América do Sul nesta quinta-feira (12). Em cima de uma bicicleta cargueiro sem marchas e com quase 60 quilos de bagagem, ele pretende passar por nove países. O ciclista José Mário Rodrigues de Almeida, de 41 anos, começou a planejar a viagem há um mês depois que perdeu o emprego como atendente em um hortifrúti. Sem patrocínio, ele decidiu encarar o desafio mesmo sem dinheiro. Para aguentar firme no trajeto, ele leva na bagagem alimentos como arroz, macarrão, biscoitos, café, açúcar, além de roupas de frio, rede, barraca, entre outros acessórios para a manutenção da bike. Destino José Mário Rodrigues de Almeida saindo de casa em São Carlos Arquivo pessoal De São Carlos, a primeira parada do trajeto será em Jaú, cerca de 90 km. De lá, o ciclista segue para Bauru e depois Ourinhos. A meta é sair do Brasil e nos próximos meses passar por Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. “Tenho o corpo preparado. A mente é a maior energia, basta ter determinação”, disse o ciclista nascido na cidade mineira de Itambacuri e morador em São Carlos há 3 anos. Almeida contou que sempre andou de bicicleta. Começou a pedalar aos 12 anos e por 16 usou a bike para trabalhar como vendedor de salgados. Foi por isso também que passou a gostar da bicicleta cargueiro. A atual foi comprada há 5 anos por R$ 400. “Você carrega tudo o que quiser e não passa perrengue”, disse. Aventuras Morador de São Carlos em passagem por São Luís (MA) Arquivo pessoal Em 2015, ele fez a primeira grande aventura. Pedalou mil quilômetros de Cariacica (ES), onde morava, até São Paulo em oito dias. O retorno foi de carona. No mesmo ano, o sonho de conhecer o parque Beto Carrero World o levou até Penha (SC) em uma viagem de 1.544 km por 14 dias. A volta foi de ônibus. Depois de 20 anos em Cariacica, ele decidiu morar em São Carlos. Segundo ele, a viagem de aproximadamente 1.230 km foi feita em 13 dias. Em 2017, Almeida contou que conheceu pela internet uma mulher de São Luís (MA). Viajou de ônibus para Nordeste, mas o relacionamento não durou um mês. O retorno para São Carlos foi novamente de bike. Os 2.870 quilômetros foram concluídos em 30 dias. Determinação José Mário Rodrigues de Almeida em pedalando pelo Brasil Arquivo pessoal O ciclista aventureiro relatou que nunca vivenciou uma situação de perigo e que nunca foi assaltado durante o trajeto. Acostumado a pedalar ao menos 100 km por dia, ele disse que chega ao destino, arma a rede ou a barraca para dormir e segue viagem no dia seguinte. Pelo caminho conhece pessoas que sempre oferecem algum tipo de ajuda. Para ele, viajar em uma bicicleta sem marchas e com um peso considerável na bagagem não é um problema. “Não acho que é sofrimento. Quando você gosta, não tem sofrimento. A maior dificuldade é pedalar contra o vento. Calor e chuva você se protege”, disse. Atualmente casado, o ciclista contou que a mulher não apoia que ele faça essas longas viagens, mas que respeita sua decisão. “Eu gosto de desafio, a minha intenção é incentivar as pessoas. Todos nós somos capazes de fazer o que quisermos, basta ter determinação. Eu vou onde quero com a bicicleta. Não preciso muito para ser feliz. Vivo o hoje como se fosse o último dia”, disse o ciclista. Ciclista durante passagem pela cidade de Uruçuí (PI) Arquivo pessoal Veja mais notícias da região no G1 São Carlos e Araraquara.
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Ronaldinho Gaúcho e Assis fazem acordo com MP de pagar multa para receber passaportes
Irmãos foram condenados em 2015 em um processo de dano ambiental. Em novembro do ano passado, TJ-RS determinou a apreensão dos passaportes, como forma de obrigar a família Assis a quitar uma indenização que passava de R$ 8,5 milhões. Ronaldinho e Assis pagarão multa por danos ao meio ambiente e terão passaportes de volta Leonardo Simonini O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, o empresário Assis Moreira, fizeram um acordo com o Ministério Público (MP) no processo por dano ambiental em que foram condenados em 2015. Os dois pagarão uma indenização por danos causados e receberão de volta os passaportes que foram confiscados pela Justiça. Eles estavam proibidos de deixar o país ou renovar os documentos até repararem os prejuízos causados. O G1 entrou em contato com o advogado da família Assis, Sérgio Queiroz. Ele confirmou que um acordo foi feito e disse ainda que "o processo chegou ao final. O dano ambiental foi reparado e indenizado". Queiroz informou que não poderia dar mais informações porque o processo tramita em segredo de Justiça. Mas acrescentou que os irmãos vão receber os passaportes nos próximos dias. Em novembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou a apreensão dos passaportes, como forma de obrigar a família Assis Moreira a quitar uma indenização que passava de R$ 8,5 milhões. O caso Conforme o Ministério Público, Ronaldinho, o irmão e a empresa Reno Construções e Incorporações foram condenados, em 2015, pela construção ilegal de um trapiche, com plataforma de pesca e atracadouro na orla do Guaíba, em área de preservação permanente, sem licenciamento ambiental. O advogado da família chegou a entrar com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi negado em maio deste ano. Na semana passada, Ronaldinho Gaúcho foi nomeado embaixador do turismo brasileiro pelo governo federal mesmo tendo os passaportes brasileiro e espanhol retidos pela Justiça. A escolha foi anunciada na quinta-feira (5) pela Embratur. Segundo o órgão, o ex-jogador é um voluntário e vai ajudar em campanhas de fomento ao turismo. Na página oficial da Embratur, Ronaldinho disse que sua missão é "recuperar nossa imagem internacionalmente”. Ele, no entanto, até então, não poderia viajar para países que exijam passaporte. Ronaldinho Gaúcho posa com presidente da Embratur, Gilson Machado Neto. Ex-jogador foi nomeado embaixador do turismo brasileiro Divulgação/Embratur
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