Por causa das chuvas, Trem Turístico cancela passeios entre São João del Rei e Tiradentes
A medida foi anunciada nesta sexta-feira (14) através de nota emitida pela VLI, operadora da Maria Fumaça. Maria Fumaça realiza passeio entre São João del Rei e Tiradentes VLI/Divulgação Os passeios do Trem Turístico entre São João Del Rei e Tiradentes foram cancelados até o próximo domingo (16). A medida foi anunciada nesta sexta-feira (14) através de nota emitida pela VLI, operadora do trem, em razão das fortes chuvas que atingiram a região. De acordo com a empresa, durante monitoramento foi identifico um aumento considerável no nível do Rio Elvas e, por questão de segurança, as operações foram canceladas a partir desta sexta. A linha férrea não chegou a ser danificada e trata-se de uma medida preventiva. A VLI informou que as pessoas que adquiriram ingressos para o período em que foi estabelecido o cancelamento poderão remarcar para outra data ou receber o valor pago de volta. Horário de funcionamento das bilheterias: São João del Rei: quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira e sábado (08h às 12h; 13h às 17h); domingo (08h às 12h) Tiradentes: quinta-feira, sexta-feira e sábado (08h às 12h; 13h às 17h); domingo (08h às 12h) Initial plugin text
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Turismo de experiências no Brasil vai de aula de funk no Arpoador à ‘noite da moqueca baiana’
Somente em uma plataforma na internet são 1.100 experiências disponíveis. Especialista em turismo diz que nicho deve crescer porque atinge quem busca criar conexões e memórias, e não só vivenciar um destino. A guia de turismo Vanessa Vieira na Rocinha, no Rio de Janeiro: ela leva turistas para um tour pelas vielas da favela Acervo pessoal Que tal um tour de três horas pela favela da Rocinha? E um passeio fotográfico pela Avenida Paulista? Ou uma aula de samba e funk ao pôr do sol do Arpoador? São algumas das opções que o turismo de experiências proporciona ao viajante brasileiro ou estrangeiro pelo país. Somente no Airbnb – uma da plataformas que reúnem opções – são 1.100 experiências. E a tendência é aumentar. A professora mestre Ádiler Caroline Vilkas, do curso de turismo da Universidade Annhembi Morumbi, explica que esse tipo de turismo interessa a um viajante que não vê o destino em si como o foco principal. "É para quem busca vivenciar a cultura local, aprender na prática e se sentir parte da comunidade. Mais do que conhecer lugares, o objetivo é criar conexões e memórias.", analisa. "Claro que, além da questão preço, por trás existe também o valor que a experiência proporciona a quem vivencia, que geralmente é o mais importante para quem busca esta modalidade", continua. Segundo Ádiler, as experiências também têm ligação com a exclusividade. "É como ter uma viagem personalizada conforme o perfil de cada turista ou de um pequeno grupo que viaja junto – muito comum nessa modalidade", completa. A gerente de marketing do Airbnb, Sarah Galvão, conta que experiências como essas já somam 40 mil pelo mundo, somente na plataforma. No Brasil, o site Tripadvisor também reúne opções. "Há uma expectativa de crescimento. Quando alguém reserva uma hospedagem na nossa plataforma, já comunicamos que existem possibilidades de experiências para aquela localidade", diz. Houve um crescimento considerável de buscas por experiências, conta Sarah, quando o Airbnb e a ONG Migraflix lançaram o projeto Raízes na Cidade, com objetivo de proporcionar criadas por refugiados e imigrantes. Para manter a procura pelos serviços oferecidos, há encontros sendo feitos entre a equipe de experiências da plataforma com os anfitriões para dar dicas de como aprimorar a proposta e melhorar o momento oferecido ao turista. "No geral, há muito interesse por culinária. Turistas querem descobrir novos sabores", completa. A psicóloga Patricia Castaing recebe turistas em sua casa, na Lagoa, no Rio de Janeiro, para uma noite de moqueca baiana e caipirinha Acervo pessoal Da culinária ao funk Foi de olho nesse filão que a psicóloga Patricia Castaing decidiu abrir as portas de sua casa, na Lagoa, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, para uma experiência que incluir cozinhar uma moqueca de peixe para turistas. "Sempre gostei de cozinhar, chamar amigos para jantar aqui em casa, experimentar receitas novas. Já sabia das experiências há algum tempo mas só agora me vi com disponibilidade de tempo para começar". E assim já atraiu franceses e americanos para uma aula de culinária com direito a azeite de dendê, pimentão, coentro e pimenta. A experiência custa R$ 180 por pessoa e ainda inclui aprender a fazer e a beber uma caipirinha de limão ao som de MPB, no entardecer com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Corcovado. Ainda tem vinho e sobremesa com fruta da estação. "Eles podem ir comer uma moqueca em qualquer restaurante mas não saberão como é feita. Quem opta por esse tipo de experiência são pessoas mais curiosas, descoladas, que buscam não somente o que é dado para o turista tradicional", conta. Um turista francês descreveu a experiência como mais "calorosa". Uma carioca que comprou a experiência para levar amigos de outros estados disse que a noite proporcionou um Rio "de um ângulo diferente." Já a dançarina Maria Eduarda Lima cobra R$ 120 por uma experiência que inclui samba e funk durante o pôr do sol do Arpoador, no bairro de Ipanema, também numa região nobre do Rio de Janeiro. "Os participantes ainda podem beber uma caipirinha e depois curtir uma festa em Ipanema e mostrar, no palco da balada, o que aprenderem na aula", conta ela, que também leva a experiência para a favela da Rocinha, na zona oeste da cidade. "Lá, já dei aula para ingleses e espanhóis. Eles vão fazer o tour pela comunidade e no final assistem a uma apresentação de capoeira e samba. E, quem quiser, pode fazer minha aula. Não falo a língua, mas vou me virando. Alguns arriscam, dão uns passos, outros já conhecem", conta. Turistas da África do Sul acompanhados de guia na Rocinha: experiência custa R$ 200 por pessoa Acervo pessoal Duas horas na Rocinha É também pela Rocinha que a guia de turismo Vanessa Vieira leva turistas para uma experiência de duas horas pela favela. Tudo começa com um mototáxi até o topo e depois a turma desce pelas vielas da comunidade caminhando. "Explico sobre a vida na Rocinha, a cultura local, a história. Fazemos cerca de duas paradas em outras lajes. Já recebi turistas do México, Israel, África do Sul, Índia, Argentina, Estados Unidos. Curioso é que, do Brasil, ainda não recebi ninguém. Acho que eles têm medo", conta. A experiência custa R$ 200 por pessoa. "Os turistas perguntam porque as favelas estão tão próximas dos bairros nobres, como as pessoas vivem, se trabalham fora das comunidades, como é o saneamento básico, educação e saúde. Eles gostam mais de fotografar as paisagens com a vista lá de cima". Experiência no entorno da Av. Paulista reúne grupos para fotografar, buscar novos ângulos e olhares pela metrópole Acervo pessoal Av. Paulista com outros olhos Em São Paulo, o fotógrafo Filipe Morgado organiza desde janeiro de 2019 uma experiência fotográfica pela Avenida Paulista, uma das mais movimentadas do país. A ideia consiste em reunir grupos de até quatro pessoas para um passeio de quatro horas e que, dependendo do dia da semana, tem um roteiro diferente que pode incluir a Japan House, a Casa das Rosas, o Museu de Arte de São Paulo, o Instituto Moreira Salles e o Conjunto Nacional. "Começamos com um bate-papo sobre fotografia em uma cafeteria. Conversaremos sobre os significados das fotografias e é um momento para unir o grupo. Depois, caminharemos fotografando pela Paulista com alguns lugares especiais escolhidos durante nosso bate-papo", conta. A experiência custa R$ 125 e já reuniu colombianos, franceses, espanhóis, alemães, americanos e coreanos. "Cada pessoa pode levar sua câmera ou eu empresto. Mas pode ir até de celular, independente do seu conhecimento em fotografia. E cada sendo uma surpresa para cada um porque não é um tour convencional", explica. "E cada turista reage de um jeito: uns gostam de ficar quietos buscando ângulos e desfrutando do passeio com um novo olhar. Outros já gostam de conversar, compartilhar ideias e pedem até dicas de fotos". Uma turista de Rio Claro (SP) disse que "conseguiu o objetivo de levar a Paulista no coração com um novo olhar".
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Novo coronavírus prejudica turismo no Sudeste Asiático
Países como Tailândia, Vietnã e Camboja viram o número de turistas despencar após epidemia atingir a China, país vizinho. Com poucos turistas, praia de Pattaya, na Tailândia, vê prejuízos com surto do novo coronavírus Mladen Antonov/AFP Com hotéis vazios, praias desertas e reservas canceladas, o Sudeste Asiático sofre com os prejuízos avaliados em bilhões de dólares por causa do medo do novo coronavírus na região — cuja economia é bastante dependente do turismo. O clima é sombrio no balneário de Pattaya, um dos destinos favoritos dos chineses na Tailândia. O local, geralmente repleto de visitantes, está despovoado. Os barcos de turismo permanecem no píer, e, nos pequenos postos do mercado flutuante, o humor não é dos melhores. Praça de alimentação em Pattaya, destino turístico da Tailândia, esvaziada pelo surto do novo coronavírus Mladen Antonov/AFP Na reserva de elefantes Chang Siam Park, principal atração da cidade, a vendedora de suvenires Ma Mya viu seu lucro cair pela metade. "Se continuar assim, terei que voltar para casa", lamenta a jovem, da tribo Kayan, que exibe um largo colar dourado em espiral em torno do pescoço. Mulher Kayan que trabalha em parque na Tailândia veste máscara contra o novo coronavírus Mladen Antonov/AFP O parque recebia cerca de 1,5 mil visitantes por dia. "Hoje, são pouco mais de 200. Já perdi cerca de US$ 65 mil ", conta o dono do local, Nantakorn Phatnamrob. Nos famosos templos de Angkor, no Camboja, a venda de ingressos caiu cerca de 30%, segundo cifras dados do Ministério do Turismo. A mesma situação vive o Vietnã, onde 13 mil reservas de hotel foram canceladas em Hanói. Além disso, as visitas à Baía de Halong despencaram mais de 60%. Quarentena e restrições Funcionário de uma farmácia em Wuhan veste uma máscara de proteção e cobre a cabeça com uma sacola plástica para se proteger contra a epidemia de coronavírus Arek Rataj/AP/Arquivo Para mostrar que aprenderam a lição da epidemia de Sars, ocorrida em 2002 e 2003, autoridades chinesas tomaram medidas severas contra o novo coronavírus, que já matou cerca de 1,5 mil pessoas e infectou mais de 50 mil, segundo o boletim da Organização Mundial da Saúde deste sábado (15) Desde o fim de janeiro, a China colocou em quarentena ao menos 56 milhões de habitantes e proibiu à toda a população viagens organizadas para o exterior. FRANÇA: Primeira morte pelo Covid-19 confirmada fora da Ásia Como resultado, a Tailândia, que recebeu 11 milhões de chineses (27% dos turistas estrangeiros naquele país) em 2019, registrou no começo do mês uma queda de mais de 86% no número de visitantes do gigante asiático, segundo o ministro do Turismo, Phiphat Ratchakitprakarn. Outdoor no Vietnã avisa sobre o novo coronavírus Nhac Nguyen/AFP No Vietnã, os turistas chineses praticamente desapareceram, com uma queda de cerca de 90%, segundo a região. O efeito se propaga entre europeus, americanos e australianos, que desistiram de viajar devido ao medo da doença — apesar de os infectados se encontrarem principalmente na China continental, com poucos casos confirmados nos países do Sudeste Asiático. Prejuízos milionários A situação, inédita, poderia ser catastrófica para as economias da região, muito dependentes do turismo. Na Tailândia, o setor representa 20% do PIB, e o prejuízo ligado à epidemia deve chegar este ano a cerca de 8 bilhões de dólares, ou 1,5% do PIB, segundo o alto executivo do Banco Central tailandês Don Nakornthab. Já o Vietnã estima um prejuízo de cerca de 6 bilhões de dólares a partir dos próximos três meses. Mas o que acontecerá se, como temem alguns especialistas da indústria do turismo, os efeitos perdurarem até 2021? Restaurante na praia no Camboja esvaziado com o surto do novo coronavírus Tang Chhin Sothy/AFP Conscientes deste risco, Tailândia e Camboja não rejeitam os turistas chineses e reforçam os controles nos aeroportos e fronteiras. Já o premier do Camboja, Hun Sen, denuncia "a doença do medo" e faz o possível para conquistar a simpatia do governo chinês, seu aliado próximo, e que os chineses retornem ao reino. O Laos fechou a fronteira terrestre com a China e vários voos diários foram cancelados. "Desde então, não vemos chineses e a situação pode piorar", comenta Ong Tau, vendedora de sucos de frutas em Luang Prabang. Muitas agências de viagens e donos de hotéis da região fazem grandes ofertas e ampliam suas políticas de cancelamento, permitindo que os clientes adiem sua estadia sem gastos, para reduzir as desistências. Olimpíada de Tóquio: COI descarta adiamento dos Jogos Olímpicos com o novo coronavírus (veja no VÍDEO abaixo) COI diz que Olimpíada de Tóquio não será adiada por causa do coronavírus Initial plugin text
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Com programa de captação de voos, MS interliga Três Lagoas a Campo Grande e SP
Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul está atraindo novas empresas aéreas, superando um dos gargalos para o desenvolvimento do turismo, que é a logística, com o programa de captação de voos criado pelo Governo do Estado. Esta semana, a Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo), que retomou os voos entre Dourados e Congonhas (SP), em […]
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Própolis vermelho de Alagoas: em meio a destinos turísticos, abelhas movimentam pesquisas sobre dores e bactérias
Riqueza natural é encontrada perto de Maragogi e ganhou um selo de origem que sacramenta: é só de Alagoas que sai a versão original. Própolis vermelho de Alagoas: em meio a destinos turísticos, abelhas movimentam pesquisas Porto Calvo, a duas horas de Maceió, é rodeada por estrelas do turismo alagoano como Maragogi, Japaratinga e São Miguel dos Milagres. O que pouca gente sabe é que, ali naquele perímetro turístico, é produzida uma riqueza natural que tem movimentado cientistas brasileiros e pesquisas sobre dores, bactérias e HIV. Trata-se do própolis vermelho de Alagoas. Produzida por abelhas que vivem próximas a manguezais, essa riqueza que sai das colmeias ganhou um selo de origem. Apesar de estarem em perímetro turístico, as colmeias não são frequentadas por visitantes. E o motivo é a segurança: entrar em contato com elas demanda produtos e roupas específicas. O própolis vermelho é produzido por 120 produtores espalhados em 22 cidades alagoanas e só pode ser comercializado por três empresas autorizadas. Ele sai dos manguezais alagoanos e é levado para Maceió. Depois de ser manipulado na indústria, chega ao consumidor em conta-gotas. A indicação é tomar 10 gotas por dia, misturando com água ou suco. Mestrandos da Universidade Federal de Alagoas levaram o produto para o centro de pesquisa. Os resultados iniciais, utilizando composto de própolis via oral, mostraram que 100% de participantes da pesquisa apresentaram uma redução significante em quadros de dores articulares. E não só: pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto mostrou que o própolis apresenta atividade antimicrobiana para determinados tipos de bactérias que podem afetar a saúde humana. No vídeo, confira a busca do Descubra o Brasil atrás desse própolis peculiar. Entrada de um dos apiários de Alagoas: em Porto Calvo, aviso sinaliza presença de abelhas Celso Tavares/G1 Colmeia sendo fumegada: material carburante "acalma" as abelhas e facilita trabalho de colheita do própolis Celso Tavares/G1 Própolis vermelho é encontrado na aberturas de colmeia em Porto Calvo Celso Tavares/G1 Extração do própolis vermelho: retirado com faca de inox, parece um 'chiclete' Celso Tavares/G1 Apicultor segura própolis vermelho extraído de colmeia em Porto Calvo Celso Tavares/G1
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Com dólar alto, brasileiros embarcam menos ao exterior; viagens aos EUA seguem em alta
Setor aponta 'leve desaceleração' em viagens para a Disney. Na quarta, Paulo Guedes disse que dólar baixo permitia domésticas irem ao parque. A cotação do dólar segue batendo recorde atrás de recorde frente ao real, e muitos brasileiros estão ficando preocupados com as férias deste ano. Vai ser possível ir para o exterior? Entrada para carros do Walt Disney World, na Flórida John Raoux/AP Photo Na quarta-feira, dia em que a moeda bateu seu quarto recorde consecutivo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à Disney, nos Estados Unidos – e que a alta do dólar fará "todo mundo conhecer o Brasil". Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicam que os brasileiros já estão viajando menos para fora do país: no ano passado, as empresas aéreas transportaram 9,1 milhões de passageiros entre o Brasil e o exterior, uma queda de 2,6% em relação a 2018. Em dezembro, os números mostram que a cautela cresceu – foram embarcados 757,9 mil passageiros, 13,4% a menos que no mesmo mês de 2018. Em todo o ano passado, no entanto, o dólar subiu 3,5%. Este ano, a alta vem muito mais brusca: até quarta-feira, a moeda já acumulava valorização de 8,5% frente ao real, sugerindo que pode haver uma retração maior este ano. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Roberto Haro Nedelciu, é a instabilidade do dólar que prejudica mais o setor. Isso porque as compras de viagens são feitas com pagamentos em reais, muitas vezes parcelados e com o câmbio da data de compra. Já os operadores pagam os fornecedores à vista, pelo câmbio do dia. "Então para nós essa mudança, essa variação para cima e para baixo, prejudica bastante", diz Nedelciu. Viagens aos EUA No ano passado, pelo menos, os brasileiros não parecem ter tirado os Estados Unidos da lista de destinos das férias. O escritório nacional de viagem e turismo dos EUA estimava, em outubro, que o país receberia 2,2 milhões de visitantes brasileiros em 2019 – o mesmo número registrado em 2018, levando o Brasil ao sexto lugar entre os países que mais enviaram turistas aos Estados Unidos. Mas a estabilidade vem após dois anos de crescimento, nos quais o número de turistas cresceu quase 30% (e praticamente recuperou as perdas de quase 25% em 2015 e 2016), segundo dados da agência oficial de estatísticas dos Estados Unidos (BEA, na sigla em inglês). Brasileiros nos EUA Economia G1 Os números também mostram que caiu, em 2018, o percentual de brasileiros que frequentaram parques temáticos como a Disney durante suas viagens aos EUA: naquele ano, foram 45,5% do total, ante 49% em 2017. No pico da série, em 2014, 51,8% dos brasileiros que estiveram nos Estados Unidos visitaram um parque temático. Os dados de 2019 ainda não foram disponibilizados. Nedelciu, da Braztoa, aponta que ainda não foi possível sentir neste início de ano uma variação na procura por viagens à Disney – cuja alta temporada acontece apenas nas férias de julho. Já nas viagens ao exterior, em geral, ele diz acreditar que tenha havido uma pequena queda, "mas não foi significativa". Os números consolidados de 2019 da entidade só serão divulgados em março. Em 2018, no entanto, a entidade aponta que houve um crescimento de 23,3% nos embarques internacionais, com destaque para uma alta de 45,4% para a América do Norte. Desaceleração e busca por outros destinos A operadora de turismo CVC, uma das maiores do país, diz ter identificado uma "pequena desaceleração" na demanda de clientes para Orlando em 2019, em comparação com 2018. No ano passado, a companhia embarcou 80 mil clientes para a cidade, onde fica a Disney. Com a disparada do dólar, a operadora vem oferecendo uma taxa de câmbio reduzida nas vendas. Segundo a empresa, a alta na moeda também tem resultado no aumento da procura por outros destinos, como Buenos Aires, destino que viu uma alta de quase 20% na busca de clientes, e países da Europa como Portugal, "que tem se destacado em termos de competitividade na comparação com destinos dolarizados". Orlando, no entanto, segue como terceiro destino internacional mais visitado pelos brasileiros, aponta a CVC. A Flytour Viagens informou que a Disney continua sendo um dos destinos mais procurados, mesmo com a mudança de patamar do câmbio. No entanto, diz que "houve uma queda (na procura) após o aumento da cotação." Dólar alto faz viagens ao exterior diminuírem pela primeira vez em 10 anos Gastos Se os brasileiros seguiram indo aos Estados Unidos, os gastos parecem estar mais contidos. Mesmo em 2018, os brasileiros, apesar de mais numerosos, gastaram nos Estados Unidos quase o mesmo que em 2017. O BEA aponta que o total gasto em bens e serviços de turismo, incluindo passagens, ficou em US$ 11,5 bilhões naquele ano – uma alta de apenas 0,25% sobre 2017. Os dados referentes aos gastos de 2019 ainda não foram divulgados. Dados do Banco Central, que não trazem especificação por destino, mostram que os brasileiros estão mesmo gastando menos lá fora. Em 2019, os gastos no exterior somaram R$ 17,593 bilhões – uma queda de 3,7% em relação ao ano anterior, e o menor volume em três anos. Efeitos do coronavírus Se a alta do dólar ainda não se refletiu mais fortemente nas viagens internacionais dos brasileiros, o setor já sentiu algum baque vindo de outro lado: da Ásia, causado pelo coronavírus. "Para o exterior imediato caiu um pouco por causa dessa crise de saúde que está tendo aí, coronavírus", diz o presidente da Braztoa. "A gente começou o ano, um janeiro bem atrativo. Só que agora já aumentou muito os cancelamentos, muitas pessoas até que estão pra ver as Olimpíadas do Japão, estão com viagens agendadas até Europa, pessoal tá com receio às vezes dessa doença e acabam cancelando. Estamos na dúvida. Janeiro foi bom, fevereiro já está sendo meio estranho, bem conturbado", diz Roberto Nedelciu, que mantém o otimismo: "vamos esperar pra ver o que vem. A esperança nossa é que vai melhorar bastante".
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Como ir do Brasil para a Argentina gastando apenas R$ 160
ID Jovem, carteirinha voltada para jovens de baixa renda, tem modalidade na qual passagens de ônibus interestaduais têm descontos significativos. Alleson Coffran gastou um total de R$ 1.500 em uma viagem do Rio a Buenos Aires que também incluiu uma ida até Bariloche Arquivo Pessoal Uma carteirinha voltada para jovens de 15 a 29 anos, pertencentes a famílias com renda de até dois salários mínimos, possibilita descontos significativos em passagens de ônibus que fazem viagens interestaduais. É um documento batizado de ID Jovem, criado em 2015 com base na lei da meia- entrada. As passagens com o uso do ID Jovem só podem ser adquiridas pessoalmente no guichê da empresa de transporte. São disponibilizados somente quatro lugares em cada ônibus convencional: duas passagens gratuitas e duas com 50% de desconto. Por conta da demanda de procura, os destinos acabam esgotando rápido, por isso é importante comprar passagens com antecedência. Fernando Neto, de 21 anos, foi de São Paulo para Buenos Aires e gastou cerca de R$ 160 em passagens. “Eu sempre faço o mesmo trajeto, geralmente vou para a Argentina pelo menos quatro vezes ao ano com o uso do ID Jovem”. O trecho entre São Paulo e Buenos Aires, de ônibus, custa entre R$ 500 e R$ 650, em média. Fernando foi de São Paulo até Buenos Aires e gastou R$ 160 reais em passagens Fernando Neto/ Arquivo pessoal Mas o estudante não foi direto até a capital argentina por conta da limitação do benefício para trajetos entre estados brasileiros. Primeiro, fez um deslocamento de São Paulo até Uruguaiana (RS), trajeto de cerca de 1.600 km, e pagou apenas R$ 10 referentes à taxa de pedágio. “De Uruguaiana eu comprei uma passagem de ônibus para Buenos Aires por R$ 150. Ao todo, a viagem de São Paulo a Buenos Aires durou cerca de 42 horas." Alleson Coffran, de 26 anos, viajou do Rio de Janeiro para Buenos Aires. Seus gastos totais foram de R$ 1.500 – e incluíram passagens, hospedagem, alimentação e uma viagem para Bariloche, cidade famosa pelas estações de esqui. “Eu peguei uma passagem gratuita do Rio para Foz do Iguaçu (PR), paguei somente as taxas de pedágio, cerca de R$ 70 no total". Em Foz do Iguaçu, para atravessar a fronteira, Alleson pegou um ônibus até a cidade argentina de Puerto Iguazú. O trajeto custou cerca de R$ 8. Por conta do acordo do Mercosul, brasileiros não precisam apresentar passaporte, somente um documento de identidade. “De Puerto Iguazú até Buenos Aires eu preferi ir de avião já que o preço da passagem de ônibus estava pelo mesmo valor: R$ 300 de ida e volta. Dependendo da época do ano, o valor pode ser bem menor”, afirma Alleson. Bilhetes entre Buenos Aires e Bariloche também custam entre R$ 150 e R$ 300 fora de temporada. Fernando Neto conta que já realizou em torno de 30 a 50 viagens pelo Brasil e América do Sul utilizando o benefício. “Já fui para o Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais. É um benefício importante para todos que precisam, já que nos dá a possibilidade de conhecer lugares que pelos menos pra mim seria inimaginável por conta do valor das passagens”. Coffran também reconhece que a carteirinha deu novas possibilidades na vida. “Eu nunca tive uma condição financeira muito boa, principalmente para gastar com viagens. Mesmo economizando dinheiro eu não conseguiria sair do meu estado sem esse benefício. A única coisa ruim é o tempo de viagem, porque viajar de ônibus é bem cansativo. Mas vale a pena”. Segundo informações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as viagens realizadas por jovens de baixa renda tiveram elevação de até 260% entre os anos de 2017 e 2018, uma alta de 388 mil para 1.003.374 viagens em apenas 1 ano. Como emitir o ID Jovem? Para se cadastrar é necessário ter entre 15 e 29 anos, pertencer a uma família com renda mensal de até dois salários mínimos e ter o Número de Identificação Social (NIS) que está disponível no Cartão Cidadão ou no extrato do FGTS. Caso os dados estejam atualizados no Cadastro Único do Governo Federal o documento pode ser emitido virtualmente neste site. Basta inserir os dados solicitados e clicar em "gerar ID". Se você se enquadra no perfil de beneficiário e mesmo assim não consegue emitir o documento virtualmente, procure o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para atualizar as informações familiares no Cadastro Único, levando em mãos o RG, comprovante de residência, carteira de trabalho de todas as pessoas que moram na mesma casa que você e o Número de Identificação Social (NIS). Após a atualização, o ID leva cerca de 45 dias para ficar disponível na base de dados do sistema. O documento possui validade de 180 dias e pode ser renovado pelo site do governo federal ou pessoalmente em uma unidade do Cras. Como viajar com ID jovem? As compras com o documento só podem ocorrer em território nacional – ou seja, não é possível comprar a passagem em Buenos Aires, por exemplo. A ANTT disponibiliza no seu site as linhas oferecidas e os horários disponíveis. Na compra, deve ser apresentado um print de tela ou a impressão do ID Jovem do viajante. Por lei, as empresas não podem se negar a oferecer o serviço. Caso aconteça, o beneficiário deve denunciar a empresa na ouvidoria da ANTT ou pela central 166. A empresa deve emitir uma justificativa formal de recusa por escrito com data, local, horário e o motivo. Como são poucas passagens por veículo, o ideal é procurar com pelo menos um mês de antecedência. Com a alta demanda, os destinos mais procurados esgotam rápido. Outra dica é monitorar os horários dos ônibus. Em feriados prolongados e fins de semanas, a procura é muito maior.
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Turismo bate novo recorde na Alemanha
Número de pernoites nos hotéis e acomodações em todo o país aumenta em quase 4% e se aproxima da marca de 500 milhões. A Alemanha está se tornando o principal destino de férias procurado pelos próprios alemães Mediengestalter/Creative Commons O turismo na Alemanha aumentou em 2019 pelo décimo ano consecutivo, impulsionado pela estabilidade econômica do país e contrariando a tendência de desaceleração da economia global. Hotéis, hospedarias, campings e outros locais de acomodação de turistas registraram 495,6 milhões de pernoites, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Segundo dados revelados nesta segunda-feira (10) pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) do país, a Alemanha está se tornando um destino de férias cada vez mais procurado pelos próprios alemães. Desde 2009, o número de pernoites de hóspedes alemães aumentou mais de um terço. Entre os estrangeiros, o crescimento foi de quase dois terços. No ano passado, o número de pernoites de hóspedes alemães aumentou 3,9%, chegando a 405,7 milhões. O setor hoteleiro se beneficiou da alta recorde de trabalhadores empregados e do aumento do poder de compra da população. Os estrangeiros foram responsáveis por 89,9 milhões de pernoites em 2019, o que corresponde a um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. "A Alemanha é um destino turístico mais popular do que nunca", comemorou o diretor da Associação de Hotéis e Restaurantes da Alemanha (Dehoga), Guido Zöllick. "O setor hoteleiro é bem visto entre turistas e viajantes a negócios do país e do exterior", afirmou. A Dehoga avalia que o setor hoteleiro deverá aumentar seu faturamento líquido entre 2% e 2,5% neste ano, chegando a quase 95 bilhões de euros. Entretanto, há também sinais de preocupação. "O clima positivo na indústria é refreado pela escassez de trabalhadores qualificados, além do aumento dos custos operacionais e da crescente burocracia", alertou Zöllick. Alguns estabelecimentos turísticos no Mar do Norte e no Mar Báltico chegaram a perder oportunidades de negócios devido à falta de pessoal. Para a Dehoga, a redução consistente dos entraves burocráticos e do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) sobre os alimentos são demandas essenciais para o setor. Segundo a Associação Federal Alemã de Promoção do Turismo, a indústria turística como um todo – desde as agências de turismo, aeroportos, restaurantes, hotéis até as empresas que vendem seguros de viagens – tem um rendimento anual em torno de 300 bilhões de euros e emprega cerca de 3 milhões de pessoas A contribuição do turismo no índice de Valor acrescentado bruto (VAB) na Alemanha gira em torno de 4%.
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São Miguel dos Milagres: paraíso em rota ecológica de Alagoas; veja FOTOS:
Rota Ecológica dos Milagres vem atraindo turistas a cidadezinhas do litoral norte de Alagoas Praia de Lages: ondas levinhas, mar de cor "caribenha" e com agitação na medida certa Celso Tavares/G1 Turista aproveita a Praia de Lages: ondas levinhas, mar de cor 'caribenha' e com agitação na medida certa Celso Tavares/G1 Turista aproveita a Praia de Lages: ondas levinhas, mar de cor 'caribenha' e com agitação na medida certa Celso Tavares/G1 Turista aproveita a Praia de Lages: ondas levinhas, mar de cor 'caribenha' e com agitação na medida certa Celso Tavares/G1 Turista caminha pela areia na Praia de Lages, em Porto de Pedras: balneário é destaque da Rota Ecológica dos Milagres Celso Tavares/G1 Entardecer na Praia do Patacho Celso Tavares/G1
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Transporte aéreo global de passageiros cresce 4,2% em 2019, aponta Iata
Resultado representou uma desaceleração em relação a 2018, quando o fluxo avançou 7,3%. O transporte aéreo global de passageiros, medido em receita por passageiro por quilômetro, ou RPK, na sigla em inglês, cresceu 4,2% no ano de 2019, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). A entidade reúne as 290 maiores empresas de aviação do mundo, que juntas respondem por 82% do tráfego aéreo mundial. O resultado representou uma desaceleração em relação a 2018, quando o transporte aéreo de passageiros cresceu 7,3%. E foi o primeiro ano, desde 2009, que a demanda de passageiros ficou abaixo da média histórica de crescimento anual, de 5,5%. Um avião decola durante o amanhecer no aeroporto internacional de Frankfurt, na Alemanha Michael Probst/AP A capacidade oferecida pelas companhias aéreas em assentos por quilômetro (ASK, na sigla em inglês) aumentou 3,4%. A taxa média de ocupação dos voos teve incremento de 0,7 ponto percentual, para 82,6%. No ano anterior, a taxa média de ocupação era de 81,9%. “As companhias fizeram bem em manter um crescimento constante no ano passado em meio a vários desafios”, afirmou em comunicado Alexandre de Juniac, presidente da Iata. O executivo citou a economia fraca, a desaceleração no comércio global, tensões políticas e geopolíticas como fatores de pressão para o setor aéreo. O aterramento dos aviões da Boeing 737 Max, por outro lado, contribuiu para que as empresas ajustassem a frota à demanda mais fraca, tendo como resultado o aumento da ocupação nos voos. Para o diretor-geral da Iata, Alexandre De Juniac, companhias aéreas enfrentaram desafios no ano passado Em dezembro, o tráfego de passageiros no mundo cresceu 4,5%. A oferta de assentos avançou 2,1%. A taxa média de ocupação dos voos aumentou em 1,9 ponto percentual, para 82,3%. Na América Latina, o tráfego de passageiros cresceu 4,2% em 2019. A oferta de assentos aumentou 2,9% e a taxa de ocupação teve alta de 1 ponto percentual, para 82,6%. De acordo com a Iata, a deterioração do ambiente macroeconômico na região e o aumento dos conflitos sociais e políticos em alguns mercados importantes impediram um desempenho mais forte da região. Mercados domésticos Considerando apenas voos dentro de cada país, o tráfego de passageiros cresceu 4,5% no mundo. A oferta de assentos em voos domésticos no mundo aumentou 4,1%. A taxa de ocupação aumentou 0,4%, para 83,7% em 2019. No Brasil, o transporte de passageiros cresceu 0,4% em 2019. A oferta de assentos por quilômetro caiu 1,4% no país. A taxa de ocupação avançou 1,5 ponto percentual, para 82,7%.
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