Como a indústria do bem-estar está dominando o mercado do turismo
O segmento cresce mais rápido do que o turismo convencional como um todo. Marcas já consolidadas em outros mercados relacionados, como o de alimentação e fitness, estão de olho em sua fatia. Quem é do ramo aposta: o turismo de bem-estar logo deixará de ser um luxo para ser um hábito na atualidade Getty Images Que tal um dia de viagem que começa um com café da manhã rico em ingredientes da culinária local e depois segue para uma incursão a uma montanha, ao lado de um experiente instrutor de educação física? Ou talvez passar alguns dias surfando em uma praia particular, com meditações regulares na floresta tranquila da Costa Rica? Ou ainda aperfeiçoar seus conhecimentos de ciclismo — é claro, com acupunturistas à espreita caso você precise aliviar a dor pós-pedalada? Bem-vindo ao mundo do turismo de bem-estar. O mercado do bem-estar — uma cadeia global de terapias, exercícios, nutrientes e mais — viveu uma ascensão triunfante na última década. As percepções de milhões de pessoas sobre a importância da dieta, do cuidado com o corpo e das práticas saudáveis se transformaram, fortalecendo novos e vibrantes nichos de negócios. E, à medida que o cardápio do bem-estar se expande, os mercados relacionados, do comércio de alimentos à hotelaria, estão começando a oferecer produtos que refletem os valores de consumidores preocupados com corpo e mente. Marcas que há anos apostam no estilo de vida de bem-estar, como a rede de fitness e serviços Equinox; a SoulCycle, que oferece aulas de ciclismo indoor de alto nível; ou a varejista de roupas esportivas Lululemon, estão fazendo de tudo para acompanhar a corrida e oferecer também a seus consumidores opções de viagens. O turismo de bem-estar é definido pelo Global Wellness Institute (Instituto Global do Bem-Estar, em tradução livre), uma entidade sem fins lucrativos com sede nos EUA, como "viagens associadas à busca por manter ou melhorar o bem-estar pessoal". Não que estes objetivos sejam uma novidade para quem viaja: pense nas peregrinações ao Mar Morto ou em fontes termais na Ásia. O diferencial agora é que, por um lado, o consumidor vê nessas viagens uma extensão de seus valores e estilo de vida. Da parte do mercado, há maior profissionalização e sofisticação dos programas — o que geralmente significa refeições planejadas rigorosamente, exercícios supervisionados e ênfase nos princípios da atenção plena e evolução pessoal. Isso, claro, tem um preço que chega facilmente aos milhares de dólares — o que faz críticos apontarem para o bem-estar como um privilégio dos mais abastados. Os defensores deste tipo de serviço, no entanto, afirmam oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e de envolvimento da comunidade. Mas, além das opiniões, vamos aos fatos sobre este mercado. Extravagância em novas fronteiras De 2015 a 2017, o mercado global de turismo de bem-estar cresceu de US$ 563 bilhões para US$ 639 bilhões, ou 6,5% ao ano — mais que o dobro do crescimento do turismo em geral, de acordo com o GWI. Até 2022, o instituto prevê que o mercado chegará a US$ 919 bilhões (18% de todo o turismo global), com mais de um bilhão de viagens individuais em todo o mundo. Anne Dimon, presidente da Wellness Tourism Association (Associação de Turismo de Bem-Estar), acrescenta que, embora qualquer um possa ser um "turista do bem-estar", o perfil principal é de mulheres com nível superior e idade entre 30 e 60 anos. Quem for cliente da Equinox, a academia de ginástica americana conhecida por suas luxuosas comodidades e alto valor de matrícula (podendo chegar a mais de US$ 3 mil, cerca de R$ 13 mil), pode desfrutar de uma nova linha de viagens de bem-estar holísticas e luxuosas. Getty Images Turista no Marrocos; refeições nutritivas e com ingredientes locais são um dos atrativos do turismo de bem-estar Clientes assim são o que Beth McGroarty, diretora de pesquisa do GWI, descreve como viajantes "primários" do bem-estar — aqueles que viajam com o foco exclusivo em experiências ou destinos centrados no bem-estar. E embora esse grupo represente apenas 14% dos gastos com este segmento de turismo — os outros 86% vêm de viajantes "secundários", que incorporam atividades de bem-estar em viagens de negócios ou lazer padrão —, seu custo médio de viagem é muito, muito maior. "Viajantes (primários) no nível doméstico gastam cerca de 178% a mais do que o viajante médio", diz McGroarty. "E no nível internacional, eles gastam 53% a mais." Para a Equinox, entrar no ramo do turismo significa recriar a extravagância de sua marca em novas fronteiras. E a fórmula tem se mostrado promissora: Leah Howe, diretora sênior da Equinox Explore (a linha de viagens da marca), afirma que quase 100% de seus clientes manifestaram interesse em participar de uma viagem. Várias das seis excursões planejadas para 2020, cada uma limitada entre 12 a 20 pessoas, já se esgotaram. O pacote mais barato, uma excursão de quatro dias por Florença, começa em US$ 2.350 (cerca de R$ 10,6 mil); o mais caro, por seis dias de caminhada no Marrocos, a partir de US$ 6.250 (R$ 28,2 mil). Aqueles que puderem desembolsar o último valor chegarão no cume do Monte Toubkal ao lado de dois treinadores profissionais, terão jantares com a culinária local e participarão de sessões de ioga e banho a vapor. O objetivo do Explore, diz Howe, é que os membros do clube voltem para casa se sentindo melhor do que quando saíram. É por causa de sua conexão pré-estabelecida com a marca que eles confiam na Equinox para tomar as rédeas da viagem. 'Pseudociência' No entanto, pode-se argumentar que cultivar o bem-estar pode ser simples e relativamente barato. "Os conceitos básicos de uma boa saúde são inequívocos", diz Margaret McCartney, clínica geral atuando Glasgow. "Não fumar, tomar cuidado com álcool, ter uma dieta com frutas, vegetais e cereais integrais, exercício, conexões sociais." Assim, à medida que a indústria do bem-estar cresce, existe o risco de sermos levados a gastar excessivamente? Isso depende, opina David Colquhoun, farmacologista da University College London e autor do blog sobre ciência DC's Improbable Science. "Ninguém poderia ser contra o bem-estar. Seria como se opor à maternidade ou à torta de maçã", escreveu ele em 2011. "A única questão que realmente importa é: quanto disso funciona?" O segmento de bem-estar, não apenas o de turismo, inclui bastante coisa. Há serviços das marcas como SoulCycle ou Equinox que permitem aos membros esquecer das burocracias e focar no relaxamento, cuidado e prazer. Mas esta indústria inclui também empresas criticadas por promover produtos e práticas cientificamente não comprovadas e algumas vezes danosas, como produtos dietéticos "homeopáticos" ou tênis "minimalistas" que aumentam o risco de lesões. A Goop, marca fundada pela atriz americana Gwyneth Paltrow e que também está entrando no ramo, é frequentemente acusada de promover pseudociência — um programa recente no Netflix sobre a marca e sua criadora, o Goop Lab, foi descrito como um "risco considerável à saúde" por Simon Stevens, chefe-executivo do órgão britânico de saúde National Health Service. Mesmo sob críticas, a marca está crescendo e também dando seus primeiros passos no turismo. Em janeiro, a Goop anunciou seu cruzeiro de estreia — que percorrerá Espanha, França e Itália em agosto por 11 noites e terá programação com aulas, palestras e encontros com Paltrow em pessoa. O preço inicial é de US$ 2 mil (R$ 9 mil). Kiki Koroshetz, uma das diretoras da Goop, diz esperar que os clientes levem para casa "uma nova perspectiva, um ciclo mental que possa ser reproduzido regularmente na mente de alguém. Uma ferramenta para gerenciar o estresse, para ter uma conversa difícil, para experimentar mais alegria, para encontrar conexão." Encontrando sua turma Qualquer que sejam as motivações ou efeitos desse tipo de viagem, representantes da indústria concordam que o senso de comunidade experimentado pelos participantes nestas jornadas é muito importante. McGroarty diz que reservar um lugar em uma viagem pode ser como um primeiro passo para entrar em uma tribo — afinal, dedicar tempo, recursos e energia em uma viagem de vários dias é um compromisso sério, mesmo para os mais abastados. Também há uma maior propensão a estar cercado por pessoas que compartilham dos mesmos valores e sensibilidades. "O aspecto comunitário é fundamental", concorda André Spicer, professor de comportamento organizacional da City University London. O pesquisador vai além: para ele, jornadas como essas podem atuar como substitutos temporários para as muitas comunidades que foram se dissolvendo nas últimas décadas. "Isso inclui comunidades locais, religiões, famílias e assim por diante." Dimon acredita que, com o tempo, esta tendência possa se consolidar — tornando-se algo não só mais habitual, como acessível, à medida que mais concorrentes entram no mercado. Três quartos dos adultos americanos relatam estar buscando ativamente maneiras de melhorar sua saúde, lembra Lieberman. "Você verá esses retiros de bem-estar se tornarem menos novidade e integrados de maneira mais natural às experiências cotidianas", diz ela. "A acessibilidade é a chave aqui, pois o gerenciamento de sua saúde não deve parecer algo fora de alcance."
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Países que passaram por crises e turbulências se tornam destinos de destaque no turismo internacional
Mianmar, Porto Rico e Irã foram os países que apresentaram maior crescimento no número de visitantes segundo relatório da Organização Mundial de Turismo. O Myanmar fica no Sudeste Asiático Aung Shine Oo/AP No relatório da Organização Mundial de Turismo (OMT) sobre o turismo global em 2019, que apontou crescimento das visitas em 4%, a surpresa foi a expressiva alta de viajantes em países que passaram por crises ou conflitos políticos em tempos recentes. Mianmar, na Ásia, lidera a lista com um aumento de 40,2% dos visitantes de 2018 para 2019. Seguido por Porto Rico, que foi atingido pelo furacão Maria entre 2017 e 2018, causando a morte de 2.975 pessoas. A alta de turistas no país caribenho foi de 31,2%. O terceiro da lista é o Irã, que registrou um acréscimo de 27,9% nos visitantes. Em janeiro deste ano, o país entrou em rota de colisão com os Estados Unidos após o ataque norte-americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani. Como retaliação, o Irã atacou duas bases do exército americano, o que estremeceu ainda mais a relação entre os dois países. Os destinos turísticos que mais crescem no mundo Mianmar 40, 2% Porto Rico 31,2% Irã 27,9% Uzbequistão 27,3% Montenegro 21,4% Egito 21,1% Vietnã 16, 2% Filipinas 15,1% Maldivas 14,9% Bahamas 14,6% Catar 14,5% Armênia 14,4% Coreia do Sul 14,4% Turquia 14% Bósnia e Herzegovina 13,7% Tunísia 13,6% Laos 11,5% Azerbaijão 11,4% Israel 10,5% Lituânia 10,1% Cazaquistão 10% Mianmar, o grande destaque da lista, tinha um regime ditatorial até 2011, quando se iniciou um processo de redemocratização do país. Mas somente em 2016 um presidente não militar tomou posse. Existe um conflito entre budistas e rohingyas, uma minoria muçulmana que vive no estado de Rakhine, no noroeste do país, e não tem direito à cidadania. A Organização da Nações Unidas (ONU) acusa Mianmar de realizar uma limpeza étnica do povo rohingya, que migrou em massa para países vizinhos como forma de fugir da violência. Segundo Mariana Aldrigui, pesquisadora em Turismo na Universidade de São Paulo (USP), Mianmar passou a facilitar a entrada de visitantes para mudar a imagem do país. "Durante quatro anos, as fronteiras ficaram fechadas e recentemente o governo iniciou uma campanha para facilitar a expedição de vistos para alguns países vizinhos, como a China. Essa é uma estratégia muito importante para aumentar o fluxo de turistas". Melhorando a imagem Segundo Aldrigui, grande parte dos países da lista adotaram medidas para criar uma boa imagem para visitantes. Os locais que apresentaram o maior percentual de crescimento se abriram para o turismo recentemente. "É raro esse fenômeno de um país que abre uma estratégia de turismo e o resultado já aparece no ano subsequente. Esse é o caso de Bósnia, Azerbaijão e Cazaquistão, por exemplo. Eles investiram no setor e se colocaram como expectativa de destinos para chineses, russos e europeus", afirma Aldrigui. Viagens internacionais cresceram em 2019 Segundo a Organização Mundial de Turismo, 1,5 bilhão de turistas realizaram viagens internacionais no ano de 2019, o que representa um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. A expectativa do setor é que o Oriente Médio continue como umas das regiões que apresentem o melhor desenvolvimento no setor MOHAMED EL-SHAHED / AFP O Oriente Médio foi a região que teve o crescimento mais elevado (+8%) Já a Ásia e os países do Pacífico cresceram menos (+5%) se comparado ao ano anterior A Europa teve uma alta de 4%, e é o continente que mais recebeu turistas: 734 milhões de visitantes, o que representa 51% dos turistas do mundo. As Américas tiveram um crescimento de 2%, com elevação de visitas nas ilhas do Caribe. A região sofreu com furacões Harvey, Irma e Maria em anos recentes.
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Chineses devem suspender planos de viagem e turismo internacional pode perder até US$ 73 bilhões
Levantamento estipulou três perspectivas de perda no setor conforme a evolução da letalidade do novo coronavírus. Turistas chineses passeiam na região das Galeries Lafayette, no centro de Paris Reuters/Benoit Tessier Um relatório aponta que a diminuição de turistas chineses por conta do novo coronavírus pode levar a uma perda de até US$ 73 bilhões no turismo internacional neste ano. O turista chinês é o que mais faz viagens pelo mundo. A pesquisa da Tourism Economics, agência especializada em cenários econômicos no turismo, aponta três quadros possíveis: se o surto for controlado no curto prazo, as perdas podem chegar a US$ 22 bilhões caso o novo coronavírus alcance o mesmo índice de letalidade da Sars, um outro tipo de coronavírus cuja epidemia atingiu a Ásia entre 2002 e 2003, os prejuízos podem chegar a US$ 49 bilhões se ultrapassar o patamar da Sars, as perdas podem alcançar US$ 73 bilhões. Já a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) divulgou duas previsões: no primeiro cenário, o mercado sofre desaceleração, recupera-se logo na sequência, e as perdas se restringem a US$ 63 bilhões. No pior cenário, em um prolongamento da crise, o prejuízo global na indústria da aviação alcança US$ 113 bilhões. Fotos: Veja como famosos pontos turísticos ou de grande circulação pelo mundo foram afetados pelo coronavírus Mariana Aldrigui, pesquisadora na Universidade de São Paulo (USP), afirma que durante duas décadas os turistas chineses foram alvo de grandes campanhas e estratégias para aumentar a receita do setor. "Em diversos países do mundo, os locais se adaptaram para receber esse perfil de turistas. Por exemplo, houve na concessão unilateral de vistos [para chineses] para estimular as viagens". De acordo com Aldrigui, se a epidemia for controlada até abril deste ano, a recuperação do potencial de consumo dos chineses só deve acontecer em 2023. "O próprio preconceito que chineses e asiáticos estão sofrendo podem tornar a recuperação ainda mais difícil. Por conta da xenofobia, eles podem evitar viajar para outros países por medo de represálias mesmo com o surto controlado", afirma a pesquisadora. Recentemente um estudante de Singapura diz ter sofrido um ataque racista em Londres por conta do coronavírus. Um jornal americano também registrou um outro ataque sofrido por uma mulher coreana na Holanda. Segundo a vítima, ela estava andando de bicicleta quando dois homens em um patinete elétrico tentaram agredi-la gritando a palavra "chinesa". Impacto em países vizinhos Segundo Mariana Aldrigui, a crise pode impactar principalmente o turismo no continente asiático. “O coronavírus afeta principalmente os países vizinhos, que atraem mais turistas chineses. A consequência disso já está sendo sentida na Tailândia por exemplo, onde os locais estão praticamente vazios”. Os principais pontos turísticos da região que normalmente estão sempre repletos de turistas estão despovoados. No inicio de fevereiro o país apresentou uma queda de 86% no número de visitantes do gigante asiático. A Tailândia, o Camboja e as Filipinas podem ser os países mais afetados porque suas economias dependem muito do turismo A Tourism Economics estima que a recuperação econômica da China só pode ocorrer após 2021 Cerca de 7 milhões a 25 milhões de turistas chineses devem deixar de viajar Praça de alimentação em Pattaya, destino turístico da Tailândia, esvaziada pelo surto do novo coronavírus Mladen Antonov/AFP A China é também o quarto destino que mais recebe viagens no mundo. Em 2019 foram cerca de 65 milhões de turistas. Está atrás somente da França, Espanha e Estados Unidos. O país lucrou cerca de US$ 120 bilhões com viagens. Os voos domésticos devem sofrer uma perda de 28 a 66 milhões de turistas. Os principais destinos dos chineses Voos domésticos Hong Kong Macau Internacionais Tailândia Japão Coreia do Sul Vietnã Singapura Taiwan Estados Unidos França Rússia Camboja Malásia Indonésia Alemanha Austrália Emirados Árabes Filipinas Mianmar Suíça
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Sede da ONU em Nova York é fechada temporariamente para o público por conta do coronavírus
A Organização das Nações Unidas informou que as visitas guiadas no complexo serão suspensas por prazo indeterminado. A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta terça-feira (10) que a visitação guiada na sede em Nova York, nos Estados Unidos, está suspensa temporariamente por conta do novo coronavírus e que o complexo será fechado para o público em geral.
Segundo a ONU, a prioridade é a saúde dos funcionários do complexo e que a decisão é uma das medidas para reduzir os riscos de contaminação no local. Até o momento, não foi registrado nenhum caso de infecção entre os funcionários da organização.
Outra medida adotada pela organização foi reduzir o número de empregados presentes na sede.
Cerca de 4 mil mortes já foram registradas em todo o mundo em decorrência do vírus, a maior parte está na China. Todos os 27 países membros da União Europeia (UE) tiveram ao menos um caso confirmado de Covid-19.
O governo da Itália, o país europeu com o maior número de casos, restringiu a circulação por todo o país devido ao surto de coronavírus.
Governo da Itália declara quarentena em todo o país após surto de coronavírus
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Turismo brasileiro tem alta de 2,2% no faturamento e cria 35 mil novos empregos em 2019, aponta pesquisa
Relatório da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que São Paulo foi o estado que mais faturou. A região Sudeste apresentou a maior elevação, representando cerca de 61,6% dos ganhos de todo o setor.
O turismo brasileiro cresceu 2,2% em faturamento no ano passado, movimentando R$ 238,6 bilhões, segundo o relatório ICV-Tur – índice de pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi a maior alta no setor desde 2017.
Foram criados 35.692 novos postos de trabalho. Um alta de 1,2% em relação ao total de empregados do setor em 2018. Mas esse crescimento ainda não compensa o déficit ocorrido entre os anos de 2015 e 2017.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os estados com maior faturamento
Restaurantes e similares apresentaram a maior fatia entre os segmentos do setor
Foram criados 35.692 novos empregos
O Sudeste foi a região que teve maior faturamento: R$ 147 bilhões, representando 61,6% do ganho de todo o setor. Seguido pelo Sul, com 15,9% e o Nordeste, com aumento de 12,6%.
Somente o estado de São Paulo gerou uma receita de R$ 96,7 bilhões, que responde por 40,5% do lucro total do país. Já o Rio de Janeiro sofreu queda de 3,8% em relação a 2018, apresentando um faturamento de R$ 25,5 bilhões. Minas Gerais arrecadou R$ 19,2 bilhões com crescimento de 3,9% em relação ao ano anterior.
Segundo a CNC, os índices foram mais elevados nessas regiões por conta da concentração do fluxo de prestações de serviços turísticos e a movimentação de riqueza.
Como consequência, regiões com menos investimento no setor como o Centro-Oeste e o Norte representaram a menor participação no fluxo de vendas, com 6,9% e 3%, respectivamente.
Geração de empregos
Em 2019, cerca de 2,9 milhões de pessoas exerciam funções na área, sendo 67% nas atividades de hospedagem e alimentação.
O segmento de restaurantes e similares teve a maior participação de vendas no turismo brasileiro, com crescimento de 53,3%. Seguido por uma alta de 26%, atribuída a transportes de passageiros e 11% de hospedagens e similares.
Juntos os três setores foram responsáveis por 90% das vendas turísticas, com arrecadação de R$ 216 bilhões.
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Veja como famosos pontos turísticos ou de grande circulação pelo mundo foram afetados pelo coronavírus
Itália e França estão sofrendo com queda no número de visitantes por medo da disseminação do covid-19. Comércio, restaurantes e atrações de locais conhecidos da Europa, Ásia e Oriente Médio estão esvaziados e com menos turistas do que o normal depois do surto de coronavírus pelo mundo. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) divulgou duas previsões sobre o mercado de aviação em relação ao surto do novo coronavírus: no primeiro cenário, o mercado sofre desaceleração, mas se recupera na sequência, e as perdas chegam a US$ 63 bilhões. Em um prolongamento da crise, o prejuízo global alcança US$ 113 bilhões na indústria da aviação. Veja também: Chineses devem suspender planos de viagem e turismo internacional pode perder até US$ 73 bilhões Confira imagens de locais turísticos ou de grande circulação pelo mundo que tiveram diminuição de público após o Convid-19 se espalhar pelo mundo: Itália Nesta sexta-feira (6) foram registrados 41 novas mortes por Covid-19 na Itália, elevando o número para um total de 148 com mais de 3.800 casos confirmados. O país apresenta o maior número de casos registrados no continente europeu. Fontana di Trevi: julho de 2019 X fevereiro de 2020 Fontana di Trevi em Roma, na Itália Andrea Ronchini e Manuel Cohen/AFP Fontana di Trevi em dia de calor de julho de 2019 Andrea Ronchini/NurPhoto/AFP/Arquivo Fontana di Trevi, na Itália, em 13 de fevereiro de 2020, quando já haviam sido confirmados os primeiros casos de Covid-19 Manuel Cohen/AFP Coliseu de Roma: maio de 2010 X fevereiro de 2020 Antes e depois da movimentação turística no Coliseu Tiziana Fabi/AFP/Arquivo Dia movimentado de visitas turísticas no Coliseu de Roma em 2010 Tiziana Fabi/AFP/Arquivo O Coliseu com menos turistas, já afetado pela onda do coronavírus na Itália, em 2 de março REUTERS/Remo Casilli Piazza del Duomo, Milão, Itália: abril de 2018 X fevereiro de 2020 Piazza del Duomo em Milão, Itália Miguel Medina e Oscar Gonzalez/ AFP A catedral de Milão em abril de 2019 Oscar Gonzalez/NurPhoto/AFP/Arquivo A catedral de Milão e a piazza del Duomo praticamente vazia depois do surto do novo coronavírus Miguel MEDINA/AFP Grande Mesquita de Meca, Arábia Saudita: agosto de 2019 X março de 2020 Na Arábia Saudita, o governo suspendeu temporariamente a entrada de muçulmanos estrangeiros no santuário islâmico de Meca, impedindo peregrinações devido ao surto de coronavírus. A Arábia Saudita interrompeu as peregrinações a Meca. Fethi Belaid e Abdel Ghani Bashir/AFP Foto de 2019 que mostra movimentação de peregrinos na Caaba, a grande mesquita de Meca Fethi Belaid/AFP/Arquivo A mesma Caaba agora em 5 de março de 2020, já sob orientações das autoridades locais sobre a circulação de peregrinos Abdel Ghani Bashir/AFP Torre Eiffel, França: fevereiro de 2019 X março de 2020 Na França, o governo decidiu por cancelar todos os eventos com mais de 5 mil pessoas em locais fechados. De domingo (1º) a segunda-feira (2) o Museu do Louvre permaneceu fechado após a realização de uma reunião dos funcionários para reivindicar o direito de não comparecer ao trabalho por medo de contaminação. Nesta sexta- feira (6) o país apresentou 577 casos confirmados de coronavírus e registrou 9 mortes pela doença deste o inicio do surto. Na França, a Torre Eiffel em Paris, perdeu turistas pelo medo de contaminação. Ludovic Marin/AFP Movimentação turística na torre Eiffel em fevereiro de 2019 Ludovic Marin/AFP Espaço esvaziado nas proximidades da torre Eiffel em 5 de março de 2020 Ludovic Marin/AFP Bangcoc, Tailândia: março de 2016 X março de 2020 Na Tailândia, uma das regiões que recebe o maior número de turistas chineses ao ano, as ruas de um dos principais pontos turísticos da região estão esvaziadas. Em fevereiro, o país teve uma queda de 86% no número de turistas chineses. Turistas visitando o Grand Palace em Bangkok em 2016 Reuters Ruas nas proximidades do Grand Palace vazias em Bangkok Chalinee Thirasupa/ Reuters
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Mato Grosso do Sul se aproxima de operadoras e coloca destinos turísticos nas principais prateleiras do Brasil
Campo Grande (MS) – Como uma das estratégias de fomentar a comercialização dos destinos turísticos das principais operadoras de turismo nacionais e internacionais, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul participa de duas ações importantes no setor, neste mês de março. Dos dias 08 a 12 acontece, em Cabo de Santo Agostinho (PE), […]
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Segmento de turismo LGBT é tema de workshop em Bonito
Campo Grande (MS) – Com o objetivo de capacitar os profissionais do turismo, ampliar seu atendimento e desenvolver produtos que atendam às demandas do turista LGBT, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FundturMS), o Sebrae estadual, a Prefeitura e o Conselho Municipal de Bonito promovem o 1º Workshop de Turismo LGBT. O […]
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Sonha em esquiar nas férias? Veja por que os Alpes atraem cada dia mais brasileiros
Regiões montanhosas da Europa oferecem atrativos como aulas esqui, resorts All Inclusive, cultura e gastronomia. Férias na neve: descobrir um novo esporte como o esqui é uma das principais atrações Divulgação Curtir as férias de verão em um lugar coberto de neve. Pode até soar incomum, mas muitos brasileiros estão trocando os dias de sol e de alta temperatura por um outro tipo de experiência: aproveitar o frio e descobrir novos esportes. Muito populares na Europa, os esportes de inverno atraem cada vez mais turistas do nosso país para a região montanhosa dos Alpes, especialmente em busca do clássico esqui alpino e do snowboard. Apenas na rede francesa de resorts All Inclusive Club Med, líder do segmento no Brasil para a região, mais de 18 mil brasileiros visitam os quase 20 destinos oferecidos nos Alpes da França, Itália e Suíça na temporada de inverno. No último ano, o número de visitantes do Brasil nos resorts da rede nos Alpes cresceu 30%. Uma das principais vantagens da modalidade ski All Inclusive é a garantia de conforto sem surpresas com despesas inesperadas ou acima do planejado no final da viagem. Além de todas as refeições e bebidas, o All Inclusive dos resorts Club Med inclui aulas de esqui por profissionais da Escola Nacional de Esqui da França (ESF) para todas as idades, a partir dos quatro anos. Os resorts oferecem pistas para todos os níveis, dos novatos aos mais experientes. Assim, toda a família pode praticar. A diversidade de atividades para toda a família é o que mais chama a atenção de Marcello Cafaro, que viajou na temporada de 2019 para o Club Med Peisey-Vallandry. Enquanto sua filha de 10 anos tem aulas de esqui, ele explora as pistas pretas, da categoria mais difícil, e sua esposa aproveita o relaxamento do Spa. “O que mais gosto no Club Med é o fato de ter atividades para todas as idades. A gente brinca que cada um aproveita a sua viagem fazendo exatamente o que gosta, mas ainda assim aproveitando o tempo juntos”, afirma Cafaro. E a comodidade não para por aí. É possível escolher os equipamentos para alugar um mês antes da viagem. Ao chegar no resort, todo o material, com tamanho e especificações escolhidas, fica à espera pelo esquiador brasileiro em um armário pronto para ele. Além disso, não é preciso enfrentar filas para comprar o ski pass, passe que garante acesso livre aos teleféricos, gôndolas e outros lifts para alcançar os topos das montanhas. A certeza de uma viagem sem preocupações contribui para que muitos brasileiros retornem a cada temporada para os Alpes. Esse é o caso de Marta Correia, que foi pelo terceiro ano seguido para Valmorel, na França, um dos destinos mais populares aqui no Brasil. “Desde a primeira vez que passamos as férias das crianças na neve, voltamos todos os anos. Meu marido esquia há mais tempo e as crianças, que já estão dominando as pistas, querem voltar sempre para o mesmo resort”, comenta Marta. “A mais nova começou aos sete anos. Eu também estou aprendendo. Consigo ter momentos inesquecíveis em família, mas também momentos só meus, com a tranquilidade de deixar as crianças no Mini Club”. Receber cada vez mais brasileiros nos resorts levou o Club Med a adaptar sua operação. “Para acomodar bem nossos hóspedes, os resorts nos Alpes se preparam antes mesmo do início da temporada”, esclarece Janyck Daudet, CEO do Club Med no Brasil. “A equipe de cada resort recebe reforço brasileiro. São funcionários brasileiros ou que falam português fluentemente para apoiar o relacionamento com os hóspedes, atuar na monitoria infantil com as crianças do país no Mini Club, bares, restaurantes, aulas e as diversas áreas e atividades do resort”. O All Inclusive do Club Med na Europa pode parecer fora do orçamento. No entanto, os viajantes mais experientes já se programam para comprar na abertura de vendas, que acontece por apenas três dias todo mês de março. Nesse período, as condições podem ser mais vantajosas que as encontradas em destinos próximos, como Chile e Argentina. Até um mês antes do início das vendas, milhares de brasileiros já se antecipam e cadastram suas preferências de viagem para garantir as férias com os melhores descontos do ano. Destinos preferidos Os três destinos que mais recebem brasileiros nesse inverno são o Club Med Arcs Panorama, que hospedou mais de 3 mil brasileiros neste inverno, juntamente com Val Thorens e Grand Massif Samoëns Morillon, com cerca de 2,5 mil brasileiros cada. Todo ano um novo resort Club Med é inaugurado nos Alpes. Em dezembro de 2020, a rede se prepara para a abertura do Club Med La Rosière, aguardado com ansiedade pelos esquiadores mais fiéis do esporte. Ficou com vontade de passar as férias esquiando? Aproveite a maior promoção de neve do ano! Resorts All Inclusive na Europa com até 30% de desconto apenas nos dias 10, 11 e 12 de março. Registre agora mesmo suas preferências de viagem e faça a sua cotação!
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Brasileiro relata prejuízo de quase R$ 5.000 ao cancelar viagem para a Itália por conta do coronavírus
O professor goiano Murillo Costa Ataíde visitaria com a mãe 8 cidades italianas e o Vaticano. Airbnb diz que fará reembolso por hospedagens canceladas. Mulher usando máscara protetora contra o novo coronavírus passa em frente ao Domo, em Milão, no norte da Itália Yara Nardi/Reuters O professor goiano Murillo Costa Ataíde, de 29 anos, estava com viagem marcada com a mãe para Veneza no dia 28 de fevereiro. Desde que a Itália apareceu no noticiário como o epicentro do novo coronavírus na Europa, ele resolveu suspender os planos. "Cancelei a viagem para que eu pudesse me sentir mais seguro e em paz, principalmente pela preocupação com a minha mãe, que tem 54 anos. Fiquei com medo de acontecer alguma fatalidade com ela, que já tem mais idade”, disse. Ataíde conseguiu o reembolso das passagens aéreas mas sob o pagamento de uma taxa de US$ 960 para ida e volta das duas passagens compradas na companhia aérea KLM. O roteiro incluía as cidades de Veneza, Florença, Pisa, Roma, Matera, Pompeia, Sorrento e Bolonha, além do Vaticano. A Itália registrou 52 mortes até a segunda (2). Questionada pelo G1 sobre cancelamentos de passagens para Itália em razão do surto de Covid-19, a KLM informou que "para a política comercial publicada para a Itália, a taxa de reembolso só é isenta em caso de voos cancelados ou com atraso de mais de 3 horas". Ataíde relata que o prejuízo foi maior com a hospedagem. Em um primeiro momento, não conseguiu o reembolso na maioria dos apartamentos alugados através do Airbnb – e ainda teve que pagar uma taxa de cancelamento. “Somente alguns foram flexíveis em relação ao reembolso. Em Veneza e Sorrento, por exemplo, perdemos R$ 1.600 gastos com a reserva, fora R$ 300 de taxas que não foram devolvidas." Ataíde estima que o total do prejuízo da viagem foi de quase R$ 5.000. Mas o Airbnb, intermediário nas reservas feitas pelo turista brasileiro informou que "está em contato com o hóspede e seguindo a Política de Causas de Força Maior da plataforma para o coronavírus, solicitando as informações e a documentação necessárias para o reembolso". A empresa diz que "está monitorando as notícias e as orientações oficiais sobre o novo surto de coronavírus – priorizando a segurança e o bem-estar. Enquanto governos e organizações trabalham para conter o surto, restrições a viagens foram implementadas em vários lugares ao redor do mundo". Escala na China A engenheira civil Keroly Zanette, de 27 anos, viajaria com o marido para a Tailândia e o Vietnã, com uma escala de três dias em Pequim. "Nossa viagem seria em 30 de janeiro, mas ficamos preocupados em relação ao avanço dos casos do vírus no país. Por segurança preferimos cancelar e a empresa ofereceu o reembolso total das passagens". Zanette parece ter tido mais sorte do que o professor Murillo Ataíde. Apesar da dificuldade de conseguir entrar em contato com a companhia aérea Air China, já recebeu sinalização de que o valor total das passagens será estornado ainda neste mês sem cobrança de taxa. "A companhia aérea não ofereceu a possibilidade de adiar a data da viagem. Pretendemos realizar nosso roteiro assim que a situação amenizar. Mas perdemos outras passagens que havíamos comprado separadamente e as reservas em hotéis", diz a engenheira. Nesta terça-feira (3) foram confirmados 80.302 casos e 2.946 mortes na China. Questionado sobre os direitos de passageiros no contexto da crise do coronavírus, o Ministério da Justiça, responsável pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), informou em nota que "as empresas aéreas estão sensíveis às necessidades dos consumidores nos casos de viagens para locais com maior número de casos já confirmados de coronavírus, como China e Itália, e têm flexibilizado voluntariamente as regras de remarcação, cancelamento e reembolso. Entretanto, a análise ainda é efetuada caso a caso". No caso das hospedagens, o ministério afirma que a aplicação da legislação depende dos termos do contrato entre locador e hóspede. Se no contrato foi registrado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) brasileiro da empresa responsável pela intermediação da reserva, vale a legislação nacional sobre os direitos do consumidor. Caso seja registrado o CNPJ de outro país, vale as regras sobre direito do consumidor de acordo com as leis dele. A Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) diz que não há uma contabilidade geral do total de cancelamentos solicitados no Brasil. Em nota, também informa que as políticas de remarcações dependem dos fornecedores, mas que está atuando diretamente com eles para solicitar que não sejam feitas restrições, multas ou penalidade aos consumidores que optarem por alterar o destino ou o período da viagem. O que dizem as companhias aéreas brasileiras O G1 entrou em contato com as companhias brasileiras que realizam viagens internacionais. A Gol limitou-se a declarar que não sofreu impactos significativos em relação ao coronavírus. Já a Azul informou que “está disponibilizando a opção de reembolso integral da passagem para clientes com conexão em Lisboa ou Porto em Portugal, e que tem como destino ou origem a Itália”. A Latam afirma que suspenderá temporariamente as operações entre São Paulo e Milão a partir desta segunda (2) até o dia 16 de abril, como consequência da propagação do coronavírus e da baixa demanda de voos para a Itália. O retorno de Milão para Guarulhos será suspenso a partir de terça (3). Os clientes da Latam com passagens emitidas para este destino poderão optar por remarcar a data do voo ou alterar a origem e o destino, sujeito a cobrança de diferença tarifária. Ou o reembolso completo sem multa. A Avianca não respondeu até a publicação desta reportagem.
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