Trump diz que pretende retirar restrições de viagens que atingem o Brasil ‘assim que pudermos’
Presidente dos EUA, porém, não detalhou um critério para retomada das viagens e afirma que Brasil passa por tempos difíceis e comenta que Bolsonaro seguiu 'um caminho diferente' ao se posicionar contra medidas como lockdown. Presidente dos EUA fala durante apresentação de plano de reabertura do país nesta sexta (29) Jonathan Ernst/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (29) que pretende retirar as restrições de viagens impostas a quem chega em solo norte-americano pelo Brasil "assim que pudermos". No entanto, ele não deu nenhuma data para voltar atrás da medida nem disse se haveria um critério para a retomada. Por causa da pandemia do novo coronavírus, os EUA começaram na quarta-feira a barrar a entrada de pessoas que estiveram no Brasil até 14 dias antes de pousar em solo norte-americano. As restrições incluem cidadãos dos EUA, parentes ou pessoas com visto permanente. VEJA TAMBÉM: O que dizem as empresas aéreas sobre a restrição O governo dos EUA também impôs restrições de viagens a outros países, como a China, o Reino Unido e os integrantes da União Europeia — todos por causa da pandemia de Covid-19. Trump já vinha estudando proibir também entrada de pessoas que estiveram no Brasil após o aumento nos casos. Bolsonaro 'seguiu caminho diferente' Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva na Casa Branca nesta sexta-feira (29) Jonathan Ernst/Reuters Perguntado pela repórter Raquel Krähenbühl, da GloboNews, sobre a posição do governo brasileiro contrária a medidas como lockdown em um momento de escalada da pandemia, Trump se limitou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro "seguiu um caminho diferente", mas que "não queria ser um crítico". " Bem, ele [Bolsonaro] seguiu caminho diferente. O Brasil tomou um caminho diferente. Com certeza, eles estão passando por um momento difícil. Eu não quero criticar ninguém porque eu tenho muito respeito por ele", disse. Brasil e Estados Unidos são os dois países com mais casos do novo coronavírus, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Nos EUA, o número de mortes por Covid-19 bateu a marca de 100 mil nesta semana. VEJA TAMBÉM: Trump rompe com OMS e faz duras críticas à China Initial plugin text
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FOTOS: em nome da saúde, restaurantes usam de robôs a ‘escudos’ de plástico para reabertura
Pelo mundo, casas mudam cenário e atendimento para voltar a receber clientes. Com a flexibilização das medidas de isolamento social em alguns países e a reabertura do comércio local, bares e restaurantes encontraram maneiras criativas de proteger clientes dos riscos de transmissão da Covid-19. Veja abaixo: Itália Em Milão, na Itália, país que foi epicentro de infecções de Covid-19 na Europa, restaurantes reabriram e estão medindo a temperatura de clientes dentro do ambiente, além de separar as mesas com uma estrutura de plástico. Restaurante em Milão mede a temperatura dos clientes Flavio Lo Scalz/Reuters Restaurante separa cliente com estrutura de plástico Flavio Lo Scalzo/ Reuters França Em Paris, um restaurante criou cápsulas de plástico para proteger os clientes. Os protetores de plástico foram batizados "Plex'eat" e se assemelham a grandes abajures transparentes suspensos no teto. Casal coberto com a proteção de plástico Thibault Camus/AP Homem utilizando a proteção no restaurante Thibault Camus/AP Photo Lituânia Proprietários de restaurantes e lojas de roupa de Vilnius, capital lituana, firmaram uma iniciativa de ajuda mútua em que manequins ficam em mesas para demarcar distanciamento entre clientes. Segundo o governo de Vilnius, mais de 60 manequins femininos e masculinos, vestidos por 19 lojas locais, ocuparão mesas em quinze restaurantes e cafés da capital lituana, 24 horas por dia. Figurino é pensado nos manequins exibidos em restaurantes na Lituânia Petras Malukas/AFP A designer Rimante Rimgailaite em meio a manequins Petras Malukas/AFP Holanda Um restaurante de Amsterdã criou casas de vidro para respeitar o distanciamento social. A refeição é carregada sobre uma estrutura de madeira para evitar o contato direto com a pessoa que está servindo. Casa de vidro em Amsterdã cabe até 3 pessoas por mesa Peter Dejong/ AP Garçonete equilibra a comida em um pedaço de madeira para evitar o contato com os clientes Peter Dejong/ AP Também na Holanda, um restaurante tem a ajuda de robôs para servir e recolher pratos e talheres. A medida faz parte de uma série de testes realizados pelo país para manter o distanciamento social. Robôs estão sendo usados para servir os clientes nos Países Baixos Peter Dejong/ AP Robô carrega bandejas para servir clientes Peter Dejong/ AP Estados Unidos Em San Diego, nos Estados Unidos, um restaurante passou a inserir adesivos contendo a distância ideal que cada cliente deve manter em respeito ao distanciamento social. San Diego Gregory Bull/ AP
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No verão europeu, quais países se abrem para o turismo?
Países do continente começam a relaxar as medidas de isolamento social e reabrir suas fronteiras. Maioria relaxa trânsito com vizinhos, mas mantém veto a viajantes de outros continentes pelo menos até junho. Lago Pillersee, na Áustria, é ideal para curtir os dias quentes AP À medida que os países europeus começam a diminuir as restrições de confinamento, muitos esperam recuperar as perdas sofridas pelo setor de turismo reabrindo as fronteiras para os países vizinhos. Veja o que alguns estão planejando para a alta temporada de turismo de verão no Hemisfério Norte: Alemanha O Ministério do Interior alemão disse no último dia 13 que algumas passagens de fronteira com os vizinhos Áustria, Suíça e França começariam a ser reabertas neste sábado sob condições rigorosamente controladas. O dia 15 de junho ainda permanece marcado como a data para relaxar completamente as fronteiras alemãs para viagens de países da UE. A Alemanha ainda tem um alerta oficial contra viagens para fora da UE até 14 de junho, e não há informações sobre quando o governo voltará a dar luz verde para viagens internacionais em larga escala. Pessoas caminham ao ar livre em Berlim, na Alemanha. Christian Mang/ Reuters Áustria Viena havia indicado o dia 15 de junho como a data oficial para reabrir as fronteiras do país com os vizinhos da UE, mas anunciou nesta terça-feira que duas passagens para a Hungria seriam abertas no dia seguinte devido às dificuldades enfrentadas por indivíduos que vivem de um lado da fronteira, mas trabalham no outro. A Áustria também abrirá sua fronteira para tráfego da Alemanha nesta sexta-feira, disseram as autoridades. O turismo alpino austríaco depende muito dos visitantes alemães, já que seus resorts de montanha são muito populares entre os vizinhos. Grandes grupos de pessoas que retornaram à Alemanha vindos de estações de esqui austríacas foram responsáveis pelo primeiro grande foco da pandemia de coronavírus na Alemanha. Viena espera ter acordos semelhantes com a Suíça e seus outros vizinhos do Leste Europeu em breve As autoridades disseram, no entanto, que algumas checagens aleatórias sanitárias serão realizadas em estrangeiros que entram no país, embora em menor quantidade do que o que vinha sendo feito. França A França firmou um acordo com o Reino Unido para permitir a passagem de um país a outro sem a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias. A medida é vista como um passo econômico essencial devido ao fluxo de veículos de carga entre os dois países. Imagem mostra a Fonte do Trocadero, em Paris, na França. AP Photo/Jacques Brinon Além disso, as chegadas na França vindas de países que integram o espaço de fronteira aberta de Schengen, que inclui a Suíça, estarão isentas da quarentena. A França ainda manterá suas fronteiras praticamente fechadas até 15 de junho, exceto paras pessoas que precisam entrar e sair com frequência por razões de trabalho. Itália Embora o país onde o surto começou na Europa tecnicamente nunca tenha ordenado o fechamento de suas fronteiras, as medidas extremas adotadas nos aeroportos para impedir a propagação do vírus e o fechamento de fronteiras ordenados por seus vizinhos praticamente cortaram o país dos destinos de viagens internacionais. Pessoas andam de bicicleta em uma ciclovia ao longo do rio Tibre no centro de Roma, na Itália. Andreas Solaro/AFP O turismo é um elemento importante da economia italiana. Em circunstâncias normais, é o quinto país mais visitado do mundo. O turismo responde por cerca de 10% do PIB e quase 5% dos empregos no país. Espanha Também fortemente dependente do turismo estrangeiro, a Espanha reabriu suas fronteiras, mas impôs um regulamento obrigatório de quarentena de 14 dias para quem chega ao país. A nova regra entrará em vigor na sexta-feira e permanecerá em vigor durante o estado de emergência no país. Atualmente, o estado de emergência é previsto para vigorar até 24 de maio, mas espera-se que seja prorrogado. Mulher caminha em frente ao Palácio Real de Madri, na Espanha. Pierre-Philippe Marcou/AFP Portugal As autoridades de turismo de Portugal, outro importante destino turístico, anunciaram que as praias e hotéis do país estarão prontos para receber turistas até meados de junho. No entanto, ainda há preocupações sobre como verificar se os recém-chegados foram testados para o coronavírus, uma medida que o governo deseja que seja implementada, e como controlar se as regras de distanciamento social são mantidas nas praias. Um cancelamento completo da temporada turística deste ano pode causar contração da economia portuguesa de até 6%. Noruega Embora não seja membro da UE, a Noruega integra o Espaço Econômico Europeu e tem se movido em conjunto com a Europa em vários aspectos da resposta do bloco à pandemia. Desde o último dia 13, viajantes de países da UE (incluindo o Reino Unido), bem como da Islândia e de Liechtenstein, podem entrar na Noruega para trabalhar ou se tiverem familiares morando no país. A decisão de Oslo está menos relacionada ao turismo e mais focada em permitir que trabalhadores sazonais entrem na Noruega. Noruega Globo Repórter Polônia Enquanto outros países revertem seus controles de fronteira, Varsóvia anunciou que seus estritos controles fronteiriços permanecerão em vigor até 12 de junho. No entanto, diplomatas, estrangeiros com residência na Polônia e caminhoneiros profissionais podem passar em postos de controle específicos. Como muitos Estados-membros da UE, a Polônia não deu uma indicação de quando as viagens internacionais originadas de fora da Europa podem começar a retornar à normalidade. Croácia O ministro croata da Saúde, Gari Cappelli, disse em entrevista à emissora estatal HRT que turistas da vizinha Eslovênia poderão cruzar a fronteira nos próximos dias "porque nossas situações epidemiológicas são semelhantes". Os turistas alemães, que frequentam muitas ilhas da Croácia no Mar Adriático, poderão visitar a Croácia no mais tardar até 15 de junho, segundo Cappelli. O governo croata negociou um acordo com a Eslovênia para que turistas eslovenos sejam isentos de uma quarentena obrigatória de 14 dias depois de retornar do exterior, se eles chegarem da Croácia. Cappelli disse esperar que acordos semelhantes sejam firmados brevemente com outros países da UE. Grécia Pessoas aproveitam o sol durante a reabertura oficial das praias ao público, após o alívio das medidas contra a propagação do coronavírus em Atenas, na Grécia. Costas Baltas / Reuters A Grécia teve uma das taxas mais baixas de infecção e fatalidades devido à pandemia na Europa, como resultado de um bloqueio precoce e extremamente rigoroso – em alguns casos, os residentes sequer foram autorizados a ir às compras e sendo, em vez disso, supridos com mantimentos. Assim, o país talvez esteja emergindo mais saudável da crise do que seus vizinhos. No entanto, o governo ainda é cuidadoso em abrir suas fronteiras para que a situação assim se mantenha. Atualmente, o país planeja abrir seis postos na fronteira norte para turistas nas próximas semanas, embora também tenha solicitado à Comissão Europeia que elabore orientações oficiais para todo o bloco sobre como lidar com o turismo de verão.
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Avião que ia da Alemanha para a Itália encontra aeroporto ‘fechado para operações comerciais’
Decisão nacional sobre reabertura de aeroportos foi contestada pelo governo local na Sardenha. Um voo que partiu da Alemanha com destino a Ólbia, na região italiana da Sardenha, foi obrigado a voltar para casa quando se preparava para pousar no destino. Motivo: o aeroporto local estava fechado por conta da pandemia da Covid-19.
Segundo informações do jornal "Corriere della Sera", o voo da empresa Eurowings, com apenas dois passageiros a bordo, partiu da cidade alemã de Dusseldorf na manhã do sábado (23) e foi informado pelos controladores de tráfego na Itália que o espaço aéreo estava fechado para a aviação comercial.
O avião deu várias voltas pelo local por cerca de 40 minutos. Foi proposta a ida para Cagliari, a cerca de 200 km de Ólbia, mas o avião voltou para a Alemanha.
O motivo da confusão foi que o Ministério da Infraestrutura e Transporte italiano tinha anunciado a reabertura do aeroporto da Sardenha para voos comerciais para 17 de maio. Porém, o governo regional alegou que faltava a confirmação das autoridades sanitárias para a empresa que gerencia o aeroporto de Olbia.
A empresa alemã falou à CNN que "a situação atual nos aeroportos da Europa é muito dinâmica" e "que as mudanças estão acontecendo muito em cima da hora".
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Associação Brasileira de Operadoras de Turismo estima perda de cerca de R$ 1 bilhão em abril
Estudo realizado em parceria com a Universidade Federal de Brasília aponta que a maioria das empresas do setor espera retomar as vendas no segundo semestre deste ano. O Parque Nacional do Iguaçu, um dos principais pontos turísticos brasileiros William Brisida/RPC Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) e o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (UNB) estima que as empresas do setor perderam cerca de R$ 1 bilhão somente no mês de abril. Em abril, 54% das empresas não realizaram nenhuma venda, número superior aos 45% que não tinham tido comercialização no mês de março. Entre as empresas que comercializaram viagens, apenas 24% venderam produtos com embarques até julho. 93% delas tiveram vendas com embarque para o segundo semestre e 84% para 2021. O levantamento aponta também um crescimento na venda de voos domésticos, o que pode ser uma tendência para os próximos anos. 64% das empresas incluídas no levantamento afirmaram que 90% do faturamento se deu em viagens nacionais. Apesar disso, o faturamento do mês de abril deste ano não representa 10% do que as empresas tiveram no mesmo mês do ano passado. Expectativa do setor é que sofra quedas de R$ 7,7 a R$ 11,3 bilhões. 58% das empresas esperam retornar as atividades a partir de julho; já 13% indicam que a retomada só ocorrerá a partir do ano de 2021. Em relação às viagens internacionais, 50% esperam voltar a operar no segundo semestre deste ano, enquanto 42% aguardam a retomada para o ano que vem.
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Turismo internacional deve enfrentar maior queda desde 1950, aponta OMT
Índice de queda deve ser de 70%, disse o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo. Pessoas sentadas nas escadarias da Basílica Sacre Coeur, ponto turístico em Paris, após afrouxamento do lockdown na França Bertrand Guay/AFP O turismo internacional deve cair 70% neste ano, marcando a maior queda do setor desde que o início dos registros na década de 1950, disse o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, ao jornal alemão "Handelsblatt". Pololikashvili afirmou que essa previsão para o setor atingido pelo coronavírus se baseava na suposição de que países ao redor do mundo abririam suas fronteiras gradualmente a partir de agosto. No Brasil, levantamento realizado pela Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) e o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (UNB) estima que as empresas do setor no país perderam cerca de R$ 1 bilhão somente no mês de abril. Em abril, 54% das empresas não realizaram nenhuma venda, número superior aos 45% que não tinham tido comercialização no mês de março. Entre as empresas que comercializaram viagens, apenas 24% venderam produtos com embarques até julho. 93% delas tiveram vendas com embarque para o segundo semestre e 84% para 2021.
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Procon-SP registra alto número de reclamações relacionadas a viagens; veja cuidados com ‘promoções incríveis’
Além do risco de cair em golpes, especialistas alertam que esse definitivamente não é um bom momento para planejar uma viagem. O alerta dos especialistas é de que definitivamente não é um bom momento para planejar uma viagem. Mas durante a pandemia, com o setor de turismo afetado pelo cancelamento de voos e fechamento de atrações, apareceram pacotes turísticos por um valor muito abaixo do normal, o que tem chamado a atenção de órgãos de defesa do consumidor.
Além de sérias questões éticas sobre fazer turismo em meio a uma pandemia, aproveitar uma superpromoção para realizar a viagem dos sonhos pode esconder, em alguns casos, risco de golpes.
A fundação Procon-SP inaugurou em meados de março um canal para reclamações ligadas a questões da Covid-19. Em 2 meses foram mais de 16 mil casos. O turismo foi uma área que se destacou. Agências de viagens somaram 52% do total das reclamações e companhias aéreas, 25% – os setores mais questionados.
Turismo ainda é moralmente legítimo?, reflete jornalista Paul Sullivan
Mas há promoções legítimas: operadoras estão oferecendo passagens e pacotes para viagens futuras, quando, espera-se, os efeitos da pandemia tenham se enfraquecido e o isolamento social esteja mais relaxado. O G1 conversou com especialistas que informaram as principais dicas que os consumidores precisam se atentar na hora de adquirir um pacote de viagem.
É um bom momento para adquirir um pacote de viagens?
Definitivamente não, segundo José Pablo Cortês, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB de São Paulo, o mundo está passando por uma pandemia no qual ainda não conseguimos prever como estarão as coisas futuramente.
“Neste momento de incerteza, precisamos refletir se realmente precisamos daquele produto. Apesar da boa oportunidade não conseguimos prever como será o futuro. Se adquirir um pacote, tente encontrar um, no qual o prazo para a utilização seja o mais longo possível. Afinal, nós não sabemos como todos os países vão conseguir se recuperar dos danos causados pela Covid-19.”
“Toda vez que se apresenta para o consumidor uma oferta muito generosa, ela é justamente generosa porque apresenta riscos”, afirma Fernando Capez, secretário de Defesa do Consumidor do Procon-SP.
Se insistir em fazer negócio, existe uma forma de comprar com segurança?
Capez alerta que o consumidor precisa conhecer bem de quem está comprando. “Primeiro pesquise o site da empresa que está promovendo o pacote, olhe também a companhia aérea que irá realizar o voo. Verifique se a mesma está com uma saúde financeira ruim”.
"Se contratar um pacote, verifique se a empresa está sólida e se ela é confiável. Verifique qual o capital social constituído: é uma empresa conhecida do mercado? Ela tem reclamações? As reclamações são respondidas? É necessário conhecer bem com quem está lidando”, diz Cortês.
Quais cuidados tomar com o destino da viagem?
“O consumidor precisa ficar atento a todas as notícias e informações sobre o destino da viagem. É importante verificar como a área foi atingida pela pandemia”, afirma Cortês.
O advogado alerta que, mesmo se insistir em adquirir o pacote, pegue o que oferece um prazo maior para a utilização. “Com a pandemia, nós vivemos uma situação de incerteza. Não é só a questão do contágio, estamos pensando em situações posteriores.”
Como agir se tiver algum problema com o pacote?
Os dois especialistas alertam sobre a importância de conhecer as condições do contrato do produto. Verificar o que está incluso no pacote e se realmente vale o investimento.
“Às vezes o pacote é barato, mas ele oferece o mínimo, temos que entender o que exatamente está incluído e o que não está incluído para colocar na balança se vale a pena”, afirma Cortês.
Segundo ele é importante arquivar todas as informações do momento em que a compra pela internet foi realizada. “Tudo isso pode servir depois para exigir o complemento do pacote. Nós estamos acompanhando"
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‘Il gelato’ e o desejo de liberdade dos italianos
Consumo de sorvete aumentou com o final do isolamento social e a chegada dos dias ensolarados entre italianos. Sorveteria em Roma Alberto Pizzoli/AFP "É o símbolo do verão", reconhece Francesco, um morador de Roma, ao saborear com vontade o seu "gelato", o célebre sorvete artesanal italiano, um dos produtos mais populares da gastronomia do país. A "gelateria", é um dos pontos de maior atração da praça do bairro Testaccio, a poucos metros da parte histórica, onde crianças correm e adolescentes percorrem os arredores com suas motos, enquanto saboreiam de novo a liberdade. O silêncio que reinou por mais de dois meses em toda a cidade por causa do novo coronavírus desapareceu, e agora só seu ouvem gritos das crianças e o barulho dos carros, ainda que em uma menor escala. Francesco, de cerca de 50 anos, confessou que aguardava impacientemente a reabertura dessa sorveteria, especializada em produto artesanal e muito diferente dos sorvetes vendidos de forma industrializada em outros países. Para os italianos, tomar um 'gelato' não é apenas um ritual, mas também trata-se de consumir um produto artesanal, com características próprias, de acordo com uma receita tradicional que geralmente é passada de geração em geração. Desde o Renascimento, famílias nobres como a de Catherine de Médici, que exportava o produto para a França, são apaixonadas por esse produto criado a partir do leite, creme e ovos, que ainda está entre a excelência da gastronomia italiana e que era servido como sobremesa desde a Roma antiga. "Preciso recuperar o tempo perdido! Adoro sorvete, faz parte do verão, para mim significa que o calor voltou!", ressalta Francesco, enquanto saboreia seu sorvete de baunilha e chocolate, coberto com creme de leite. Segundo um estudo publicado nesta semana pela Coldiretti, principal organização agrícola italiana, o consumo de sorvete aumentou com o final do isolamento social e a chegada dos dias ensolarados. "Senti muita falta dele", diz Marco, com uma camisa de verão que revela seus braços tatuados, além de uma máscara em volta do pescoço, pronto para experimentar "o melhor sorvete de Roma". O jovem aproveitou que o coração histórico de Roma ainda está deserto por causa da falta de turistas, e as sorveterias históricas estão meio vazias. Os poucos moradores e funcionários da região também aproveitam a oportunidade para ir a essas famosas gelaterias sem precisar esperar na fila, como costuma ser o caso. Visitar o Giolitti, o elegante café fundado há 120 anos, que está entre os mais antigos da cidade, é um programa obrigatório para os amantes do sorvete, tanto por variedade quanto por qualidade. Alguns sabores, como o tiramisu, estão entre os mais populares. A Itália, líder mundial em sorvetes artesanais, possui 39.000 sorveterias, que empregam cerca de 150.000 pessoas, com vendas anuais de 2,8 bilhões de euros. Cada italiano consome mais de seis quilos de sorvete em média por ano, segundo Coldiretti. Uma paixão que por ano requer 220 milhões de litros de leite, 64 milhões de quilos de açúcar, 21 milhões de quilos de frutas frescas e 29 milhões de quilos de outros produtos.
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Restaurante francês cria cápsulas de plástico para proteger clientes contra a Covid-19
A proteção é suspensa no teto do restaurante. Medidas estão sendo adotadas por restaurantes locais após o governo anunciar a reabertura do comércio no país. Casal coberto com a proteção de plástico Thibault Camus/AP Com a retomada das atividades na França a partir desta segunda-feira (1º) alguns locais já estão começando a se adaptar para voltar a receber turistas. Este é o caso de um restaurante parisiense que desenvolveu uma espécie de cone de plástico transparente como proteção contra os riscos de transmissão da Covid-19. Os protetores de plástico foram batizados "Plex'eat" e se assemelham a grandes abajures transparentes suspensos no teto. Os fabricantes informaram a agência Associated Press que receberam mais de 200 encomendas em todo o mundo, incluindo França, EUA e Japão. Proteção fica suspensa sobre o corpo dos clientes Thibault Camus/AP Mathieu Manzoni, responsável pelo restaurante, informou a agência que "os escudos de plástico são uma solução bonita e poética para restaurantes que temem que o distanciamento social possa reduzir sua capacidade pela metade". A ideia é uma forma de aproximar os clientes sem oferecer riscos Thibault Camus/AP Os pratos são servidos dentro das cápsulas Thibault Camus/AP A ideia foi inspirada em proteções vistas em uma loja em Bangcoc na Tailândia Thibault Camus/ AP
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Novo coronavírus isola a remota Ilha de Páscoa, que teme efeitos da suspensão do turismo
Prefeito do território chileno teme que 3 mil pessoas fiquem nas ruas implorando por dinheiro por causa da falta de turistas. Moais da Ilha de Páscoa sem turistas por causa da pandemia do novo coronavírus Miguel Carrasco/AFP A mais de 3,5 mil quilômetros do continente americano, a população da Ilha de Páscoa — território do Chile no meio do Pacífico — enfrenta com disciplina a pandemia do novo coronavírus. Com ao menos dois casos confirmados, a Covid-19 obrigou a ilha a se confinar e fechar todos os seus acessos, enquanto olha com preocupação para um futuro sem turistas. CRISE NO TURISMO: Veja o que muda no setor por causa da pandemia Até a publicação desta reportagem, a ilha com 7.750 habitantes registrava apenas dois casos confirmados e outros dois ou três em análise. Porém, o território chileno conta com um único hospital, que possui somente três respiradores artificiais. Embora as autoridades locais acreditem que a expansão do vírus está praticamente contida, há o temor das consequências da redução abrupta no turismo. Ruas da Ilha de Páscoa estão vazias por causa da pandemia de Covid-19 Miguel Carrasco/AFP Cerca de 100 mil visitantes chegavam em média anualmente à Ilha de Páscoa, atraídos principalmente pelos moai — estruturas de pedra perpetradas no território cuja construção ainda é um mistério. O governo local se adiantou e fechou a entrada da ilha uma semana antes do decreto das autoridades em Santiago, após o primeiro caso em 11 de março, a poucos dias de se registrarem contágios no resto do Chile. No país, os contágios superaram os 2,7 mil nesta quarta-feira (1º) Há uma semana, uma quarentena total e um toque de recolher extenso estão em vigor na ilha desde as 14h até as 5h da madrugada. As medidas de confinamento foram estendidas na terça-feira por mais duas semanas. Prefeito teme 3 mil pessoas nas ruas Navio é visto à distância em uma Ilha de Páscoa esvaziada por causa do novo coronavírus Miguel Carrasco/AFP No entanto, todos temem o futuro dos próximos meses. Segundo o prefeito da ilha, Pedro Edmunds, os habitantes podem sobreviver por volta de um mês com a ilha fechada. Porém, no final de abril, cerca de 3 mil pessoas "se encontrarão nas ruas implorando comida a alguma autoridade local ou nacional, porque não terão como sobreviver", alertou Edmunds. A pandemia revelou a fragilidade da Ilha de Páscoa. Sem subsídios estatais, muitos podem não sobreviver, enfatiza o prefeito. Edmunds calcula que a recuperação começaria a ocorrer em agosto, em parte devido à eventual chegada de turistas. No entanto, a atividade turística deve ser mais lenta do que a de três semanas atrás, com dois voos diários da companhia aérea LATAM. O desafio à frente é melhorar a infraestrutura e "voltar a encantar as pessoas para que possam voltar", disse Sabrina Tuki, dedicada ao turismo da ilha há 20 anos. Initial plugin text
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