Turismo de MS lança logomarca para sinalizar boas vindas ao público LGTB
O lançamento da marca acontece hoje, em sistema online, para sinalizar que diversidade é bem – vinda nos roteiros turísticos sul-mato-grossenses Campo Grande (MS) – No mês do orgulho LGBT, comemorado dia 28 de junho, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul dá mais um passo no posicionamento do estado para agregar o turismo […]
- Publicado em Turismo
‘Dragões-bebês’ raros são os novos moradores de aquário na Eslovênia
Os animais nasceram em 2016, sob os cuidados de cientistas e funcionários da Caverna Postojna, mas apenas agora eles serão expostos para o público. O proteus nada como uma enguia e pode passar dez anos sem comida Dragan Arrigler oxeo Três criaturas aquáticas raras conhecidas como dragões-bebês serão os novos moradores do aquário da Caverna de Postojna, na Eslovênia, uma da maiores atrações turísticas do país. Os animais têm pele rosa-pálido, um corpo longo e fino, quatro pernas e não enxergam. Eles só vivem nas águas de cavernas escuras da região de Karst, no sul europeu. Cientistas monitoram ovos raros de 'dragões' em caverna na Eslovênia Antigamente, moradores locais acreditavam que as criaturas, que a elevação das águas às vezes levava a céu aberto, eram filhotes de dragões que se imaginava viverem nas cavernas. Em Postojna, a maior caverna europeia aberta a turistas, funcionários conseguiram observar os dragões-bebês nascendo em 2016, mas apenas agora eles serão expostos. Initial plugin text "Ficamos empolgados quando os ovos estavam sendo depositados, e depois tivemos milhares de dúvidas: como sobreviverão, com o que iremos alimentá-los, como os protegeremos de infecções?", disse Marjan Batagelj, diretor-gerente da caverna, à Reuters. "A ciência disse que eles tinham 0,5% de chance de sobrevivência… mas conseguimos criar 21 deles", acrescentou. Um total de 64 ovos foram depositados em 2016. Os bebês têm até 14 centímetros de comprimento e chegarão a 30 quando adultos. Eles podem viver até 8 anos sem alimento e têm uma expectativa de vida de até 100 anos. Um laboratório especial foi montado na caverna onde os dragões-bebês estão sendo monitorados antes de serem apresentados ao público. Proteus, uma espécie de salamandra cega que vive na caverna de Postojna, na Eslovênia, é vista em foto de 25 de abril Jure Makovec/AFP
- Publicado em Turismo
Como a Europa se prepara para o turismo de verão em tempos de Covid-19
Em busca de alívio econômico em meio à pandemia, países do Mediterrâneo abrem mão de quarentena para visitantes e até oferecem testes gratuitos para o vírus. Pessoas aproveitam o sol durante a reabertura das praias ao público, após o alívio das medidas contra a propagação do coronavírus em Atenas, na Grécia, em 16 de maio de 2020. Costas Baltas / Reuters A cerca de duas semanas do início do verão no hemisfério Norte, a Europa começa a se abrir gradualmente para turistas na expectativa de recuperar parte dos imensos prejuízos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. E, para salvar uma indústria de 1,5 trilhão de euros por ano, alguns países deixarão de exigir quarentena aos visitantes, oferecerão testes de Covid-19 e hotéis até investem em áreas "seguras" contra o vírus. As regras para a dispensa da quarentena variam conforme os países. Contudo, elas não valem para indivíduos vindos de diversos locais. Por enquanto, a Itália abriu as portas apenas para visitantes da Europa, enquanto a Grécia vai aceitar a entrada sem restrições de turistas partindo de destinos presentes em uma lista oficial – que não inclui o Brasil – a partir de 15 de junho. A Espanha deve começar a sua abertura em 1º de julho com turistas vindos de locais com baixos índices de infecção por Covid-19. A Áustria removeu a necessidade quarentena para todos os oito países vizinhos, com exceção da Itália. Já a Alemanha e Holanda anunciaram que vão retirar restrições a visitantes dos 27 países da União Europeia, mas o governo holandês excluiu a Suécia desse grupo. Embora algumas restrições tenham sido eliminadas, os países da UE devem adotar outras medidas para evitar a propagação do vírus, como testes em amostragem e medição de temperatura corporal de turistas. Em maio, a Comissão Europeia já havia definido as condições para a reabertura das fronteiras da UE. Entre os pré-requisitos estavam o controle da propagação do vírus no país anfitrião; capacidade do sistema de saúde para atender a população local e visitantes; monitoramento epidemiológico e rastreamento de infectados; medidas de higiene em estabelecimentos de turismo e treinamento de funcionários do setor de turismo sobre a Covid-19. Além de garantir o distanciamento social em áreas compartilhadas, por exemplo criando agendamentos para hóspedes utilizarem piscinas e academias. No contexto da pandemia, neste verão europeu a preocupação de muitos turistas deixou de ser com quais praias ou regiões visitar e passou a ser qual destino oferece menos riscos de contágio pelo novo coronavírus. Logo, diversos países têm procurado reforçar a sua preocupação com a segurança dos visitantes. "É essencial para a imagem italiana acabar com o mal-entendido de que é um país contagioso para a Europa. É o momento de redescoberta da natureza e das trilhas ao ar livre que requerem pequenos grupos. Também será o momento de tornar as experiências mais exclusivas acessíveis a todos, com as precauções necessárias", afirma à BBC News Brasil Giorgio Palmucci, presidente da Agência Nacional de Turismo (Enit) da Itália, um dos países mais afetados pela Covid-19 no mundo. A secretária de Turismo da Espanha, Isabel Oliver, reforça a mensagem. "Preparamos 21 guias de medidas higiênico-sanitárias para reduzir o contágio por coronavírus em toda a cadeia de valor turístico. Eles contêm especificações de serviço, limpeza e desinfecção, manutenção e gerenciamento de riscos para os diferentes subsetores de turismo", explica a também presidente da Turespaña, órgão que divulga o país como destino turístico. E a corrida para tranquilizar visitantes em potencial tem resultado em iniciativas curiosas. Na próspera província italiana de Tirol do Sul, o governador Arno Kompatscher afirmou que testes gratuitos (e não obrigatórios) de Covid-19 serão disponibilizados aos turistas. Além disso, hotéis devem ter setores "protegidos" contra o vírus, no qual medidas de distanciamento social seriam minimizadas. Nas áreas "protegidas", os funcionários terão que medir sua temperatura diariamente e passar por testes rápidos de anticorpos para garantir que estejam saudáveis. Um arranjo similar vale para os hóspedes desses espaços. "O Tirol do Sul foi a primeira região da Europa a fechar seu setor de turismo devido à Covid-19 porque colocamos a saúde de nossos hóspedes primeiro. Agora, estabelecemos extensas medidas de segurança para acomodações, restaurantes, bares, etc", diz à BBC News Brasil a IDM Südtirol, instituição oficial de turismo da região italiana. Entre as medidas adotadas na província estão manter-se dois metros distante de estranhos em público ou usar máscaras; a mesma distância vale dentro de bares e restaurantes. Hotéis devem destinar ao menos 10 metros quadrados de espaço para cada hóspede em áreas comuns, piscinas e spas. O Tirol do Sul, que registrava apenas 2598 casos de Covid-19 e 175 mortes até 5 de junho, é um destino popular para esqui e caminhadas em suas paisagens paradisíacas nos Alpes. E o cancelamento de parte da temporada de inverno teve "efeitos graves" na indústria do turismo, "com prejuízos financeiros para muitas empresas familiares". "Certamente esperamos recuperação durante o verão e o outono. Haverá uma 'normalidade' diferente para nós neste verão. Temos a sorte de ter tanto espaço e natureza nas montanhas, o que facilita muito o distanciamento social", explica a IDM Südtirol. Medidas de proteção A Grécia, onde o turismo representa cerca de 20% do PIB e gera mais de 25% dos empregos, também aposta na promessa de segurança. O país foi bem-sucedido ao conter a propagação do vírus, impondo medidas rígidas de distanciamento social. Durante o lockdown, os gregos só podiam deixar suas casas por algumas razões, como ir ao trabalho ou ao médico, e precisavam enviar uma mensagem de texto ao governo avisando quando sairiam. Atenas registrou apenas 2,9 mil casos e 180 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins, até 5 de junho. Com isso, a partir de 15 de junho, turistas partindo de países com baixos níveis de infecção por Covid-19 poderão entrar na Grécia sem passar por quarentena ou testes – serão realizados apenas alguns exames para amostragem. Turistas vindos de locais fora da lista oficial do governo precisam fazer exames obrigatórios na chegada ao país e ficar em quarentena (sete dias se o resultado for negativo e 14 dias em caso de positivo). Para evitar novos focos de contaminação, a ordem básica aos turistas na UE é manter a distância física mínima de 1,5 metro para outras pessoas em locais públicos. Na Itália, praias privadas precisam seguir essa medida ao colocar guarda-sois para aluguel e ao prestar serviços como alimentação, no qual luvas são obrigatórias para funcionários e as filas precisam levar em conta o espaçamento entre os clientes. O governo italiano baniu ainda reuniões nas praias e tornou obrigatória uma área mínima de 10 metros quadrados em torno de cada guarda-sol. Ao menos até 15 de junho, máscaras devem ser usadas no transporte e locais públicos. Visitantes não podem se recusar a divulgar suas informações em lojas ou restaurantes que as solicitarem, pois essa é uma medida para rastrear quem teve contato com indivíduos infectados. "Não será possível recusar uma medição de febre. Com uma temperatura corporal de 37,5º C, o acesso a muitos locais públicos e privados é vetado", explica Palmucci. Na Espanha, apesar da dispensa de quarentena, haverá medição de temperatura e os visitantes preencherão questionários. O governo também definiu protocolos de distância física mínima de dois metros em áreas comuns em hotéis, bares, praias e piscinas. Nas praias, os trabalhadores e socorristas devem lavar as mãos frequentemente e desinfetar espreguiçadeiras, guarda-sois, assentos e "móveis urbanos e instalações recreativas". Esses itens precisam ficar quatro metros separados uns dos outros. Além disso, a quantidade de pessoas deve ser controlada e a distância social mantida "em todos os momentos", ainda que seja necessário instalar elementos de subdivisão. Nas piscinas, valem as mesmas regras de higiene e distanciamento. É necessário ainda ventilar o espaço, controlar o número de pessoas considerando o espaçamento de ao menos dois metros (incluindo em vestiários e chuveiros) entre os usuários, e manter funcionários para bloquear novas entradas quando a capacidade máxima for atingida. Hotéis espanhóis também estão adotando medidas extras de proteção para atrair turistas. Uma clinica médica e hotel em Alicante, por exemplo, exige que futuros hóspedes apresentem um teste com resultado negativo para a covid-19 antes de irem ao estabelecimento. Os exames devem ser feitos nas 48 horas prévias à reserva. Ao chegarem ao hotel, os hóspedes passam por mais um exame, teste de anticorpos e uma consulta médica – tudo incluído na estadia. Os funcionários também são testados com frequência. Reforço na economia A expectativa é que as medidas contra a propagação da Covid-19 convençam os turistas de que viajar pela Europa seria seguro neste momento. A existência de uma temporada de verão em si, algo que parecia improvável há poucas semanas, já é um alívio para países da UE. O setor de turismo representa 9% de todos os empregos do bloco e parte relevante do PIB de países como Espanha (12%), França (8%) e Itália (13,2%). Desta forma, uma temporada bem-sucedida pode ajudar a suavizar o impacto econômico negativo da pandemia. "Não temos previsões de quantos turistas virão, porque não sabemos como a demanda se comportará, mas sem dúvida a reativação da atividade turística é uma notícia muito boa para a economia espanhola devido à sua contribuição para o PIB e a manutenção do emprego", diz Oliver. Na Itália, a porcentagem de turistas estrangeiros e nacionais costuma ser quase igual. Neste ano, contudo, a expectativa é de maior turismo interno, em parte devido a restrições a visitantes vindos de fora da Europa. E isso deve ter um impacto negativo grande. "Cidades como Roma, onde 85% da economia do turismo vem do exterior, dependem [desses viajantes]'', afirma Ivana Jelinic, presidente da Federação Italiana de Viagens e Associações Empresariais de Turismo (Fiavet). Segundo a entidade, desde o início de 2020 até o final de abril, o volume total de chegadas aos aeroportos na Itália caiu 64,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2019. "Dados da Enit indicam uma perda no turismo de 65 bilhões de euros até agora, e o mercado interno não será suficiente para cobrir esta situação no verão", completa Jelinic. Neste contexto, Palmucci acredita que a pandemia ao menos oferece ao setor a chance de corrigir problemas crônicos, como o excesso de turistas, e a oportunidade para investir em inovação e políticas de sustentabilidade: "Muitas realidades ligadas a fluxos excessivos de turistas têm a oportunidade de direcioná-los para áreas menos conhecidas. Sempre apoiamos distribuir os fluxos por diferentes períodos do ano e desenvolver a promoção de locais menos conhecidos."
- Publicado em Turismo
CNC diz que turismo brasileiro tem prejuízo de quase R$ 90 bi e pode perder 730 mil empregos
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo afirma que não vê no cenário atual uma perspectiva de reversão das perdas acumuladas até agora. Pandemia do novo coronavírus tem afetado fortemente o setor turístico brasileiro Carlos Marlon/SVM A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que 727,8 mil postos de trabalho serão perdidos no setor turístico brasileiro por causa do impacto da pandemia do novo coronavírus. A entidade também calcula em R$ 87,79 bilhões os prejuízos no espaço de 3 meses. As medidas de isolamento social e o fechamento de fronteiras adotadas para deter o contágio da Covid afetaram o setor. A CNC afirma que não vê no cenário atual uma perspectiva de reversão das perdas acumuladas até agora. Setor turístico avalia que imagem do Brasil pode dificultar a retomada Rio de Janeiro (R$ 12,48 bilhões) e São Paulo (R$ 31,77 bilhões) concentram mais da metade do prejuízo nacional registrado. A taxa média de cancelamento nessas localidades chegou a superar 90% no fim de março. A entidade pede a adoção de medidas de ajuda governamental para socorrer o turismo brasileiro. Hotéis fechados Apesar da reabertura de algumas unidades que estavam sem funcionar desde o final de março, 60% dos hotéis brasileiros continuam fechados por causa da pandemia, de acordo com pesquisa do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). No final de abril, o percentual de hotéis fechados no país chegou a 69% e, na semana passada, estava em 63%, segundo o levantamento. A pesquisa mostra também que entre os hotéis com as operações suspensas, 84,7% pretendem reabrir as portas entre junho e julho, ante 74,3% que tinham essa expectativa na semana anterior. O levantamento, que tem sido feito semanalmente desde o final de março, mapeia 884 hotéis de 65 redes, em 209 cidades e 26 estados, que reúnem, juntos, uma disponibilidade de 142.892 quartos (UHs) no país.
- Publicado em Turismo
Jardins de Monet são reabertos ao público na França
Atração é um dos locais mais visitados da Normandia, uma província do norte francês. Jardins de Monet, na França, são reabertos ao público
Os jardins de Claude Monet, a inspiração de suas famosas pinturas dos "Nenúfares", reabriram ao público na segunda-feira em Giverny, na Normandia, no momento em que a França está saindo de três meses de isolamento.
Os jardins do pintor impressionista normalmente ficam repletos de turistas, atraindo mais de meio milhão de visitantes por ano, o que os torna um dos locais mais visitados da Normandia, uma província do norte francês.
Como as fronteiras do país ainda estão fechadas para turistas estrangeiros em meio à suspensão cautelosa do isolamento, a reabertura oferece uma experiência íntima para os visitantes locais, a maioria vindos das cidades próximas de Rouen e Paris.
Para manter as regras de distanciamento social, nenhum grupo é permitido na propriedade, os visitantes têm que usar máscaras, precisam seguir uma rota de mão única e devem agendar as visitas pela internet.
"Nesta época do ano, normalmente recebemos de 4 mil a 5 mil pessoas por dia, agora podemos ter 900 pessoas no máximo", disse o jardineiro-chefe, Jean-Marie Avisard, que trabalha nos jardins há 32 anos.
"Estamos muito felizes de mostrar o que fazemos… as pessoas verão o jardim um pouco como uma visita particular", acrescentou.
Monet morou com a família em uma fazenda abandonada de Giverny de 1883 até sua morte, em 1926. Ele a transformou em uma mansão rosa pitoresca, cujas dependências giram em torno de um jardim com milhares de rosas, narcisos, tulipas e peônias e um jardim aquático de estilo japonês com uma ponte em meia-lua verde que atravessa o lago de nenúfares.
(Por Emilie Delwarde e Clotaire Achi)
- Publicado em Turismo
Cancún reabre para turistas após 3 meses fechada e até US$ 1 bilhão de prejuízos
Ainda que o México continue em situação crítica devido à Covid-19, seu enclave mais célebre entre os visitantes estrangeiros começou reabertura gradual na esperança de recuperar confiança dos turistas. Cancún teve até US$ 1 bilhão em prejuízos AFP Nascida como uma cidade projetada para o turismo, Cancún, no México, passou seu aniversário de 50 anos com suas idílicas praias desertas. Há quase três meses, por conta da pandemia de Covid-19, o famoso destino turístico teve seus gigantescos hotéis e boates fechados. Suas ruas, normalmente lotadas, estão praticamente vazias. Apenas a população local permaneceu, a mesma que quase praticamente toda vive — direta ou indiretamente — do turismo, agora fortemente impactado, assim como seus trabalhadores, pela paralisação imposta pelo coronavírus. Praias ficaram desertas em Cancún Reuters Já considerando como perdida a alta temporada de verão (para o hemisfério norte), as autoridades locais tentam recuperar pelo menos parcialmente a atividade pelo restante do ano e lutam para atrair novamente visitantes. Apesar de o México ainda estar na fase de risco máximo de transmissão de coronavírus, de acordo com o governo, Cancún e o Caribe mexicano se tornaram, nesta segunda-feira (8), um dos primeiros grandes destinos turísticos da região a abrir parcialmente hotéis e serviços para viajantes. Sabendo dos receios de se viajar ainda durante a pandemia, empresários garantem que cumprirão todos os protocolos para garantir a saúde dos trabalhadores e clientes nessa volta que, eles sabem, será lenta e gradual no que resta do ano. Perdas milionárias O turismo é uma atividade fundamental em todo o Estado de Quintana Roo, onde, além de Cancún, fica a conhecida Riviera Maya, com destinos famosos como Tulum e Playa del Carmen. "De cada dez pesos produzidos no Estado, mais de cinco vêm desse setor", disse o governador, Carlos Joaquín González, na semana passada, durante uma visita do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador. Os números dão uma dimensão disso. No ano passado, 25 milhões de pessoas chegaram ao aeroporto de Cancún — 65% de fora do México, com destaque para Estados Unidos e Canadá. Seus 35 mil quartos de hotel costumam ter uma ocupação média de cerca de 80%. Para o mês de abril deste ano, a cidade aguardava ter ocupação total nos hotéis — antes de a pandemia virar de cabeça para baixo todo planejamento, do mais pessimista ao otimista. De acordo com dados do município de Benito Juárez, ao qual pertence, desde o início da crise, dez milhões de pessoas deixaram de chegar a Cancún de avião. Em abril, seu aeroporto sofreu uma queda drástica de 97% nas operações. Dos 100% de ocupação planejados por alguns, o número foi para 2 ou 3%, correspondente à presença de pessoas realizando atividades essenciais ou turistas que não conseguiram voltar aos seus países devido ao cancelamento de voos e ao fechamento de fronteiras. "É, sem dúvida, o maior desafio que Cancún já enfrentou em sua história", disse à BBC News Mundo a prefeita de Benito Juárez, Mara Lezama. É difícil de quantificar o impacto econômico disso. Até o final de abril, as autoridades municipais estimavam perdas de cerca de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,4 bilhões). Ainda sem computar os dados de maio, estima-se que já chegue a cerca de US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bi). Apesar da reabertura, os prejuízos continuarão pelo resto do ano. A Secretaria Estadual de Turismo prevê perdas de 32% até o final de dezembro — considerando os US$ 15 bilhões (R$ 72 bilhões) registrados em 2019 em Quintana Roo, pode-se estimar algo em torno de US$ 5 bilhões (R$ 24 bilhões) em perdas no Estado. Um em cada dez empregos perdidos no México Bares de Cancún, que atraem grande número de norte-americanos AFP E, sem surpresa, diante desse prejuízo, milhares de pessoas também ficaram sem emprego na ausência de turistas em hotéis, resorts, bares e restaurantes. A sangria em Cancún é especialmente dramática. Com 91 mil empregos perdidos, significa que a cidade concentra um em cada dez dos 900 mil empregos que, segundo o governo central, fecharam em todo o país desde o início da pandemia. "Somos das regiões mais afetadas do país porque o turismo é uma das indústrias mais prejudicadas. Temos uma depressão econômica", diz Lezama, destacando que os empregos informais perdidos com a crise não entram nessas cifras oficiais. No entanto, a secretária de Turismo de Quintana Roo, Marisol Vanegas, enfatiza que mais de 400 mil empregos puderam ser mantidos em todo o Estado através de acordos com empresários, que mantiveram seus funcionários na folha de pagamento. "87% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado está no setor de serviços, a maioria no turismo. Portanto, se questão do emprego fosse negligenciada, poderíamos ter uma grave crise social com famílias sem renda", diz Vanegas, Em conversa com a BBC News Mundo, a secretário considera "um indicador muito positivo" o fato de que "nenhuma das mais de 6 mil empresas do Estado entrou em falência". O restaurante Primo, em Playa del Carmen, é um destes negócios que conseguiu sobreviver à crise. Seu proprietário e chef, Pedro Abascal, admite que não foi fácil: calcula que o movimento de clientes caiu 95%, levando a uma perda de cerca de US$ 23 mil (cerca de R$ 110 mil). Durante a pandemia, ele continuou a preparar refeições, mas apenas para entrega. Graças a isso e à saída de quatro de seus funcionários que decidiram passar a quarentena em suas cidades de origem, ele conseguiu manter o restante dos trabalhadores nas mesmas condições de antes. "O serviço não é mais prestado no local, o que nos obriga a baixar um pouco os preços. E como não há mais gorjetas, estamos redirecionando também uma parcela de 10% do que entra para apoiar os funcionários", explicou à BBC Mundo. E isso ele conseguiu, diz, apesar do "auxílio zero" do poder público e de ter continuado pagando todos os impostos. "Conheço as condições políticas e sociais do meu país e ficou bem evidente que o governo não iria nos apoiar", lamenta. Reabertura parcial aguardando turistas Considerando esse colapso na economia local, as autoridades de Quintana Roo decidiram reabrir parcialmente hotéis e serviços turísticos a partir de segunda-feira (08/6). Apesar de quase todo o resto do México permanecer praticamente fechado, exceto os serviços considerados essenciais, desde 1º de junho são os estados que decidem como será o retorno ao "novo normal". No caso de Quintana Roo, foi autorizada a abertura gradual de setores relacionados ao turismo, dependendo do grau de risco para a Covid-19. Assim, a partir de segunda-feira, hotéis, restaurantes e lojas em Cancún e Riviera Maya podem abrir com 30% de sua capacidade. As praias permanecem fechadas até a próxima fase, que será revisada semanalmente. E embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha alertado na semana passada sobre o risco da reabertura precoce na América Latina, as autoridades locais garantem que todas as medidas de cuidado serão tomadas. Como exemplo, citam as 4,4 mil empresas em toda a Quintana Roo que tiveram sua segurança sanitária certificada antes de reiniciar suas atividades. Além disso, Cancún e o Caribe mexicano foram o primeiro destino na América a receber o Selo de Segurança Global concedido pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo. Abascal lista várias medidas tomadas em seu restaurante para se adaptar aos novos regulamentos e como isso implicou também em despesas adicionais. "Termômetro infravermelho, capachos, placas, papel de limpeza, álcool gel em todos os lugares, produtos químicos e de limpeza multiplicados…" Muitos questionam se este é o momento para reabertura do turismo na região, levando em conta que, na última semana, o México registrou 3,7 mil mortes por covid-19. "Temos uma boa capacidade hospitalar (68% dos leitos disponíveis em Quintana Roo) e o risco de contágio em cada atividade será analisado toda semana. O risco não pode ser medido da mesma forma para um aeroporto e um campo de golfe", diz a prefeita Mara Lezama. "Mas sim, é preciso trabalhar duro nos protocolos de saúde, porque, se relaxarmos, pode haver um retorno (do crescimento de casos de coronavírus) que seria terrível", reconhece. De seu restaurante, Abascal opina que reabrir pouco a pouco a atividade turística é a coisa certa a se fazer pela necessidade de reativar a economia e por crer que, de alguma forma, teremos que aprender a conviver com o vírus. Foco primeiro em turistas mexicanos Apesar da reabertura, muitos turistas ainda hesitam em viajar com medo de infecções e outros ainda não podem fazê-lo até que as companhias aéreas retomem seus vôos para Cancun. Lezama explica que os visitantes em potencial nesses primeiros meses de reabertura serão turistas nacionais, com base em estudos que afirmam que, na atual crise, "os turistas não querem viajar mais de quatro horas de avião ou quatro ou cinco de carro". Nesse contexto, a prefeita estima que atingir 30% de ocupação no verão (que. no México, começa em junho e termina em setembro) seria um número aceitável. "Nossos balanços de fim de ano são tipicamente 100%, mas se chegássemos a 50% desta vez seria maravilhoso." Além das dificuldades impostas pela pandemia de coronavírus, não facilitam a grande quantidade de sargaço (tipo de alga) nas praias e nem os danos causados pela tempestade tropical Cristobal em partes do Estado nos últimos dias. "Sem dúvida, é o maior desafio da nossa história, mas Cancún tem apenas 50 anos e algo característico de ser tão jovem é ter uma sociedade flexível, com uma cultura resiliente e acostumada a situações complexas, como furacões", diz Vanegas. De fato, apenas há cinco décadas começaram a ser erguidas construções na região de praias virgens sem população por perto, como parte de um projeto do governo para ter uma fonte de moeda estrangeira alternativa ao petróleo, que, na época, estava em crise. A empreitada atraiu novos trabalhadores e moradores em potencial. "Foi como a corrida do ouro nos EUA", diz Vanegas. Por ora, a celebração de meio século da "joia do Caribe mexicano", prevista para abril passado, terá que esperar até que ela possa brilhar novamente como antes.
- Publicado em Turismo
Após quase três meses fechada por causa da pandemia, Torre Eiffel será reaberta dia 25 de julho
Monumento símbolo da capital francesa estava fechado por causa da pandemia de Covid-19 desde 13 de março. Por razões sanitárias, o acesso será limitado e o uso de máscaras obrigatório. Estátua na praça Trocadero, perto da Torre Eiffel, usa máscara protetora durante o surto da Covid-19 em Paris, na França, em foto de 2 de maio Alain Jocard/AFP A Torre Eiffel será reaberta ao público a partir de 25 de junho. O monumento símbolo da capital francesa estava fechado por causa da pandemia de Covid-19 desde 13 de março. Por razões sanitárias, o acesso será limitado e o uso de máscaras obrigatório. Ela faz parte da lista de lugares indispensáveis dos turistas de passagem por Paris. Para quem descobre a capital francesa pela primeira vez e até mesmo para que já conhece a cidade, a Torre Eiffel sempre está no programa, seja para subir as escadarias, enfrentar o fila nos elevadores ou apenas admirá-la de longe, do terraço de um restaurante ou durante um passeio nas margens do Rio Sena. Mas desde 13 de março, como praticamente todos os pontos turísticos de Paris, o acesso ao monumento estava proibido. Para a alegria dos visitantes, que começam a voltar aos poucos à capital francesa, os administradores da Torre Eiffel informaram nesta terça-feira (9) que o monumento será reaberto, após quase três meses sem receber turistas. Segundo o site da torre, trata-se do período de fechamento mais longo desde a Segunda Guerra Mundial. Em um primeiro momento, os visitantes poderão subir apenas até o segundo andar do monumento. Além disso, os maiores de 11 anos serão obrigados a usar uma máscara de proteção. Homenagem aos profissionais da saúde Durante a quarentena, o mais famoso monumento da França, com seus 324 metros de altura, serviu de pano de fundo para homenagens aos médicos e enfermeiros que estavam na linha de frente contra a pandemia. Primeiro com luzes piscando às 20h, no momento em que a população aplaudia os funcionários dos hospitais em suas janelas. Em seguida, a palavra “Merci” (obrigado, em francês) passou a ser projetada na Torre, assim como mensagens pedindo para que os parisienses ficassem em casa. No dia 8 de maio retratos de enfermeiros e voluntários também foram projetados em um telão na torre. Construído em 1889 por Gustave Eiffel, o monumento acolhe cerca de 7 milhões de visitantes por ano.
- Publicado em Turismo
Turismo tem prejuízo de R$ 62 bilhões e setor avalia que imagem do Brasil pode dificultar a retomada
Expectativa é que as atividades sejam retomadas por completo apenas em 2023. O guia Vagner Santos é um dos 2.500 moradores que vivem inteiramente do turismo na Chapada Diamantina, na Bahia Arquivo pessoal O guia de turismo Vagner Santos atua na Chapada Diamantina, interior da Bahia, e conta que está há 75 dias sem renda. O parque nacional que atrai os visitantes teve de ser fechado por conta da epidemia de coronavírus. A alta temporada na região acontece neste mês e em julho. Eventos tradicionais da região tiveram de ser cancelados. "Sou guia há mais de 18 anos, faço trekking [caminhada de trilhas] do Vale do Pati, um dos mais famosos do Brasil. Somos 2.500 habitantes nessa região que vive em torno do turismo, e no momento todo mundo está se ajudando e vivendo de doações", afirma Santos. Ele tem dois filhos e ainda não teve liberado o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. O guia de turismo avalia que os passeios na Chapada Diamantina só retornarão em fevereiro do ano que vem. Segundo a prefeitura de Mucugé, cidade referência da Chapada, em 2019 foram recebidos 120 mil turistas. Para 2020, a projeção inicial era de crescimento expressivo: a estimativa era de um total de 160 mil visitantes no ano. Vagner Santos é guia na área da Chapada Diamantina Arquivo pessoal As medidas de isolamento, que visam reduzir o grau de contágio da Covid-19 entre a população brasileira e evitar sobrecarregar o sistema de saúde nacional, afetaram o turismo, que é um serviço não-essencial. O prejuízo acumulado até abril é de R$ 62 bilhões, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). "O momento atual do turismo brasileiro é dramático. Se a gente detalhar por setores, pode-se dizer que a hotelaria está majoritariamente fechada em todo o Brasil. Os que estão funcionando têm o nível de ocupação muito baixo", afirma Alexandre Sampaio, diretor da CNC e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação. A taxa de ocupação nos hotéis está entre 3% a 5% e os voos das aéreas tiveram uma queda entre 90% e 95%. Há a previsão de 300 mil desempregados no setor. Segundo Mariana Aldrigui, pesquisadora da USP sobre o setor de turismo, as estimativas são de que só em 2023 o faturamento volte ao patamar que estava em dezembro do ano passado. 60% dos hotéis do país ainda estão fechados, aponta pesquisa Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citados pela FGV Projetos, o setor de turismo responde por 3,71% do PIB do país. Imagem negativa Um fator que deve piorar a situação do setor é a imagem negativa do Brasil em centros como Europa e EUA, ocasionada pelas críticas sobre as medidas de saúde federais na pandemia de Covid-19. “O perfil de turista estrangeiro que costuma visitar o Brasil tem uma faixa etária entre 25 e 30 anos, profissão estabelecida e um nível de renda mais elevado. Essa pessoa costuma buscar informações sobre o destino que pretende visitar. Também pode contactar um agente de viagem que provavelmente vai sugerir que o Brasil não é um bom lugar para conhecer em tempo de pandemia. O problema é que não sabemos quanto tempo isso irá durar”, diz Aldrigui Carvalho. Alexandre Sampaio, da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, concorda com a avaliação sobre a imagem ruim, mas aponta outro setor econômico que será prejudicado: o de agências de viagem que negociam as idas do brasileiro ao exterior. “Quem trabalha com turismo internacional não vai receber nenhum investimento. Nossa imagem está muito ruim por ter se tornado um núcleo de difusão da doença, por conta das medidas que foram tomadas pelo governo. O turismo brasileiro está com uma imagem muito comprometida. Os brasileiros também não vão ser bem-vindo em outros países, então temos que investir no turismo interno”, diz Sampaio. Parque Nacional do Iguaçu é um dos principais destinos turísticos do Brasil e é muito visitado por estrangeiros Giovani Zanardi/RPC O mercado doméstico deve começar a reaquecer com os feriados de outubro e novembro deste ano. "Temos que pensar que são poucos os brasileiros que podiam viajar e que ativavam o setor. Por conta da crise e das pessoas que foram afetadas, muitas perderam o emprego. Quem vai voltar a viajar são aquelas pessoas que se mantiveram empregadas e que deixaram de gastar com restaurantes e entretenimento", diz a pesquisadora da USP. "A retomada do turismo como um todo depende muito de uma vacina ou um medicamento contra a Covid-19, dependendo dessas questões de saúde e segurança o turismo pode ter uma retomada mais rápida, mas isso vai depender das curvas de contaminação, os casos de mortes e propagação da doença. A retomada de feiras, navios e o turismo aéreo massivo somente vai ser possível no segundo semestre de 2021", diz Alexandre Sampaio, da CNC. Atrelado ao turismo doméstico, especialistas apontam também que o transporte rodoviário, algo que perdeu as forças nos últimos anos principalmente pelo crescimento de viagens aéreas por famílias de classe média, deve ganhar investimento a partir do segundo semestre deste ano.
- Publicado em Turismo
Turismo de MS e Procon assinam termo de cooperação para acordos durante pandemia
Campo Grande (MS) – Foi assinado nesta terça-feira (07.03) um Termo de Compromisso entre Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, entidades representantes do turismo estadual e Procon, que visa proteger o consumidor e os empresário do setor turístico durante negociações das reservas já confirmadas e que, eventualmente, poderão ser suspensas temporariamente devido à […]
- Publicado em Turismo
Bonito define protocolos de biossegurança para retomar atividade turística em julho
Campo Grande (MS) – Os segmentos de turismo de Bonito, um dos principais destinos de Mato Grosso do Sul, avançam com muita responsabilidade e rigor no cumprimento os protocolos de biossegurança para retomar as atividades de visitação a partir de julho, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Os procedimentos estão sendo elaborados com o apoio […]
- Publicado em Turismo