Garibaldi: na capital brasileira do espumante, embarque na Maria Fumaça e brinde nas vinícolas
Roteiro do Descubra o Brasil na região inclui ainda experiência em fábrica de cristais e uma viagem no tempo a bordo da Maria Fumaça. DESCUBRA O BRASIL – Garibaldi Colada a Bento Gonçalves, Garibaldi é um reforço e tanto no turismo no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. Enquanto a vizinha chama atenção pelos vinhos, ela guarda a Rota dos Espumantes e já se tornou a capital brasileira da bebida. É para tanto: não faltam vinícolas e parreirais espalhados pela rota, que tem um clima interiorano e um sobe e desce por estradinhas. Por lá, o turista passeia por vinhedos e acompanha a produção dos espumantes, desde a plantação até o engarrafamento. E o mais esperado: participa de degustações. O Descubra o Brasil foi até Garibaldi e também embarcou no trem Maria Fumaça, que passa pela cidade, saindo de Bento Gonçalves, tendo como destino outra vizinha, Carlos Barbosa. No percurso, o trem é "invadido" por músicos que anima os passageiros com canções gaúchas, italianas, danças e interpretações que homenageiam os imigrantes. No vídeo acima, ainda é possível ter uma ideia de como é a experiência numa fábrica de cristais, onde o turista acompanha o processo de produção e ainda pode tentar se aventurar a fazer sua própria obra de arte. Arte Aparecido Goncalves/G1 Parreiral ao lado de vinícola em Garibaldi, no Rio Grande do Sul Marcelo Brandt/G1 Na lavoura, homem trabalha com uvas que serão usadas na fabricação de espumantes em Garibaldi, no Rio Grande do Sul Marcelo Brandt/G1 Maria Fumaça percorrendo trilhos em Bento Gonçalves e Garibaldi Marcelo Brandt/G1 Turistas dançam ao som de música italiana em vagão da Maria Fumaça, em Bento Gonçalves e Garibaldi Marcelo Brandt/G1 Produção de cristal em Garibaldi (RS): turista pode passear pelo processo de produção Marcelo Brandt/G1 Turista pode participar da tentativa de fabricação do cristal em Garibaldi (RS) Marcelo Brandt/G1
- Publicado em Turismo
Maragogi: conheça o ‘Caribe brasileiro’ moldado pela tábua de marés e as fases da lua
Guardadas as devidas proporções, é verdade a semelhança: nas piscinas naturais alagoanas, uma dezena de espécie de peixes coloridos interagem com os turistas num mar típico das regiões da América Central – quente e transparente. Maragogi: um mergulho nas piscinas naturais Águas transparentes, quentes e cheias de peixes. As piscinas naturais – ou galés – de Maragogi, no litoral norte de Alagoas, fazem da região ser conhecida, ao menos pelos orgulhosos nativos, como "Caribe brasileiro". Não chega a ser mentira: de lancha ou catamarã, chega-se até as piscinas em cerca de 20 minutos. Lá, uma dezena de espécies de peixes coloridos nadam e interagem com os turistas num mar típico das regiões da América Central. O Descubra o Brasil foi até lá e percebeu que o fenômeno é moldado pela natureza: há dias que chegar até lá é impossível e, em determinadas datas, as galés "funcionam" por quatro horas – duas antes e duas depois do nível mais baixo da maré do dia. As fases da lua influenciam essa "dança" do mar. No vídeo acima, confira o que fazer em Maragogi e conheça as praias da região ideais para relaxar, o que não deixar de comer e como evitar ciladas. Óleo Manchas de óleo no litoral atingiram o Nordeste a partir do final de agosto de 2019. A substância é a mesma em todos os locais: petróleo cru. As manchas atingiram a Praia de Maragogi em outubro e a prefeitura chegou a decretar estado de alerta máximo. O governo federal diz que possíveis restrições de banho ficam a cargo dos governos estaduais e municipais. O governo de Alagoas disse que as praias estão aptas para banho, "não apresentando nenhuma constatação de contaminação em decorrência do derramamento de óleo". A recomendação para os turistas é checar a situação com as secretarias estaduais de Meio Ambiente antes de entrar no mar. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente diz que o banho em praias deve ser evitado em caso de "presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos". Especialistas ouvidos pelo G1 lembram que compostos do petróleo podem ser perigosos para a saúde a longo prazo. Os danos, no entanto, dependem do tempo de exposição e do contato direto com o petróleo cru. Roberta Jaworski/G1 Piscinas naturais de Maragogi, em Alagoas: mar transparente e sem ondas Celso Tavares/G1 Peixes nas piscinas naturais de Maragogi: mergulho com máscara possibilita melhor interação Lucas Rezende/G1 Turistas nas piscinas naturais de Maragogi: mergulho em mar calmo, quente e interação com peixes ao mergulhar Celso Tavares/G1 Corais estão espalhados pelas piscinas naturais: guardam peixes e devem ser preservados pelos turistas Celso Tavares/G1 Embarcações – entre lanchas e escunas – levam turistas até as piscinas naturais Celso Tavares/G1 O passeio às piscinas naturais em Maragogi é realizado de acordo com tábua de maré Celso Tavares/G1 Em Maragogi fica o maior conjunto de piscinas naturais de Alagoas, chamado de Galés. Celso Tavares/G1 Turistas fazem Caminho do Moisés, em Barra Grande: na maré baixa, é possível ir andando cerca de 2 km mar adentro Celso Tavares/G1 Turista medita em Barra Grande, Maragogi: praia é opção para dia tranquilo nas férias Celso Tavares/G1 Fim de tarde na Praia de Antunes: mar calmo, praia quase deserta e redes para descansar Celso Tavares/G1 Entardecer na Praia de Antunes, na Costa dos Corais de Alagoas, em Maragogi Celso Tavares/G1 Turistas admitam Maragogi do alto: com potencial turístico, cidade é bem urbanizada com seus 32 mil habitantes Celso Tavares/G1 Dona Josefa mostra bandeja com bolo de goma: iguaria é feita em Barra Grande, distrito de Maragogi Celso Tavares/G1 Produção de Bolo de Goma em Barra Grande, Maragogi: iguaria é tradição na região e tem o coco como ingrediente principal Celso Tavares/G1
- Publicado em Turismo
Praias do ‘lado B’ de Alagoas: descubra o charme de um litoral quase deserto e com águas quentes
Formações rochosas formam piscinas na beira-mar e fazem do mergulho no oceano um momento de paz, sem os barulhos e a agitação dos grandes balneários. Japaratinga: praias desertas são boa opção no litoral de Alagoas É praticamente sinal de sorte cruzar com outro turista nas praias. No mar, águas quentes, calmas e transparentes. Na areia, nada de espreguiçadeiras, quiosques agitados, vendedores e som alto. O Descubra o Brasil foi conhecer as praias do 'lado B' de Alagoas. Em Japaratinga, no litoral norte, o clima de vila de pescadores que deu origem à cidade se mantém em determinadas praias perfeitas para relaxar. Fora do circuito das praias mais badaladas, as de Japaratinga tem infraestrutura regular, mas se destacam pelo crime pacato. Em Barreiras de Boqueirão, formações rochosas formam piscinas na beira-mar. Em Bitingui, o fim de tarde deixa a água mais morna. Em Salgado, o clima pacato já rendeu até cenário para as gravações do filme "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues. No vídeo acima, é possível entender por que as praias do 'lado B' alagoano preservam um charme diferente para quem gosta desses balneários ainda pouco explorados. Óleo Manchas de óleo no litoral atingiram o Nordeste a partir do final de agosto de 2019. A substância é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O município de Japaratinga, um dos 13 afetados pelas manchas de óleo em Alagoas, decretou situação de emergência. O governo federal diz que possíveis restrições de banho ficam a cargo dos governos estaduais e municipais. O governo de Alagoas disse que as praias estão aptas para banho, "não apresentando nenhuma constatação de contaminação em decorrência do derramamento de óleo". A recomendação para os turistas é checar a situação com as secretarias estaduais de Meio Ambiente antes de entrar no mar. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente diz que o banho em praias deve ser evitado em caso de "presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos". Especialistas ouvidos pelo G1 lembram que compostos do petróleo podem ser perigosos para a saúde a longo prazo. Os danos, no entanto, dependem do tempo de exposição e do contato direto com o petróleo cru. Roberta Jaworski/G1 Apesar das formações rochosas, as áreas para banho em Barreiras do Boqueirão são agradáveis e sem riscos Celso Tavares/G1 Em Barreiras do Boqueirão, estruturas rochosas "quebram" a onda e formam piscinas na beira-mar Celso Tavares/G1 Com clima deserto, Barreiras do Boqueirão proporciona banho de mar calmo, quente e com águas translúcidas Celso Tavares/G1 Praia do Salgado: deserta, foi cenário do filme "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues Celso Tavares/G1 Na Praia do Salgado o turista praticamente curte a praia sozinho, sem quiosques e badalação Celso Tavares/G1 Praia de Bitingui: dá para contar no dedo das mãos o número de turistas por lá. Clima é deserto e mar é quentinho Celso Tavares/G1 Pôr do sol em Bitingui: temperatura da água esquenta a medida que a noite vai chegando Celso Tavares/G1
- Publicado em Turismo
Sucuri que aparece dando o bote em vídeo que viralizou é uma das maiores serpentes do mundo
Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul é um destino turístico muito procurado para a apreciação da vida selvagem, pois os animais vivem livremente e isso impressiona os visitantes. Mas os sul-mato-grossenses também vivem experiências de surpresa, mesmo estando acostumados com essa integração com a natureza. Essa semana o vídeo de uma sucuri “dando o […]
- Publicado em Turismo
TCU pede ao governo explicações sobre destinação de R$ 5 bilhões para fundo de turismo
Tribunal quer saber se crédito atende a requisitos de imprevisibilidade e urgência e se é relacionado à crise do coronavírus. Verba foi liberada em maio por meio de medida provisória. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (17) pedir ao Ministério da Economia explicações sobre o crédito extraordinário de R$ 5 bilhões destinado ao Fundo Geral de Turismo (Fungetur) por meio de medida provisória publicada em 7 de maio.
O TCU quer saber se o dinheiro está relacionado à crise do coronavírus e se atende a requisitos de urgência.
A decisão foi tomada dentro de um processo que analisa as ações do governo no combate aos efeitos da pandemia.
De acordo com o relator do processo, ministro Bruno Dantas, o recurso se destina ao financiamento de bens e equipamentos, obras civis para implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos turísticos.
“A realização de obras civis em empreendimentos turísticos não parece atender a requisitos de imprevisibilidade e urgência”, afirmou.
Em 8 de maio, durante entrevista no Palácio do Planalto, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, afirmou que 80% dos recursos irão para empréstimos a micro, pequenas e médias e empresas e os demais 20% para grandes empresas. Segundo o Ministério do Turismo, a linha de crédito atenderá desde agências e locais de hospedagem até parques temáticos e centros de convenções.
Segundo o ministro Bruno Dantas, do TCU, sem a urgência, o valor poderia ser liberado de forma comum, e não como crédito extraordinário, e deveria atender à regra do teto de gastos.
No processo, o TCU ainda recomenda ao Ministério da Economia que todas as medidas tomadas, com base nas regras do chamado "orçamento de guerra", sejam acompanhadas de justificativa de que a despesa ou a renúncia tributária possua relação com a covid-19 ou suas consequências econômicas e sociais.
Dantas destacou que a aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal e da regra do teto de gastos estão temporariamente suspensas, por causa da pandemia, mas “não se pode admitir que a crise sirva para adotarmos soluções excepcionais para os tempos de normalidade pós-crise”.
Turismo e vestuário são setores mais afetados pela pandemia do coronavírus
- Publicado em Turismo
Latam Airlines anuncia suspensão das operações da filial Argentina por coronavírus
Em maio, o grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos entraram com pedido de recuperação judicial nos EUA. A companhia aérea chileno-brasileira Latam anunciou nesta quarta-feira (17) que sua filial na Argentina suspenderá as operações por tempo indeterminado, já que diante do cenário da pandemia mantê-las não parece algo viável.
"A suspensão das operações da Latam Airlines Argentina, por tempo indeterminado, obedece as atuais condições da indústria local, agravadas pela pandemia da Covid-19, logo não se percebe a viabilidade de um projeto sustentável", indicou em comunicado a companhia, a maior da América Latina, fortemente atingida pela pandemia, informou a AFP.
A companhia informou que os passageiros que tenham adquirido bilhetes para rotas dentro da Argentina terão o valor restituído automaticamente caso a compra tenha sido feita com cartão de crédito. Para pagamentos feitos em outras formas, o passageiro deverá requerer a devolução pelo site latam.com/administratuviaje.
Passagens compradas para rotas internacionais poderão ter suas datas trocadas sem custo nem diferença de tarifa. Os passageiros ambém poderão solicitar um voucher para ser utilizado até 31 de dezembro de 2021 em qualquer rota da Latam.
Recuperação judicial
Em maio, o grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos entraram com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em razão dos impactos da crise do coronavírus nas operações da companhia. O valor total da dívida a ser reestruturada é de US$ 14,9 bilhões.
As subsidiárias do grupo no Brasil, Argentina e Paraguai não estão envolvidas no processo de reestruturação de dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, que permite um prazo para que as empresas se reorganizem financeiramente.
Latam entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos
- Publicado em Turismo
Disney anuncia medidas sanitárias e de segurança em parques para a reabertura em julho nos EUA
Capacidade de público será limitada e selfies com os personagens estão vetadas. Castelo da Cinderella no Walt Disney World Joe Burbank/Orlando Sentinel via AP O braço da Disney responsável pelos parques temáticos da empresa nos Estados Unidos divulgou as medidas sanitárias e de segurança para a reabertura que acontecerá no dia 11 de julho na Flórida e uma semana depois na Califórnia. As atrações estão fechadas desde março em razão da pandemia do novo coronavírus. Algumas das medidas adicionais para evitar a propagação da Covid nos parques da Disney: Tanto o público quanto os membros do elenco serão obrigados a usar máscaras Capacidade máxima do parque será reduzida para facilitar distanciamento Público terá a temperatura tomada ao entrar no parque Haverá a recomendação de efetuar transações sem dinheiro para evitar contato com objetos Protocolos de limpeza dos parques terão cuidados adicionais O Castelo da Bela Adormecida na Disneylândia da Califórnia Jae C. Hong/AP O complexo Disneyland Resort, situado em Anaheim, que inclui hotéis e dois parques de diversões, está fechado desde 14 de março pela pandemia e sua proposta de abertura ainda depende da aprovação das autoridades. A Disneyland da Califórnia recebia dezenas de milhares de visitantes diariamente. Era o segundo parque mais visitado do mundo, depois do da Flórida. Nesse estado, o "Magic Kingdom" e o "Animal Kingdom" reabrem no dia 11, e, depois, no dia 15, o "Epcot" e os "Estúdios Hollywood", todos em Bay Lake. O "Walt Disney World" é um conjunto de 6 parques nos EUA, com ingressos de entrada separados, que têm um público anual conjunto de 93 milhões de pessoas. Espetáculos serão suspensos para evitar aglomerações. A Disney vai criar um novo sistema de vendas, que exigirá que todos os visitantes obtenham uma reserva para entrar no parque com antecedência. Os espetaculares desfiles e shows noturnos também ficarão suspensos para evitar aglomerações. Castelo da Bela Adormecida com estátua de Walt Disney e Mickey Mouse, na Disneylândia, Califórnia AP Photo/The Orange County Register, H. Lorren Au Jr. As selfies com o Mickey ou outros personagens também estão suspensas. "Os personagens estarão nos parques de uma nova forma para entreter e deleitar os visitantes", anunciou o comunicado. O Downtown Disney, espaço para lojas, ao lado do parque, espera abrir em 9 de julho, e os hotéis do grupo na Califórnia, no dia 23, com novos protocolos sanitários. No mês passado, o conglomerado informou que as receitas operacionais trimestrais da divisão caíram 58% com relação ao ano passado, em grande parte devido à pandemia do novo coronavírus. A "Disneyland" em Xangai, na China, o maior parque internacional da empresa, reabriu no dia 11 de maio depois de ficar fechado desde 24 de janeiro. Com informações da RFI e da France Presse
- Publicado em Turismo
Próxima de reabrir, torre Eiffel se prepara para o turismo da era da pandemia
É o fechamento mais longo desde a Segunda Guerra Mundial. Torre Eiffel se prepara para reabrir com medidas de distanciamento após pandemia
A Torre Eiffel será reaberta em 25 de junho após três meses de fechamento devido ao coronavírus, mas só será possível subir as escadas para o segundo andar, com o uso obrigatório de uma máscara a partir dos 11 anos de idade.
É o fechamento mais longo desde a Segunda Guerra Mundial, informou a gerência da torre.
A empresa também especificou em seu site que o número de visitantes será limitado na esplanada e nos andares e que será estabelecido um sentido de circulação, com subidas na escada leste e descidas na escada oeste.
Dependendo da evolução da situação de saúde, os elevadores que levam os visitantes da esplanada para o segundo andar "podem ser rapidamente postos em serviço em condições adaptadas".
O governo francês começou a aliviar as medidas de isolamento a partir de meados de maio.
O Palácio de Versalhes foi reaberto no dia 6 de junho, enquanto o museu do Louvre vai receber de volta os visitantes a partir de 6 de julho.
Com informações de Reuters e France Presse
- Publicado em Turismo
Veneza tenta pensar em um futuro que vá além do turismo e no qual a cidade não afunde – literalmente
Cidade de 50 mil habitantes tem problemas com superpopulação de visitantes. Gôndola em Veneza Andrea Pattaro / AFP Ainda vazia por causa da pandemia de coronavírus, cidade italiana se prepara para receber visitantes novamente. Alguns querem rever as multidões no local, outros pedem medidas para buscar clientela mais seletiva. Na Praça de São Marcos, uma gaivota leva da mão de um menino o sanduíche embrulhado em papel alumínio. Ele solta um riso nervoso, sua mãe o puxa. A alta probabilidade de se tornar vítima de um pássaro faminto é uma das desvantagens de se estar praticamente sozinho num dos pontos turísticos mais famosos de Veneza. Geralmente, gente de todos os cantos do mundo se aglomera na Praça de São Marcos, alguns se deliciam com um café caro demais num dos bares, ou compram lembranças que trazem a palavra "Venezia" estampada. Uns são atraídos pelos museus de renome, outros tiram uma selfie. Mas nada é normal em Veneza nesse momento. Embora mais normal do que antes de 3 de junho, quando os cidadãos da União Europeia passaram a não ter mais que ficar em quarentena por duas semanas ao ingressar na Itália. Foi também uma data prenunciando o retorno a uma espécie de cotidiano, após meses difíceis e rigorosas medidas de isolamento social. A Itália foi o primeiro país da Europa a ser atingido pela crise do coronavírus, e com um número especialmente alto de mortos a prantear. O Grande Canal perto da Ponte Rialto, em Veneza, é visto com águas claras como resultado da interrupção do tráfego de lanchas após o bloqueio do país durante a nova crise de coronavírus Andrea Pattaro/AFP Entretanto, por mais difícil que a situação tenha sido, e ainda é, a covid-19 deu a Veneza um tempo para respirar. Segundo dados oficiais, 12,5 milhões de turistas pernoitaram na cidade em 2019, e cerca de 15 a 16 milhões a visitaram para passeios de um dia. Isso é demais, na opinião de Jane da Mosto. Ela nasceu na África do Sul e vive em Veneza há 25 anos, com o marido, um veneziano, e quatro filhos. Quando fala da cidade que escolheu para morar, ela a descreve como um "limão espremido" pelo governo local, ou como uma "vaca ordenhada". Com sua iniciativa We are here, Venice (Estamos aqui, Veneza), ela luta contra os navios de cruzeiro, contra o turismo de massa, que, na sua opinião, destrói a alma de Veneza. O que a deixa particularmente irritada é o fato de apenas alguns ainda quererem ou poderem viver na cidade. Os habitantes são pouco mais de 51 mil no momento. Para muitos proprietários, é muito mais lucrativo alugar para turistas do que para famílias com renda normal. Jane da Mosto reivindica que o governo local crie incentivos para que os venezianos possam encontrar empregos em outros setores fora do turismo. "Meus quatro filhos amam a cidade e querem ter um futuro aqui", diz Mosto. Fique mais tempo, gaste mais Nicolo Bortolato é – como 65% dos habitantes de Veneza – dependente de visitantes, mas quer para seu hotel um grupo-alvo semelhante ao que Jane da Mosto quer para a cidade: gente que visita Veneza por estar interessada nela, para mergulhar em sua história milenar. Há dez anos, Bortolato e outros converteram o conhecido Palazzetto Pisani em hotel. Quem lá fica não paga apenas por acomodação e café da manhã, mas também convive com o charme veneziano. Há pinturas em toda parte, um salão com móveis antigos de madeira, onde os hóspedes podem se sentar e conversar. É esse tipo de turista que muitos de Veneza gostariam de ver na cidade: quem pode gastar alguns euros a mais. Até a responsável em Veneza por atrair o maior número possível de visitantes diz que as coisas não podem continuar como antes. Paola Mar, responsável pelo setor de turismo local, queria introduzir taxas de entrada em julho, mas a pandemia chegou, e tudo foi adiado. Mar mora no continente. Seus críticos dizem que o comissária de Turismo não sabe o que é ter que se espremer entre multidões para ir ao trabalho ou se assustar todos os dias pelos hóspedes de Airbnb que batem à porta porque se enganaram de apartamento. Outros problemas Quando alguém questiona Paola Mar sobre um limite para o número de turistas, ela eleva a voz, quase um pouco irritada. "Como isso pode ser implementado?", pergunta. Em vez disso, ela quer introduzir reservas obrigatórias, para controlar as multidões de turistas no futuro. Para muitos venezianos, isso não basta: eles argumentam que sua cidade não sofre apenas com o excesso de visitantes, mas também por suas fundações estarem afundando. Em novembro mesmo, uma inundação paralisou Veneza e causou imensos danos a muitas casas. Marco, gondoleiro do Canal Grande, mostra a que altura a água chegou, na época. Ele é um dos que se beneficiam do turismo e agora é particularmente afetado pela crise. Dos seus mais de 400 colegas, muitos ainda estão desempregados. Ele diz esperar que os visitantes voltem em breve. Hossein Ismail, gerente do Café Aurora na Praça de São Marcos, vê as coisas da mesma forma. Ele conversa com seus colegas, caminha de um lado para o outro entre as cadeiras azul-turquesa. Estão todas vazias, até que duas alemãs se sentam e se queixam dos vaporettos: os ônibus aquáticos venezianos já estão novamente superlotados.
- Publicado em Turismo
Turismo tem linha de crédito extraordinário para enfrentar a pandemia
A MP 963 é resultado da atuação do Fornatur e setores privados do turismo desde o início das medidas de contenção da pandemia de coronavírus que afetou economicamente o segmento Campo Grande (MS) – O setor turístico tem uma linha de crédito extraordinário de R$ 5 bilhões, criado pelo Governo Federal por meio da Medida Provisória […]
- Publicado em Turismo