Vice do conselho da Samsung é condenado a 30 meses de prisão por suborno
Um tribunal sul-coreano sentenciou nesta segunda-feira (18) o vice-presidente do conselho de administração da Samsung, Jay Y. Lee, a dois anos e meio de prisão, o que pode atrasar a reestruturação acionária do grupo após a morte do pai do executivo em outubro.
Leia mais (01/18/2021 – 14h49)
- Publicado em Negócios
Atraso no plantio da soja prejudica safra de algodão em Mato Grosso
A estiagem que atingiu o estado em 2020 atrasou o plantio do grão e consequentemente o de algodão, que entra na sequência, utilizando as mesmas áreas de plantação. Atraso no plantio da soja prejudica safra de algodão em Mato Grosso
A estiagem que atingiu o Mato Grosso no ano passado, no começo do plantio da soja, ainda gera problemas para os agricultores. O atraso na soja complica também o plantio de algodão, que entra na sequência, nas mesmas áreas de plantação.
Em 2021, a semeadura do algodão começou antes do planejado em uma fazenda de Nova Mutum, no médio norte de Mato Grosso. Normalmente, o plantio é feito em duas fases. A chamada primeira safra é semeada no início de dezembro e a segunda só depois que a soja é colhida, em janeiro.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
O algodão só seria plantado no final do mês. O problema foi a estiagem do final do ano que atrasou a semeadura da soja, e interferiu no planejamento.
“A gente vai fazer apenas uma safra de algodão em 32% da propriedade, onde tradicionalmente a gente fazia uma safra de soja. A gente colhia essa soja em janeiro e na sequência fazia o plantio do algodão. Agora, a gente vai ter apenas a safra de algodão”, explica Darci Bortoloto, gerente da fazenda.
Além de menos soja no campo, a fazenda também vai produzir uma quantidade menor de algodão. O planejamento era ocupar 7,8 mil hectares, mas a área vai ser 11% menor do que o previsto. A queda vai ocorrer porque a soja não será colhida a tempo.
O Mato Grosso deve ter uma redução de 11,8% na comparação com o ano passado. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a área de plantio no estado deve ser de pouco mais de 1 milhão de hectares.
Mudança na plantação
Em outra fazenda, em Sorriso, neste mesmo período em anos anteriores a soja já estaria sendo colhida e o algodão sendo plantado, mas o mesmo tempo seco que atrasou todo esse processo, também foi responsável pela diminuição de área da segunda safra.
No lugar do algodão será plantada outra cultura.
“Será a safrinha de milho, já que a janela do plantio de milho é um pouco mais longa. O mês de fevereiro inteiro ainda possibilita esse plantio, então onde a gente vai diminuir o algodão será safrinha de milho em 2021”, explica Elias Belé, engenheiro agrônomo da fazenda.
Mesmo com a redução, parte do algodão será plantado fora da janela recomendada, na primeira semana de fevereiro. É uma necessidade, já que os insumos e sementes já foram comprados e começaram a chegar.
A aposta é na qualidade do solo para conseguir fazer uma boa safra.
“Temos solos bons que conseguem segurar temperatura e umidade um pouco melhores, então a gente acredita que ainda entrando poucos dias, até o dia cinco de fevereiro, a gente consegue obter sucesso na safrinha de algodão”, afirma Elias.
A produção de algodão deve cair quase 12% este ano, na comparação com a última safra.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Ilha das Cinzas é laboratório de tecnologias ambientais na Amazônia
Na série de melhores reportagens do Globo Rural, reveja os ribeirinhos que aproveitam a riqueza da floresta e preservam a natureza. Ilha das Cinzas é laboratório de tecnologias ambientais na Amazônia
A Ilha das Cinzas, na foz do Rio Amazonas, no Pará, é um lugar de natureza exuberante onde vive uma comunidade de ribeirinhos: agricultores e pescadores que mudaram de vida nos últimos anos. Esta história pode ser revista na série de melhores reportagens do Globo Rural.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Ribeirinho é quem vive na beira do rio e dele tira o sustento e a Ilha das Cinzas é um lugar muito inspirador, onde, nos últimos anos, a população tocou uma série de projetos de geração de renda, com um olhar especial para a floresta e o rio.
A pandemia atrasou projetos novos na Ilha das Cinzas. E as crianças ficaram sem aula, porque não há internet para o ensino à distância. Alguns ribeirinhos pegaram Covid-19, mas infelizmente ninguém morreu. Relembre a história no vídeo e leia mais aqui.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Agricultores comemoram a boa safra de tabaco no Rio Grande do Sul
Em 2020, a estiagem provocou grandes perdas para os produtores. Este ano, a estimativa é que a produtividade seja 2% maior. Agricultores comemoram a boa safra de tabaco no Rio Grande do Sul
Os produtores de tabaco do Rio Grande do Sul estão satisfeitos com a lavoura em 2021. Um grande alívio depois da estiagem do ano passado.
O agricultor Joel Junkherr está terminando a colheita nos mais de 260 mil pés de tabaco que tem na cidade de Santa Cruz do Sul. Nesta safra, o clima ajudou e as perdas não chegam a 5%. Em 2020, passaram de 40%.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), alguns agricultores deixaram de cultivar tabaco e, com isso, houve uma redução de 6% na área plantada. Mas quem apostou na atividade vai ter, além de mais qualidade, uma produtividade cerca de 2% maior que o ano passado.
Segundo a Afubra, 80% dos produtores começaram a plantar com um mês de antecedência em relação ao ano anterior. Com isso, eles puderam concluir a colheita antes da chegada da estiagem.
O produtor rural Arcênio Hoff já encerrou a colheita dos 135 mil pés de tabaco. O processo de secagem também já está praticamente concluído e o produtor diz que teve aproveitamento máximo.
A previsão é que o Brasil produza cerca de 606 mil toneladas de tabaco em 2021.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Reveja o processo de fabricação do fio da seda no Brasil
Tema de reportagem especial do Globo Rural em 2020, produto é exportado para o mundo todo e é reconhecido pela alta qualidade. Reveja o processo de fabricação do fio da seda no Brasil
Sabia que o fio da seda produzido no Brasil é o mais branco do mundo? Esta e outras curiosidades sobre a fabricação deste produto nobre foram reapresentadas no Globo Rural deste domingo (17).
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
A reportagem de Neide Duarte, exibida originalmente em agosto de 2020, mostra em detalhes a fabricação do fio no Paraná. O processo é minucioso e pode levar até 3 anos para que o produto se transforme em tecido e, assim, chegue até as prateleiras para o consumidor.
O fio brasileiro é exportado para o mundo todo e reconhecido pela sua alta qualidade.
A criação do bicho da seda não parou na pandemia. E a indústria mostrada pela reportagem continuou trabalhando.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Chuva impulsiona plantação no sertão da Paraíba no período de estiagem
Reservatórios na região estão com quase metade da capacidade de armazenamento, proporcionando irrigação para manter o plantio. Chuva impulsiona plantação no sertão da Paraíba no período de estiagem
Com chuva acima da média, o sertão da Paraíba vive momento positivo para plantações. A estiagem na região se intensifica entre julho e dezembro e nesse período, os agricultores evitam plantar, mas até o fim do ano passado a situação foi diferente.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Parte da água proveniente das chuvas continua estocada. Os 117 reservatórios monitorados do estado estão com quase metade da capacidade de armazenamento. Em todo o semiárido nordestino o armazenamento está em 30% do volume máximo.
"Conseguimos muito trabalho, os açudes estão cheios", diz Francisco Cabral, agricultor.
Arroz mesmo na seca
Com mais irrigação, mesmo o plantio de arroz, que precisa de muita água, está sendo feito no período que seria de seca.
"Ver um arroz desse em um sertão desse verdinho é bom demais", afirma Suetônio Nascimento, agricultor.
Além do arroz, a região tem plantações de maracujá, pimentões, hortaliças e outros.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Conheça as três espécies de tamanduás que vivem no Brasil
No Brasil, vivem o bandeira, o mirim e o menor deles: o tamanduaí. Reportagem especial do Globo Rural exibida em 2019, traz curiosidades sobre este animal que é considerado por pesquisadores um "fóssil vivo". Conheça as três espécies de tamanduás que vivem no Brasil
O tamanduá é um dos maiores mamíferos do país e também é muito antigo, considerado por pesquisadores um "fóssil vivo". No Brasil, vivem três espécies dele: o bandeira, o mirim e o menor deles, o tamanduaí.
Essas curiosidades foram reapresentadas no Globo Rural deste domingo (17).
Na reportagem de José Hamilton Ribeiro, exibida originalmente em dezembro de 2019, o jornalista viajou ao Piauí para conhecer o animal de perto.
As queimadas do Pantanal no ano passado foram devastadoras para os tamanduás e toda a fauna da região. A recuperação vai ser lenta e depende do trabalho de técnicos, agricultores e governos.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Falta de equipamentos de irrigação prejudica plantações de café em Minas Gerais
Muitos agricultores precisaram diminuir a área de cultivo na região. Falta de equipamentos de irrigação prejudica plantações de café em Minas Gerais
A dificuldade em conseguir equipamentos de irrigação está prejudicando o plantio de café em Minas Gerais. Muitos agricultores precisaram diminuir a área de cultivo.
Na fazenda dos irmãos José e Mário Dianin, em Romaria, no Triângulo Mineiro, o café ocupa 130 hectares. Mas o plantio, previsto para o início de dezembro, foi adiado.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Para o desenvolvimento das mudas, os agricultores precisam de um sistema de irrigação eficiente. O escolhido pelos irmãos foi o modelo por gotejamento, que também é usado em outras áreas da propriedade. Apesar do pedido ter sido feito em julho, até agora, a empresa que faz a instalação não conseguiu entregar.
Antes de iniciar o plantio do café, o ideal seria que o sistema de irrigação já estivesse pronto. Os produtores esperaram o quanto puderam e como os canos ainda não chegaram, a solução foi irrigar as mudas com um trator, o que leva, em média, três dias para molhar toda a área.
Quem está fazendo esse trabalho é o Márcio Dianin, filho do Mário. Para dar conta dos mais de 30 hectares em renovação, ele precisa ir ao córrego para buscar água.
"Isso demanda um trabalhador a mais. Preciso de mais tempo para abastecer o tanque e vir molhar o café já plantado, em torno de uma hora e meia”, conta Márcio.
Pedidos atrasados
E não é só essa família que está sofrendo com o problema. Uma empresa que implementa sistemas de irrigação para produtores de café está com pedidos atrasados desde junho. Principalmente porque a indústria parou de fornecer os tubos de PVC, material indispensável para a fabricação dos sistemas.
Quem fez pedidos mais para o fim do ano também vai enfrentar preços mais altos. E foi esse aumento nos custos que fez o agricultor Luiz Augusto, de Coromandel, no Alto Paranaíba, desistir da irrigação.
A pandemia derrubou as vendas de PVC no ano passado e as indústrias diminuíram a produção. Agora, a demanda aumentou e é por isso que está faltando produto.
Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural
- Publicado em Negócios
Como a pandemia pode redefinir nossa relação com a produtividade no trabalho
Mudanças aceleradas nas rotinas de trabalho estão levando alguns profissionais a repensarem radicalmente seu conceito de produtividade Os desafios do Home Office Divulgação Os dias de semana de Carol Tompkins costumavam ser muito diferentes. Antes da pandemia, a consultora de desenvolvimento empresarial de 38 anos acordava por volta das 6h30, se deslocava até uma empresa de software de contabilidade em Londres e trabalhava de 10 a 12 horas movida a café antes de ir para a cama depois de 1h da manhã. "A pandemia me ajudou a perceber que eu não era tão feliz, realizada ou saudável quanto gostaria de ser", diz ela. Então, nos últimos nove meses, Tompkins reduziu pela metade suas horas de trabalho, dobrou as horas de sono, viu suas as enxaquecas diminuirem — e até aumentou o quanto realiza por dia. Muitos dos que estão lendo provavelmente conseguiram se enxergar na vida pré-pandemia de Tompkins. Vivemos em uma sociedade obcecada pela produtividade — potencializando-a ao seu limite máximo. E, de certa forma, essa pressão pela produtividade piorou ainda mais desde o início da pandemia, à medida que as pessoas agora também se preocupam com a forma como estão "aproveitando ao máximo" o recém-descoberto tempo extra em casa. Nesse sentido, a pressão para finalmente mudar a forma física ou terminar aquele projeto de reforma da casa tampouco ajuda. Além disso, à medida que as empresas migraram para o trabalho remoto, registrar cada uma das tarefas cumpridas se tornou uma maneira de os funcionários comprovarem a produtividade aos supervisores que não estão mais ao alcance da vista. Ao passo que a pandemia continua, não ficaremos menos obcecados com a produtividade. No entanto, temos uma rara oportunidade de reavaliar o que realmente significa o termo. Tompkins é uma das muitas pessoas que estão redefinindo a produtividade como resultado da pandemia, descobrindo que a velha definição do rolo compressor não serviu para sua saúde, bem-estar ou até mesmo para o sucesso no trabalho. Agora, alguns profissionais estão analisando suas escolhas de forma crítica e reformulando a produtividade para incluir o cuidado com seu "eu holístico". Dar um passo atrás não só ajudou a desacelerar esses trabalhadores, como também possibilitou uma melhor qualidade de vida. Apesar de bancar custos e trabalhar além da jornada, trabalhador vê aumento da produtividade no home office Foco em resultado e qualidade do trabalho: dicas para otimizar o home office Mudando 'valores internalizados' Se nos sentimos programados para sermos produtivos é porque, de certa forma, nós somos. Nossa obsessão cultural com a produtividade tem raízes profundas. "A importância atribuída a 'ser produtivo' remonta a vários séculos", diz Sally Maitlis, professora de comportamento organizacional e liderança na Saïd Business School da Universidade de Oxford, no Reino Unido. "Mas [particularmente] nos últimos 30 anos, [os defensores] nos imploraram implacavelmente para melhorar nossa produtividade pessoal, nos esforçarmos para nos tornarmos mais eficientes e eficazes e fazer mais, mais rápido. Muitas pessoas internalizaram tanto esses valores que mudar não é uma questão simples." Isso significa que, mesmo que as conversas sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional tenham aumentado ao longo dos anos — e especialmente em meio à transição para o trabalho remoto — "o discurso da produtividade ainda é fantasticamente dominante em nossa sociedade", e não é fácil se desvencilhar desta forma de pensar. "As pessoas resistem a tentar coisas novas porque há conforto no status quo", diz Grace Marshall, coach de produtividade e autora de um livro sobre produtividade e resultados no trabalho. "Há uma diferença entre saber que algo é uma boa ideia e vivenciá-la." Agora, no entanto, os trabalhadores não precisam "optar" pela mudança. Ela aconteceu. "Mais gente está, na verdade, vendo como é ter autonomia para escolher onde e quando trabalhar, em vez de ter horários de trabalho e deslocamento arbitrários. Para alguns, o simples fato de sair da rotina e ter tempo para pensar resultou em mudanças de valores", acrescenta Marshall. "Antes da pandemia, minha definição de ser produtivo era riscar o máximo possível de coisas da minha lista de tarefas", conta Steve Waters, 44 anos, empresário de Washington, capital dos EUA. "Tinha a sensação de que não conseguia me concentrar, mas também [estava] muito ocupado para descobrir como mudar. Se não fosse pela pausa forçada provocada pela pandemia, provavelmente ainda estaria trabalhando dessa maneira." Tompkins se viu presa em um ciclo semelhante até o mesmo ser interrompido pela pandemia. Ela percebeu o desequilíbrio em seu foco de produtividade: o trabalho era priorizado em detrimento de outros aspectos da sua vida. "Antes, apenas meus objetivos profissionais importavam, e tudo o mais, incluindo minha saúde, era colocado de lado", diz ela. Tanto Waters quanto Tompkins mudaram sua relação com a definição tradicional de produtividade. Eles estão entre os profissionais que perceberam que a produtividade não é apenas volume de produção, mas também inclui ações que os permitem chegar mais perto de objetivos gerais. Simplesmente, o tempo gasto fora de suas carreiras profissionais — e em vez disso, trabalhando em si próprios — também é produtivo. Para Waters, o fechamento da empresa de inteligência de mercado que ele possuía, provocado pela pandemia, gerou um alerta revigorante e uma nova abordagem à produtividade. "No início, fiquei chocado com a mudança rápida, mas assim que abracei o desconforto, encontrei uma profunda sensação de clareza", diz ele. "Isso me levou a implementar o essencialismo na minha rotina diária: a ideia de fazer menos, mas melhor. Passei de um foco em uma variedade de coisas para um foco direcionado ao mais importante." Ele lançou um novo negócio: a Contrace Public Health Corps, a primeira organização americana a recrutar nacionalmente indivíduos para rastreamento de contatos. Agora, Waters acorda duas horas mais cedo do que costumava e trabalha até 14h. Ele reduziu os e-mails, telefonemas, uso de rede social e consumo de notícias, além de passar menos tempo analisando demais suas decisões e de se distanciar de pessoas tóxicas proativamente. Tompkins reduziu suas horas de trabalho sem diminuir a produtividade, delegando mais e limitando sua disponibilidade para reuniões. Com mais horas de sono, ela chega com energia renovada para trabalhar, o que a ajudou a tomar decisões mais impactantes e atingir suas metas, deixando a chefia feliz também. Em seu recém-descoberto tempo livre, Tompkins pode estar com a família, sair de casa ou meditar. (Pré-pandemia, ela considerava a última opção "uma completa perda de tempo".) "Estou comprometida a manter essas mudanças positivas, mesmo quando a vida voltar a algum tipo de normalidade", diz ela. A porta continuará aberta? Essa nova perspectiva holística da produtividade está melhorando a vida de muitos trabalhadores, proporcionando a eles satisfação, equilíbrio e sucesso ao mesmo tempo. No entanto, mesmo que possam ter encontrado a chave para um lugar melhor, não depende apenas deles manter essa porta aberta. As companhias que empregam esses funcionários também precisam aderir à nova concepção de produtividade ou as coisas voltarão a ser como antes. Para adotar mudanças de longo prazo, a maioria precisa da aprovação de seus empregadores. E embora pesquisas mostrem que a produtividade corporativa aumentou, em muitos casos, desde o início da pandemia de covid-19, especialistas concordam que nem mesmo uma pandemia global pode reverter paradigmas de produtividade corporativa profundamente arraigados no espaço de um ano. "Para que as organizações façam essas mudanças em todo o mundo, precisaríamos ver mudanças nos incentivos, aumento da regulamentação ou líderes e empresas suficientes exercendo pressão social e criando normas", explica Michael Parke, professor assistente de administração da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e supervisor de estudo sobre produtividade remota. "Do contrário, minha preocupação é que, uma vez que as coisas se 'normalizem', possamos voltar à era pré-pandemia." Se isso acontecer, pode haver conflito entre as empresas contratantes e o banco de talentos. "A pandemia acelerou uma mudança na crença de que os resultados financeiros ou de produtividade são os únicos resultados que importam", avalia Shoshana Dobrow, professora assistente de administração da London School of Economics (LSE), no Reino Unido. "Ainda assim, a mudança precisa acontecer em um nível sistêmico, ou veremos mais incompatibilidades entre o que os indivíduos desejam e o que as organizações estão dispostas a oferecer, e mais pessoas podem optar por deixar [o sistema existente]." Como proprietário de uma empresa, Waters concorda. "Haverá uma divergência entre donos de negócios que entendem nossa nova abordagem à produtividade e estão abertos a mudanças, e aqueles que tentam voltar ao status quo pré-pandemia", diz ele. "Os líderes empresariais terão de empoderar os funcionários que descobriram novas mentalidades (de trabalho) que funcionam melhor para eles — ou arriscam perdê-los para empresas que fazem isso." Por sua vez, Tompkins olha para o futuro com um equilíbrio entre otimismo e realismo. Ela planeja manter sua nova abordagem e espera poder retornar ao escritório com um horário mais flexível. "Minha chefia está feliz porque o trabalho ainda está sendo feito da maneira certa, as metas estão sendo alcançadas e a produtividade não diminuiu", diz ela. "Tenho a sensação de que a gerência está feliz com a forma como as coisas mudaram, mas [nada foi decidido ainda]." Embora seja impossível saber o que vai acontecer quando o mercado de trabalho entrar na fase pós-pandemia, os funcionários podem sempre escolher sintonizar sua relação com a produtividade. A pandemia proporcionou uma rara oportunidade de reavaliar o que significa "ser produtivo" e deu aos profissionais a chance de definir uma versão melhor de si mesmos — e, quem sabe, de ambientes de trabalho melhores também. Vídeos: como será o trabalho após a pandemia?
- Publicado em Negócios
Ministério da Saúde diz que questionou Twitter sobre post com alerta de informação enganosa
Pasta voltou a defender tratamento precoce contra a Covid-19, que não é endossado por especialistas. Neste sábado, rede social considerou post do órgão 'potencialmente prejudicial'. Marcação do Twitter em post do ministério Reprodução/Twitter O Ministério da Saúde disse que pediu, ao Twitter, um posicionamento sobre a publicação na página do órgão, que foi considerada "potencialmente prejudicial" pela rede social. O tuíte do órgão pede que o tratamento precoce seja solicitado por quem apresentar sintomas da Covid-19, o que não é endossado por especialistas. Neste sábado (16), O Twitter colocou um alerta no post, apontando que houve "a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais" relacionadas à doença. Twitter faz alerta de informação enganosa em postagem do Ministério da Saúde Em nota divulgada neste domingo (17), o ministério disse que a publicação não viola as regras do site e voltou a defender o tratamento precoce dos pacientes (leia o comunicado completo, no fim da página). "O Ministério da Saúde esclarece que o post bloqueado pela plataforma do Twitter se refere ao tratamento precoce – protocolo da pasta para enfrentamento à pandemia da Covid-19. A pasta solicitou ao Twitter um posicionamento a respeito do ocorrido, já que o conteúdo não feriu nenhuma das políticas de convivência da rede social", afirmou o ministério. O "tratamento precoce", ou "Kit Covid", disponibilizado pelo Ministério da Saúde é uma combinação que inclui a hidroxicloroquina e a cloroquina, junto com outros fármacos. As substâncias inicialmente foram testadas em laboratório e, depois, em estudos clínicos, pesquisadores de diferentes universidades e países comprovaram que não há prevenção e/ou tratamento com a ajuda de medicamentos. "Todos os países com seriedade, que seguem a ciência, eles já compreenderam que esses medicamentos não são eficazes contra a Covid", disse Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins. "Se esses medicamentos tivessem qualquer comprovação científica, seria impossível que esses países, onde existem pesquisadores muito sérios e instituições muito respeitadas e competentes, não estivessem recomendando para a sua população", acrescentou. Pelo mesmo motivo, o Twitter já fez alertas na conta do presidente Jair Bolsonaro e nos perfis dos deputados federais Carla Zambelli e Daniel Silveira. Apesar da marcação, as publicações seguem visíveis. Esse tipo de medida do Twitter, no entanto, ajuda a restringir a circulação desse tipo de postagem. Posts apagados em 2020 O Twitter já agiu contra as postagens do presidente Jair Bolsonaro no ano passado. Em março, tuítes de Bolsonaro foram apagados também por violação de regras relacionadas a conteúdos que envolvam a pandemia. Na ocasião, foram tirados do ar posts que registravam um passeio de Bolsonaro em Brasília, que provocou aglomerações, e o posicionamento dele contra o isolamento social, defendido por autoridades de saúde do mundo inteiro. Nas regras sobre remoção de conteúdo que envolva desinformação sobre a Covid-19, em texto de julho passado, a rede social aponta o que leva em conta ao considerar essa medida. Podem ser alvos posts que: reflitam não uma opinião, mas algo apontado como fato, e, entre os exemplos, o Twitter cita postagens que abordem supostas medidas preventivas contra a doença, tratamentos ou curas; tenham sido apontados como falsos ou enganosos por especialistas no assunto, como autoridades de saúde pública; possam causar danos se as pessoas acreditarem nessa informação, da forma como ela foi apresentada, podendo levar a uma maior exposição ao vírus ou afetar a capacidade do sistema de saúde de lidar com a pandemia, por exemplo. A plataforma afirma ainda que, em vez de remover um post, poderá colocar um advertência no tuíte, nos casos em que o risco de dano seja menos grave, mas, ainda assim, possam confundir as pessoas. E que isso reduz a visibilidade da postagem. Leia, abaixo, a nota do Ministério da Saúde sobre a publicação que recebeu alerta do Twitter "O Ministério da Saúde esclarece que o post bloqueado pela plataforma do Twitter se refere ao tratamento precoce – protocolo da pasta para enfrentamento à pandemia da Covid-19. A pasta solicitou ao Twitter um posicionamento a respeito do ocorrido, já que o conteúdo não feriu nenhuma das políticas de convivência da rede social. O tratamento precoce vem sendo orientado, para que junto com os recursos assistenciais disponibilizados pelo Governo Federal desde o início da pandemia, ajude a salvar vidas. Em casos de qualquer sintoma é muito importante que o paciente procure um profissional de saúde e dê início ao tratamento. Precisamos evitar que casos graves da doença ocorram. Todo tratamento médico eficiente se caracteriza por ser realizado tão logo se detecte o problema. O Ministério da Saúde defende esse princípio que rege as boas práticas da medicina mundial. É importante destacar que o tratamento precoce é uma orientação, mas cabe, única e exclusivamente, aos médicos decidirem os procedimentos mais adequados para seus pacientes. E a estes aceitarem ou não a orientação." Initial plugin text
- Publicado em Negócios