Auxílio emergencial: ‘Sem doações, meus filhos passariam fome’: o fim do benefício na cidade brasileira com mais dependentes do recurso
Governo federal decidiu não prorrogar o repasse de dinheiro para quase 68 milhões de pessoas, e muitos moradores de cidades como Amapá (AP) agora veem aumentar o sofrimento com a fome, o desemprego e a inflação. Auxílio emergencial foi encerrado no fim de 2020 Reuters “Só adulto aguenta porrada. É muito complicado pra criança. Não sou só eu que estou sofrendo. Tenho três filhos. A gente recebe um pouco de feijão daqui, farinha dali, um frango pra comer na semana. Familiares vão ajudando. Mas, ontem, eu jantei queijo. O queijo que eu peguei fiado para vender e sobreviver”, relata o vendedor ambulante Josielson Cardoso, de 33 anos. Na semana passada, ele não conseguia parar de chorar na frente dos filhos quando lhe pediram dinheiro para comprar merenda. “É uma dor muito doída quando nossos filhos pedem e não temos o que dar. Antes a gente tinha o auxílio emergencial, mas agora acabou. E, sem as doações que a gente consegue, eles estariam passando fome.” Antes da pandemia, ele conseguia lucrar em torno de R$ 1.000 por fim de semana como vendedor ambulante de bebidas na porta de festas e boates. Mas a renda caiu a zero quando a Prefeitura de Amapá (a 300km de Macapá, capital do Estado de mesmo nome), onde mora com a família, proibiu eventos com aglomerações para evitar o espalhamento do coronavírus. A doença infectou 1 em cada 9 habitantes da cidade de Amapá, segundo dados oficiais. O auxílio de R$ 600, única renda da casa de Josielson em grande parte de 2020, chegou a ajudar a comprar comida, mas não bastava. As dívidas cresceram. A mulher dele passou um mês doente com covid-19. E ele precisou vender a moto e um freezer que usava para gelar as bebidas que comercializava. E o que era ruim ficou pior. O governo federal decidiu não prorrogar o repasse de dinheiro para quase 68 milhões de pessoas a fim de aliviar o impacto da pandemia. Então, muitas pessoas agora enfrentam fome, desemprego e inflação. No ano passado, Amapá liderou o ranking de cidades brasileiras que mais receberam o auxílio. Das 10 cidades com mais beneficiários, 8 estão na região Norte do país e 2, no Nordeste. Ao todo, 82% da população amaparina recebeu auxílio no ano passado. Para a prefeitura, o número surpreende e sugere três coisas: fraudes, erro de cadastro ou um contingente de necessitados fora do radar. Amapá tem um território cinco vezes maior que a cidade de São Paulo e uma população que não chega a um milésimo da paulistana. A geração de emprego se resume ao serviço público, à pesca, à agricultura familiar e ao comércio, na maioria informal. A dependência local de programas sociais não é novidade por lá. Segundo a secretária de Assistência Social, Liliane Dias, 40% da população já dependia de benefícios sociais antes mesmo da pandemia. Mas Josielson faz parte de um grupo social hoje dentro de num limbo assistencial, porque não recebia benefícios antes da pandemia e acabou dependendo completamente do auxílio emergencial porque sua atividade profissional ficou inviável. Wendell Silva, 38, se apresentava como DJ e promovia festas em Amapá antes da pandemia Acervo pessoal Não há sinal de melhora: o auxílio emergencial não foi renovado, os preços de alimentos e habitação estão aumentando e a pandemia de covid-19 continua se espalhando. Muitos agora dependem basicamente de doações, como as cestas básicas distribuídas pela prefeitura. É o caso de Wendell Silva, de 38 anos, que não consegue trabalhar desde março de 2020 porque a Prefeitura de Amapá proibiu eventos públicos com aglomeração, incluindo festas fechadas ou nas praças da cidade, como o aniversário do município. Ele atua há 13 anos produzindo e tocando como DJ em festas e eventos que costumam reunir de 400 a 1000 pessoas em torno de música eletrônica, funk, baile da saudade ou tudo misturado. Obeso e fumante, ele perdeu a avó e amigos para a doença em 2020. “Meu organismo não é mais de moleque, mas não tinha opção, precisei ir trabalhar em outras cidades, mesmo com o risco de ficar doente. E a gente vai se virando, grava um CD aqui e ali, vende camisa do time de futebol da cidade.” Mas a conta não fecha. O dinheiro do auxílio emergencial servia para comprar comida para a casa de sua mãe, onde mora com a mulher há anos depois de a própria casa para sua filha conseguir fazer faculdade na capital Macapá. “Sem a ajuda de minha família eu não conseguiria comer e minha filha não conseguiria mais estudar.” Ele costumava defender a decisão municipal de proibir aglomerações para evitar que o contágio por covid-19, mas diz não compreender mais o porquê da medida ao ver tanta gente se aglomerando nas ruas e no comércio sem máscara. “Tem fila em todo canto e ninguém se protege ou se importa. Desse jeito era pra voltar as festas de vez, então. Tem um monte de família que depende delas para ganhar dinheiro e sobreviver.” Onde se recebia mais auxílio emergencial O pagamento do auxílio emergencial começou em abril de 2020, sendo R$ 600 ou R$ 1.200 para mães chefes de família. Depois de cinco parcelas, o valor caiu pela metade. O último dos repasses, de R$ 300 ou R$ 600, ocorreu em dezembro. Estima-se que o custo dos pagamentos para 68 milhões de pessoas tenha chegado a R$ 300 bilhões, quase dez vezes o valor do Bolsa Família, que beneficia cerca de 14 milhões de famílias com repasse médio de quase R$ 200. Segundo tabulação feita pela BBC News Brasil, com base em dados do Portal da Transparência federal, do IBGE e da Justiça Eleitoral, Amapá era a cidade com mais taxa de beneficiários por população estimada, cerca de 82% — a secretária de Assistência Social disse ter analisado a lista de nomes de pessoas que receberam o auxílio e detectado que havia “vários ali que nem moram na cidade”. Nas outras nove cidades mais dependentes do auxílio emergencial, na razão entre beneficiários por habitantes ou eleitores, o benefício foi pago para uma parcela que variou de 61% a 79% da população: Pacaraima (RR), Assis Brasil (AC), Iranduba (AM), Beruri (AM), Caroebe (RR), Campo Largo do Piauí (PI), Gurupá (PA), Prainha (PA) e Extremoz (RN). Mas, por questões orçamentárias, o presidente Jair Bolsonaro decidiu encerrar os pagamentos. O governo federal diz estudar alternativas ao programa, que teve um impacto positivo direto na popularidade do presidente, mas não há qualquer medida concreta no horizonte. Inflação e letargia O auxílio emergencial conseguiu conter o avanço da pobreza por um tempo, atenuar o impacto do desemprego crescente e da perda de renda de trabalhadores informais e até ampliar o poder de compra de algumas famílias. A injeção desse volume de dinheiro, no entanto, teve algumas consequências negativas. A principal delas é a inflação, que teve a maior alta em cinco anos (4,52%). Alimentos e bebidas subiram 14%, o pior aumento desde 2002. O óleo de soja, por exemplo, dobrou de preço. Por outro lado, a pobreza extrema deve atingir, em janeiro, uma taxa entre 10% e 15% da população brasileira, de acordo com projeção calculada pelo economista Daniel Duque, pesquisador do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), a pedido da BBC News Brasil. Isso significa que a proporção de brasileiros vivendo na extrema pobreza (ou seja, com menos de US$ 1,90 por dia) pode dobrar em relação a 2019, quando a taxa foi de 6,5% da população — ou 13,7 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a pobreza (quem vive com menos de US$ 5,50), Duque projeta que a taxa ficará entre 25% e 30% no começo do ano que vem. Em 2019, ela foi de 24,7%, ou mais de 51 milhões de brasileiros. A situação nos pequenos municípios se agrava ainda mais porque a arrecadação municipal tem caído junto com a redução da atividade econômica, o que levou a corte de custos e investimentos. “Vou precisar renovar o decreto de situação de emergência por mais seis meses. É no mínimo dois anos dessa letargia por causa da pandemia. E nem vai voltar ao normal com a vacinação dos grupos prioritários, ainda mais com a ameaça dessa mutação do vírus”, afirmou o prefeito de Amapá, Carlos Sampaio (DEM), reeleito em 2020. Pandemia do coronavírus levou o governo a criar o auxílio emergencial para proteger a população mais vulnerável Getty Images Sobre os moradores que não têm mais auxílio e não conseguem trabalhar, Sampaio afirmou que “morrer elas não vão, e precisarão se reinventar.” A prefeitura diz dialogar com o governo do Estado e congressistas para tentar reverter o fim do auxílio emergencial ou ampliar os recursos para a assistência social dos mais necessitados. “Só sobrevivo porque amigos ajudam com comida”, conta com dificuldade Robson Cambraia, que já não se lembra mais da idade. “Pode colocar que eu sou bem idoso.” Ele chegou a receber cesta básica da prefeitura, mas “depois do tempo de política, de eleição, os políticos somem tudo”. Hoje, com um quadro de hanseníase, não consegue executar nenhum serviço, pescar ou plantar para comer. “Não sei o que vai ser de mim.” Em entrevista à BBC News Brasil em dezembro de 2020, o presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé, disse que um dos principais problemas era a falta de perspectiva. "Até aqui, você não teve saque, quebra-quebra, nem nada, mas a situação se agravando, meu Deus do céu, não gosto nem de pensar nesse cenário. Aí tem uma questão séria. O mundo político, as elites econômicas do país, ou elas compartilham as riquezas nesse momento ou nós vamos todos compartilhar as tragédias que a concentração dessa riqueza gera." Assista a mais notícias de Economia:
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Google investiga pesquisadora de ética em inteligência artificial
Empresa encerrou acesso de funcionária ao e-mail corporativo e disse estar investigando suposto download de arquivos compartilhados com pessoas de fora da companhia. Sindicato afirma estar 'preocupado'. Google investiga REUTERS/Dado Ruvic/Illustration O Google investiga uma pesquisadora sobre ética em inteligência artificial (IA) semanas após encerrar o contrato de outra integrante da equipe, anunciou o sindicato recém formado na empresa. Em um comunicado enviado ao site "Axios", o Google afirmou que a conta de e-mail da pesquisadora Margaret Mitchell na empresa foi encerrada enquanto uma investigação interna é realizada. A companhia disse que ela supostamente baixou um grande número de arquivos e compartilhou com terceiros. O Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet, criado por funcionários da empresa matriz do Google, afirmou nesta semana em um comunicado que estava "preocupado com a suspensão do acesso corporativo de Margaret Mitchell", membro do sindicato e uma das principais pesquisadoras de IA. "Essa suspensão acontece pouco depois da demissão realizada pelo Google da antiga líder Timnit Gebru; ambas representam um ataque às pessoas que estão tentando tornar a tecnologia do Google mais ética", afirmou o sindicato. Funcionários da Alphabet, dona do Google, formam sindicato nos EUA Demissão de Timnit Gebru Google enfrentou fortes críticas em dezembro passado após a demissão de Gebru, que denunciou que foi ordenada a se retratar de um trabalho de pesquisa. Gebru enviou um e-mail interno acusando a companhia de "silenciar vozes marginalizadas", após superiores terem solicitado que ela não publicasse um artigo científico ou retirasse seu nome e de colegas. Ela foi desligada da companhia pouco depois. No mês passado, mais de 1.400 funcionários da Google faziam parte dos quase 3.300 signatários de uma carta online que exigia da empresa uma explicação sobre a demissão de Gebru junto com o motivo para ordenar que sua pesquisa fosse retirada. Saiba mais: Após demitir cientista negra, profissionais do Google assinam petição contra empresa A carta também pedia à Google que cumprisse com um compromisso "inequívoco" com a integridade da pesquisa e da liberdade acadêmica. Veja vídeos sobre tecnologia no G1 G
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Governo quer retomar agenda de reformas após eleições no Congresso; veja o que está em jogo
Reformas administrativa e tributária, PEC do pacto federativo, PEC emergencial e novo programa social envolvem valores elevados. Medidas podem alterar forma como governo gasta e arrecada. Com o fim do recesso e as eleições de novos presidentes para a Câmara e o Senado, no início de fevereiro, a área econômica do governo Jair Bolsonaro pretende retomar a discussão de reformas estruturais. Boa parte das medidas tenta frear o gasto público, mas o debate de um novo programa social também deve se manter no radar em 2021.
A agenda do governo é encabeçada pelas propostas de emenda à Constituição (PECs) da emergência fiscal e do pacto federativo, além das reformas administrativa e tributária (veja detalhes de cada uma abaixo). O novo programa social, para sair do papel, precisa do "espaço orçamentário" que essas medidas pretendem abrir.
Retrospectiva 2020: economia brasileira entra em recessão, mas recupera parte do prejuízo no fim do ano
Se levadas adiante, as reformas representarão mudanças profundas tanto na forma de arrecadar recursos, quanto nas despesas de União, estados e municípios. Dentro desse pacote de medidas, há discussões como:
o retorno da CMPF, antigo "imposto do cheque" e com potencial impacto sobre transações digitais;
a redução de jornada e salário dos servidores públicos, que hoje não é prevista pela legislação;
novas regras para gastos mínimos em saúde e educação;
redução de benefícios para servidores públicos, e
revisão de programas sociais que já existem.
Na equipe econômica, a prioridade é evitar o aumento de gastos e conter o avanço da dívida pública, enquanto os estados e municípios querem abocanhar uma parcela da arrecadação federal para manter benefícios fiscais a empresas. A sociedade civil, enquanto isso, luta para evitar uma deterioração ainda maior dos serviços públicos.
Governo, estados e sociedade
No começo do ano, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, declarou que 2021 seria "definido" por um processo de "consolidação fiscal", ou seja, de ajuste nas contas públicas. "A grande tarefa do governo em 2021 vai ser de manter o lado fiscal sob controle", disse.
O objetivo é impedir uma alta ainda maior da dívida bruta, que deve bater recorde ao ultrapassar 90% do PIB em 2020 por conta dos gastos com a Covid-19 – bem acima da média dos países emergentes (cerca de 60% do PIB).
Dívida pública brasileira ultrapassou 90% do PIB em outubro
No governo, há também resistência em prorrogar o auxílio emergencial, apesar do aumento da pressão no Congresso Nacional, e uma tentativa de encontrar caminhos para acelerar a privatização de estatais.
Já os estados querem abocanhar uma parcela maior da arrecadação da União, como forma de manter os benefícios fiscais para empresas. Eles pedem cerca de R$ 480 bilhões ao longo de dez anos para abastecer o fundo de desenvolvimento regional e o fundo de exportações.
Espremida na disputa por recursos, a sociedade civil tenta garantir que os direitos atuais sejam preservados. Formada por mais de 200 associações e consórcios de gestores públicos, fóruns e conselhos, a Coalizão Direitos Valem Mais pediu melhora nos serviços ofertados à população se posicionou pelo aumento de recursos no orçamento de 2021 para as áreas saúde, educação e assistência social.
Mudanças na arrecadação
Do lado da arrecadação, segundo analistas, o cenário atual da economia é marcado por um sistema tributário confuso, ineficiente e que dificulta o aumento da produtividade e do emprego. Para melhorar esse quadro, está sendo discutida uma reforma tributária.
Segundo o diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI, órgão ligado ao Senado), Josué Pellegrini, falta simplicidade e transparência ao atual sistema tributário brasileiro.
Em 2020, reforma tributária esbarrou em falta de acordo no Congresso
Para ele, porém, os principais problemas são a falta de neutralidade (ou seja, excesso de interferência no sistema econômico) e a regressividade — peso maior da tributação sobre os mais pobres.
"Nosso sistema realmente é muito ruim. É muito difícil piorar em caso de mudanças, de tão ruim que ele é", disse Pellegrini. O diretor do IFI sugere:
a instituição de um imposto agregado (IVA) nacional sobre o consumo, para buscar a neutralidade, e
a redução do peso dos impostos sobre consumo e folha de pagamentos, com aumento da tributação sobre a renda e diminuição de benefícios fiscais.
Tributação sobre o consumo
A proposta do governo envolve mudanças somente em impostos federais, mas os estados querem uma reforma mais abrangente dos tributos sobre o consumo, englobando também tributos estaduais e municipais.
Os governos estaduais pedem um alto volume de recursos para manter benefícios fiscais e estimular as exportações, o que foi já foi rechaçado pelo governo. Com a reforma em tramitação, a palavra final caberá ao Legislativo.
Até o momento, somente a tributação sobre o consumo está em debate. Nesse caso, nenhuma das esferas de governo admite perder recursos.
Se PIS, Cofins, ICMS e ISS forem apenas unificados, sem revisão das alíquotas que hoje são endereçadas a União, estados e municípios, a alíquota do IVA nacional deve se tornar uma das maiores do mundo, ao redor de 30%.
CPMF, folha de pagamentos e tabela do IR
Em fases futuras da reforma tributária, que sequer começaram a ser discutidas, o governo:
avalia a possibilidade de um imposto sobre transações financeiras, nos moldes da extinta CPMF,
quer desonerar a folha de pagamentos das empresas e
reduzir o Imposto de Renda das pessoas jurídicas.
Em consonância com as principais economias do mundo, o governo também estuda voltar a tributar lucros e dividendos (algo que foi abandonado na década de 90).
A área econômica estuda, ainda, propor a correção da tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, uma promessa de campanha do presidente Bolsonaro, medida que beneficiaria a parcela mais rica da população.
Em declarações recentes, Bolsonaro já demonstrou que vê dificuldades em cumprir a promessa.
‘Deveríamos ter avançado no programa de reformas’, diz economista sobre saída da Ford
Alterações nos gastos públicos
Na outra ponta, do lado das despesas públicas, os analistas avaliam que há espaço para melhorar a forma de gastar os recursos arrecadados.
Estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgado em 2019 mostra que o Brasil gasta muito e gasta mal. "Há amplo espaço para melhorar os serviços oferecidos à população sem implicar em aumento dos gastos públicos", diz o documento.
Teto de gastos
Oficialmente, o governo prega a manutenção do teto de gastos — mecanismo que limita a maior parte das despesas à variação da inflação do ano anterior. Com isso, os gastos não obrigatórios devem ser os menores em 14 anos em 2021, o que impactará despesas em saúde, educação e serviços públicos, como fiscalização do meio ambiente, do trabalho escravo e bolsas de estudo.
OCDE sugere reformas ao Brasil para manter teto de gastos e ampliar Bolsa Família
Brasil terá retomada 'lenta' e 'risco elevado' de romper teto de gastos em 2021, diz IFI
A Coalizão Direitos Valem Mais pediu o fim do teto de gastos, com a criação de uma nova regra fiscal e realização de uma reforma tributária — com a tributação emergencial dos setores mais ricos.
A organização também avaliou que a "realidade exige condições orçamentárias adequadas para proteger a população do crescimento vertiginoso do desemprego, da fome e da miséria" no contexto de enfrentamento da pandemia do coronavírus.
PECs emergencial e do pacto federativo
O Ministério da Economia defende, na PEC da emergência fiscal, o fim de reajustes aos servidores enquanto as contas não estiverem equilibradas, além da possibilidade de redução de jornada e salário funcionários públicos.
O governo também propôs a unificação do piso de gastos em saúde e educação, enquanto o relator da PEC, senador Marcio Bittar (MDB-AC) defendeu o fim desse gasto mínimo. A proposta do relator ainda não foi apresentada.
Relator, Márcio Bittar decidiu não apresentar o relatório da PEC Emergencial em 2020
No ano passado, o Ministério da Economia chegou a apoiar uma proposta para congelar os benefícios de aposentados por até dois anos. Essa alternativa, porém, já foi afastada pelo presidente Jair Bolsonaro, que ameaçou dar um cartão vermelho a quem defendesse a medida.
Reforma administrativa
O governo divulgou no ano passado uma proposta de reforma administrativa, com fim da estabilidade para parte dos novos servidores públicos, além de vedar promoções ou progressões na carreira exclusivamente por tempo de serviço e de acabar com outros benefícios. A ideia é diminuir os gastos com o funcionalismo e economizar R$ 300 bilhões em dez anos.
Dados do Instituto Millenium mostram que o Brasil gastou 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, cerca de R$ 930 bilhões, com servidores públicos federais, estaduais e municipais. É o dobro das despesas com educação e 3,5 vezes as despesas com saúde (3,9% do PIB).
Frente parlamentar propõe incluir atuais servidores públicos na reforma administrativa; tema será debatido
Em manifesto divulgado no fim de 2020, porém, 29 entidades ligadas aos servidores, entre elas Fenafisco e Sindjufe, avaliaram que a proposta do governo ignora aspectos de gestão e foca exclusivamente no ajuste das contas públicas.
As entidades argumentaram que ela também cria um modelo de avaliação de desempenho que permite o assédio e a demissão de servidores "que não certifiquem medidas de interesse estritamente político".
Novo programa social
Segundo analistas, o governo também deve retomar a discussão sobre a reformulação do Bolsa Família neste ano. Após o aumento da popularidade do presidente Bolsonaro em 2020 com o pagamento do auxílio emergencial, o objetivo seria aumentar o número de beneficiários e o valor pago no Bolsa Família – que teria o nome alterado para "Renda Brasil" ou "Renda Cidadã".
Modelagem de novo programa social repercutiu mal no Congresso em 2020; relembre
A área econômica defende, porém, que essa reformulação seja feita dentro do teto de gastos, o que limitaria o alcance do novo programa. De acordo com Leonardo Ribeiro, analista do Senado Federal e especialista em finanças públicas, o teto de gastos reduz bastante o grau de liberdade que o governo tem para desenhar esse novo programa social, pois precisará cortar gastos correntes.
"A pandemia aumentou no mundo inteiro, não só no Brasil, a desigualdade social. É inevitável que o Congresso, e o governo, atuem nesse sentido [de reforçar programa sociais]. Já existem projetos de lei tramitando no Congresso. Acho que o próprio Poder Executivo já deve ter alguma proposta, algum desenho esboçado. Acho que, assim que forem definidas as lideranças na Câmara e no Senado, tem probabilidade alta de se discutir uma agenda social", concluiu.
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Restaurantes investem em delivery próprio, mas continuam com aplicativos de entrega
Especialistas dizem que o ideal é usar a visibilidade dos apps terceirizados, mas também criar um sistema exclusivo, para aproximar os clientes. Restaurantes investem em delivery próprio, mas continuam com aplicativos de entrega
O delivery se tornou uma das principais armas do setor de alimentação para compensar a falta de clientes nos restaurantes durante a pandemia do coronavírus. Mas fica uma dúvida: é melhor usar um aplicativo de entrega terceirizado ou criar um sistema próprio?
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Uma rede de comida chinesa nasceu em 1992 já com o DNA de delivery. Antes da pandemia, as entregas representavam 60% das vendas. Agora são 91%.
“A coisa mais difícil é a pessoa comprar de você. Não adianta ter um bom app se não atender bem o cliente. Atendendo bem, ele vai voltar”, diz o empresário Thomas Liu.
A empresária Sálua Bueno está no ramo de alimentação há sete anos. Ela e um sócio montaram três creperias, no Rio de Janeiro. Com a pandemia, começou a fazer delivery.
“A gente teve que ir com muita força pro delivery, porque naquele momento foi nossa única possibilidade de ganho financeiro”, conta Sálua.
Para os especialistas, o ideal é manter um sistema híbrido: usar a visibilidade e alta demanda dos aplicativos de entrega de comida e também criar um sistema próprio. Para isso, é preciso investir em tecnologia, treinamento e logística.
A rede de comida chinesa faz isso. Começou recebendo pedidos por telefone. Depois, contratou aplicativos terceirizados e este ano lançou o delivery próprio.
Demorou cinco anos para ajustar cada detalhe e hoje a margem de erro da operação é quase zero. E não se trata só de tecnologia. Ter equipe própria de motoboys facilita a logística, agiliza a entrega e fideliza cliente.
“Trabalhei, tentei, troquei, tive coragem de pegar investimento, jogar no lixo e começar de novo até fazer funcionar. Hoje está funcionando perfeitamente, valeu a pena”, conta Thomas.
Para Thomas, o sistema próprio aproxima mais o cliente porque dá para conhecer melhor o perfil do consumidor. Ele diz que atualmente a rede trabalha com 50% em delivery próprio e 50% com entrega pelos apps.
Na creperia, 80% dos pedidos chegam por aplicativos terceirados. Os outros 20% chegam por telefone, redes sociais e aplicativos de mensagem. Agora, a empresa desenvolve um app de entrega próprio.
“No processo da pandemia atingimos a maturidade para entender o negócio e trabalhar com equipe com treinamento bacana, achar embalagem adequada”, explica Sálua.
Agora, a empresa desenvolve um aplicativo de entrega próprio, com base no que já tinha, para fidelizar clientes. A meta é que esse canal entregue até 40% dos pedidos.
Lig Lig
Rua Estela, 515 – Bloco A – Conjunto 151 – Vila Mariana
São Paulo / SP – CEP: 04011-002
www.liglig.com.br
Amelie Creperie
Shopping da Gávea Botafogo
Praia Shopping
Barra Shopping
Rio de Janeiro / RJ
www.ameliecreperie.com.br
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Casinha para pets em mercados permite que consumidor faça compras e monitore os animais
Serviço é gratuito para os clientes, que podem deixar os bichinhos em segurança. Casinha para pets em mercados permite que consumidor faça compras e monitore os animais
Uma casinha inteligente para pets em supermercados permite que o cliente monitore como está o seu bichinho de estimação pelo aplicativo, durante as compras.
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Alguns negócios nascem no susto. E foi assim que aconteceu com o empresário Georges Ebel.
“Eu ainda não tinha consciência do perigo que era deixar o pet amarrado na porta do estabelecimento. Precisei entrar em um para fazer compras, estava com eles, amarrei rapidinho. Depois de 10 minutos estavam anunciando que tinham fugido dois cachorros. Eu fiquei desesperado, mas consegui recuperá-los”, conta.
Tanto estresse despertou o espírito criativo de quem nunca tinha trabalhado no setor pet. A casinha inteligente foi criada para evitar exatamente essa situação com cachorros presos fora dos estabelecimentos comerciais e sem nenhuma segurança.
O serviço funciona de graça. É só baixar o aplicativo que mostra no mapa os estabelecimentos onde elas estão. Depois, tem que ler o QR Code na porta de cada estação para abrir a portinha.
“Ela fecha e tranca automaticamente e aciona um ventilador para garantir o conforto do pet ali dentro. A partir daí, você entra na loja e está monitorando o que está acontecendo dentro da estação”, explica Georges.
O tempo máximo recomendado para o animal ficar lá dentro é de uma hora.
Foram 18 meses de pesquisa para desenvolver a casinha, inclusive com ajuda de treinadores e veterinários. O piso é preparado para qualquer tipo de sujeira e os equipamentos são higienizados pela empresa do Georges.
“A gente tem parcerias com grandes redes varejistas, que pagam uma mensalidade para oferecer esse benefício aos clientes. Além disso, temos parceria com grandes marcas que veiculam a marca deles tanto no nosso aplicativo, quanto nas estações”, conta o empresário.
O investimento foi de R$ 1 milhão. As redes varejistas pagam uma mensalidade R$ 1.5 mil para oferecer esse benefício aos clientes.
A empresa está hoje em 60 estabelecimentos, tem 15 mil usuários e cresce 15% ao mês.
“Tem usuário que chega a utilizar as estações mais de 17 vezes por mês, então a gente vê que de fato ele está incorporando esse passeio, essa presença do pet na vida dele”, diz Georges.
PetParker
Alameda Vicente Pinzon, 54 – Vila Olímpia
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Startup muda o foco durante a pandemia e passa a ajudar pequenos negócios da periferia a vender online
Antes da quarentena, a empresa fazia reformas em comércios locais. Agora oferece consultoria digital. Startup muda foco na pandemia e ajuda pequenos negócios da periferia a vender online
Uma startup que reformava pequenos negócios na periferia de São Paulo se reinventou durante a pandemia do coronavírus. O foco agora é a transformação digital.
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A proposta da Grazielly Silva quando criou a startup em 2016 era oferecer reparos para mudar o visual de pequenos negócios na periferia e atrair mais clientes.
“Era 100% voltado para o mundo físico. A proposta era que esses negócios melhorassem a fachada e outros detalhes para vender mais”, explica a empresária.
Durante o período em que o comércio ficou fechado, a startup percebeu que as pequenas empresas precisavam vender pela internet para sobreviver, e começou a oferecer assessoria para elas migrarem para o digital.
“Verificamos que era uma demanda reprimida, principalmente falando de negócios pequenos que não conheciam agência de marketing. Foi a mudança do modelo de negócio de nossa empresa”, conta Grazielly.
A floricultura do casal Juliana Nunes e Marcelo Araújo, na Zona Leste de São Paulo, fazia postagens tímidas em redes sociais. Para conquistar mais clientes e alavancar as vendas durante a quarentena, eles contrataram o serviço da startup.
“Quando veio a pandemia, foi um estalo. Eu tive que aprender a mexer na internet, a postar nas redes sociais com mais constância pra poder ter mais visualizações e, assim, a gente conseguir vender mais pela internet”, conta Juliana.
Depois que o casal passou a cuidar das mídias sociais, o faturamento da floricultura cresceu 40%. A startup cuida das postagens, cria conteúdo, mantém contato com os clientes e dá dicas práticas e preciosas para quem nunca mexeu com mídia social.
A startup já atende 15 clientes e contratou dois colaboradores: um arquiteto e um especialista em mídias sociais. O custo do serviço de execução e postagens varia de R$ 99 a R$ 330 por mês.
A empresa ampliou a área de atuação, mas o público alvo continua o mesmo.
“A nossa missão desde o inicio é que as lojas físicas consigam conversar com o online de uma maneira bonita, inteligente e, principalmente, que elas vendam. Esse é foco do pequeno empreendedor”, afirma Grazielly.
Repagina.me
Endereço: Polo Digital de Mogi das Cruzes
Telefone: (11) 954426762
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Youtube: Repagina com Grazi Silva
E-mail repagina.me@gmail.com
Conheça empreendedores que estão superando a crise
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E-commerce de joias adota selo de carbono neutro no setor de logística
Certificação compensa a emissão de gás poluente durante entregas das compras com ações ambientais. E-commerce de joias adota selo de carbono neutro no setor de logística
O setor de logística de e-commerce está usando uma nova estratégia para se aproximar dos clientes: o selo de carbono neutro, que compensa a emissão de gás poluente com uma ação ambiental.
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Pouca gente se dá conta, mas fazer uma compra pela internet sem sair de casa também gera poluição. A maioria dos veículos usados na entrega emite gases do efeito estufa.
A empresária Stephanie Stein, dona de um e-commerce de joias, investiu no marketing verde. Uma das certificações que ela exibe no site é o selo de carbono neutro.
“Adquiri o selo de reciclagem e encontrei o selo de neutralização para compensar frete da produção de minhas peça”, conta Stephanie.
O selo foi lançado pela startup do Daniel Drapac, que comercializa softwares de gestão para e-commerces.
“O selo significa que naquela compra, o que foi gerado de emissão de CO2 eu tive a contra partida de comprar a quantidade de crédito para compensar isso”, explica Daniel.
Diferencial verde
O selo é bom para o meio ambiente, bom para as vendas e virou um diferencial na hora de conquistar clientes para um e-commerce. Com a certificação, a empresa mostra que investe em entrega consciente e num futuro mais verde.
Todo CO2 emitido pela empresa ou pela sua logística é quantificado e compensado, na mesma proporção, em uma ação ambiental, como preservação florestal ou reflorestamento.
A emissão de uma tonelada de CO2, por exemplo, equivale ao plantio e crescimento de seis árvores por 15 a 20 anos.
Durante a pandemia, a procura pela certificação de carbono neutro subiu 40%. O faturamento da startup este ano pode chegar a R$ 3 milhões.
“É impressionante como é um produto que tem apelo, independente do tamanho do negócio. Temos clientes como pequenos artesãos, que pensam nessa cadeia limpa, e grandes empresas nacionais com volume de entrega. É bom para o pequeno e para empresa grande”, afirma Daniel.
O selo foi criado em parceria com uma consultoria de sustentabilidade. Ela recebe os créditos e repassa para algum projeto ambiental certificado pelo Protocolo de Kyoto.
O crédito de carbono é cobrado no frete, gira em torno de R$1,60 e pode ser pago pelo cliente ou pela empresa, como o e-commerce de joias da Stephanie faz.
Com o transporte consciente, a empresa quer diminuir a emissão de carbono em até 20%.
“Empresas que se preocupam com isso a médio e longo prazo vão ter mais valor agregado. É cuidar da nossa pedra mais preciosa que é o planeta. Não tem planeta reserva, temos que cuidar agora”, diz Stephanie.
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Produção de arroz no RS é comprometida pela seca
Estado é o principal produtor do grão no país e falta de chuva prejudicou colheita da atual temporada. Produtores de arroz do Rio Grande do Sul estão sofrendo com a estiagem
Produtores de arroz do Rio Grande do Sul devem ter a colheita prejudicada nesta safra por causa da seca.
O estado, que é o principal produtor de arroz do país, ficou sem chuvas em algumas regiões.
Assista a todos os vídeos do Globo Rural
Foi o caso do agricultor Elton Machado, que tem uma lavoura de arroz em Arroio Grande que ficou 10 dias sem água. O cultivo foi prejudicado e a colheita atrasou cerca de 20 dias.
"A gente estima uma quebra de 5% a 7% em relação ao que se colheu ano passado", conta Elton.
Os produtores costumam dizer que a lavoura de arroz precisa de sol na cabeça e água no pé para uma boa safra.
A seca em diversas regiões do Rio Grande do Sul afetou o estado no momento em que a água é essencial para a irrigação.
Em Pelotas, o agricultor Eduardo Almeida não sabe o que esperar da atual temporada. Na última safra, ele colheu 8,5 toneladas de arroz.
"É bem difícil e angustiante. A gente trabalha, tem investimento, tudo tá aqui, né? A nossa vida é isso aqui", conta Eduardo.
Na última safra, os produtores do Rio Grande do Sul colheram 7,8 milhões de toneladas de arroz. Mesmo mantendo a área da temporada anterior, a expectativa é de quebra na produção.
Os preços, por outro lado, se elevaram, conforme explica Alexandre Velho, presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul).
"Este ano temos a expectativa de um patamar de preço melhor já na colheita. Isso se deve a um ajuste grande no mercado, aliado a um câmbio acima de R$ 5 que nos traz uma expectativa de uma exportação bastante grande no ano de 2021", afirmou.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.
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Pequenas Empresas & Grandes Negócios: contatos de 24/01/2021
Veja como obter informações das empresas citadas no programa. Veja a reportagem: Restaurantes investem em delivery próprio, mas continuam com aplicativos de entrega
Lig Lig
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Amelie Creperie
Shopping da Gávea Botafogo
Praia Shopping
Barra Shopping
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Veja a reportagem: E-commerce de joias adota selo de carbono neutro no setor de logística
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Stephanie Stein
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Veja a reportagem: Startup muda foco durante a pandemia e passa a ajudar pequenos negócios da periferia a vender online
Repagina.me
Endereço: Polo Digital de Mogi das Cruzes
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Floricultura Florart'S
Telefone e Whatsapp: (11) 2541 0011/ (11) 99754 7153
Email: floriculturaflorarts@hotmail.com
Av. Olavo Egídio de Souza Aranha, 916 Bairro: Parque Cisper
São Paulo/ SP – CEP: 03822-000
https://floriculturaflorar.wixsite.com/florartsfloricultura
Redes sociais:@floriculturaflorarts
Veja a reportagem: Casinha para pets em mercados permite que consumidor faça compras e monitore os animais
PetParker
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Veja a reportagem: Empresário conta sua história de superação fazendo pães artesanais orgânicos
Pão Garimpeiro Padaria Artesanal
Rua José de Morães Ferraz, 25 – Butantã
São Paulo/SP – CEP: 05539-050
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Empresário conta sua história de superação fazendo pães artesanais orgânicos
Após muitas dificuldades, Angelo Borim comemora o aumento do faturamento durante a pandemia e a mudança de categoria de MEI para microempresa. Empresário conta sua história de superação fazendo pães artesanais orgânicos
Superação define a história do empreendedor Angelo Borim. Em meio a desafios que deixariam muita gente pelo caminho, ele levantou a cabeça, seguiu a receita da família para prosperar e virou padeiro.
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“É uma ironia do destino, amputado de braço virar padeiro. É quase uma piada. Eu nunca imaginei que fosse seguir esse caminho”, conta Angelo.
Fazer pães está na raiz da família Borim. O avô de Angelo tinha uma padaria, no interior de São Paulo, e o pai dele sustentou a casa vendendo pãezinhos na porta de escolas.
Angelo foi cursar psicologia em São Paulo e em 2006 sofreu um acidente de carro e perdeu parte do braço. Ele se apoiou no esporte para seguir em frente. Fez natação e triatlo, onde chegou a ser vice-campeão mundial de para-triatlo. Mas por um problema de saúde, teve que abandonar as competições.
Em 2016, ao se tornar pai, Angelo voltou a sonhar. O filho Muká, hoje com quatro anos, foi o inspirador do pai em mais uma guinada. Quando ele nasceu, Angelo buscou na memória o que o avô fazia e encontrou forças para montar seu próprio negócio: uma fábrica de pães artesanais.
“Antes dele eu começava um projeto e não me empenhava. Quando ele chegou, eu falei: ‘agora tem que ser’. Pensei: ‘o que vou fazer para dar um pouco mais de renda para minha família? Pão, lógico'. Minha família, quando precisa, faz pão”, conta.
Angelo começou em casa e investiu R$ 7 mil em um forno e em uma masseira. Os pães artesanais orgânicos fizeram sucesso. Em outubro deste ano, ele alugou um espaço e ampliou a fábrica.
“Hoje tá explodindo de padarias artesanais, de fermentação natural, e eu tive a alegria de começar um pouco antes, quatro anos atrás”, diz Angelo.
O pão 100% integral de 600 gramas é o mais procurado e custa R$ 18. O faturamento da fábrica de pães cresceu 20% durante a pandemia. Angelo, que começou como MEI, já está mudando a categoria para microempresa.
“A vida é uma loucura, ela dá cambalhotas e cambalhotas. A gente cai, e acho que isso é da vida, não tem como fugir. Você vai levar tombos e vai se levantar. Tem que tentar de novo, se apoiar em quem você tem perto, que pode te dar uma acolhida, um colo, até você ter energia para levantar. Tem que ter paciência. Uma hora a gente consegue subir de novo”, afirma o empresário.
Pão Garimpeiro Padaria Artesanal
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