Pandemia derruba oferta de trabalho para pessoas com deficiência
Barreira A pandemia interrompeu o avanço das pessoas com deficiência no mercado ao derrubar a oferta de novas vagas reservadas ao grupo no ano passado, segundo dados de sites para busca de trabalho e consultorias especializadas em oferecer treinamento e seleção. No site BNE (Banco Nacional de Empregos), foram ofertadas 5.403 posições em 2019, ante 2.222 no ano passado. No Vagas.com, o número de anúncios voltados a esses trabalhadores recuou de 10.064 para 5.410.
Leia mais (01/24/2021 – 23h30)
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EUA mantêm bloqueio a órgão que resolve disputas comerciais na OMC
Os Estados Unidos mantiveram nesta segunda-feira (25) o bloqueio ao processo de seleção para preencher vagas no Órgão de Apelação da OMC (Organização Mundial do Comércio). O órgão, que julga recursos em disputas comerciais, está paralisado há mais de um ano por falta de juízes, devido aos bloqueios americanos.
Leia mais (01/25/2021 – 10h16)
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Super-ricos vão recuperar perdas em tempo recorde, diz relatório
As 1.000 pessoas mais ricas do mundo levarão apenas nove meses para ver suas fortunas retornarem aos níveis pré-pandemia, enquanto os mais pobres vão levar 14 vezes mais, ou seja, mais de dez anos, para conseguir repor as perdas devido ao impacto econômico da doença. A conclusão é do relatório "O Vírus da Desigualdade", que será lançado pela Oxfam nesta segunda-feira (25), na abertura do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Leia mais (01/25/2021 – 09h38)
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Atraso de vacinas em países mais pobres ameaça economias desenvolvidas
As economias desenvolvidas enfrentarão um golpe significativo na recuperação econômica da pandemia do coronavírus se não ajudarem os países em desenvolvimento a acelerar seus programas de vacinação, segundo um relatório que será publicado nesta segunda-feira (25) pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Leia mais (01/25/2021 – 11h16)
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Coronavírus: moradores lançam ‘banco da favela’ para enfrentar queda em doações e fome na pandemia
Em Paraisópolis, distribuição de marmitas caiu de 10 mil para 500 por dia e filas são maiores que oferta de refeições. 'Nossa vontade é criar o primeiro 'unicórnio' da favela', diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis Divulgação G10 Favelas via BBC Ao longo dos dez meses de pandemia, a favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, contou com doações de cerca de 8 mil pessoas para manter um sistema de distribuição de marmitas, cestas básicas, kits de higiene e acompanhamento comunitário de saúde para sua população de mais de 100 mil habitantes — maior que 94% dos municípios brasileiros. Nos últimos meses, no entanto, as doações praticamente pararam. "Em dezembro, mês de Natal, tivemos 24 pessoas que doaram pequenos valores, enquanto temos um custo de R$ 59 mil por mês somente para manter ambulância e equipe médica", conta Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis. "Fazíamos 10 mil marmitas por dia. Depois tivemos que diminuir para manter. Até dezembro, fazíamos 5 mil por dia. Agora, começamos o ano entregando 500 marmitas por dia. Tem dia que a comida acaba, e a fila continua. E eu sei que essa fila vai aumentar, porque o desemprego está crescendo e a fome, aumentando", diz o líder comunitário. Diante desse cenário, que se repete em outras comunidades do país, o G10 Favelas — grupo formado por Rocinha (RJ), Rio das Pedras (RJ), Heliópolis (SP), Paraisópolis (SP), Cidade de Deus (AM), Baixadas da Condor (PA), Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA), Casa Amarela (PE), Coroadinho (MA) e Sol Nascente (DF) — decidiu retomar um projeto antigo. O grupo das dez maiores favelas do Brasil planeja lançar no próximo mês o G10 Bank, um banco comunitário que terá entre suas funções oferecer microcrédito aos empreendedores de favela, com parte de sua captação de recursos e geração de lucro revertida para a manutenção financeira da estrutura de assistência social criada nas comunidades em resposta à pandemia. Paraisópolis começou a pandemia distribuindo 10 mil marmitas por dia, com queda nas doações, agora em janeiro a distribuição foi reduzida a 500 refeições prontas por dia DIVULGAÇÃO G10 FAVELAS via BBC 'O primeiro unicórnio da favela' "Nossa vontade é criar o primeiro 'unicórnio' da favela", diz Rodrigues, mencionando a expressão usada no mercado financeiro para se referir a startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,26 bilhões). "Já há algum tempo, nós temos percebido que a favela tem crescido pelas mãos dos seus próprios moradores, principalmente aqueles que sonharam empreender", afirma o líder comunitário, citando pesquisa realizada em 2015 que mostrou de 40% dos moradores de comunidades têm o desejo de ter o próprio negócio. Desde o início da pandemia, mais de 700 mil cestas básicas já foram distribuídas em 300 comunidades de 14 estados brasileiros DIVULGAÇÃO G10 FAVELAS via BBC Um estudo realizado pela empresa Outdoor Social, divulgado em 2019, apontou que, somente em Paraisópolis, o consumo movimenta R$ 706 milhões, valor que chega a R$ 7 bilhões considerando os montantes movimentados nas dez maiores favelas do país. "As pessoas estão acostumadas a ver uma favela carente, violenta, cheia de problemas. Nós queremos mostrar com o G10 uma favela potente, organizada, mobilizada, agente da sua própria transformação." Mas aí veio a pandemia Com a chegada da pandemia do coronavírus no ano passado, alguns dos planos do grupo tiveram que ser deixados de lado. Mas as lideranças das dez favelas conseguiram elaborar um modelo de ação, replicado em 300 comunidades de 14 Estados, diz o presidente da união de moradores. Com o nome de "Comitês das Favelas — Presidentes de Rua", o plano envolve um morador voluntário responsável por acompanhar cada 50 casas de uma comunidade. "Com essa rede, conseguimos distribuir em todo o Brasil mais de 700 mil cestas básicas, quase 1,5 milhão de máscaras produzidas por mulheres costureiras dentro das favelas, mais de 1 milhão de marmitas e criamos casas de acolhimento, transformando escolas em espaços para isolar pessoas testadas positivas", conta Rodrigues. Formação de 'presidentes de rua' e brigadistas em Paraisópolis: plano é que os presidentes de rua acompanhem também os empreendedores que tomarem crédito no novo banco DIVULGAÇÃO G10 FAVELAS via BBC A partir de setembro, no entanto, com o discurso de retomada da economia e de um "novo normal", as doações para manter essa estrutura começaram a minguar. "Começamos então a pensar em iniciativas que possam ser sustentáveis, para manter essa estrutura em uma segunda fase da crise, já que a perspectiva é de que a emergência sanitária vá se estender por mais tempo, até que efetivamente chegue a vacina, o que nós acreditamos que deve demorar mais para o nosso público, já que tradicionalmente somos excluídos e marginalizados", afirma. Retomando um projeto antigo Diante desse cenário, o presidente da associação de moradores decidiu retomar um projeto antigo, de criar um banco comunitário. Em 2018, a BBC News Brasil já havia noticiado que Paraisópolis tinha planos de criar um banco e uma moeda própria administrados por seus moradores. "Tentativas anteriores não foram para frente porque nos conectamos com parceiros da área financeira que não queriam que tivéssemos um banco próprio. Queriam apenas explorar o mercado, oferecendo muito pouco retorno para a comunidade e sem um propósito social", avalia Rodrigues. "Nossa ideia então é tirar os 'atravessadores', porque as grandes transformações que vão acontecer na favela vão partir dos próprios favelados. Por isso decidimos criar o G10 Bank, que não será um banco só de Paraisópolis, mas um banco da favela." Segundo o líder comunitário, já foi aberta uma empresa de crédito e a ideia é oferecer aos empreendedores, além de financiamento, mentoria e apoio na formação, com acompanhamento desses pequenos empresários pela rede de "presidentes de rua". Parceiros investidores e conselho de notáveis O presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, durante formatura da primeira brigada de Paraisópolis: já foram formadas 248 pessoas aptas a prestar primeiros socorros na favela DIVULGAÇÃO G10 FAVELAS via BBC O plano é oferecer ainda serviço de maquininha de cartão, cartão de débito e serviços como seguros, através de parcerias com outras empresas. A associação de moradores também está conversando com companhias de cartão-benefício para que doações de cestas básicas possam ser feitas através de cartões, numa divisão que deve se chamar G10 Bank Benefícios. "Isso dá autonomia para que as pessoas possam comprar direto no mercado local, fazendo girar a economia", diz Rodrigues. A captação de recursos para a oferta de crédito deverá vir de parceiros investidores, que, segundo o líder comunitário, preferem manter o anonimato. O banco também contará com um conselho de "notáveis" formado por empresários, economistas e profissionais do mercado financeiro. Pelo desenho do projeto, 33% dos lucros da nova instituição financeira serão devolvidos para programas sociais das favelas. E os investidores que se comprometerem a apoiar a iniciativa também doarão 33% dos recursos aportados para os trabalhos do Instituto G10 Favelas. Segundo o líder comunitário, uma rodada inicial de captação já garantiu R$ 1,8 milhão para dar o pontapé inicial ao projeto e, quando o banco for oficialmente lançado, a ideia é abrir para que novos investidores possam participar. Garantia solidária Antes executivo da área de microcrédito do banco Santander e atualmente consultor da Avante Microfinanças, Jerônimo Ramos está assessorando o G10 na criação do novo banco. Conforme o especialista em microcrédito, a iniciativa mira os cerca de 45 milhões de brasileiros hoje desbancarizados. "Sem acesso a crédito, milhões de empreendedores brasileiros vivem atualmente à margem, sendo explorados por um sistema financeiro informal, que são os agiotas", diz Ramos. Segundo ele, a ideia é que os empréstimos tenham um teto de cerca de R$ 10 mil a R$ 15 mil, para que os recursos possam chegar a uma base ampla de pessoas. A expectativa é oferecer a taxa de juros mais baixa possível, mas que permita à operação ser sustentável. Quase 1,5 milhão de máscaras costuradas nas próprias favelas já foram distribuídas DIVULGAÇÃO G10 FAVELAS via BBC "O projeto não é dar dinheiro, é investir com algum retorno, para que essa operação do G10 Bank seja sustentável", afirma o executivo. Quanto ao sistema de garantias, Ramos explica que haverá uma linha de crédito individual, voltada para empreendedores com alguma robustez na sua atividade econômica, e outra linha direcionada para grupos de empreendedores que prestarão uns aos outros um "aval solidário". "Num grupo de três ou quatro pessoas, se uma delas se tornar inadimplente, os demais membros do grupo garantem esse aval", explica Ramos, acrescentando que o sistema é inspirado no modelo criado pelo economista e vencedor do prêmio Nobel Muhammad Yunus, considerado o "pai do microcrédito", pelo projeto desenvolvido por ele em Bangladesh. Inspiração do G10 Bank, Banco Palmas completa 23 anos Segundo Joaquim Melo, fundador do Banco Palmas e presidente da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, o país conta atualmente com 118 bancos comunitários, com 140 mil usuários cadastrados e 8,5 mil comércios credenciados. Iniciativa pioneira no Brasil e fonte de inspiração para o novo G10 Bank, o Banco Palmas foi criado em janeiro de 1998 no Conjunto Palmeiras, bairro da periferia de Fortaleza, no Ceará. "O bairro surge em 1973, a partir de vítimas de despejo na época da ditadura militar. A prefeitura foi urbanizar a praia de Iracema, na beira-mar de Fortaleza, nós éramos pescadores e fomos trazidos todos para cá, um espaço em que não tinha nada, só mato e lama." Melo conta que, ao longo de 20 anos, o bairro foi sendo urbanizado através de mutirões comunitários. Com isso, em meados da década de 1990, as pessoas mais pobres começaram a vender suas casas e partir para outras favelas mais distantes. "Avaliamos então que, se começássemos a produzir e consumir de nós mesmos, conseguiríamos gerar trabalho e renda. Aí surgiu a ideia de criar o banco e um dinheiro próprio, para estimular as pessoas a comprarem localmente. Assim surgiu a moeda Palmas e formamos um fundo de crédito a partir de doações, que emprestava para quem quisesse produzir e consumir na própria comunidade. Com isso, foram surgindo diversas empresas locais." Conforme Melo, a pandemia tem sido muito difícil para esses pequenos negócios, com muitos deles indo à falência. "Hoje estamos digitalizados e nosso desafio é aumentar a oferta de crédito, temos R$ 3 milhões em carteira, o que é muito pouco. No passado, já chegamos a operar R$ 15 milhões ao ano", lembra. O fundador do Banco Palmas vê com entusiasmo a criação do G10 Bank. "Acho maravilho, quanto mais modalidades surgirem, melhor. É isso que chamamos de 'ecologia monetária'", diz Melo. "Precisamos democratizar o sistema financeiro brasileiro. Quanto mais bancos comunitários, quanto mais fintechs locais existirem, melhor será." Vídeos: Últimas notícias de economia
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Em NY, Nasdaq anota terceiro recorde seguido; Dow Jones e S&P 500 recuam
O Nasdaq fechou em alta de 0,09%, a 13.543,06 pontos, acumulando ganhos de 4,19% na semana. O Nasdaq renovou a sua máxima histórica pela terceira sessão consecutiva, revertendo as perdas vistas mais cedo e virando para terreno positivo nos minutos finais da sessão. O Dow Jones e o S&P 500, por outro lado, fecharam em queda, com os investidores realizando lucros após os recordes nos últimos dias. O Nasdaq fechou em alta de 0,09%, a 13.543,06 pontos, acumulando ganhos de 4,19% na semana. O S&P 500 interrompeu uma sequência de duas sessões de ganhos, recuando 0,30% na sessão, mas subindo 1,94% na semana, a 3.841,47 pontos, enquanto o Dow Jones cedeu 0,57% na sessão, a 30.996,98 pontos, mas avançou 0,59% na semana. As ações em Nova York anotaram fortes ganhos nesta semana, impulsionadas em grande parte pelos balanços trimestrais, que têm, na sua maioria, superado as expectativas dos investidores. De acordo com dados da FactSet, 13% das companhias que compõem o S&P 500 divulgaram seus balanços até o momento, e 86% delas superaram as expectativas de consenso. Parte do motivo por trás da quantidade de surpresas positivas é o fato de que as expectativas para o quarto trimestre do ano passado estão bastante reduzidas. Considerando os resultados que já foram divulgados, a expectativa de consenso levantada pela FactSet é de uma queda de 4,7% nos lucros trimestrais, o que, se confirmado, representaria o quarto trimestre consecutivo de queda, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York REUTERS/Shannon Stapleton Todos os grandes bancos americanos já divulgaram os seus resultados trimestrais, e todos eles superaram a expectativa de consenso. De acordo com os dados, os balanços do setor superaram as expectativas em 30%, enquanto os resultados do resto das companhias ficaram 15% acima das expectativas. Destaques Entre as companhias que divulgaram seus balanços mais recentemente, a ação da IBM fechou em queda de 9,91%, depois que a companhia reportou uma queda de 4,6% nas receitas em 2020, enquanto a ação da Intel caiu 9,29%, depois que a empresa reportou um lucro de US$ 20,9 bilhões em 2020, abaixo da expectativa de US$ 21,1 bilhões. Os impactos econômicos das medidas restritivas para conter a pandemia também voltam a preocupar os investidores, após a divulgação de dados fracos na Europa. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro caiu em janeiro para uma baixa de dois meses de 47,5, de 49,1 em dezembro. O Banco Central Europeu alertou que a zona do euro pode estar caminhando para uma recessão dupla, caso os lockdowns se tornem mais duradouros. Além dos dados fracos, pressionaram os ativos de risco também os temores em torno do avanço da pandemia na China. Pequim pediu aos trabalhadores urbanos que não viajem às suas províncias no longo feriado do Ano Novo Lunar em fevereiro, para evitar a propagação veloz das infecções, ao mesmo tempo em que Xangai testará milhões de pessoas novamente. O gigante asiático é o maior importador de petróleo do mundo. Vídeos: Últimas notícias de economia
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UE convida presidentes de Amazon, Apple, Facebook e Google para audiência
Comissão Europeia tem discutido regras para diminuir o poder das 'big techs' e determinar como devem agir diante de notícias falsas e conteúdo prejudicial, sob pena de enfrentarem multas pesadas. Mark Zuckerberg, do Facebook, em audiência virtual no Senado dos EUA, em 2020 Bill Clark/AFP Parlamentares da União Europeia convidaram os presidentes de Amazon, Apple, Facebook e Alphabet – dona do Google – para uma audiência no próximo dia 1º, em Bruxelas, na Bélgica. Nos próximos meses, o Parlamento Europeu dará informações sobre propostas da Comissão Europeia para fazer essas empresas agirem de forma justa com rivais e lidarem com notícias falsas e conteúdo prejudicial, sob pena de enfrentarem multas pesadas. UE quer restringir poder das gigantes da tecnologia "O objetivo da audiência é fazer um intercâmbio com os diretores executivos das quatro empresas para aprender sobre seus modelos de negócios atuais e conceitos futuros enquanto enfrentam os desafios de alterar as condições de mercado", diz um convite. "O evento contribuirá para preparar os membros do Parlamento Europeu para as próximas discussões sobre uma potencial nova regulamentação para o setor digital. Por todas estas razões, queremos esclarecer que este convite é apenas para presidentes." O texto diz ainda que os legisladores estão dispostos a mudar a data para outro dia até março, mas pessoas familiarizadas com as empresas duvidam que elas aceitem o convite. Gigantes participaram de audiência no Congresso dos EUA O presidente-executivo da Alphabet, Sundar Pichai, terá uma videoconferência com a chefe antitruste da UE, Margrethe Vestager, na próxima segunda (25), de acordo com a programação da Comissão Europeia. Vestager, que está pressionando por novas regras mais rígidas contra as gigantes da internet, discutirá questões digitais e de concorrência com Pichai, disse uma porta-voz da Comissão. Veja VÍDEOS de tecnologia:
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Comércio entre Brasil e EUA cai acima da média durante a pandemia
Em meio à crise, boa relação entre Jair Bolsonaro e Donald Trump não impediu efeitos de barreiras tarifárias e redução de vendas de produtos brasileiros, enquanto dólar alto prejudicou as compras; repactuação com Joe Biden será fundamental para retorno aos níveis pré-pandemia. Donald Trump e Jair Bolsonaro: americano deixou o cargo sem cumprir promessa de apoiar o Brasil para entrada na OCDE. REUTERS/Tom Brenner o Nem aproximação do governo de Jair Bolsonaro com o ex-presidente americano Donald Trump impediu uma queda expressiva do comércio entre Brasil e Estados Unidos em 2020, em meio à pandemia do coronavírus. Levantamento da Amcham Brasil com base nos dados do Ministério da Economia dá conta de que o intercâmbio comercial entre os países teve o pior resultado em 11 anos, desde o desenrolar da crise do subprime. Além de uma pauta comercial baseada em produtos mais trabalhados, as barreiras tarifárias impostas por Trump, que não puderam ser revertidas, prejudicaram a indústria brasileira, segundo a entidade. Especialistas dizem como o novo governo Biden pode impactar o agronegócio brasileiro De acordo com dados oficiais, a corrente de comércio em 2020 — soma entre exportações e importações — foi de US$ 45,6 bilhões, redução de 23,8% em relação a 2019. Foram vendidos US$ 21,5 bilhões (-27,8%), enquanto as compras somaram US$ 24,1 bilhões (-19,8%). Houve, portanto, déficit de US$ 2,6 bilhões. O resultado destoa da média da balança comercial brasileira. A somatória das movimentações foi de US$ 368,847 bilhões em 2020 contra US$ 401,4 bilhões em 2019, uma redução de 9%. O Brasil exportou US$ 209,9 bilhões e importou US$ 158,9 bilhões, quedas de 6,1% e 9,7%, respectivamente. No agregado, houve superávit de US$ 50,9 bilhões. "O setor siderúrgico foi muito afetado. Há restrições em vigor desde 2018, que tiveram efeito nos dois anos passados, mas foram ainda mais negativas em 2020", afirma Abrão Neto, vice-presidente executivo da Amcham Brasil. Neto afirma ainda que produtos importantes da pauta, como petróleo e derivados, sofreram com quedas de preço durante a pandemia. São produtos de "maior valor agregado", que tiveram curso diferente da aceleração de comércio de insumos básicos, como alimentos exportados para a China. "Acreditamos que os níveis voltarão ao patamar pré-crise em 2021", diz Neto. O Brasil registrou aumento de exportações para os asiáticos, principais parceiros comerciais. Foram US$ 67,6 bilhões, contra US$ 63,3 bilhões em 2019. Dentre os 10 principais parceiros, as exportações caíram em sete. Apenas a Holanda (-31%) reduziu mais as compras do Brasil que os EUA. Chile e Japão tiveram reduções semelhantes. Exportações: 10 principais parceiros comerciais do Brasil G1 Economia Natuza sobre carta de Bolsonaro a Biden: 'Não sei por quanto tempo o juízo vai continuar' Governo Biden A projeção da Amcham sobre a retomada passa por um realinhamento de agenda depois do desgaste entre Bolsonaro e o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Entusiasta de Donald Trump, o presidente brasileiro enviou nesta quarta-feira (20) uma carta ao americano, colocando panos quentes na relação. Em novembro, pegou mal a declaração de que "quando acaba a saliva, tem que ter pólvora" para lidar com eventuais barreiras comerciais contra o Brasil por conta de incêndios na Amazônia, como Biden indicou que faria. No novo contato, o presidente brasileiro disse ser “grande admirador dos Estados Unidos” e que, desde de que assumiu o poder no Brasil, passou a “corrigir” o que chamou de “equívocos de governos brasileiros anteriores”, que, segundo o presidente, “afastaram o Brasil dos EUA”. "Com o novo governo, a relação passa por uma reconstrução. É uma agenda diferente, com novas prioridades e novos interlocutores. Mas há espaço para buscar entendimentos. Depende de engajamento e boa vontade dos dois lados", diz Neto, da Amcham. Como mostrou o G1 nesta semana, o fortalecimento da agenda climática e ambiental americana pode significar uma pressão maior para que o agronegócio brasileiro, um dos maiores exportadores do mundo, reforce medidas de combate ao desmatamento. O mesmo vale para os demais setores. "A nova administração já afirmou com clareza que a área de preservação ambiental e sustentabilidade é prioridade doméstica e internacional. Tínhamos a área como um dos assuntos do diálogo bilateral, mas, neste ano, deve ter impacto transversal na pauta comercial", afirma Neto. Bolsonaro diz que o Brasil tem interesse em fechar acordo de livre comércio com EUA Prioridades O Brasil é apenas o 19º maior importador dos Estados Unidos, mas os americanos são os vice-líderes em compras daqui, atrás apenas da China. A aproximação de Bolsonaro e Trump não trouxe, até o momento, grandes louros ao Brasil. Mas especialistas alertam que parte dos acordos fechados terão algum efeito de médio a longo prazo. "A facilitação de comércio e boas práticas são avanços positivos, significam que as agências reguladoras vão conversar mais, as barreiras não tarifárias e burocracias podem ser menores, mas não há resultados imediatos", afirma Verônica Prates, gerente de relações institucionais da consultoria BMJ. De fato, o primeiro ano de mandato do presidente brasileiro não registrou melhora expressiva no comércio entre os países. A corrente de comércio em 2019 foi de US$ 59,8 bilhões, um aumento de apenas 3,6% em relação a 2018. Na balança comercial Brasil-EUA, houve déficit de cerca de US$ 360 milhões. Para Neto, da Amcham, iniciativas como o acordo de salvaguardas tecnológicas (AST) para permitir o uso comercial do centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão, podem render frutos. O acordo prevê que os Estados Unidos poderão lançar satélites e foguetes da base maranhense. Ana Flor sobre carta de Bolsonaro a Biden: ‘Mudança de tom chama atenção’ Ao mesmo tempo, Trump exigiu que Bolsonaro abandonasse o tratamento especial que o Brasil recebia na Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca de apoio à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o "clube dos países ricos". Trump deixou o cargo e não alterou a recomendação. "A relação com os EUA é desigual. Não somos parceiros prioritários, do ponto de vista comercial ou político. Somos como irmãos menores que têm que fazer mais concessões para se manter na agenda", diz Verônica, da BMJ. Para ela, a sensação de negociação fracassada se atenua porque o status de economia em desenvolvimento que o Brasil detinha na OMC seria contestado em algum momento. Mas, neste caso, houve erro de cálculo de quando (e para quem) entregar essa regalia. "A questão é que, com o governo Biden, tudo recomeça. Muito provavelmente serão exigidas novas concessões, desta vez sobre preservação do meio ambiente", afirma a analista. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia o
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Veja os destaques do Globo Rural deste domingo (24/01/2021)
Programa reexibe reportagens especiais sobre projetos de preservação do lobo-guará em MG, e escola no sertão do Ceará que virou referência em qualidade de ensino. Veja os destaques do Globo Rural deste domingo (24/01/2021)
A edição do Globo Rural deste domingo (24) vai reexibir reportagens especiais sobre projetos de preservação do lobo-guará em Minas Gerais, e uma escola no sertão do Ceará que virou referência em qualidade de ensino.
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Tem ainda a redução de chuvas que prejudicou as pastagens em MT e a seca no RS que impactou a produção de arroz.
Não perca, o Globo Rural começa a partir das 8h30.
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MiniLED, microLED, OLED, QLED e LED: entenda as tecnologias das telas de TVs
Mercado possui televisores com diferentes siglas. Veja como funcionam e as particularidades de cada uma. Tecnologias das telas de TVs O mercado de televisores é cheio de siglas, muitas delas parecidas entre si: miniLED, microLED, OLED, entre outras. Durante a Consumer Electronic Show (CES), maior feira de tecnologia do mundo, fabricantes apresentaram avanços nessas tecnologias. A expectativa é que TVs com novas nomenclaturas, como miniLED, apareçam no mercado brasileiro a partir deste ano. Mas qual é a diferença entre cada uma dessas siglas? Existe uma tecnologia melhor do que a outra? Tela transparente, painel 'dobrável' e microLED: as novidades de TVs na CES 2021 Entenda a sopa de letrinhas: Entendendo brilho e contraste Cada uma dessas tecnologias oferece níveis diferentes de brilho e contraste. João Rezende, especialista da SEMP TCL, explica a importância desses itens nas TVs: "Pense em uma cena com um céu estrelado: em uma TV de brilho baixo, você vê 50 estrelas, enquanto em outra com mais brilho é possível visualizar muito mais estrelas. É a capacidade de iluminar um ponto específico. Já o contraste é a capacidade da TV controlar o brilho e mostrar diferentes tons de uma mesma cor", disse. O que é LED? Infográfico mostra como é a tecnologia LED em TVs. Anderson Cattai/Arte G1 Para começar a entender cada nome, é preciso iniciar pelo LED. É a tecnologia mais comum do mercado, presente em TVs de diversos tamanhos e resoluções (como Full HD e 4K). Modelos que levam nomes como QLED e miniLED são evoluções dela (saiba mais abaixo). A tecnologia de LED em TVs se refere à iluminação da tela: são as luzes que iluminam filtros e chegam no cristal líquido (LCD) para mostrar as imagens. Na maioria dos modelos convencionais, os LEDs estão posicionados na parte de baixo da tela, na horizontal, jogando luz em uma camada refletora branca, que faz a iluminação ficar uniforme. Em modelos mais baratos, há menos LEDs espalhados pela tela, o que não permite um controle preciso de iluminação de pontos específicos. Na prática, isso pode gerar uma "áurea" em torno de objetos luminosos, como a cena de uma lua, por exemplo. PRÓS: Modelos mais comuns e baratos. CONTRAS: Menos pontos de luz, menor controle do contraste de cores. O que é QLED? Infográfico mostra como é a tecnologia QLED em TVs. Anderson Cattai/Arte G1 O QLED é a primeira evolução do LED. Essa tecnologia não muda o princípio de iluminação do LCD, mas adiciona um filtro que mostra cores mais precisas. O QLED ainda precisa de uma fonte de iluminação. Essa opção é utilizada por marcas como Samsung, TCL e até mesmo a LG – e estão disponíveis em tamanhos a partir de 50 polegadas. Uma das diferenças em relação ao LED convencional é que os televisores QLED contam com mais pontos de luz, permitindo melhor controle da iluminação de fundo e de quais regiões da tela ficam acesas. Os LEDs ficam espalhados na traseira, que também iluminam uma camada refletora para dar uniformidade para o painel. Esses televisores utilizam um filtro de ponto quântico que ajuda a aumentar a gama de cores e de contraste. "A QLED faz uma separação de cores por um cristal muito pequeno: o tamanho dele é 100 mil vezes do que um fio de cabelo. Pense em um prisma, que separa as cores do arco-íris. Esse cristal separa uma única cor, como o vermelho, e é muito preciso", diz João Rezende, chefe de marketing de produto da SEMP TCL. A camada de pontos quânticos filtram as cores vermelho, verde e azul, que formam o "RGB" – sistema de cores aditivas que geram um grande espectro de cores. Os televisores possuem ainda uma camada que bloqueia a iluminação de uma determinada área, regulando quanto dessa iluminação pode atravessá-la, gerando mais contraste – mas que ainda é menor do que o de televisores OLED. A tecnologia QLED, inclusive, pode ser combinada com a miniLED (saiba mais abaixo). PRÓS: Mais pontos de luz do que televisores LED tradicionais, é um filtro que deixa as cores mais precisas, mais brilho que OLED. CONTRAS: Nível de contraste e ângulo de visão menor do que OLED. O que é OLED? Entenda a tecnologia OLED das telas de TV Anderson Cattai/G1 A tecnologia OLED é diferente: ela dispensa o LCD (cristal líquido) e a luz de fundo, já que seus pixels emitem luzes nas cores primárias por contra própria. Quando ele precisa mostrar a cor preta, o pixel desliga. A vantagem dessa tecnologia é produzir TVs mais finas e com o melhor nível de contraste (com o chamado "preto real"). "Cada pixel funciona como uma persiana, liberando um pouco de cada cor. Como o OLED não precisa de um painel de retroiluminação, cada pixel da TV é um ponto de luz", explica Pedro Valery, gerente de produtos e especialista em TV da LG. A diferença fundamental é que o OLED não precisa de uma luz de fundo, ao contrário dos modelos LED. Com o controle individual, o televisor evita que a luz "escape" para a região ao lado – e, assim, não há um efeito de "áurea" em torno de objetos luminosos, como a cena de uma lua ou de um farol. A desvantagem, segundo as fabricantes que optam por não usar a tecnologia em televisores, é que o OLED tem vida útil mais curta, oferece menos brilho e pode gerar marcações na tela se uma mesma imagem é mostrada por muito tempo (o chamado "burn-in" ou retenção de imagem). Os modelos com essa tecnologia são dominados pela LG, embora não seja a única fabricante a usar esse tipo de painel – Sony, Philips e outras companhias adotam a opção. As TVs costumam ser vendidas em tamanhos a partir de 55 polegadas, por causa do custo de fabricação dos painéis. O porta-voz da LG afirma que qualquer televisor está suscetível à retenção de imagem e que existem tecnologias embutidas para evitar o problema – como limpeza automática e desvio imperceptível da imagem para que ela não fique parada no mesmo ponto. PRÓS: Cada pixel é um ponto de luz, melhor contraste disponível, ótimo ângulo de visão. CONTRAS: Menos brilho do que concorrentes, vida útil pode ser mais curta. O que é miniLED? Infográfico mostra como é a tecnologia miniLED em TVs. Anderson Cattai/Arte G1 O miniLED é outra evolução do LED convencional, e começará a aparecer no mercado em meados 2021 – como as marcas ainda não trouxeram os modelos, não se sabe em quais tamanhos estarão disponíveis. Segundo os representantes das fabricantes de televisores, o miniLED vai oferecer mais brilho do que o OLED e um contraste parecido. São lâmpadas ainda menores, em miniatura, que ficam atrás do LCD. Os LEDs menores permitem um controle maior da emissão de luz. Cada pixel gera cores mais precisas (porque o ponto de iluminação não "invade" o pixel vizinho) e mais contraste (pois é possível escurecer locais com mais precisão). "Um miniLED é sair de uma luz que é do tamanho de um dedo para outro que é do tamanho de um glitter", disse Guilherme Campos, especialista da Samsung. "Com a redução de tamanho, consigo colocar muito mais LEDs, não preciso da camada refletora. Preciso somente do miniLED, e a parte de trás da televisão conseguiu ficar mais próxima da tela em si.", completa. Isso vai permitir a chegada de televisores mais finos, com espessuras mais parecidas com as que estão disponíveis atualmente nos modelos OLED. "Antes, uma TV LED de 75 polegadas tinha cerca de 600 zonas de iluminação, mas com miniLED vamos cobrir mais de 2000 zonas", disse João Campos, da SEMP TCL. Diversas fabricantes anunciaram na CES 2021 que irão produzir modelos com essa tecnologia, cada uma adotando um nome específico. Entre elas estão a LG (com a linha QNED), a Samsung (Neo QLED) e a Semp TCL (miniLED). Como os nomes das linhas indicam, o miniLED vai ser combinado com os filtros QLED. Por ser novidade, a tendência é que esses modelos sejam mais caros do que aqueles que utilizam outras tecnologias. "Hoje, a TV de miniLED consegue desligar em regiões muito pequenas, mas não consegue desligar o LED individualmente no tamanho de um pixel, que é o que faz o OLED e o que vai fazer o microLED", afirmou João Rezende, da SEMP TCL. PRÓS: Muito mais pontos de luz do que televisores LED tradicionais, pode ser combinado com tecnologia de cores QLED, alto nível de brilho. CONTRAS: Só estará à venda a partir do meio de 2021 e contraste ainda não é idêntico ao do OLED. O que é microLED? Infográfico mostra como é a tecnologia microLED em TVs. Anderson Cattai/Arte G1 Por fim, temos o microLED, tecnologia que é grande aposta da Samsung para esse ano. A novidade junta características do LED e do OLED e é considerada o "cenário ideal" em televisores. O microLED emite suas próprias cores vermelha, verde e azul, sem precisar de uma iluminação de fundo (igual ao OLED). Porém, ele não possui compostos orgânicos como o OLED, o que aumenta a sua vida útil. Além disso, como o nome sugere, ele é minúsculo: tem apenas 0,1 milímetro, mais fino que um fio de cabelo, e tem cerca de 1% do tamanho de um LED convencional. Com isso, cada Micro LED consegue iluminar uma estrutura de pixel. "Um painel é repleto de micro LEDs, oferecendo máximo do brilho, pois há controle individual, e o máximo de constraste", diz Guilherme Campos, da Samsung. Essa tecnologia ainda é nova e, até agora, estava disponível em telas muito grandes como uma TV modular de 146 polegadas que foi mostrada pela Samsung em 2018. A promessa da empresa sul-coreana é começar a produzir modelos menores, começando com 99 polegadas e 110 polegadas, ainda neste ano. E por ser a tecnologia de ponta, os preços devem ser bastante altos. PRÓS: Cada ponto de luz é um pixel, melhor nível de contraste e melhor nível de brilho disponível. CONTRAS: Estará à venda somente depois do meio de 2021 e será mais cara. Veja vídeos sobre tecnologia no G1
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