Bill Gates se diz surpreso com conspirações ‘loucas’ e ‘más’ a seu respeito em meio à pandemia
Fundador da Microsoft acredita que desinformação surgiu por meio da combinação de uma pandemia assustadora e da ascensão das redes sociais. Bill Gates durante Fórum Econômico Mundial de 2018 em Davos. Denis Balibouse/Reuters Bill Gates, fundador da Microsoft que se transformou em filantropo, disse nesta quarta-feira (27) que ficou surpreso com o volume de teorias conspiratórias "loucas" e "más" a seu respeito. Diversas notícias falsas sobre Gates se espalharam nas redes sociais durante a pandemia de Covid-19, e ele afirmou que gostaria de explorar o que está por trás delas. Em entrevista à Reuters, o filantropo disse que as milhões de publicações e "teorias conspiratórias loucas" sobre ele e o principal infectologista norte-americano, Anthony Fauci, provavelmente ganharam espaço em parte por causa da combinação de uma pandemia assustadora e da ascensão das redes sociais. "Ninguém teria previsto que eu e o doutor Fauci seríamos tão proeminentes nestas teorias realmente maléficas", disse Gates. "Estou muito surpreso com isso. Espero que passe." Saiba mais: Quem é Anthony Fauci, principal cientista dos EUA no combate ao coronavírus Gates, bilionário que deixou a presidência da Microsoft em 2014, ofereceu ao menos US$ 1,75 bilhão (R$ 9,4 bilhões) em auxílio à pandemia de Covid-19 por meio da Fundação Bill e Melinda Gates – o que inclui apoio a alguns fabricantes de vacinas, diagnósticos e tratamentos em potencial. Desde que a pandemia começou, um ano atrás, diversas conspirações se espalharam pela internet, alimentando a desinformação sobre o coronavírus, suas origens e as razões daqueles que trabalham para enfrentá-lo. Entre elas, há alegações de que Fauci e Gates criaram a pandemia para tentarem controlar as pessoas, de que querem lucrar com a disseminação do vírus e de que desejam usar vacinas para inserir microchips rastreáveis nas pessoas. "Mas as pessoas realmente acreditam nestas coisas?", questionou Gates. Gates elogiou Fauci e Francis Collins, chefe do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, por serem pessoas "inteligentes" e "maravilhosas" e disse que espera vê-los capazes de trabalhar eficientemente e dizer a verdade no novo governo do presidente, Joe Biden. Veja os vídeos mais vistos do G1 nos últimos 7 dias
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Produção e venda de motos caem em 2020, diz associação
Fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus ficaram parados por quase 60 dias. Venda e produção de motos caem em 2020 Fábio Tito/G1 Com praticamente dois meses a menos no ano, o setor de motocicletas fechou 2020 com desempenho negativo, tanto em produção como em vendas. Os fabricantes instalados no Polo Industrial de Manaus (PIM) ficaram parados por quase 60 dias entre abril e maio, na tentativa de reduzir os efeitos da Covid-19 na cidade, e mesmo a rápida retomada do mercado no segundo semestre não foi suficiente para recuperar os dias parados. O setor também sofreu na ponta de vendas, com muitos concessionários, principalmente nos grandes centros urbanos, tendo de fechar as portas temporariamente por conta das medidas de restrição impostas pela pandemia. Segundo números divulgados nesta quarta-feira pela Abraciclo, entidade que representa o setor, a produção total em 2020 caiu 13,2% em relação a 2019, somando 962 mil unidades. No início do ano, a expectativa era crescer 6,1%, atingindo 1,175 milhão de unidades montadas. Já os emplacamentos atingiram 915.157 motos, com queda de 15% sobre 2019. A projeção no início de 2020 indicava alta de 5,8% nos emplacamentos, somando 1,08 milhão de motos. Em entrevista ao Valor em dezembro, Marco Fermanian, presidente da Abraciclo, já previa que o setor terminaria o ano com queda na produção em torno de 15%. Em coletiva nesta manhã desta quarta, ele voltou a destacar que os gargalos na produção não permitiram aumentar a oferta de motos e o setor entrou em 2021 com estoques baixos e falta de alguns modelos, principalmente os mais baratos. O setor teve de adotar protocolos de segurança para voltar a operar em Manaus, com distanciamento de funcionários nas linhas de produção, o que limitou a capacidade de atingir a velocidade ideal para atender a demanda. Houve também problemas na cadeia de fornecedores, com atrasos na entrega de peças e componentes e alta nos preços. Há ainda uma fila na entrega de cotas de consórcios já contemplados. “Apesar dos esforços da indústria, começamos o ano com o compromisso de atualizar a situação dos consorciados”, afirmou Fermanian. As exportações do setor também terminaram o ano no vermelho. Foram embarcadas 33.750 unidades, 12,6% a menos do que em 2019. “Foi o pior desempenho da década em termos de exportação”, disse o presidente da Abraciclo, lembrando que em 2012 o setor exportou 105 mil motos. Assista a mais notícias de Economia:
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Polícia Militar abre inscrições para concurso de aluno-oficial e soldado; haverá provas em Presidente Prudente
Ainda há chances para diversas áreas de atuação e a remuneração depende do cargo pretendido. Os interessados devem se inscrever pela internet. Polícia Militar do Estado de São Paulo Stephanie Fonseca/G1 Cidades do Oeste Paulista têm oportunidades por meio de concurso público e processos seletivos com inscrições abertas. Há chances para diversas áreas de atuação e a remuneração depende do cargo pretendido. Os interessados devem se inscrever pela internet. Taciba A Prefeitura de Taciba está com inscrições abertas para o processo seletivo, em caráter temporário, que visa contratar profissionais de diversas áreas, em níveis fundamental, médio e superior. São ofertadas 32 vagas, além da formação de cadastro reserva. As oportunidades são para os cargos de agente comunitário de saúde (1); agente de combate de endemias (1); assistente social (1); auxiliar administrativo; auxiliar de enfermagem (2); auxiliar desenvolvimento infantil – creche (5); carpinteiro (1); coletor de lixo (3); dentista; dentista ESF; farmacêutico; fisioterapeuta; médico; médico ESF; médico pediatra (1); merendeira (1); mestre de obras; motorista (2); nutricionista (1); operador de máquinas (1); pedreiro (1); professor PEB I (5); professor PEB II – artes; professor PEB II – ciências; professor PEB II – geografia; professor PEB II – história; professor PEB II – inglês; professor PEB II – matemática; professor PEB II – português; psicólogo; serviços gerais (5) e tratorista (1). A carga horária varia de 20 a 40 horas semanais, conforme o cargo escolhido, e os salários vão de R$ 1.233,51 a R$ 14.573,36 ou de R$ 15,14 por hora-aula. Os interessados devem realizar as inscrições até as 23h59 de 31 de janeiro de 2021, exclusivamente via internet. O pagamento da taxa de inscrição varia de R$ 22,50 a R$ 62,50 e deve ser efetuado até 1º de fevereiro de 2021. Os candidatos serão avaliados mediante aplicação de prova objetiva, na data prevista de 7 de fevereiro, e prova prática para as funções de carpinteiro, merendeira, mestre de obras, motorista, operador de máquinas, pedreiro, serviços gerais e tratorista. Mais informações estão disponíveis no edital. Lucélia A Prefeitura de Lucélia tem concurso público com inscrições abertas para a contratação, em Regime Jurídico Estatutário, de dois profissionais de níveis médio e superior para cargos na área da educação. Os aprovados e contratados deverão cumprir a carga horária de trabalho de 18 a 33 horas semanais. A remuneração varia de R$ R$ 1.119,75 a R$ 1.941,76 mensais, além de complementação de R$ 99,10 a R$ 439,38. Uma das oportunidades é para o cargo de professor de educação básica I, com curso normal em nível médio ou curso normal superior, ou licenciatura plena em pedagogia com habilitação específica para os anos iniciais do ensino fundamental. O segundo cargo disponível é para professor de educação básica II – história, com licenciatura de graduação plena, com habilitação específica ou complementação nos termos da legislação vigente, sendo portador de diploma de licenciatura em história, ou do diploma de licenciatura em estudos sociais com habilitação em história. Os interessados devem se inscrever até 28 de janeiro, exclusivamente via internet, no site da banca organizadora. A taxa de participação é de R$ 21. Os candidatos inscritos serão avaliados por meio de provas objetiva e de títulos, previstas para serem aplicadas em 7 de março de 2021. O conteúdo programático será composto por língua portuguesa, raciocínio lógico, noções de informática, noções de direito administrativo e constitucional, bem como conhecimentos específicos, didática e legislação. O edital pode ser consultado para mais detalhes. Sandovalina A Prefeitura de Sandovalina anunciou a primeira retificação de um novo processo seletivo, que tem por objetivo a formação de cadastro reserva, destinado à contratação de professores em regime celetista. De acordo com o edital, há oportunidades disponíveis entre os seguintes cargos, conforme as respectivas especificações: Habilitado: professor de creche; professor de educação básica I; professor de educação especial; professor de educação básica II nas disciplinas de arte, ciências, educação física, geografia, história, inglês, língua portuguesa e matemática. Estudante: professor de creche; professor de educação básica I; professor de educação básica II nas disciplinas de arte, ciências, geografia, história, inglês, língua portuguesa e matemática. Para concorrer as funções ofertadas, é necessário que o candidato esteja cursando licenciatura, a partir do período estipulado ou superior completo, conforme o cargo pleiteado. Ao ser contratado, o profissional deve exercer funções em regime de horas-aula, ressarcidas no valor entre R$ 10,33 a R$ 11,54, a cada hora-aula ministrada. Os interessados podem se inscrever pela internet até o dia 1º de fevereiro. Inúbia Paulista A Prefeitura de Inúbia Paulista tornou público um novo processo seletivo para formação de cadastro reserva de profissionais de níveis fundamental e superior. Os cargos ofertados são os de: auxiliar de enfermagem; enfermeira; médico do PSF; nutricionista. Os profissionais admitidos farão jus a salários mensais nos valores que podem variar de R$ 1.224,52 a R$ 11.717,39, que corresponde à carga horária semanal de 40 horas. Mais informações podem ser consultados no edital. A inscrição pode ser feita pelo site até o dia 27 de janeiro. Polícia Militar do Estado de São Paulo A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) tem um novo concurso público destinado ao preenchimento de 2.700 vagas, do sexo masculino e feminino, ao cargo de Soldado PM de 2ª classe do quadro de praças de Polícia Militar. Conforme o edital, ao candidato que for efetivado, a remuneração básica inicial é de R$ 3.268,33, composta do padrão de R$ 1.287,33, o Regime Especial de Trabalho Policial (RETP) de R$ 1.287,33 e a insalubridade de R$ 743,87. Para participar, os interessados devem efetuar as inscrições pela internet até o dia 25 de fevereiro. A Polícia Militar do Estado de São Paulo também anunciou a reabertura das inscrições do concurso público destinado ao preenchimento de 130 vagas, do sexo masculino e feminino, ao cargo de aluno-oficial PM. Os interessados em se candidatar para o cargo poderão se inscrever pelo site até o dia 9 de fevereiro. Segundo o edital, ao candidato que for efetivado, a remuneração básica inicial é de R$ 3.268,33, composta do padrão de R$ 1.262,23, o Regime Especial de Trabalho Policial (RETP) de R$ 1.262,23 e a insalubridade de R$ 743,87. Veja mais notícias em G1 Presidente Prudente e Região.
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Protesto histórico de agricultores na Índia bloqueia capital com tratores contra reformas
Os atos contra as novas leis agrícolas se tornaram violentas depois que fazendeiros romperam as barricadas para entrar em Nova Déli e o monumento do Forte Vermelho. Agricultores protestam em Nova Délhi, Índia, contra novas leis impostas sobre o setor em foto de 26 de janeiro de 2021 Adnan Abidi/Reuters Uma manifestação contra as reformas agrícolas na Índia se tornou violenta na terça-feira (27), depois que fazendeiros em protesto romperam as barricadas da polícia para invadir o complexo histórico do Forte Vermelho em Nova Déli. A pé e em tratores, os manifestantes fizeram parte de uma grande manifestação planejada para o Dia da República na Índia. Muitos se desviaram das rotas acordadas, e houve confrontos com a polícia. Como um agrotóxico usado na Guerra do Vietnã está destruindo videiras na Campanha Gaúcha Um manifestante morreu e mais de 80 policiais ficaram feridos. Os serviços de internet móvel foram suspensos em partes de Déli, e algumas estações de metrô ficaram fechadas. O governo ainda não comentou sobre a violência, mas relatos dizem que o ministro do Interior, Amit Shah, se reuniu com a polícia de Déli para discutir a situação. O governo afirma que as reformas que geraram os protestos vão beneficiar o setor agrícola, mas os agricultores afirmam que perderão renda. Dezenas de milhares deles estão em greve nos arredores da capital desde novembro, exigindo que as leis sejam revogadas. Na semana passada, eles rejeitaram uma oferta do governo de suspender temporariamente as leis. Este é um dos protestos liderados por fazendeiros mais longos que a Índia já viu, colocando a comunidade contra o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e seu governo liderado pelo Partido Bharatiya Janata (BJP). Protesto de agricultores em Nova Délhi, Índia, contra novas leis impostas sobre o setor em foto de 26 de janeiro de 2021 Adnan Abidi/Reuters Como os protestos ficaram violentos? A polícia permitiu a manifestação de terça-feira com a condição de não interromper o desfile anual do Dia da República no centro de Déli. O Dia da República é um feriado nacional que marca o aniversário da Índia, adotando oficialmente sua fundação em 26 de janeiro de 1950. Os fazendeiros receberam rotas específicas para o protesto, que seriam em grande parte confinadas aos arredores da capital. Mas um grupo deles convergiu para o histórico Forte Vermelho. Eles burlaram o esquema segurança e escalaram as paredes e cúpulas da fortaleza, até hasteando bandeiras ao lado da bandeira nacional. Na tarde de terça-feira, a polícia disse ter retirado os manifestantes do complexo, mas a situação permanecia tensa. "Viemos aqui para entregar uma mensagem ao governo Modi, nosso trabalho está feito. Voltaremos agora", disse um agricultor em protesto à NDTV. Outros manifestantes romperam as barricadas da polícia e marcharam em direção ao centro de Déli, onde está localizado o Parlamento da Índia. A polícia entrou em confronto com fazendeiros e usou gás lacrimogêneo e cassetetes. Manifestantes dirigindo tratores pareciam estar tentando deliberadamente atropelar os policiais. A mídia local relatou feridos em ambos os lados. Pelo menos um manifestante morreu, quando seu trator capotou após a polícia disparar gás lacrimogêneo. Correspondentes da BBC disseram que os manifestantes superavam a polícia em número neste momento, o que os deixou em dificuldade para tentar controlar a multidão. "Temos apelado aos agricultores para seguirem o caminho pré-aprovado, mas alguns deles quebraram as barricadas da polícia e atacaram os policiais", disse um oficial sênior à agência de notícias ANI. "Estamos apelando aos sindicatos de agricultores para ajudar a manter a paz." Os líderes sindicais lançaram apelos semelhantes, condenando e se distanciando da violência. O que é o Forte Vermelho? O Forte Vermelho foi construído no início do século 17 pelo Imperador Mughal Shah Jahan e foi a sede do governo Mughal até 1857, quando a Índia começou a ser governada pelos britânicos. A enorme cidadela, com suas distintas paredes de arenito vermelho, levou quase uma década para ser concluída. O primeiro premiê da Índia, Jawaharlal Nehru, içou a bandeira nacional do forte em 16 de agosto de 1947, um dia após a declaração de independência da Grã-Bretanha As tropas indianas deixaram o forte em dezembro de 2003, quando o local foi entregue ao ministério do turismo O forte foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 2007. O que as novas leis agrícolas propõem? As leis afrouxam as regras sobre a venda, preço e armazenamento de produtos agrícolas, que protegeram os agricultores indianos do mercado livre por décadas. Os agricultores temem que as novas leis ameacem concessões de décadas, como preços garantidos, e enfraqueçam seu poder de barganha, deixando-os vulneráveis à exploração por empresas privadas. Embora Modi as tenha defendido, as leis foram comparadas a uma "sentença de morte" por grupos de agricultores. A maioria dos economistas e especialistas concorda que a agricultura indiana precisa desesperadamente de reformas. Mas os críticos do governo dizem que ele falhou em consultar os agricultores antes de aprovar as leis. Os especialistas também apontam que as reformas não levam em conta que a agricultura ainda continua sendo um esteio da economia indiana. VÍDEOS: veja mais notícias sobre o agronegócio
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Consumo em restaurantes no Brasil caiu 28% em dezembro, aponta Fipe
Atividade vinha mostrando recuperação, mas teve piora com medidas para conter segunda onda da Covid. O consumo em restaurantes no Brasil caiu 28,1% na comparação com o mesmo mês de 2019, mostrou uma pesquisa da Fipe encomendada pela empresa de benefícios Alelo, indicando que o desempenho do setor piorou com medidas de isolamento social para conter uma segunda onda da pandemia da Covid-19.
A recuperação da atividade no segmento, que evoluiu de -48,5% (abril) para -24% (novembro) – sempre na comparação com o mesmo mês de 2019 –, foi interrompida em dezembro, segundo a pesquisa.
"Alguns fatores que podem explicar o resultado são a segunda onda da pandemia e o retorno de medidas restritivas, que afetaram o número de estabelecimentos abertos em dias que usualmente têm consumo elevado, principalmente com as festas de fim de ano", afirma Cesário Nakamura, presidente da Alelo.
Restaurantes investem em delivery próprio, mas continuam com aplicativos de entrega
O levantamento também apontou que o número de restaurantes que efetivaram transações também foi 9,9% inferior ao registrado no mesmo mês de 2019.
Em relação ao consumo em supermercados, os dados indicam queda de 2,7% no valor gasto em dezembro, ano a ano. Além disso, o número de estabelecimentos que efetivaram transações encerrou o mês 11,6% abaixo do patamar registrado em dezembro de 2019.
Segundo a Fipe, os números mostram que o consumo em dezembro, mesmo impulsionado pelos eventos e festas do período, não foi capaz de recuperar o nível pré-pandemia de 2019.
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Índia reforça segurança em Forte Vermelho após protestos contra novas leis agrícolas
Manifestantes chegaram a invadir complexo histórico na terça (26) contra as novas leis agrícolas do país que, segundo eles, ameaçam seus meios de subsistência. Policiais colocaram barricadas com a ajuda de guindastes no local onde fazendeiros protestaram contra as leis agrícolas, na fronteira de Singhu, em Nova Delhi, Índia (27 de janeiro de 2021) Anushree Fadnavis/Reuters A segurança foi reforçada no Forte Vermelho nesta quarta-feira (27) e centenas de policiais estão protegendo o complexo histórico situado em Nova Délhi, Índia, após confrontos violentos entre agricultores e autoridades do país na terça (26). Na ocasião, uma pessoa morreu e ao menos 80 ficaram feridas. Os manifestantes estão acampados nos arredores da cidade há dois meses. Eles protestam contra as novas leis agrícolas do país que, segundo eles, ameaçam seus meios de subsistência. Durante a manifestação na terça, os agricultores chegaram a invadir o Forte Vermelho e entraram em confronto com as forças de segurança, que usaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. O protesto aconteceu no mesmo dia do feriado da República na Índia. Agricultores protestam em Nova Délhi, Índia, contra novas leis impostas sobre o setor em foto de 26 de janeiro de 2021 Adnan Abidi/Reuters Até a noite de terça-feira, a polícia havia retirado os manifestantes do Forte. A agricultura é responsável por empregar quase a metade da população do país que tem mais de 1,3 bilhão de pessoas. Estima-se que 150 milhões de agricultores participam dos protestos. Novas leis agrícolas De acordo com a BBC, as novas leis do setor afrouxam as regras sobre a venda, preço e armazenamento de produtos agrícolas, que protegeram os agricultores indianos do mercado livre por décadas. Os agricultores temem que as novas leis ameacem concessões de décadas, como preços garantidos, e enfraqueçam seu poder de barganha, deixando-os vulneráveis à exploração por empresas privadas. Embora o primeiro-ministro do país Narendra Modi as tenha defendido, as leis foram comparadas a uma "sentença de morte" por grupos de agricultores. A maioria dos economistas e especialistas concorda que a agricultura indiana precisa desesperadamente de reformas. Mas os críticos do governo dizem que ele falhou em consultar os agricultores antes de aprovar as leis. Os especialistas também apontam que as reformas não levam em conta que a agricultura ainda continua sendo um esteio da economia indiana. Negociações O governo da Índia tenta novas negociações com os líderes dos protestos. O ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Produtores, Narendra Singh Tomar, disse que o governo deve negociar com os agricultores com uma mente aberta. Até o momento, rodadas anteriores de conversas fracassaram em apaziguar os ânimos dos agricultores acampados. Os protestos representam um dos maiores desafios para Modi desde que ele assumiu o poder em 2014, e as nove rodadas de negociações com sindicatos de agricultores não conseguiram terminar com um acordo. VÍDEOS: tudo sobre o agronegócio
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Estoques de petróleo dos EUA recuam em 9,91 milhões de barris
A queda contrariou a expectativa dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 100 mil barris no período. Poço de petróleo perto de Denver, Colorado, EUA. Reuters Os estoques americanos de petróleo diminuíram em 9,91 milhões de barris na semana passada, para 476,653 milhões de unidades. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês). A queda contrariou a expectativa dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 100 mil barris no período. Os estoques de gasolina, por sua vez, aumentaram em 2,469 milhões de barris, superando a expectativa, de alta de 1,0 milhão de unidades. Os estoques de gasolina dos EUA totalizaram 247,686 milhões de barris na semana passada. Reservas provadas da Petrobras caem 8% em 2020 com efeitos do preço do petróleo As reservas de destilados – que incluem diesel e óleo para calefação – caíram o equivalente a 815 mil unidades, recuando mais do que a expectativa, de queda de 500 mil. Os estoques de destilados nos EUA totalizaram 162,847 milhões de barris na semana passada. Os estoques em Cushing, Oklahoma, centro de distribuição do petróleo negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), caíram em 2,281 milhões de barris, totalizando 50,219 milhões de unidades. A utilização das refinarias caiu para 81,7% na semana, de 82,5% da leitura anterior, enquanto a demanda por gasolina caiu em 279 mil barris diários, a 7,833 milhões. Os preços do petróleo viraram para terreno positivo depois da divulgação dos dados: os contratos do Brent para março operavam em alta de 0,61%, a US$ 56,24 por barril, na ICE, em Londres, enquanto os do WTI para o mesmo mês subiam 0,08%, a US$ 52,65 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), no início da tarde. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Bolsas europeias fecham em queda, em linha com o mercado de Nova York
Temores com o avanço da pandemia de Covid-19, novas restrições e atrasos na entrega de vacinas contribuíram para o dia negativo no continente. Pandemia de coronavírus e Brexit impedirão turistas britânicos de viajarem à Europa Getty Images/BBC Os principais índices europeus terminaram a sessão desta quarta-feira (27) em queda consistente, acompanhando a trajetória dos pares em Nova York. Temores com o avanço da pandemia de Covid-19, novas restrições e atrasos na entrega de vacinas contribuíram para o dia negativo no continente. Ao mesmo tempo, os mercados europeus também testemunham uma disputa entre pequenos investidores de varejo e fundos de hedge, em papéis que concentram grande quantidade de apostas contrárias. O índice Stoxx 600 fechou o dia em queda de 1,16%, aos 402,98 pontos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 1,30%, aos 6.567,37 pontos. O DAX, em Frankfurt, caiu 1,81%, aos 13.620,46 pontos. O CAC 40, em Paris, perdeu 1,16%, aos 5.459,62 pontos. Em Milão e Madri, as referências fecharam em queda de 1,47% e 1,41%, respectivamente. Os investidores do Reino Unido seguem avaliando algumas manchetes pessimistas sobre a covid-19, com o país sendo o primeiro na Europa a atingir 100 mil mortes pela doença. O governo anunciou nesta quarta-feira restrições para viajantes que entram no país vindos de áreas de alto risco, como América do Sul, sul da África e Portugal, enquanto luta contra a ameaça de novas variantes. Os agentes do mercado estão lutando para "avaliar se as restrições podem ser reforçadas no curto prazo e quando, no médio prazo, elas podem começar a ser atenuadas", disse o diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mold, em nota aos clientes. A AstraZeneca negou reportagens que afirmavam que a companhia havia desistido de uma reunião com autoridades da União Europeia, à medida que a polêmica a respeito do déficit de vacinas se aprofunda. Europa pede testes e quarentena para viagens em zonas de alto contágio Os temores ainda foram agravados pela notícia de uma suposta bomba na unidade industrial em que uma parceira da AstraZeneca está produzindo a vacina contra a Covid-19, no País de Gales. Atrasos em entregas de vacinas contra a Covid-19, juntamente com a extensão de medidas de restrição à atividade econômica, marcaram um "golpe duplo" de más notícias para os investidores, disse Hani Redha, gerente de portfólio da PineBridge Investments, à Dow Jones Newsires. Ao mesmo tempo, o mercado observa um movimento semelhante ao que vem ocorrendo nos Estados Unidos nas últimas semanas, em que investidores de varejo compram ações que possuem um grande número de apostas contrárias, impulsionando os preços. Destaques Em Londres, as ações da rede de cinemas Cineworld avançaram 9,93%, e da editora de software educacional Pearson subiram 13,97%. Segundo o ShortTracker, as empresas têm um grande número de apostas contrárias. As ações do fundo de investimento imobiliário francês Klépierre fecharam em alta de 21,90%, registrando um dos melhores desempenhos do Stoxx Europe 600 hoje. Vídeo: Últimas notícias de Economia
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BNDES cria linha de R$ 1 bilhão para produtores de biocombustíveis
Empresas poderão ter taxas de juros cortadas caso alcancem metas de redução de emissão de CO2 estipuladas pelo banco. Letreiro do BNDES no Rio de Janeiro Nacho Doce/Reuters A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um programa de crédito de R$ 1 bilhão para produtores de biocombustíveis, com o objetivo de estimular a redução de emissões no segmento, informou o banco em comunicado nesta quarta-feira (27). Ao participar do programa, chamado BNDES RenovaBio, os produtores de biocombustíveis poderão ter taxas de juros cortadas caso alcancem metas de redução de emissão de CO2 estipuladas pelo banco. "O programa foi desenhado para ser complementar à política do (programa federal) RenovaBio, à medida que incentiva a adoção de melhores práticas produtivas e ambientais", disse em nota o diretor de Crédito e Garantia do BNDES, Petrônio Cançado. Dentre os requisitos necessários para participar, as empresas precisam participar do programa federal Renovabio e ter sede e administração no Brasil. Os pedidos deverão ser protocolados diretamente no BNDES até 31 de dezembro de 2022. O valor máximo de cada empréstimo será de 100 milhões de reais por unidade produtora, considerando o limite por grupo econômico de 200 milhões de reais. O prazo total de pagamento será de até 96 meses, incluída uma carência de até 24 meses. Os juros — formados pela TLP ou por referenciais de custo de mercado, mais uma remuneração básica do BNDES de 1,5% ao ano, e uma taxa de risco de crédito — poderão ser reduzidos em até 0,4 ponto percentual, caso o cliente comprove, após o período de carência, ter alcançado as metas de redução de emissão de CO2 definidas pelo programa, explicou o banco. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Gasto do governo na pandemia gera alta recorde da dívida pública em 2020, para R$ 5 trilhões
Segundo Tesouro Nacional, dívida pública federal em avançou 17,9%, ou R$ 761 bilhões, no ano passado, a maior alta da série histórica. A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve aumento de 17,9% em 2020, para R$ 5,009 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27). Em 2019, a dívida estava em R$ 4,248 trilhões.
O crescimento de R$ 761 bilhões na dívida pública, no ano passado, foi o maior da série histórica, que começou em 2004.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
O forte aumento da dívida no ano passado aconteceu devido aos gastos públicos para enfrentamento da crise econômica e de saúde gerada pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo o mais recente balanço do Ministério da Economia, divulgado no fim do ano passado, as medidas de combate à Covid-19 estavam estimadas em R$ 620,5 bilhões em 2020.
Os principais gastos foram com o pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais (R$ 321,8 bilhões); o auxílio emergencial aos estados (R$ 60,2 bilhões); e com o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (R$ 51,5 bilhões)
Fim do pagamento do auxílio emergencial deixa milhões de brasileiros preocupados
A expectativa inicial do Tesouro Nacional, divulgado antes do início da pandemia, em janeiro do ano passado, era de que a dívida subiria menos em 2020, para até R$ 4,75 trilhões. Esse patamar, porém, foi revisado no decorrer do último ano por conta dos gastos extraordinários para combater o coronavírus.
"O combate à pandemia ampliou consideravelmente os gastos públicos, aumentando a necessidade de financiamento do Governo Federal. Neste contexto, o Tesouro atuou de forma a garantir os recursos necessários para o pagamento das despesas extraordinárias, respeitando as condições de mercado e utilizando disponibilidades de caixa acumuladas nos últimos anos", informou o Tesouro.
De acordo com a instituição, o aumento do nível de endividamento é uma realidade para as principais economias do mundo afetadas pela pandemia, que implicou em mudanças na forma de atuação.
"Em particular, houve redução dos prazos dos títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional, resultando em maior concentração de dívida a vencer no curto prazo. A dívida pública federal contudo, mantém-se predominantemente doméstica, com uma pequena parcela de dívida externa, e uma base diversificada de investidores", informou.
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