Dólar opera em alta, acima de R$ 5,40, com riscos domésticos no radar
Na terça-feira, a moeda norte-americana recuou 3,39%, a R$ 3,3258. Dólar pasja1000/Creative Commons O dólar opera em alta nesta quarta-feira (27), recuperando terreno após a forte queda da véspera, em linha com os ganhos da divisa norte-americana no exterior, enquanto os investidores continuavam acompanhando com cautela a situação fiscal, sanitária e política do Brasil. Às 15h01, a moeda era vendida a R$ 5,38, em alta de 0,99%. Veja mais cotações. Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 3,39%, a R$ 5,3258. No mês e no ano, a moeda norte-americana ainda acumula avanço de 2,67%. Cenário O Banco Central anunciou que a partir desta quarta-feira dará início à rolagem dos contratos de swaps cambiais tradicionais com vencimento em 1º de março, no valor total de US$ 11,8 bilhões (234.996 contratos). A conjuntura política e fiscal falhava em fornecer algum alívio para o sentimento dos investidores, que acompanhavam notícias das eleições para as presidências da Câmara e do Senado. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na terça-feira que o prêmio de risco das reformas é um dos fatores por trás da volatilidade cambial e que, nesse sentido, as eleições para o Congresso também têm afetado os preços da moeda. Paloma Brum, economista da Toro Investimentos, explicou à Reuters que os desdobramentos políticos em Brasília podem definir o fracasso ou o sucesso do governo do presidente Jair Bolsonaro com sua agenda de reformas, o que também pesaria sobre a questão fiscal brasileira. Há meses os investidores acompanham preocupados as contas públicas do país, temendo que o teto de gastos seja desrespeitado de forma a financiar medidas de assistência social, o que poderia aumentar a dívida pública e prejudicar a atratividade do Brasil aos olhos dos mercados estrangeiros. A S&P Global disse nesta quarta-feira que os mercados emergentes sofrerão maior impacto dos cortes de rating soberano em 2021, citando que os níveis de dívida em rápida ascensão no Brasil e na África do Sul não devem se estabilizar nem mesmo até 2023. Enquanto isso, a imunização da população brasileira contra a Covid-19 segue no radar dos investidores. "Nossa vacinação tem se dado de maneira bem mais lenta do que em outras economias", disse Paloma Brum. "Questões logísticas e políticas — ou qualquer coisa que retarde a imunização — o mercado vai acabar precificando, pois isso pode retardar uma recuperação econômica." No exterior, os mercados aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (o BC dos Estados Unidos), esperada para esta tarde. A taxa básica de juros está entre 0% e 0,25% e a expectativa é de manutenção nesse patamar, enquanto as autoridades avaliam uma economia que ainda luta contra o choque da pandemia, mas aguarda o alívio do processo em curso de vacinação e novos planos de gastos do governo. "As expectativas frente aos resultados de balanços de importantes empresas de tecnologia nos EUA e a decisão de política monetária do Fed impõem um sentimento de cautela aos investidores", escreveu Ricardo Gomes da Silva Filho, da Correparti Corretora. Paloma Brum explicou à Reuters que, apesar das expectativas de manutenção dos juros nos EUA, os investidores estão de olho na possibilidade de eventual aperto na política monetária por parte do Fed. "Juros mais alto nos EUA atrairiam recursos para o país por causa da alta nos rendimentos dos Treasuries, o que teria potencial de impulsionar o dólar". Variação do dólar em 2021 Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Empresário industrial está menos confiante em janeiro, diz CNI
Índice de confiança recuou em 26 dos 30 setores pesquisados, diz entidade. Apesar do recuo, indicador segue acima de 50, mostrando confiança dos empresários. A confiança do empresário industrial na economia brasileira recuou em janeiro, apontam dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta quarta-feira (27).
Segundo a entidade, 26 dos 30 setores pesquisados registraram queda em relação ao levantamento de dezembro. Ainda assim, todos os 30 setores alcançaram mais de 50 pontos no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), indicando que os entrevistados se mantêm confiantes.
O índice geral, que era de 63,1 pontos em dezembro de 2020, passou para 60,9 pontos em janeiro de 2021.
O ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos representam empresários confiantes naquele setor. A CNI ouviu 2.298 empresas entre os dias 4 e 15 de janeiro.
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De acordo com a CNI, a confiança do empresário subiu no setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, e nas empresas de produtos de madeira. Em outros dois setores, o indicador não mudou: máquinas e materiais elétricos, e veículos automotores.
As maiores quedas foram registradas nos setores de:
Outros equipamentos de transporte: indicador caiu 10 pontos, de 63,57 para 53,7;
Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos: recuo de 6 pontos, de 64 para 58.
Produtos de borracha: confiança caiu 4,8 pontos, de 66,2 para 61,4.
Os três setores mais confiantes são os de metalurgia (65,9 pontos), produtos de madeira (65,6 pontos) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (64,3 pontos).
Brasil criou mais de dois milhões de vagas temporárias em 2020; indústria puxou número
Já os menos confiantes são os de obras de infraestrutura (52,6 pontos), outros equipamentos de transporte (53,7 pontos) e produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (54,4 pontos).
Segundo a CNI, os empresários mais confiantes seguem sendo os de grandes empresas. O ICEI das grandes empresas ficou em 61,2 pontos, das médias empresas em 59,6 pontos e das pequenas em 58,5.
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Com pandemia, gasto de brasileiros no exterior em 2020 é o menor em 15 anos, revela BC
Brasileiros gastaram US$ 5,394 bilhões no exterior no ano passado. Além das restrições a viagens impostas pela pandemia de Covid-19, queda foi influenciada pela disparada do dólar. Os gastos de brasileiros no exterior despencaram em 2020 devido às restrições a viagens internacionais implementadas pelos países para frear a pandemia do novo coronavírus e à disparada do dólar.
No ano passado, as despesas de brasileiros lá fora somaram US$ 5,394 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (27). É o menor valor para um ano fechado desde 2005, ou seja, em 15 anos, quando os gastos lá fora somaram US$ 4,719 bilhões.
Na comparação com 2019, quando as despesas em outros países totalizaram US$ 17,593 bilhões, a queda foi de 69,3%.
Com a fragilidade nas contas públicas brasileiras, e juro básico baixo (na mínima de 2% ao ano), a moeda norte-americana teve forte alta de quase 30% em 2020. A disparada do dólar encarece as viagens de brasileiros ao exterior porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira.
A pandemia do novo coronavírus também espalhou recessão pela economia mundial e tensão nos mercados financeiros. Para frear o contágio, muitos países anunciaram o fechamento das fronteiras.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, apontou que o setor aéreo foi um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19 em 2020. Ele apontou que "até hoje" países têm anunciado medidas de restrição para entrada de estrangeiros.
“Um segundo aspecto é a alta do dólar, que encarece as viagens ao exterior. Mas, em 2020, os efeitos da pandemia predominaram [para a redução das viagens ao exterior]”, declarou.
Gasto de estrangeiros no Brasil
De acordo com dados do BC, os gastos de estrangeiros no Brasil também registraram forte queda no ano passado.
As despesas de viajantes de outros países somaram US$ 3,044 bilhões em 2020, recuo de 49,2% frente ao patamar registrado em 2019 (US$ 5,995 bilhões).
Foi o menor gasto de estrangeiros no Brasil, para um ano fechado, desde 2003 (US$ 2,478 bilhões), ou seja, em 17 anos, de acordo com números do Banco Central.
Para estimular o turismo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou no começo do ano passado um decreto para dispensar o visto de visita para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão que viajarem ao Brasil.
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Investimento estrangeiro no Brasil cai 50,6% em 2020 e soma US$ 34,1 bilhões, diz Banco Central
Redução ocorreu em meio a cenário tenso nos mercados no ano marcado pela pandemia do novo coronavírus. Valor, entretanto, foi suficiente para cobrir rombo das contas externas. Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 34,167 bilhões em 2020, queda de 50,6% frente a 2019, informou o Banco Central nesta quarta-feira (27).
Foi o menor ingresso de investimentos diretos na economia brasileira desde 2009 (US$ 31,480 bilhões), ou seja, em 11 anos, e ocorreu em meio ao tombo do Produto Interno Bruto (PIB) e à tensão nos mercados, causada pela pandemia do novo coronavírus.
Em 2019, o investimento estrangeiro no Brasil somou US$ 69,174 bilhões
Apesar da queda, os investimentos estrangeiros foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no ano passado (leia mais abaixo).
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que a queda nos investimentos diretos se deveu à pandemia da Covid-19, que gerou recessão na economia brasileira.
“São recursos para novos investimentos que podem ter sido adiados, ou repensados durante a pandemia”, explicou Rocha.
Os números da instituição mostram que houve uma queda de US$ 37 bilhões nas chamadas “participações no capital”, que são os investimentos que as empresas não-residentes fazem nas residentes no país, aumentando seu capital, seja por um novo fluxo de recursos, seja pelo reinvestimento dos lucros auferidos no país. Elas são um dos componentes do investimento direto.
Segundo ele, novos investimentos no país também foram afetados.
Em dezembro do ano passado, o BC estimou que os investimentos diretos de estrangeiros no pais avançarão para US$ 60 bilhões em 2021 devido à "redução de incertezas relacionadas à pandemia – e, consequentemente, a um ambiente externo mais favorável para economias emergentes – e ao crescimento doméstico, que deve melhorar a lucratividade das empresas estrangeiras no Brasil.
Fernando Rocha, do BC, disse que a previsão está relacionada com a recuperação da economia brasileira. O Banco Central, e analistas do setor privado, estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) terá uma expansão superior a 3% em 2021.
"A economia terá continuidade em sua recuperação. No IDP [investimento direto no país], a gente não viu essa recuperação ao longo do segundo semestre, que aconteceu na indústria e em outros indicadores. Mas, ao longo de 2021, a previsão é que retorne com fluxos mais significativos compondo esse conjunto da atividade", declarou.
Contas externas
As contas externas registraram um déficit de US$ 12,517 bilhões em todo ano de 2020, de acordo com números divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (27).
Isso representa uma queda de 75,3% na comparação com o ano de 2019, quando o resultado negativo somou US$ 50,697 bilhões.
Esse também foi o melhor resultado para um ano fechado desde 2007, quando foi registrado um superávit de US$ 408 milhões. Ou seja, foi o melhor saldo em 13 anos.
O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
Em dezembro do ano passado, o BC estimou um aumento no rombo das contas externas para US$ 19 bilhões em 2021 devido ao "cenário de continuidade da retomada da atividade doméstica" e do "crescimento da demanda global e atenuação da intensidade das intervenções não farmacêuticas para contenção da Covid-19".
Economia fraca e dólar alto
A queda no déficit das contas externas em 2020 está relacionada principalmente com a forte diminuição do nível de atividade, resultado da pandemia do novo coronavírus, e com a alta do dólar – que avançou cerca de 30% em 2020.
Esses fatores geraram melhora na balança comercial brasileira, um dos componentes das contas externas, devido a uma queda acentuada nas importações.
Além disso, também foi registrado um déficit menor nas contas de serviços e de renda, em razão do desaquecimento da economia mundial e do fechamento de fronteiras – este último fator contribuiu para o menor gasto de brasileiros no exterior em 15 anos em 2020.
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Bovespa passa a subir à espera de decisão sobre juros nos EUA
Na terça-feira (26), o principal índice da bolsa caiu 0,78%, a 116.464 pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera alta nesta quarta-feira (27), após registrar queda durante a manhã, em dia de decisão de política monetária nos Estados Unidos. Às 15h01, o Ibovespa tinha alta de 0,73%, a 117.311 pontos. Veja mais cotações. Na terça, a bolsa fechou em queda de 0,78%, aos 116.464 pontos, após passar a maior parte do dia em alta. No mês e no ano, a Bovespa acumula queda de 2,15%. Cenário No exterior, os mercados aguardam ainda a decisão de política monetária do Federal Reserve (o BC dos Estados Unidos), esperada para esta tarde. A taxa básica de juros está entre 0% e 0,25% e a expectativa é de manutenção nesse patamar. O chair Jerome Powell devendo falar sobre a inflação na entrevista após a reunião. Por aqui, o Banco Central divulgou mais cedo que o gasto de brasileiros no exterior em 2020 foi o menor em 15 anos, de US$ 5,394 bilhões. Na comparação com o ano de 2019, quando as despesas em outros países totalizaram US$ 17,593 bilhões, a queda foi de 69,3%. Também nesta quarta, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou a sondagem do comércio, que apontou que a confiança do setor recuou em janeiro, pelo quarto mês seguido, trazendo dúvidas sobre a recuperação econômica. Variação do Ibovespa em 2021 G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
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Embrapa desenvolve buchada e dobradinha pré-prontas
Empresa pública vai treinar frigoríficos ao longo deste ano para que produtos cheguem aos mercados do Nordeste e Sudeste, onde há maior demanda pelos pratos. Embrapa desenvolve buchada e dobradinha pré-prontas Divulgação/Embrapa Pratos típicos da culinária nordestina, a buchada e a dobradinha podem chegar pré-prontas aos mercados do país. Isso porque a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um método que padroniza o preparo desses pratos de forma higiênica e com maior tempo de conservação. Os produtos ainda não estão disponíveis ao consumidor e, de acordo com a Embrapa, o objetivo é capacitar os abatedouros, frigoríficos e agroindústrias ao longo deste ano para que eles cheguem aos mercados do Nordeste e Sudeste, regiões onde foi identificada uma maior demanda. De onde vem: com gosto de sábado, feijoada movimenta mais de R$ 40 bilhões no campo Para pesquisadores, a inovação deve incentivar o aproveitamento de partes dos animais que são geralmente descartadas, já que o foco dos produtores é o uso da carcaça, ou seja, o animal abatido sem sangue, vísceras, órgãos internos e cabeça. “Na maioria das vezes esse material é tratado como resíduo industrial, sem valor comercial e causa problemas ambientais”, explica a pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE), Lisiane Dorneles. Ela diz ainda que o método pode incentivar o consumo da buchada e da dobradinha que tem diminuído, mesmo entre os nordestinos mais jovens, devido ao preparo muito trabalhoso. “Diante disso, faz-se necessário incentivar o consumo e o desenvolvimento de produtos elaborados com vísceras, a partir de técnicas que facilitem o preparo, bem como a oferta de porções que sejam condizentes com as necessidades dos consumidores e que ofereçam garantia da qualidade higiênico-sanitária”, conclui a pesquisadora. Higiene Buchos prontos para o cozimento Embrapa/Divulgação A buchada e a dobradinha são pratos elaborados de forma artesanal, o que aumenta a possibilidade de contaminação microbiana. Por isso, a Empraba focou no desenvolvimento de técnicas para tornar os alimentos mais seguros ao consumidor final. A zootecnista Jaine de Sousa Santos, que faz parte da equipe do projeto, explica que os resultados das pesquisas mostraram que as vísceras submetidas ao processo de limpeza, utilizando água fervente com ácido acético, apresentaram redução do número de coliformes totais e termotolerantes. De onde vem: cana-de-açúcar gera energia elétrica para 12 milhões de residências do país Além disso, houve diminuição da presença de Staphylococcus aureus – bactéria causadora de diversas infeções em seres humanos – quando comparadas com as vísceras que não receberam nenhum tipo de tratamento. “A contagem desses microrganismos é um indicador da eficiência da limpeza nas etapas de fabricação, da temperatura de conservação e da vida útil dos alimentos”, afirma Santos. As más condições de higiene nos processos de abate, principalmente no momento de retirar as vísceras, facilitam a disseminação de micro-organismos causadores de doenças, além de aumentar as perdas econômicas por reduzir ainda mais o tempo de prateleira dos produtos. "Daí a importância de oferecer capacitação, inclusive sobre boas práticas de fabricação, para os trabalhadores dos frigoríficos e abatedouros", diz a Embrapa, em nota. Aceitação Produção da buchada e da dobradinha pré-prontas Embrapa/Divulgação Testes realizados pela Embrapa com 163 pessoas, de 17 a 70 anos, identificaram 90% de satisfação em relação à qualidade da buchada. A maioria (87%) também aprovou o aroma e a cor da iguaria e disseram (84% ) que consumiriam entre sempre e ocasionalmente o produto, caso estivesse disponível no mercado. Já em relação ao aroma da dobradinha, 86,15% dos participantes aprovaram, enquanto 75,38% demonstraram satisfação com sua cor. Série do G1 mostra origem dos alimentos Os pesquisadores avaliam que isso se deve à comparação com a cor mais intensa do produto disponibilizado hoje no mercado. O sabor foi bem aceito por 83,07%. E, na avaliação global, 84,61% aprovaram a qualidade da dobradinha. Mais de 90% dos avaliadores afirmaram que consumiriam o produto se estivesse disponível para compra. VÍDEOS: veja mais notícias de agronegócios
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Estrangeiros retiram US$ 8,5 bilhões de aplicações financeiras no Brasil em 2020
O valor inclui ações, fundos de investimentos e títulos de renda fixa. Resultado foi divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (27). Os investidores estrangeiros retiraram US$ 8,499 bilhões de aplicações financeiras no Brasil no ano de 2020, informou nesta quarta-feira (27) o Banco Central.
De acordo com a instituição, a saída registrada no ano passado foi a maior desde 2018 (-US$ 9,5 bilhões). Em 2019, deixaram o país US$ 6,693 bilhões.
Do total retirado do país em 2020:
US$ 7,232 bilhões estavam em ações;
US$ 1,309 bilhão estavam em fundos de investimento;
US$ 41 milhões estavam em títulos de renda fixa.
A saída de investidores estrangeiros do país aconteceu em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, que espalhou recessão pela economia mundial e tensão nos mercados.
Entre fevereiro e maio do ano passado, período mais agudo da crise, US$ 35 bilhões em aplicações financeiras deixaram a economia brasileira. A maior retirada foi em março (-US$ 22,228 bilhões).
De junho em diante, os investimentos em aplicações financeiras retornaram. Em novembro e dezembro de 2020, houve o ingresso respectivo de US$ 6,789 bilhões e de US$ 6,315 bilhões.
Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, avaliou que as aplicações financeiras de estrangeiros têm um caráter de mais curto prazo. Portanto, acrescentou ele, são mais voláteis.
"É muito fácil entrar e sair do mercado financeiro para investimentos em 'portfolio' [aplicações]", disse.
Ele observou que a forte retirada de recursos, em março, coincidiu com o período mais agudo da crise financeira decorrente da pandemia, quando houve uma paralisação muito rápida da atividade econômica e um "nível de incerteza elevadíssimo".
"Depois disso, houve informações sobre a pandemia e sobre as ações governamentais [para enfrentar a crise]. Uma incerteza, que embora elevada, estava menor. Então, houve um retorno dos investidores ao mercado brasileiro", disse Rocha.
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Financiamento imobiliário bate recorde histórico e cresce 58% em 2020, diz Abecip
Em todo o ano, foram financiados mais de 426 mil imóveis, somando R$ 123,9 bilhões. Os financiamentos imobiliários chegaram a R$ 123,9 bilhões em 2020, um aumento de 58% em relação a 2019. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Trata-se de um recorde histórico de financiamento com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), superando os patamares do ano de 2014, em que os financiamentos acumularam R$ 112,9 bilhões. A medição é feita desde 1994.
Dezembro foi o melhor mês do ano e também da série histórica, com acumulado de R$ 17,4 bilhões. O crescimento em relação ao mês anterior foi de 26,2% e mais que dobrou em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 8,6 bilhões).
A crescente vem desde abril deste ano, depois de uma desaceleração no início de 2020. O mercado imobiliário voltou a reaquecer com a queda da taxa básica de juros, a Selic, para o patamar de 2% ao ano.
Juros baixos estimulam brasileiros a procurar crédito imobiliário
Unidades financiadas
O ano de 2020 acumulou 426.771 unidades financiadas, aumento de 43,2%, segundo a Abecip. No ano anterior, foram 297.961 unidades. Segundo a entidade, nos últimos seis anos, essa foi a maior quantidade anual de unidades financiadas pelo SBPE.
Apenas em dezembro, melhor mês do ano, foram 55,9 mil unidades. O aumento em relação ao mês anterior foi de 20%. Comparado ao mesmo mês de 2019, foi de 76,5%.
Estados
Todos os estados brasileiros tiveram aumento no número de financiamentos de imóveis. Encabeçam a lista Tocantins (132%), Distrito Federal (121%), Alagoas (94%), Roraima (94%) e Minas Gerais (79%).
As menores altas foram de Amapá (26%), Piauí (31%), Bahia (32%), Acre (35%) e Rio de Janeiro (44%).
Motivos para recorde
Para Cristiane Portela, presidente da Abecip, o ano de 2020 foi surpeedentemente positivo para financiamento de imóveis não apenas pelas taxas de juros em patamares mínimos, mas também pelo aumento da rentabilidade de aluguéis e valorização dos imóveis no período.
O preço médio dos novos alugueis residenciais teve alta de 2,48% em 2020, segundo o Índice FipeZap. O indicador foi divulgado nesta terça-feira (19), e fechou o último mês do ano, de dezembro, com valorização de 0,43%.
Quarentena contra o coronavírus faz aumentar a procura por imóveis maiores
Também segundo o FipeZap, o preço médio do aluguel residencial em dezembro subiu, ficando em R$ 30,46/m².
"Também foi nítida a maior preocupação com mais conforto durante a pandemia e com maior adoção do home office", disse Cristiane Portela.
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YouTube amplia suspensão de Trump por tempo indeterminado
Ex-presidente dos EUA teve a conta restrita em 12 de janeiro e plataforma ainda não tomou decisão final. O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e a ex-primeira-dama Melania Trump deixam a Casa Branca em 20 de janeiro de 2021, dia da posse Joe Biden Leah Millis/Reuters O YouTube ampliou na última terça-feira (26) a suspensão do canal de Donald Trump por tempo indeterminado. É a segunda vez que a plataforma prorroga a decisão de impedir que Trump envie novos vídeos ou faça transmissões ao vivo. “À luz das preocupações com o contínuo potencial de violência, o canal Donald J. Trump permanecerá suspenso. Nossas equipes estão vigilantes e monitorando de perto a evolução da situação”, informou um porta-voz do YouTube. O bloqueio aconteceu pela primeira vez em 12 de janeiro, alguns dias depois de apoiadores do ex-presidente dos EUA invadirem o Capitólio, e tinha efeito por uma semana. Na terça passada (19), a empresa ampliou a suspensão por mais 7 dias. Agora, foi anunciada a restrição por tempo indeterminado. O canal do ex-presidente dos EUA permanece no ar, mas ele não pode fazer novos envios e os comentários em vídeos existentes ficam desabilitados. Restrições ao advogado de Trump O YouTube também impediu, temporariamente, que o advogado de Trump, Rudy Giuliani, se beneficie de seu programa de "parceiros", segundo informações da agência AFP. O advogado, que acumula 600 mil assinantes em sua conta, não tem mais acesso a determinadas funções e não pode mais receber dinheiro dos anúncios veiculados nos vídeos. A plataforma afirmou que Giuliani desrespeitou de forma reiterada as regras da plataforma, no que diz respeito à desinformação durante as eleições americanas. Saiba mais: YouTube irá restringir canais com vídeos com desinformação sobre eleições dos EUA Trump suspenso das redes sociais Outras plataformas também restringiram as contas de Trump. O Twitter suspendeu de forma definitiva o perfil pessoal do republicano. A rede alegou que os posts do ex-presidente incitavam a violência. O Facebook e Instagram suspenderam as contas de Trump em 7 de janeiro e planejavam mantê-las bloqueadas pelo menos até a posse de Joe Biden, que aconteceu no dia 20 de janeiro. Na última quinta (21), o Facebook anunciou que a decisão final sobre o destino dos perfis de Trump ficaria para um comitê independente. A conclusão do caso deve acontecer em até 90 dias. Veja os vídeos mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias
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Boeing tem prejuízo anual recorde de US$ 12 bilhões
Prejuízo vem em meio a novo adiamento de seu jato 777X, o que resultou em um efeito negativo de US$ 6,5 bilhões no resultado. Um Boeing 777X decola durante seu primeiro voo de teste em base da empresa em Everett, Washington, em 25 de janeiro de 2020 Reuters/Terray Sylvester A Boeing divulgou nesta quarta-feira (27) um prejuízo anual recorde de quase US$ 12 bilhões, em meio a novo adiamento de seu jato 777X, o que resultou em um efeito negativo de US$ 6,5 bilhões no resultado. A crise do coronavírus exacerbou a queda na demanda pelas maiores aeronaves da indústria, com companhias aéreas evitando receber os aviões encomendados devido a restrições de viagens internacionais, prejudicando o fluxo de caixa da fabricante de aeronaves dos EUA. A Boeing disse que espera que o 777X, uma versão maior do 777 mini-jumbo, entre em serviço no final de 2023, atrasando o lançamento do jato pela terceira vez e registrando uma baixa de US$ 6,5 bilhões antes de impostos. A empresa estava desenvolvendo o jato com a meta de lançá-lo em 2022, já dois anos depois do planejado inicialmente. Uma queda histórica na quantidade de viagens aéreas também prejudicou os envios dos 787 Dreamliners da Boeing para as companhias aéreas, fazendo com que a empresa acumulasse dezenas de aeronaves, pesando ainda mais sobre a Boeing, que já tem um estoque armazenado de cerca de 450 jatos 737 MAX. A Boeing disse que espera retomar os envios de seus 787 Dreamliners em 2021, quando as viagens aéreas se recuperarem. As entregas dos modelos 787 caíram quase 70% para 53 aviões em 2020 e não se espera que se recuperem aos níveis de 2019 até pelo menos 2024, de acordo com analistas. A Boeing também disse que entregou 13 aviões 737 MAX adicionais em janeiro, de seu estoque, somando-se às 27 aeronaves que enviou em dezembro depois que os EUA liberaram o jato para voar novamente após uma suspensão de 20 meses. Nesta quarta-feira, a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) anunciou que deu sinal verde oficial para que o Boeing 737 MAX volte a voar nos céus europeus, paralisado em terra durante 22 meses após dois acidentes fatais que causaram 346 mortes em 2018 e 2019. O prejuízo líquido da empresa aumentou para US$ 8,44 bilhões no quarto trimestre, de US$ 1,01 bilhão um ano antes, levando o prejuízo do ano inteiro para um recorde de US$ 11,94 bilhões. A receita caiu 15%, para US$ 15,30 bilhões no trimestre encerrado em dezembro. Assista a mais notícias de Economia:
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