Bolsas da Europa têm pior semana desde outubro com temores sobre vacina e volatilidade
Em Londres, o índice Financial Times recuou 1,82% nesta sexta. As ações europeias caíram nesta sexta-feira (29) e registraram seu pior desempenho semanal desde outubro, em meio a preocupações em torno da distribuição lenta de vacinas contra a Covid-19 e depois que um frenesi no trading de varejo balançou Wall Street.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,95%, a 1.524 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,87%, a 396 pontos, devolvendo todos os ganhos de janeiro e fechando a semana com queda de 3,1%.
O mercado de ações dos EUA, já aparentando estar sobrevalorizado depois de um rali liderado por estímulos no ano passado, foi sacudido esta semana por ganhos acentuados em ações extrememente vendidas, incluindo Gamestop e AMC Entertainment, depois que os operadores de varejo entraram nelas.
As preocupações com o potencial dano econômico de uma nova cepa do coronavírus na Europa e os atrasos na distribuição de vacinas também abalaram o sentimento nos últimos dias.
O órgão regulador europeu de medicamentos aprovou a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra a Covid-19 para maiores de 18 anos, a terceira vacina liberada para uso na União Europeia.
A Europa precisa urgentemente de mais doses para acelerar seu programa de inoculação, com a AstraZeneca, a Pfizer e a Moderna enfrentando dificuldades para entregar as remessas de vacinas para o bloco.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,82%, a 6.407,46 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,71%, a 13.432,87 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,02%, a 5.399,21 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,57%, a 21.572,53 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 2,21%, a 7.757,50 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,26%, a 4.794,55 pontos.
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Elon Musk coloca bitcoin na biografia do Twitter e faz criptomoeda subir mais de 17%
Bilionário, seguido por 43,8 milhões de usuários, é conhecido por fazer comentários que mexem com o mercado. Profile do Twitter de Elon Musk Reprodução O bitcoin disparava mais de 17% nesta sexta-feira (29) após Elon Musk, o homem mais rico do mundo, marcar a criptomoeda em sua biografia do Twitter. 'Caso GameStop' inspira movimento especulativo no Brasil e afeta preços de ações GameStop: entenda como um grupo de pequenos investidores combinou em um fórum a disparada das ações da empresa Ao escrever "#bitcoin" na rede social, o dono da Tesla fez a criptomoeda subir mais de 17% por volta das 12h (horário de Brasília), cotada a US$ 37.423 — após atingir a máxima de US$ 38 mil pela manhã. O bilionário, seguido por 43,8 milhões de usuários no Twitter, é conhecido por fazer comentários que mexem com o mercado. Logo após mudar seu perfil, Musk postou em seu Twitter: "Em retrospecto, era inevitável". Initial plugin text Elon Musk Joe Skipper/Reuters/Arquivo Caso Gamestop A GameStop, que tem ocupado os holofotes recentemente, subiu 50% na terça-feira (26) depois que Musk escreveu "Gamestonk!!", junto com um link para o grupo de discussão de negociação de ações Reddit Wallstreetbets. "Stonks" é um termo irônico para ações bastante usado nas redes sociais. A bitcoin deu um salto de mais de 300% no ano passado, investidores maiores e corporações dos EUA buscando exposição à criptomoeda, alcançando a marca histórica de US$ 42 mil em dezembro. No mês passado, Musk perguntou sobre a possibilidade de converter "grandes transações" do balanço da Tesla em bitcoin. "Isso seria um grande negócio", disse Christopher Bendiksen, da administradora de ativos digitais CoinShares, nesta sexta-feira (29). Traders também citaram comentários positivos sobre o bitcoin feitos pelo gestor de 'hedge funds' Ray Dalio como suporte à valorização da moeda digital. O fundador da Bridgewater Associates escreveu na quinta-feira que a criptomoeda era "uma invenção e tanto", acrescentando que a via como um "ativo alternativo semelhante ao ouro". Criptomoedas menores, incluindo ethereum e XRP, que tendem a se mover em conjunto com o bitcoin, também se valorizavam.
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GameStop: Quem são os amadores enfrentando os ‘tubarões’ de Wall Street no mercado de ações
São jovens, têm experiência com finanças e estão com raiva de serem excluídos da negociação de ações da GameStop. 'Antes da covid, eu não sabia nada sobre investimentos', diz Alex Patton Arquivo pessoal – Alex Patton Até o início da pandemia, nunca havia ocorrido a Alex Patton que ele poderia se tornar um operador amador do mercado financeiro. Mas agora, na esteira do frenesi das ações da varejista de jogos GameStop, ele é um improvável veterano dos mercados financeiros. "Antes da covid, eu não sabia nada sobre investimentos", disse o engenheiro de segurança cibernética ferroviária de 28 anos, de Londres. 'Efeito Gamestop' se espalha por mercados e pedidos de investigação se intensificam CVM alerta sobre manipulação de mercados e promete penalizar quem descumprir regras Depois que o mercado de ações sofreu uma forte queda em março do ano passado e afetou sua poupança para aposentadoria, ele decidiu que deveria, como define, "assumir um papel mais ativo na administração do meu dinheiro". Com nacionalidades do Reino Unido e dos Estados Unidos, ele não teve dificuldade em abrir uma conta na plataforma de negociação americana Robinhood, que se encontra no centro do caso GameStop (empresa descrita como "varejista falida" e que teve prejuízo nos últimos anos, mas que atraiu mesmo assim um exército de "traders" vindos das redes sociais). E, encorajado por amigos, Alex começou a conferir as discussões na plataforma Reddit. "Eu pensei: 'Isso é loucura'", disse ele à BBC. "Muita gente perdendo muito dinheiro." "Não dei muita bola até que meu amigo disse: 'Você deveria dar uma olhada no GameStop'. E percebi que algumas pessoas no Reddit fazem um trabalho realmente impressionante ao pesquisar essas ações." O que aconteceu? As ações da varejista do mercado de videogames GameStop dispararam nesta semana e os analistas do mercado culpam os jovens traders com experiência em tecnologia por esse resultado. Os principais fundos de hedge apostaram bilhões de dólares que as ações da GameStop cairiam. E algumas das pesquisas no Reddit indicavam que as posições tomadas por vendedores a descoberto representavam mais de 100% das ações existentes da GameStop, diz Alex. GameStop: entenda como um grupo de pequenos investidores combinou em um fórum a disparada das ações da empresa A chamada venda a descoberto é quando, digamos, um fundo toma emprestadas ações de uma empresa de outros investidores na crença de que o preço das ações vai cair. O fundo vende as ações nos mercados a, por exemplo, US$ 10 cada, espera até que caiam para US$ 5 e as compra de volta. As ações emprestadas são devolvidas ao proprietário original, e o fundo de hedge embolsa um lucro. "As pessoas haviam feito pesquisas que mostravam a posição arriscada em que esses fundos de hedge estavam. E pensamos: 'Podemos explorar isso. Esta é uma oportunidade.'" Assim, investidores amadores aumentaram o preço das ações em mais de 700% em uma semana. Alex teve sucesso na operação, investindo US$ 1.000 em ações da GameStop e obtendo lucro de US$ 2.000 em cima disso. Mas ele foi um dos sortudos que saiu a tempo. "A teoria era que, à medida que o preço continuava subindo, as pessoas que vendiam as ações seriam forçadas a comprá-las a qualquer preço para fechar a venda", diz ele. No entanto, à medida que a atividade atraiu a atenção de agências regulatórias nesta semana, os pequenos investidores se viram repentinamente excluídos por suas plataformas de negociação, incapazes de continuar comprando ações da GameStop e de algumas outras empresas. Esses investidores de menor porte ficaram indignados depois que plataformas de negociação restringiram a compra de ações da americana GameStop e de outras empresas. Os movimentos das plataformas Robinhood e Interactive Brokers vieram depois de dias de negociações frenéticas que levaram a ganhos massivos para algumas ações. Os preços caíram drasticamente, aliviando os fundos de hedge. "Eles presumem que nós, investidores de varejo, não podemos administrar nosso risco, enquanto os fundos de hedge assumiram um risco enorme, um risco inacreditável, e eles estão autorizados a continuar seus negócios normalmente", critica Alex. Embora Alex tenha saído ileso financeiramente, ele ainda está sofrendo com o que considera uma injustiça. "Há uma grande lacuna entre as pessoas da classe média, trabalhadoras, e os fundos de hedge que têm bilhões", diz ele. "Outras pessoas estão sofrendo com isso muito mais do que eu." 'Não é um mercado livre' Myron Sakkas diz que operadores do mercado financeiro como ele estão com raiva Arquivo pessoal – Myron Sakkas via BBC O estudante de 18 anos Myron Sakkas, de Coventry, no Reino Unido, perdeu £ 30 (ou R$ 220) em ações da GameStop, que ele possuiu por "algumas horas" e vendeu quando viu o que estava acontecendo. Ele tem uma conta na plataforma Trading 212 desde agosto do ano passado e espera trabalhar em bancos de investimentos depois de se formar. Mas, por enquanto, ele está desiludido com o que vê como "manipulação de mercado" dirigida contra pessoas como ele. Para ele, havia um alvo definido nas guerras de ações da GameStop: como ele diz, "as pessoas que foram responsáveis pela crise financeira de 2008 e nunca foram responsabilizadas". "Entendemos que existem riscos, mas não foi um crash (quebra) real. Foi causado por pessoas protegendo interesses corporativos e as pessoas normais perderam novamente. Quando as pessoas comuns tentam ganhar dinheiro em um sistema em que apenas os ricos podem ganhar dinheiro, é o que acontece", disse ele à BBC. "Eles apoiam um mercado livre capitalista apenas quando ele funciona para eles. O que vimos hoje não foi um mercado livre e isso forçou uma enorme quantidade de pessoas a perder uma enorme quantidade de dinheiro." Myron diz que sua conta foi bloqueada e não pode ser usada enquanto sua identidade está sendo verificada. Mas quando ele tiver acesso novamente, planeja sacar os £ 1.000 (R$ 7,4 mil) que possui e parar. "Para ser sincero, talvez não negocie na bolsa por um tempo", diz ele. "Eu tenho outras coisas para fazer." 'Não parece certo' 'Precisamos repensar muito nossas estruturas financeiras', diz Melissa Holdren Arquivo pessoal – Melissa Holdren via BBC Nas redes sociais, investidores reuniram seus colegas operadores, instando-os a manter as ações para evitar mais perdas, enquanto atacavam as plataformas por causa das restrições. Melissa Holdren, uma enfermeira de 43 anos que mora no Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, ficou irritada com a repressão das plataformas de negociação. Ela usou sua conta na Fidelity, uma grande corretora, para comprar cerca de US$ 500 em ações da AMC Entertainment, que, como a GameStop, teve suas compras de ações restritas por algumas corretoras. Foi a primeira vez que ela fez isso, já que sempre havia contado com grandes empresas para administrar seus investimentos de aposentadoria. "Acho muito questionável que uma empresa privada possa bloquear unilateralmente as compras de ações", diz ela. "Não parece certo. Se você está preocupado com a volatilidade do mercado, por que está bloqueando apenas um lado das transações?" Melissa, cujo avô ganhava a vida como corretor de ações independente, diz que sabe que pode perder dinheiro se as ações da AMC caírem. Mas ela espera que seu pequeno investimento ajude a rede de cinemas AMC a sobreviver, ao mesmo tempo em que ela posiciona contra Wall Street. "Em geral, precisamos repensar muito nossas estruturas financeiras", diz ela. "Depois da quebra de 2008, ficou claro que muito do mercado financeiro estava distante da realidade de uma forma que não acho saudável. Ficar preocupado especificamente com o que está acontecendo no Reddit agora e não se preocupar com esse quadro mais amplo, eu penso que é ilusório." Vídeos: Últimas notícias de economia
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Lucro da Microsoft cresce 32% no 4º trimestre de 2020
A companhia reportou lucro líquido de US$ 15,4 bilhões, no período; a receita cresceu 16,7%, para US$ 43 bilhões Sede da Microsoft em Redmond, Washington Ted S. Warren/AP Photo/Arquivo A Microsoft reportou lucro líquido de US$ 15,4 bilhões no quarto trimestre de 2020, um avanço de 32% em relação ao mesmo intervalo de 2019. O lucro por ação ficou em US$ 2,05, ante US$ 1,53 do ano anterior. Já a receita cresceu 16,7% no comparativo anual, para US$ 43 bilhões. Os números vieram acima das previsões de mercado. De acordo com a agência de notícias “Dow Jones Newswires”, a expectativa era que o lucro atingisse US$ 12,6 bilhões e a receita US$ 40,2 bilhões. Um dos destaques apontados pela companhia foram os serviços em nuvem. A receita no segmento de nuvem inteligente atingiu US$ 14,6 bilhões no período, uma alta de 23% em relação ao mesmo intervalo de 2019, impulsionada pelo avanço de 50% da receita da Azure, plataforma com serviços de computação em nuvem. A Microsoft também registou US$ 11 bilhões em expansão operacionais, quantia usada para a continuação de investimentos em engenharia de nuvem e vendas comerciais. “Construir sua própria capacidade digital é a nova moeda que impulsiona a resiliência e o crescimento de todas as organizações. A Microsoft está impulsionando essa mudança com a maior e mais abrangente plataforma em nuvem do mundo”, disse Satya Nadella, diretor-presidente. A empresa também reportou um aumento da receita do LinkedIn em 23% no quarto trimestre, devido a uma forte demanda de publicidade em seus negócios de soluções de marketing. A companhia informou ainda que devolveu US$ 10 bilhões aos acionistas, sendo US$ 5,8 bilhões por meio da recompras de ações e US$ 4,2 bilhões em dividendos, um crescimento de 18% no comparativo anual. As ações da empresa fecharam hoje em alta de 1,22% na bolsa de Nasdaq, e, por volta das 20h20, avançavam 5,26% no pós-mercado. Windows 10 tem novas falhas que podem travar e corromper o armazenamento do sistema Microsoft revela que hackers da SolarWinds também acessaram códigos-fonte de seus produtos Veja vídeos de TECNOLOGIA no G1
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Cielo amplia lucro no 4º trimestre com corte de custos e foco em pequenos lojistas
Empresa reportou lucro líquido de R$ 298,2 milhões entre outubro e dezembro, aumento de 34,7% sobre um ano antes. Cielo Divulgação A Cielo teve aumento do lucro no quarto trimestre, com o foco no segmento mais lucrativo de pequenos clientes e uma política de redução de custos compensando os efeitos da queda de clientes e os prolongados efeitos da crise gerada pela Covid-19. A maior empresa de meios de pagamentos do país abriu nesta terça-feira (26) a temporada de balanços de empresas que fazem parte do Ibovespa reportando lucro líquido de R$ 298,2 milhões entre outubro e dezembro, aumento de 34,7% sobre um ano antes. Em termos consolidados, que consideram resultados de outros acionistas, o lucro foi de R$ 362,8 milhões, alta anual de 26,5%. Foi a primeira alta trimestral do lucro da companhia no comparativo anual em dois anos. O volume financeiro de pagamentos processados pela Cielo, de R$ 190,6 bilhões, foi apenas 0,3% superior ao de igual etapa de 2019, refletindo a crise provocada pela pandemia, e pelo foco em segmentos mais rentáveis, afirmou a companhia. Nesse contexto, a receita líquida da empresa somou de R$ 1,31 bilhão, redução de 1,5% ano a ano, "refletindo o cenário de forte competição, que vem pressionando preços e margens no segmento de varejo", diz trecho do relatório. Porém, a Cielo conseguiu reduzir em 13,5% seus gastos totais no comparativo anual, para R$ 1,077 bilhão. E a ênfase nos segmentos mais rentáveis compensou a queda de 10,8% na base ativa no ano, a 1,406 milhão de clientes, o que a empresa atribuiu à mudança na política de concessão de subsídios para terminais de captura na modalidade de venda, o que impactou principalmente as afiliações no segmento de empreendedores. Assim, o resultado operacional da Cielo medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 768,2 milhões, aumento de 16% sobre o quarto trimestre de um ano antes, com a margem Ebitda subindo 3,2 pontos percentuais, para 25,4%. A empresa fechou o ano com liquidez total de R$ 4,2 bilhões, ante R$ 3,2 bilhões um ano antes. Vídeos: Últimas notícias de Economia
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Depois do Fed, o Tesouro: Janet Yellen volta a fazer história nos EUA
Antes do BC dos EUA, ela foi a primeira mulher a chefiar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, de 1997 a 1999. Janet Yellen REUTERS/Gary Cameron Com Janet Yellen como a primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro americano, o presidente Joe Biden escolheu uma economista progressista focada no desemprego, apoiadora do estímulo fiscal e da luta contra as mudanças climáticas. Yellen, de 74 anos, prestou juramento nesta terça-feira diante da primeira vice-presidente do país, Kamala Harris, em uma cerimônia na Casa Branca, com o prédio do Tesouro ao fundo. No dia anterior, o Senado havia aprovado por esmagadora maioria (84-15) sua nomeação. "Parabéns, senhora secretária! Obrigado, senhora vice-presidente!", disseram uma à outra, sorrindo, as duas funcionárias. Yellen já tinha feito história quando se tornou a primeira mulher presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central mais poderoso do mundo, em 2014. Antes disso, ela foi a primeira mulher a chefiar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, de 1997 a 1999. Ao assumir o comando do Tesouro, Yellen se coloca no centro da atual tempestade econômica dos Estados Unidos, que sofreu uma queda recorde no crescimento anual e dezenas de milhões de demissões ao mesmo tempo em que enfrenta o maior surto de coronavírus do mundo. Yellen estará à frente das negociações para ganhar o apoio do Congresso na aprovação do plano de resgate proposto por Biden, de US$ 1,9 trilhão, incluindo o aumento do salário mínimo federal para US$ 15 a hora. Em nota aos funcionários do Tesouro, ela elogiou seu esforço durante a crise financeira mundial de 2008 e disse que "ajudaram a salvar a economia de sua pior crise desde a Depressão". "Agora temos que fazê-lo de novo", disse-lhes Yellen. Embora a crise atual seja muito diferente da de 2008, "a escala é igualmente grande, se não maior", já que a pandemia causou uma "devastação total na economia", escreveu. Paixão pelo trabalho Para Yellen, que teve uma longa carreira em vários cargos no Fed, economia é um assunto de família: ela conheceu seu marido — o ganhador do Nobel e economista George Akerlof — na cafeteria do Fed, e seu filho também é professor de economia. Sua experiência acadêmica e de serviço público, a torna distinta de muitos ex-secretários do Tesouro, incluindo seu antecessor, Steven Mnuchin, que passou anos como banqueiro de investimentos e produtor de cinema. O conhecimento de Yellen sobre o mercado de trabalho em um momento em que a pandemia dobrou o desemprego, alcançando os 6,7%, junto ao respeito que os legisladores têm por seus esforços no Fed após a crise financeira global de 2008-2010, são vistos como seu grande patrimônio. Próxima à elite econômica progressista, Yellen foi ainda mais longe do que Biden ao pedir um imposto sobre o carbono para combater as mudanças climáticas. "Precisamos de políticas públicas orientadas a fazer uma grande diferença nas mudanças climáticas", declarou recentemente. Embates com Trump Como presidente do Fed entre 2014 e 2018, Yellen entrou em conflito com o presidente Donald Trump, que assumiu a presidência em 2017, por causa de discrepâncias sobre os níveis de taxas de juros, a tal ponto que o presidente acabou retirando-a do cargo e transformando-a em um dos únicos titulares do banco central americano a não permanecer no cargo para um segundo mandato. Yellen trabalhou durante anos com o atual presidente do Fed, Jerome Powell, cujo mandato termina em 2022. Filha de um médico judeu, Yellen, que ainda fala com seu sotaque nativo do Brooklyn, obteve um doutorado em economia pela Universidade de Yale. Ela desempenhou vários cargos no Fed, onde passou um terço de sua carreira, primeiro como pesquisadora econômica e depois em cargos mais altos. Yellen também foi conselheira econômica do ex-presidente Bill Clinton de 1997 a 1999, lecionou na Universidade da Califórnia, Berkeley, e chefiou o Banco da Reserva Federal de São Francisco. Em 2010, tornou-se vice-presidente do Fed ao lado de Ben Bernanke, supervisionando o grande plano de apoio monetário para ajudar a economia americana a emergir da crise financeira global de 2008. Quando o substituiu quatro anos depois, a revista Forbes a chamou de a segunda mulher mais poderosa do mundo, atrás da chanceler alemã Angela Merkel. Afável e de estatura mediana, com o rosto emoldurado por um capacete de cabelos brancos e seu distinto "pescoço levantado", Yellen nunca perdeu a compostura diante dos ataques dos legisladores republicanos. No início do mandato de Trump, ela não hesitou em alertar para os riscos que cortes de impostos como os propostos pelo presidente teriam sobre o déficit fiscal. Com o déficit dos Estados Unidos aumentando devido à pandemia, esse será um problema que terá de enfrentar novamente. Vídeos: Últimas notícias de Economia
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Número de devedores da União registra primeira redução desde 2012, aponta ministério
Redução foi motivada por ação da Fazenda Nacional de reconhecimento de prescrição de dívidas de pessoas e empresas. Valor total devido à União subiu em 2020 e atingiu R$ 2,5 trilhões. O Ministério da Economia registrou no ano passado a primeira redução — desde pelo menos 2012 — no número de devedores inscritos na dívida ativa da União.
Ao final de 2019, segundo dados do ministério, a lista contava com 4,958 milhões de pessoas e empresas, que deviam à União impostos e tributos. No final do ano passado, eram 4,665 milhões.
De acordo com o Ministério da Economia, a redução no número de devedores é resultado de ação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) de reconhecimento espontâneo de dívidas prescritas, ou seja, que não podem mais ser cobradas por vencimento de prazo, e, consequentemente, de retirada dos nomes desses devedores da lista.
"Esse trabalho resultou, em 2020, na extinção de 1,5 milhão de inscrições (dívidas), no valor de R$ 21,7 bilhões. Com isso, milhares de pessoas e empresas deixaram de dever à União", informou o ministério.
O G1 questionou se já havia sido registrada redução no número de devedores da União antes de 2012, mas a pasta respondeu que não dispõe de dados anteriores a esse período.
Esse reconhecimento de prescrição já era feito pela PGFN mas, mais recentemente, o órgão passou a adotar ferramentas digitais para análise mais rápida dos débitos, o que se refletiu na redução dos devedores.
A legislação prevê prazo prescricional de cinco anos para as dívidas com a União. Entretanto, a contagem pode ser interrompida ao longo do processo, o que faz com que a cobrança, assim como presença do nome da empresa ou da pessoa na lista de devedores, vigore por mais tempo.
Dívidas inscritas e estoque
O levantamento do ministério aponta que o número de dívidas inscritas também caiu no ano passado, de 19,078 milhões para 18,8 milhões. Esse número é maior porque uma pessoa ou empresa pode ter mais de uma dívida inscrita.
Apesar da queda no número de dívidas e de devedores, o valor total devido à União aumentou: de R$ 2,436 trilhões, em 2019, para R$ 2,528 trilhões, em 2020.
Sobre o aumento no valor total da dívida, o ministério respondeu que ele se deveu ao "crescimento vegetativo do estoque, por conta da incidência de juros/atualização monetária" e à inscrição no ano passado de novas dívidas que totalizam R$ 158 bilhões.
Pandemia e negociação de dívidas
Com a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, no ano passado o governo federal adotou medidas para acelerar a negociação com devedores da União. O objetivo foi recuperar os valores que deixaram de ser pagos por eles e reduzir o número de processos questionando esses débitos.
A medida previa, por exemplo, descontos de até 50% sobre o crédito e parcelamento em até 84 meses, para pessoas jurídicas, e desconto de até 70% e prazo para quitação de 145 meses, para pessoas físicas, microempresas e empresas de pequeno porte.
De acordo com o Ministério da Fazenda, em 2020 foram recuperados R$ 25,168 bilhões, maior valor desde 2017 (R$ 27,442 bilhões).
VÍDEOS: notícias de economia
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Auxílio Emergencial: Caixa encerra calendário regular do benefício nesta quarta
Serão liberados nesta quarta os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício para aniversariantes em dezembro. Outros 196 mil aprovados ainda vão receber parcelas na quinta-feira. A Caixa Econômica Federal (CEF) libera nesta quarta-feira (27) os saques e transferências das últimas parcelas do calendário regular do Auxílio Emergencial para 3,3 milhões de trabalhadores que não fazem parte do Bolsa Família. O pagamento desta quarta é para os trabalhadores nascidos em dezembro. Serão liberados os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício. Com as liberações desta quarta, a Caixa conclui todo o calendário do Auxílio Emergencial. Os créditos das últimas parcelas do benefício se encerraram no último dia 29 de dezembro. Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Saiba como liberar a conta bloqueada no aplicativo Caixa Tem Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL 196 mil aprovados Na quinta-feira (28), a Caixa vai pagar ainda pagamentos para mais 196 mil trabalhadores, que tiveram o benefício aprovado na terça-feira (26). Esses aprovados vão receber de uma só vez todas as parcelas a que têm direito. Estão nesse grupo: Beneficiários que fizeram a contestação no período de 7 a 16 de novembro e de 13 a 31 de dezembro de 2020 – 191 mil pessoas; Beneficiários que tiveram o pagamento reavaliado em janeiro de 2021, decorrente de atualizações de dados governamentais – 5 mil pessoas. VEJA QUEM PODE SACAR A PARTIR DESTA QUARTA: trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em dezembro – poderão sacar as parcelas que foram creditadas em poupança social digital nos dias 12 e 29 de dezembro Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Calendários de pagamento Calendário de saques do Auxílio Emergencial Reprodução/Caixa Econômica Federal Clique aqui para ver o calendário completo dos pagamentos VÍDEOS: as últimas notícias sobre o Auxílio Emergencial io. Serão liberados os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício. Com as liberações desta quarta, a Caixa conclui todo o calendário do Auxílo
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Emprego: confira as 343 vagas disponíveis através da Agência do Trabalho em Pernambuco nesta quarta
Oportunidades foram disponibilizadas em 17 municípios do estado e incluem cargos como manicure, vendedor, barbeiro, mecânico, gerente de produção, entre outros. Confira vagas de emprego disponíveis nesta quarta-feira O sistema público da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq-PE) oferece, nesta quarta-feira (27), 343 vagas de emprego em 17 municípios do estado. As oportunidades foram disponibilizadas através das unidades da Agência do Trabalho (veja vídeo acima). Do total, 19 vagas foram reservadas para pessoas com deficiência e outras 19 foram temporárias. As oportunidades são para os cargos de conferente de logística, manicure, vendedor, barbeiro, mecânico, gerente de produção, auxiliar administrativo, entre outras (confira lista completa mais abaixo). Há vagas disponíveis em 17 municípios do estado Heloise Hamada/G1 Há vagas no Recife (176), Araripina (3), Arcoverde (4), Bezerros (4), Cabo de Santo Agostinho (9), Caruaru (41), Garanhuns (2), Igarassu (5), Ipojuca (6), Paudalho (2), Nazaré da Mata (2), Petrolina (7), São Lourenço da Mata (2), Salgueiro (13), Santa Cruz do Capibaribe (38), Serra Talhada (4) e Vitória de Santo Antão (29). Os interessados devem procurar uma das Agências do Trabalho do estado. O atendimento ocorre preferencialmente com agendamento prévio, feito pelo site da secretaria ou pelo Portal Cidadão. Vagas de emprego Vagas para pessoas com deficiência Vagas temporárias VÍDEOS: Concursos e emprego
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Em um ano, 11,5 milhões perderam emprego no setor privado, enquanto setor público seguiu contratando
Número é superior à população de Portugal e reflete os efeitos da pandemia do novo coronavírus; setor público foi na contramão e contratou 145 mil servidores no período, segundo levantamento do IDados. Em um ano, 11,5 milhões perdem emprego no setor privado Em meio à pandemia do novo coronavírus, a economia brasileira viu um contingente superior à população de Portugal deixar o mercado de trabalho no setor privado. Entre os meses de setembro de 2019 e de 2020, 11,5 milhões de brasileiros saíram da população ocupada no setor privado – número recorde, segundo levantamento realizado pela consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Trimestral. Na contramão, nesse mesmo período, o setor público criou 145,4 mil postos de trabalho. No total, o Brasil tinha 70,6 milhões de trabalhadores que atuavam no setor privado em setembro do ano passado – número que inclui formais, informais, empregadores, conta própria, entre outros. Já no setor público, eram 11,8 milhões. "O ciclo de contratações do setor público acompanha muito mais o calendário das eleições do que a economia do país", explica Mariana Leite, pesquisadora do IDados. "Até porque os servidores, em sua maioria, têm estabilidade no emprego. E a demanda por serviços públicos, em momentos de crise, não diminui tanto quanto a demanda por serviços privados", complementa. População ocupada Economia G1 A diferença de trajetória dos empregos público e privado indica que as desigualdades no mercado de trabalho devem ser reforçadas pela crise atual. Isso porque, além de criar vagas, o funcionalismo paga o dobro da iniciativa privada. Segundo o IDados, a remuneração média dos servidores era de R$ 3.951 em setembro de 2020 – valor 94,4% superior aos R$ 2.032 oferecidos pela iniciativa privada. Brasil é o 7º país que mais gasta com servidor; valor é 3,5 vezes as despesas com saúde, diz instituto Na fila O mecânico de manutenção Roberto Xavier de Souza, de 47 anos, se prepara para engrossar a fila de desempregados da iniciativa privada. Com o encerramento da produção da Ford em São Bernardo do Campo (SP), ele foi demitido, mas, em seguida, recontratado pela empresa responsável por fazer a desmontagem da fábrica da montadora. O desemprego tem data para chegar na vida dele: maio de 2021, quando a desmontagem deverá ser concluída. Sem a perspectiva de contratação no setor privado, ele planeja sobreviver com a fabricação própria de móveis de ferro galvanizado e aço escovado. "A preocupação é tanta que estou tentando me virar sozinho. Não penso em procurar emprego por causa da minha idade, apesar de eu já ter bastante bagagem na área profissional", afirma Roberto. Mecânico de manutenção Roberto Xavier de Souza deve ficar desempregado em maio Arquivo Pessoal Ford encerra a produção de veículos no Brasil Mesmo empregado, Roberto viu sua qualidade de vida piorar. No novo trabalho, o salário é 80% menor, o que obrigou o mecânico a promover ajustes no orçamento doméstico. Casado e pai de dois filhos, ele é o principal provedor de recursos em casa. "Eu tive de cortar muita coisa. Cortei internet, reduzi energia elétrica, economizei na água, até a qualidade da alimentação teve de mudar. Tive de reduzir muitos custos dentro de casa", diz. Patamar recorde Com a deterioração do emprego privado, a participação do setor público no mercado de trabalho passou a rondar um patamar recorde. No trimestre encerrado em junho de 2020, a proporção de funcionários públicos chegou a 14,8% da população ocupada, o máximo já apurado desde que a Pnad Contínua começou a ser realizada, em 2012. Em setembro, apresentou um leve recuo, para 14,3%. Participação do setor público Economia G1 "O setor público está sempre contratando, aumentando as despesas e os salários, enquanto que o mercado de trabalho privado opera numa outra lógica e recebe todos os impactos, quer seja de uma adversidade excepcional – como a que estamos vivendo agora -, quer seja das adversidades da economia e da estrutura do país como um todo", afirma Ana Carla Abrão, economista e sócia da consultoria Oliver Wyman. A estrutura da carreira no setor público ajuda a explicar por que há um aumento na contratação, apesar do cenário de restrição fiscal enfrentado por municípios, estados e União. Com promoções e progressões em excesso, há sempre falta de funcionários na ponta, explica Ana Carla, o que acaba criando uma necessidade permanente de contração de pessoal. "Existe um mecanismo que faz com que novas contratações sejam sempre necessárias, porque falta servidor na ponta, embora haja até excesso de pessoas na atividade meio e nos topos das carreiras", afirma a economista. No Brasil, o gasto com pessoal é a segunda maior despesa do governo federal, atrás apenas dos benefícios previdenciários. O que os especialistas dizem é que a burocracia brasileira não é numerosa, se comparada ao restante do mundo, mas custa caro por causa dos elevados salários. A saída, segundo eles, passa por reformas que alterem a estrutura das carreiras em todos os entes federativos. "O gasto salarial destoa (do resto do mundo) e vem crescendo de forma contínua. Sem que haja uma reforma administrativa, ele continuará crescendo e, daqui a pouco, o Brasil será o país que mais gasta, proporcionalmente ao PIB, com despesa de pessoal", diz Ana Carla. Em setembro do ano passado, o governo enviou uma proposta de reforma administrativa ao Congresso, mas as mudanças valeriam apenas para os novos servidores. O texto propõe, por exemplo, o fim da estabilidade para parte dos funcionários públicos e extingue os chamados “penduricalhos”, que são benefícios, além do salário, garantidos aos servidores. Governo envia ao Congresso reforma administrativa com regras novas para futuros servidores A pesquisa do IDados não detalha qual ente federativo foi responsável pela maior parte das contrações de servidores no último ano. Em nota, o Ministério da Economia informou que "não foi criado nenhum cargo efetivo (…) entre 2019 e 2020" no poder executivo federal civil. Uma crise diferente O levantamento do IDados evidencia que a atual crise do mercado de trabalho tem sido diferente das observadas em anos anteriores. Em períodos recessivos, a população ocupada sempre recua no setor privado, mas não com a intensidade vista atualmente. O que se percebe, agora, é que os brasileiros desistiram de procurar emprego. Entre dezembro de 2015 e 2016, por exemplo, quando o país lidava com a combinação de uma crise econômica e política, a destruição de postos no setor privado chegou a quase 2 milhões. Ou seja, a destruição de empregos causada pela pandemia é cerca de seis vezes maior do que a verificada na última recessão. "Em outras crises, o que a gente via, principalmente na de 2014, era uma saída muito forte do mercado formal, mas ela era compensada com uma maior informalidade da população", afirma Mariana, do IDados. "Dessa vez, o que parece estar acontecendo é que, por falta de emprego, a população tem saído totalmente da força de trabalho", diz a pesquisadora. Com a pandemia e o descontrole da doença no país, muitos brasileiros deixaram de sair de casa para procurar emprego e passaram a ser considerados fora da força de trabalho do país. O Auxílio Emergencial também contribuiu para que uma parcela significativa da população pudesse ficar sem trabalhar durante a crise sanitária. Fim do auxílio emergencial: Norte e Nordeste terão economias prejudicadas "Pelo menos para a população mais pobre, o Auxílio Emergencial ajudou a manter a renda", afirma Mariana. "Existem registros que a pobreza caiu no Brasil, em grande parte por causa do auxílio." O Auxílio Emergencial foi pago até dezembro e chegou a 68 milhões de trabalhadores. O custo do programa foi de R$ 300 bilhões e representou um elevado gasto para o governo num momento de restrição fiscal. A equipe econômica ainda não indicou se o programa será continuado ou se ganhará um substituto. Guedes defende 'travar o resto todo' do orçamento caso auxílio emergencial seja renovado Vídeos: Últimas notícias de economia
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