Siemens Energy prevê cortar 7.800 empregos nos próximos quatro anos
Cortes também devem atingir funcionários da empresa no Brasil. A empresa alemã Siemens Energy, a antiga divisão de energia do conglomerado Siemens, anunciou nesta terça-feira (2) que vai cortar 7.800 empregos em todo o mundo, 3.000 deles na Alemanha, até 2025.
Procurada pelo G1, a Siemens Energy informou que "todas as regiões contribuirão para atingir essas metas", indicando que os cortes devem atingir também os trabalhadores da empresa no Brasil. A empresa informou, no entanto, que "não comunica dados regionais ou locais, além dos números já divulgados".
A "redução de excesso de capacidade" e outros ajustes levam a "uma redução de quase 7.800 empregos nos segmentos de gás e eletricidade no mundo", afirmou o grupo, que também informou ter registrado no primeiro trimestre do ano fiscal (outubro-dezembro) um lucro líquido de 99 milhões de euros (US$ 119 milhões).
Os cortes previstos representam quase 8% dos funcionários do grupo.
Na Alemanha, a Siemens Energy vai suprimir 3.000 postos de trabalho, nos Estados Unidos 1.700 e outros 3.100 ao redor do mundo, indicou a empresa. A maioria das demissões acontecerá em 2023.
No ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 2020, a Siemens Energy registrou prejuízo de 1,9 bilhão de euros (US$ 2,294 bilhões).
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Em meio à pandemia, Brasil abriu 2,3 milhões de empresas a mais do que fechou em 2020, diz ministério
No ano passado, 3,36 milhões de empresas foram abertas e 1,04 milhão foram fechadas. Tempo médio necessário para abertura de empresas caiu 43%. O Ministério da Economia informou nesta terça-feira (2) que 3,359 milhões de empresas foram abertas no Brasil no ano passado e 1,044 milhão foram fechadas. Assim, o país registrou um saldo positivo de 2,315 milhões de novos negócios abertos no período.
Segundo o governo, o número de empresas abertas no ano passado foi o maior desde início da série histórica, em 2010.
Os dados estão no Mapa de Empresas, ferramenta digital do Ministério da Economia para acompanhamento de dados sobre registro empresarial no Brasil.
Esse crescimento ocorreu em meio à pandemia do novo coronavírus, que gerou recessão na economia brasileira e tombo estimado de mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.
"Os dados demonstram o empenho dos órgãos federais, estaduais e municipais na implantação de melhorias para tornar o ambiente de negócios mais dinâmico no país, tanto que o tempo de análise dos pedidos de abertura de novos negócios caiu consideravelmente em 2020", informou o Ministério da Economia.
"Os números demonstram que a economia tem reagido bem mesmo no cenário de pandemia, conforme indicam os dados do registro histórico de abertura de empresas no Brasil em 2020", acrescentou o governo federal.
Aumento da população ocupada mostra interrupção na piora da taxa de desemprego
Em 2019, por exemplo, foram abertas 3,17 milhões de empresas e foram fechadas 1,18 milhão.
Tempo médio
De acordo com o Ministério da Economia, o tempo para abertura de empresa no Brasil era, em média, de 2 dias e 13 horas no final de 2020. Em relação ao verificado ao final de 2019, houve uma redução de 1 dia e 22 horas (43%) no prazo.
Segundo o Ministério da Economia, o processo de abertura de empresas ainda não disponibiliza respostas de forma automática para todas as etapas, dependendo de interações humanas que ficaram prejudicadas, tendo em vista a paralisação ou redução das atividades devido à pandemia.
No começo deste ano, o Ministério da Economia iniciou um projeto, chamado de "balcão único", que visa possibilitar a abertura de empresas de forma virtual em apenas um dia.
Microempreendedores individuais
De acordo com dados do Ministério da Economia, o país possuía, no fim do ano passado, 19,9 milhões de empresas abertas no país, das quais 11,2 milhões eram de microempreendedores individuais (MEIs) – 56,6% do total.
Segundo a subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato do Ministério da Economia, Antonia Tallarida, muito empreendedores têm optado, ao abrir seus negócios, pelo modelo do microempreendedor individual, que tem menos burocracia e paga menos impostos.
“Mais de 2,6 milhões de MEIs foram abertos em 2020, o que reforça a importância dos pequenos negócios para o país, além de eles serem um dos pilares da retomada após a Covid-19. A abertura de MEIs cresceu 8,4% quando se compara com 2019, e supera a taxa de abertura total de empresas, que cresceu 6% [no ano passado]. A abertura de MEIs tem elevado a taxa total de empresas abertas”, explicou Tallarida.
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BR Distribuidora conclui compra da empresa de energia elétrica Targus
Targus atua como comercializadora e na prestação de serviços na área de energia A BR Distribuidora concluiu a compra da empresa de energia elétrica Targus, anunciada em novembro. A BR será dona de 70% do capital social da companhia, que atua como comercializadora e na prestação de serviços na área de energia, depois que todos os aportes acordados neste ano forem realizados. BR Distribuidora Divulgação/Petrobras As duas empresas assinaram um acordo de acionistas que prevê, entre outros pontos, a opção de compra da BR Distribuidora dos 30% restantes da empresa de energia. A validade do acordo é de 15 anos. Em comunicado, a BR destaca que, com a compra, passa a atuar na comercialização de energia elétrica, complementando seu portfólio de produtos e ampliando a oferta de valor para os clientes. Assista as últimas notícias de economia
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Desempregados na Espanha se aproximam dos 4 milhões em meio a impacto da pandemia
Quase 40 mil empregos foram criados em janeiro, de acordo com dados ajustados da Previdência Social. O número de pessoas registradas como desempregadas na Espanha aumentou pelo quarto mês consecutivo em janeiro para 3,96 milhões, já que as restrições para conter novos surtos da Covid-19 continuavam a limitar a atividade.
Isso marcou um salto de 1,96% em relação a dezembro, mostraram dados do Ministério do Trabalho do país nesta terça-feira (2).
Covid-19 provoca queda na expectativa de vida na Espanha
Quase 40 mil empregos foram criados em janeiro, de acordo com dados ajustados da Previdência Social, mas, excluindo o efeito calendário, 219 mil vagas foram fechadas, com um total de pouco mais de 19 milhões de trabalhadores registrados no órgão.
O desemprego continuou a ser contido em comparação com a crise financeira global de uma década atrás, em parte graças a um esquema de licenças da Espanha.
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Bovespa opera em alta nesta terça-feira
Na segunda-feira, o principal índice da bolsa subiu 2,13%, a 117.517 pontos. Bovespa – Painel da bolsa de valores de São Paulo, B3, nesta quarta-feira (11). Cris Faga/Estadão Conteúdo O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta terça-feira (2), em mais um dia de recuperação. Às 14h57, o Ibovespa subia 0,42%, a 118.014 pontos. Veja mais cotações. Na segunda-feira, a bolsa fechou em alta de 2,13%, a 117.517 pontos. No ano, no entanto, ainda acumula perda de 1,26%. Cenário No exterior, o dia é de otimismo nos mercados, em meio à esperança de mais estímulos para a economia dos Estados Unidos. Os investidores aguardavam negociações nesta terça-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e senadores republicanos sobre um novo projeto de lei de apoio em resposta à Covid-19. Mais cedo, a Eurostat, agência oficial de estatísticas europeia, informou que o PIB da zona do euro recuou menos que o esperado no quarto trimestre de 2020 (0,7%), e o bloco fechou o ano com uma contração de 6,8%. Por aqui, os mercados avaliam os resultados das eleições para o comando da Câmara e do Senado, que levaram ao comando das duas casas aliados do presidente Jair Bolsonaro, levando a perspectivas de retomada da agenda de reformas. Variação do Ibovespa em 2021 G1 Economia VÍDEOS: Últimas notícias de Economia .
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Twitter suspende contas ligadas a protestos de agricultores na Índia
Bloqueio aconteceu após governo alegar que sites de notícias, atores e ativistas estavam incentivando a violência. Perfis ficaram fora do ar por 12 horas. Agricultores protestam em Nova Délhi, Índia, contra novas leis impostas sobre o setor em foto de 26 de janeiro de 2021 Adnan Abidi/Reuters O Twitter bloqueou temporariamente um grande número de contas e de tuítes na Índia na última segunda-feira (1), a pedido do governo. Entre os perfis suspensos estão os de uma revista e de vários agricultores que organizam manifestações na capital. Uma fonte do Ministério de Tecnologias da Informação disse à agência AFP que o governo pediu ao Twitter que tomasse medidas contra cerca de 250 contas e mensagens por considerar que representavam uma "séria ameaça à ordem pública". Algumas contas ficaram suspensas na tarde de segunda (1), mas tiveram o acesso liberado após 12 horas offline. Esses perfis permaneceram acessíveis fora da Índia durante o período de bloqueio. Desde 26 de novembro, dezenas de milhares de agricultores, principalmente de Punjab, região norte do país, manifestam-se em acampamentos montados nas principais estradas da periferia de Nova Délhi. Os agricultores protestam contra as novas leis agrícolas do país que, segundo eles, ameaçam seus meios de subsistência. A agricultura é responsável por empregar quase a metade da população do país que tem mais de 1,3 bilhão de pessoas. Na semana passada, uma manifestação em Délhi terminou em violentos confrontos entre agricultores e policiais. Desde então, a polícia prendeu dezenas de agricultores e um jornalista da revista Caravan. A ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras, que defende a liberdade de imprensa, condenou a suspensão dos acessos no Twitter como um "caso chocante de censura flagrante". VÍDEOS sobre tecnologia do G1
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Ataques racistas: acabar com o anonimato nas redes sociais é o melhor caminho?
Depois que o jogador de futebol Marcus Rashford e outros atletas enfrentaram abusos, ativistas pedem que as regras dos aplicativos e sites sejam repensadas. Marcus Rashford disse que foi submetido à "pior face das mídias sociais" após o empate de 0 a 0 do Manchester United com o Arsenal no último sábado (30/01) Getty Images/BBC Os gigantes das mídias sociais estão novamente no banco dos réus público por causa do fracasso em policiar suas plataformas de forma eficaz. O problema da vez é a onda de comentários e mensagens racistas enviados ao atacante Marcus Rashford, do Manchester United. Além de Rashford, outros jogadores da Premier League, o campeonato inglês, estão enfrentando a mesma situação em seus perfis, o que tem gerado pedidos de ações mais contundentes. A cada dia, a pressão aumenta para que Twitter, Instagram e outras plataformas façam algo para impedir o envio de mensagens de ódio. Twitter amplia regras para combater discurso de ódio Essas empresas estão sendo instadas a usar sua experiência em inteligência artificial para detectar mensagens racistas, mesmo enquanto elas estão sendo escritas, e incentivar que os autores repensem o envio ou até os impeça de publicar. Outra ideia que está ganhando força é acabar com o anonimato nas redes sociais, para que, assim, os racistas possam ser rastreados. Informação verificada Margaret Hodge, representante do Partido Trabalhista do Reino Unido, diz receber milhares de tuítes abusivos todos os meses. Em dezembro de 2020, ela pediu a proibição do anonimato para usuários de mídia social. "As pessoas argumentam que o anonimato permite a participação democrática adequada — mas acho que os danos superam os benefícios", disse ela ao jornal The Guardian. Os ativistas anti-racistas não estão dizendo que todos precisam necessariamente postar em seus próprios nomes, mas, sim, dar às redes sociais um meio de identificá-los se eles infringirem a lei. "Você precisa ter essa verificação de informação para que, se alguém abusar do privilégio do anonimato, esse dado possa ser compartilhado de forma rápida e transparente com as autoridades", disse Sanjay Bhandari, executivo-chefe da Kick It Out, uma organização que trabalha para acabar com o racismo no futebol e na sociedade, ao programa de rádio BBC Radio 4's Today nesta segunda-feira (01/02). Como evitar danos Acabar com o anonimato pode parecer uma solução simples e óbvia. Mas quando resolvi coletar opiniões sobre essa proposta no Twitter, muitos entrevistados viram muitos problemas. Eles apontaram que em algumas partes do mundo o anonimato é vital para que as pessoas consigam expressar seus sentimentos e opiniões a respeito do governo ou falar sobre sua sexualidade. "E isso é verdade tanto no Reino Unido quanto no exterior", disse o fundador da startup Aplisay, @robinjpickering. "Não vamos nos enganar achando que isso só se aplica a lugares distantes, fora de nossas fronteiras", escreveu ele. "Mesmo no Reino Unido, ser franco sobre sexualidade, discordar publicamente de um empregador ou escapar de um parceiro abusador são circunstâncias em que a privacidade é necessária para evitar danos", completa. Vidas privadas Para @curiousiguana, um professor que usa o Twitter sem identificar o próprio nome, o banimento do anonimato seria um motivo para abandonar as redes sociais. "Minhas informações pessoais não estão publicadas nas redes", escreveu o titular da conta. "Professores não podem arriscar que os alunos encontrem suas vidas privadas. A linha entre profissional e pessoal significa que tenho que permanecer anônimo ou ficar insosso, apolítico e sem graça." O pesquisador de ciências sociais Sunil Rodger, que tuíta como @sunildvr, avalia: "O anonimato não é uma questão 'técnica' em si, mas evolve uma questão social". "Uma solução técnica simplista, como banir o anonimato, não resolverá os problemas sociais em torno da questão." Outros perfis, no entanto, enxergam maneiras de limitar o uso de contas anônimas sem aboli-las por completo. "Eu entendo que há uma limitação do que pode ser feito", aponta Damian Rafferty, que tuíta como @mrfly. "Mas eu gostaria de ver um trabalho sério para tornar a vida de trolls e racistas muito mais difícil — como etapas de verificação, ficar sem postar nada sobre outras contas por 14 dias, remoções rápidas…" 'Anarquia' Para algumas pessoas, incluindo a ex-parlamentar britânica Helen Goodman (@helengoodmanBA), há apenas uma resposta para acabar com esse crime. "Há muito tempo que acredito no fim do anonimato", escreveu ela. "Não é liberdade, é anarquia." A especialista em relações públicas @ellaminty concorda. "Palavras podem matar. Palavras machucam." E acrescenta: "As palavras podem desestabilizar e afetar a muitos. A mídia social é um mercado, não um espaço sem regras". Como barrar o racismo e os ataques de ódio? Vale lembrar que mesmo as redes sociais que exigem o uso de nomes reais nos perfis não estão imunes a abusos. O Facebook, por exemplo, tem lutado para policiar o comportamento de seus usuários. Enquanto isso, o Parler, a rede preferida por muitos daqueles que são banidos de outras plataformas de mídia social, pede um documento de identidade com foto quando as pessoas abrem suas contas. O Facebook exige que os usuários forneçam "o nome que usam na vida real" ao ingressar, embora nem todos concordem com isso Getty Images/BBC É possível que, nos próximos meses, exista alguma pressão política para incluir a proibição do anonimato online em futuras leis e regulamentações do setor. Mas é provável que os governos de várias partes do mundo enxerguem muitas dificuldades práticas nesta abordagem. E isso, claro, aumentará a pressão para que as próprias plataformas encontrem alguma outra forma de conter ou prevenir o abuso em sua origem, antes que ele seja publicado. VÍDEOS: veja mais notícias sobre tecnologia
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Home office concentrou 17,4% do total de rendimentos do trabalho em novembro, mostra Ipea
Estudo aponta que o perfil da pessoa em teletrabalho continua predominantemente composto por pessoas com nível superior completo, do sexo feminino, de raça branca e com idade entre 30 e 39 anos. Home Office Divulgação A remuneração dos profissionais em home office somou R$ 32 bilhões em novembro, o que corresponde a 17,4% dos R$ 183,5 bilhões da massa de rendimentos efetivamente recebida por todos os ocupados no país. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em novembro de 2020, o percentual de pessoas em home office seguiu em redução, atingindo 7,3 milhões de pessoas trabalhando remotamente, o que representa 9,1% dos 80,2 milhões de ocupados e não afastados. Em relação a outubro, houve redução tanto no percentual de profissionais em trabalho remoto quanto na remuneração. Naquele mês, o percentual era de 9,6% dos ocupados, que foram responsáveis por 18,5% da massa de rendimentos. Em novembro, 57,8% das pessoas em trabalho remoto eram mulheres, 65,3% eram da cor branca, 76% tinham nível superior completo e 31,8% apresentavam idade entre 30 e 39 anos. Permanece o predomínio do setor formal no teletrabalho, que equivale a 6,2 milhões de pessoas (84,8% do total), enquanto os outros 15,2% dos trabalhadores em home office estavam na informalidade (1,1 milhão de pessoas). Em novembro, o Brasil tinha 2,85 milhões de pessoas trabalhando remotamente no setor público e 4,48 milhões no setor privado. Ou seja, 38,9% das pessoas em home office estavam no setor público, o que corresponde ao maior percentual observado desde o início da análise. Na distribuição da massa de rendimentos por atividade, 30% da massa de rendimentos foi gerada por pessoas no setor de serviços que não estavam em home office, 16,4% no setor público, 14,7% na indústria e 10,7% no comércio. Como as pessoas em trabalho remoto foram responsáveis por 17,4% da massa em novembro, a contribuição delas é similar à registrada pelos trabalhadores da indústria ou do setor público. Sudeste concentra maior adesão A maior concentração de pessoas trabalhando remotamente permanece no Sudeste (58,3%). Na análise da distribuição regional do home office, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo concentram os maiores percentuais de pessoas nessa situação: 20%, 15,6% e 13,1%, respectivamente. Em contrapartida, os menores percentuais foram observados no Pará (3,1%), no Amazonas (3,5%) e no Mato Grosso (3,8%). A pesquisa mostra ainda que, de modo geral, os estados do Nordeste, Sudeste e Sul, somados ao Amapá e Pará, apresentaram os maiores índices de desigualdade, enquanto os estados do Centro-Oeste registraram os menores índices. Assista a mais notícias de Economia:
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Ford vai investir US$ 1 bilhão para expandir operações na África do Sul
Comunicado foi feito poucos dias após a companhia anunciar que vai fechar todas as suas fábricas no Brasil. Conheça as histórias por trás do fechamento da Ford no Brasil
A Ford vai investir US$ 1,05 bilhão em suas operações de produção na África do Sul, incluindo recursos para ampliação de capacidade de fabricação da picape Ranger, afirmou a montadora norte-americana nesta terça-feira (2).
O comunicado foi feito poucos dias após a companhia anunciar que vai fechar todas as suas fábricas no Brasil.
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Webstories: relembre a história da montadora no Brasil
FOTOS históricas da Ford no Brasil
Os investimentos pretendem elevar a capacidade instalada da Ford na África do Sul de 168 mil para 200 mil veículos, afirmou Andrea Cavallaro, diretor de operações do grupo de mercados internacionais da Ford.
"É o maior investimento nos 97 anos da Ford na África do Sul e um dos maiores já realizados na indústria automotiva local", afirmou o executivo.
Com o anúncio, a Ford reforça o grupo de montadoras globais, que inclui Volkswagen, Toyota e Nissan, que estão ampliando produção na África.
Cerca de um terço da produção local da Ford é vendida na África do Sul e outros mercados da África Subsaariana. O restante é exportado.
A fábrica da Ford em Silverton, subúrbio da capital administrativa Pretoria, também vai produzir picapes da Volkswagen, como parte de um acordo entre as duas montadoras.
A África do Sul tem grandes ambições para seu setor automotivo, inserindo-o no centro de sua estratégia para recuperar o crescimento da economia e reduzir o desemprego via industrialização.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, presente no evento da Ford, afirmou que a companhia já ajudou a trazer 12 fornecedores de autopeças ao país.
O plano sul-africano tem como meta mais que dobrar a produção anual do setor para 1,4 milhão de veículos até 2035 e elevar a participação de autopeças nacionais de 39% para 60%. A estratégia é apoiada por investimentos e incentivos tributários.
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VÍDEOS: a repercussão sobre a decisão da Ford
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Wikipédia lança código de conduta para combater abusos
Enciclopédia colaborativa criou padrão de comunidade uniforme para todo o mundo. Material servirá como guia para voluntários. Wikipédia, enciclopédia online e colaborativa. Divulgação/Wikipédia A Fundação Wikimedia, que mantém no ar a enciclopédia colaborativa Wikipédia, vai lançar nesta terça-feira (2) o seu primeiro código de conduta global, procurando responder às críticas de que não conseguiu combater casos de assédio e sofre com a falta de diversidade. "Precisamos ser muito mais inclusivos", disse María Sefidari, presidente do conselho de diretores da fundação à agência Reuters. "Estamos perdendo muitas vozes, perdendo mulheres, perdendo grupos marginalizados". Ao contrário de grandes redes sociais que pagam moderadores, a enciclopédia on-line conta com a colaboração voluntária para lidar com os problemas de comportamentos de usuários. A Wikimedia afirma que mais de 1.500 voluntários de 5 continentes e de 30 idiomas diferentes participaram da criação das novas regras após o conselho decidir em maio passado quais seriam as normas obrigatórias. O novo código de conduta proíbe o assédio dentro e fora do site, barra comportamentos como discurso de ódio, uso de calúnias, estereótipos ou ataques baseados em características pessoais, assim como ameaças de violência física e "perseguição" – como seguir alguém através de diferentes artigos para criticar seu trabalho. As novas regras também proíbem a introdução deliberada de informações falsas ou tendenciosas no conteúdo. "Houve um processo de mudança em todas as comunidades", disse Katherine Maher, diretora-executiva da Fundação Wikimedia, em entrevista à Reuters. "Levou tempo para construir o apoio que era necessário para fazer as consultas, para que as pessoas entendessem por que isso é uma prioridade", afirmou. Maher disse que preocupações de alguns usuários de que as novas regras significariam que o site se tornaria mais centralizado são infundadas. A Wikipédia tem 230.000 editores voluntários que trabalham em artigos de colaborativos e mais de 3.500 "administradores", que podem tomar ações como bloquear contas ou restringir edições em determinadas páginas. Em alguns casos, as reclamações são decididas por painéis de usuários eleitos pelas comunidades. A Wikimedia disse que a próxima fase do projeto será trabalhar na aplicação das regras. "Um código de conduta sem aplicação não será útil", disse Sefidari. "Vamos descobrir isso com as comunidades", disse ela. Maher afirmou que haverá treinamento para as comunidades e para as forças-tarefas de usuários interessados. A Wikimedia não tem planos imediatos de reforçar sua pequena equipe de "confiança e segurança", um grupo de cerca de uma dúzia de funcionários que atualmente atua em assuntos urgentes, como ameaças de morte ou o compartilhamento de informações particulares das pessoas, disse ela. Veja vídeos sobre tecnologia no G1
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