Erasmo Carlos, Nana Caymmi, Ney Matogrosso e Roberto Carlos completam 80 anos em 2021
♪ Já é 2021! O ano novo chega e já aponta grandes comemorações no horizonte da música brasileira. Nada menos do que quatro ícones da MPB – Erasmo Carlos, Nana Caymmi, Ney Matogrosso e Roberto Carlos – se tornarão octogenários ao longo de 2021. Sim, pode até não parecer, e não parece mesmo, mas os quatro artistas – nascidos em 1941 – estão bem perto dos 80 anos. O primeiro a festejar a data é Roberto Carlos, que faz aniversário em 19 de abril e, até lá, já deverá ter lançado single com música inédita. Na sequência, ainda em abril, mas no dia 29, é a vez de Nana Caymmi festejar 80 anos. Dois meses depois, em 5 de junho, é Erasmo Carlos quem faz 80 anos. Por fim, em 1º de agosto, Ney Matogrosso completa 80 incríveis anos com vigor jovial que desmente a idade do camaleão. Em comum, os quatro cantores têm o fato de estarem ainda em plena atividade profissional. Nana lançou álbum em 2020 com músicas de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) e Vinicius de Moraes (1913 – 1980). Erasmo, Ney e Roberto esperam somente o recrudescimento da pandemia para retomarem as agendas de shows, sempre cheias. Com exceção de Ney, que irrompeu no universo pop brasileiro em 1973, os artistas estão na estrada há cerca de 60 anos. Merecem aplausos tanto pela longevidade da vida quanto da carreira.
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Anitta faz show de Ano Novo na Times Square, em Nova York
Cantora se apresentou momentos antes da virada em uma das festas mais tradicionais do planeta. Poucas pessoas puderam acompanhar os shows do local. Cantora Anitta se apresenta em Nova York, na Times Square, momentos antes da virada do ano Gary Hershorn / POOL / AFP A tradicional festa de réveillon da Times Square, em Nova York, não contou com as multidões de sempre por conta da pandemia do novo coronavírus, mas diversos artistas participaram do show da virada, entre eles a brasileira Anitta (assista abaixo um trecho da sua apresentação). FOTOS da virada do ano pelo mundo A artista se apresentou momentos antes da virada para 2021, e cantou hits de sua carreira, como "Vai, Malandra" e "Bola Rebola". O show foi televisionado. Anitta se apresenta no réveillon de Nova York Horas antes de entrar no palco, Anitta foi entrevistada com exclusividade pela GloboNews enquanto se preparava. Durante a conversa com o repórter Felipe Santana, a cantora revelou que ela e sua equipe vêm fazendo testes de Covid-19 todos os dias e contou que seu grande desejo para 2021 é que "acabe a pandemia". Assista abaixo: Cantora Anitta se prepara para apresentação na festa de Nova York As celebrações em um dos cartões-postais mais conhecidos do mundo contaram com mais de 6 horas de shows, mas poucas pessoas, sempre de máscaras e com distanciamento, acompanharam do local. Trabalhadores que atuaram na linha de frente contra a Covid-19 foram alguns dos poucos convidados. Além de Anitta, artistas como Jennifer Lopez, Cindy Lauper, Gloria Gaynor e Pitbull também se apresentaram. Jennifer Lopez se apresenta na Times Square, em Nova York, nesta quinta-feira (31) Gary Hershorn/Pool via REUTERS VÍDEOS: a chegada de 2021 pelo mundo
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Caminhos de Carlos Cachaça, Cartola e Nelson Cavaquinho se cruzam em livro de Eliete Negreiros
Cantora prepara ensaio filosófico sobre as obras dos três bambas cariocas da escola de samba Mangueira. ♪ Os caminhos de Carlos Cachaça (3 de agosto de 1902 – 16 de agosto de 1999), Cartola (11 de outubro de 1908 – 30 de novembro de 1980) e Nelson Cavaquinho (29 de outubro de 1911 – 18 de fevereiro de 1986) volta e meia se cruzaram – e não somente nos becos e ruelas do Morro de Mangueira, frequentado pelos três bambas da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, tradicional agremiação do Carnaval do Rio de Janeiro fundada por Cachaça em 1928. Esses caminhos já se cruzaram, por exemplo, no álbum Fala Mangueira! (1968), disco coletivo cujo elenco incluiu os três cantores e compositores cariocas. Cantora paulistana associada à Vanguarda Paulista dos anos 1980, Eliete Negreiros reunifica as trilhas e trilhos dos três bambas em livro preparado pela artista para 2021. Indo além do caráter puramente biográfico, o livro Caminho da existência – Carlos Cachaça, Cartola, Nelson Cavaquinho é ensaio filosófico sobre as vidas, obras e afinidades desses grandes compositores do samba carioca.
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Beto Guedes lança versão pacifista de tema de Bach para saudar 2021
Cantor mineiro festeja o ano novo com gravação inédita da música de 1716, letrada pelo compositor Chico Amaral. ♪ Uma das melodias mais sublimes do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685 –1750) ganha versos em português do compositor mineiro Chico Amaral e a voz do conterrâneo Beto Guedes. O tema conhecido no Brasil como Jesus, alegria dos homens (1716) virou Toda vida quer paz na inédita versão apresentada pelo cantor e compositor mineiro às 21h de 31 de dezembro. Para saudar a chegada de 2021, Beto Guedes – cujo cancioneiro autoral sempre foi pautado pelos ideais de paz & amor – lança em vídeo, no canal do artista no YouTube, essa gravação inédita arranjada pelo próprio Guedes e mixada por Eneias Xavier no Usina Estúdio. Além de ter cantado (bem) e de ter feito o arranjo, o artista também tocou violão e viola no fonograma também formatado com o baixo e o piano de Eneias Xavier. Toda vida quer paz festeja o ano novo com o sentimento bom que move a humanidade neste 1º de janeiro de 2021.
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Réveillon dos famosos: veja fotos da comemoração de Ano Novo
Anitta, Ludmilla, Luísa Sonza, Marília Mendonça, Marina Ruy Barbosa, Luan Santana e outros artistas celebraram a chegada de 2021 de branco e rosa. No jardim de casa, em ilha privativa alugada ou cantando na Times Square, em Nova York, famosos brasileiros celebraram a chegada de 2021 em grande estilo. As cores branco e rosa dominaram looks das celebridades na virada. Veja fotos: Anitta Cantora Anitta se apresenta em Nova York, na Times Square, momentos antes da virada do ano Gary Hershorn / POOL / AFP Marília Mendonça Initial plugin text Marina Ruy Barbosa Initial plugin text Fernando Zor e Maiara Initial plugin text Ludmilla Initial plugin text Luísa Sonza Initial plugin text Michel Teló e Thaís Fersoza Initial plugin text Juliana Paes Initial plugin text Ivete Sangalo Initial plugin text Ísis Valverde Initial plugin text Angélica e Luciano Huck Initial plugin text Luan Santana Initial plugin text Erika Januza Initial plugin text Zé Felipe e Virgínia Initial plugin text Wesley Safadão Initial plugin text Paolla Oliveira Initial plugin text Belo e Gracyanne Barbosa Initial plugin text Lexa Initial plugin text Rafa Kalimann Initial plugin text Thelma Assis Initial plugin text
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Carlos do Carmo, o ‘Sinatra’ do fado português, morre aos 81 anos
Artista despediu-se dos palcos no ano passado, após uma longa carreira durante a qual levou o fado pelo mundo. Causa da morte foi aneurisma da aorta, segundo a mídia portuguesa. Carlos do Carmo se apresenta no estádio da Luz, em Lisboa, em 2007 Jose Manuel Ribeiro/Reuters O cantor português Carlos do Carmo, um dos artistas mais queridos do país, conhecido como o "Sinatra" do fado comovente e melancólico, morreu nesta sexta-feira (1º) aos 81 anos. Ele morreu na manhã do dia de Ano Novo no hospital Santa Maria, em Lisboa, após sofrer um aneurisma da aorta, informou a mídia portuguesa. "Carlos do Carmo não foi apenas um fadista notável… uma das suas maiores contribuições para a cultura portuguesa foi a forma como renovou o fado e o preparou para o futuro", escreveu o primeiro-ministro António Costa no Twitter. “Ele era a voz de Portugal”, disse o presidente Marcelo Rebelo de Sousa à emissora TVI. Do Carmo, nascido em Lisboa em 1939, despediu-se dos palcos no ano passado, após uma longa carreira durante a qual levou o fado pelo mundo. Tornou-se o primeiro artista português a receber o prêmio Grammy Latino pelo conjunto da sua obra em 2014. O fado, que surgiu nas ruas e tabernas de Lisboa no século XIX, expressa a tendência portuguesa para a saudade. Embora o fado tradicional fosse o cerne de sua carreira, Do Carmo trouxe influências de estilos musicais de artistas que vão desde músicos da bossa nova brasileira a Frank Sinatra para dar a essa forma musical seu próprio toque, às vezes cantando com uma orquestra em vez do tradicional conjunto de apenas um cantor e dois guitarristas. Ele levou o fado aos maiores palcos do mundo. Supervisionou ainda um filme sobre o estilo, que estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2007. Tributos inundaram as redes sociais após a notícia de sua morte. A Marinha portuguesa postou no Twitter que Lisboa, cidade que inspirou uma das canções mais icônicas do cantor, "hoje acordou mais triste".
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Harry Styles lança clipe de ‘Treat people with kindness’ com Phoebe Waller-Bridge
Música está no mais recente álbum do cantor, 'Fine Line'. Phoebe Waller-Bridge e Harry Syles dançam em clipe de 'Treat people with kindness' Reprodução/YouTube/Harry Styles Harry Styles lançou nesta sexta-feira (1º) o clipe da música "Treat people with kindness". O vídeo conta com participação da atriz, diretora e roteirista Phoebe Waller-Bridge, da premiada série "Fleabag". A dupla dança junto em um clipe em preto e branco. A canção está no álbum mais recente do cantor, "Fine Line", de 2019. No início de dezembro, Styles lançou uma versão de aniversário do disco. Apesar disso, o cantor mantém a "quarentena", com show desmarcados desde fevereiro e março. "Eu realmente espero conseguir fazer esses shows e terei novidades para vocês no ano novo, quando eles acontecerem", escreveu Styles em sua conta do Twitter. "Mal posso esperar para ver todos vocês em uma turnê quando for seguro. Trate as pessoas com gentileza", completou.
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Dupla Anavitória apresenta algumas canções certeiras no álbum ‘Cor’ sem se desprender do passado
Rita Lee e Lenine participam do disco lançado sem aviso prévio nesta sexta-feira, 1º de janeiro de 2021. Capa do álbum 'Cor', de Anavitória Breno Galtier Resenha de álbum Título: Cor Artista: Anavitória Edição: Anavitória Artes Cotação: * * * ♪ “Ao meu passado, eu devo o meu saber e a minha ignorância. As minhas necessidades e as minhas relações. A minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade hoje? Não sou escrava dele”, sentencia ninguém menos do que Rita Lee ao recitar versos embutidos em Amarelo, azul e branco (Ana Caetano e Vitória Falcão), música que abre o quarto álbum de Anavitória com tributo à terra natal da dupla. Lançado sem aviso prévio nesta sexta-feira, 1º de janeiro de 2021, o disco mostra que Ana Caetano e Vitória Falcão tentam experimentar maior liberdade artística sem se desprender do passado que transformou a dupla – formada em 2013 em Araguaína (TO), cidade do interior do Tocantins – em um dos nomes mais lucrativos da indústria da música nos últimos cinco anos. “O norte é a minha seta, o meu eixo, a minha raiz”, aponta Anavitória em verso de Amarelo, azul e branco, faixa na qual sobressai a pulsação da percussão de Felipe Roseno e da bateria de Valmir Bessa. Com 14 músicas em repertório que somente se desvia do trilho autoral em Dia 34 (Tó Brandileone e Fábio Sá), o álbum Cor foi gravado com produção musical dividida entre Ana Caetano e Tó Brandileone, integrante do grupo paulistano 5 a Seco que já tinha sido arregimentado para pilotar o álbum anterior da dupla, N (2019), dedicado ao cancioneiro do compositor Nando Reis. Tal como já ocorrera em N, disco valorizado pela elegância dos arranjos, Cor é álbum de produção musical sobressalente. O arranjo de Terra (Ana Caetano), por exemplo, exemplifica a evolução de Anavitória nesse quesito. Tanto que há, em Cor, faixas em que o arranjo e a produção musical soam mais interessantes do que a canção em si, caso de Tenta acreditar (Ana Caetano e João Ferreira). Anavitória canta 14 músicas no quarto álbum da dupla, 'Cor' Breno Galtier / Divulgação Contudo, há munição certeira na safra autoral de Cor, primeiro disco da dupla sem o selo e o aval da Universal Music (o primeiro independente álbum, Anavitória, foi licenciado em 2016 para a gravadora multinacional). Explodir (Ana Caetano) é o fofolk pop romântico típico da dupla. Selva (Ana Caetano e Tó Brandileone) é canção sedutora, escrita com rimas feitas com palavras proparoxítonas em letra que soa charmosa, ainda que distante da engenhosidade de Construção (Chico Buarque, 1971). Eu sei quem é você (Ana Caetano) é balada que soa tão convencional quanto fluente. Cigarra (Ana Caetano) é canção afetuosa, levada com delicadeza no ukelele (tocado por Tó Brandileone) e no violão (de Conrado Goys) com a base suave da percussão de Felipe Roseno e do próprio Tó. Ainda é tempo (Ana Caetano) é balada conduzida pelo piano de Mari Jacinhto em gravação que esboça a densidade possível na obra de dupla que canta para geração de ouvintes refratários a qualquer rasgo de profundidade. A balada Abril (Ana Caetano) segue essa linha densa no mesmo limite da intensidade suportada pelo público de Anavitória. Te procuro (Ana Caetano, Nina Fernandes, Saulo Fernandes) é canção que expia a sofrência de amor doído. Já Carvoeiro (Ana Caetano e Deco Martins) sinaliza, já na 13º faixa, que Cor é álbum longo demais para os padrões fonográficos dos anos 2020, embora seja louvável a atitude da dupla de não apresentar o álbum fatiado em EPs ou singles, como virou praxe no mercado. Das 14 faixas, há resquícios de maior inventividade em Te amar é massa demais (Ana Caetano) – música light que cai em suingue percussivo evocativo da batida do samba-reggae – e Lisboa (Ana Caetano e Pedro Novaes), boa canção final que junta as vozes de Anavitória com o canto suave de Lenine. Lenine é participação inusitada e realmente especial em Cor, álbum que expõe Ana Caetano e Vitória Falcão ainda presas a um passado que lhes trouxe glória precoce. O tempo é agora, como a dupla já sentenciou no título do segundo álbum das artistas, lançado em 2018, mas, sim, é difícil não se deixar escravizar pelo sucesso.
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Modelo que participaria do Miss México morre aos 21 anos
Organização do evento fez o anúncio nas redes sociais e lamentou a morte de Ximena Hita. Causa do falecimento não foi informada. Ximena Hita Reprodução/Miss Mexico Organization Uma das 32 participantes do Miss México que aconteceria em 2021 morreu nesta sexta-feira (1), anunciou a organização do evento. Sem dar muitos detalhes, o concurso lamentou a morte de Ximena Hita em posts nas redes sociais: "Sempre lembraremos de você". Ximena tinha 21 anos, de acordo com informações da emissora mexicana TV Azteca. A causa da morte e suas circunstâncias não foram informadas. Primeira finalista trans do Miss Universo Nepal faz história A modelo mexicana foi eleita Miss Aguascalientes em 2019 (Aguascalientes é um estado na região central do México). Segundo a descrição de seu perfil no Instagram, Ximena era estudante de enfermagem e trabalhava como paramédica. Initial plugin text PLAYLIST: vídeos do Semana Pop
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Centenário de Zé Kétti acende a luz sobre compositor que deu voz às alegrias e desilusões do morro
Álbum de Jards Macalé e ciclo de shows celebram os 100 anos do criador de sambas como 'Opinião' e 'Malvadeza Durão'. ♪ MEMÓRIA – “Acender as velas / Já é profissão / Quando não tem samba / Tem desilusão”, reportou Zé Kétti nos versos de Acender as velas (1964), um dos sambas que mais bem traduzem a natureza politizada da obra deste compositor, cantor e ritmista carioca. Em 2021, espera-se que o centenário de nascimento de José Santos Flores (16 de setembro de 1921 – 14 de novembro de 1999) acenda novamente a luz do Brasil para a importância do legado do compositor. Por ora, há no horizonte álbum gravado por Jards Macalé nos Estados Unidos no fim de 2019 com o trio do percussionista Sergio Krakowski – somente com músicas de Zé Kétti – e ciclo de shows no Centro Cultural Banco do Brasil que, a partir deste mês de janeiro, reapresenta os sambas de Zé Kétti nas vozes de cantores como Zé Renato, cuja obra fonográfica inclui álbum dedicado ao cancioneiro do compositor, Natural do Rio de Janeiro (1996). Zé Kétti – cujo apelido da infância tornado nome artístico é grafado com dois 't', embora comumente seja escrito na mídia com um – é celebrado sobretudo pela criação do samba A voz do morro, apresentado na voz do cantor Jorge Goulart (1926 – 2012) em disco gravado em setembro de 1955. Ode ao samba, A voz do morro romantizou um Brasil feliz e foi o primeiro grande sucesso de Zé Kétti, que começara a compor no fim dos anos 1930 e tivera a primeira música gravada em 1946, Vivo bem, pelo cantor Ciro Monteiro (1913 – 1973). Antes da explosão de A voz do morro, o sucesso começou a bater na porta do compositor quando a cantora Linda Batista (1919 – 1988) gravou em 1951 o samba Amor passageiro (Zé Kétti e Jorge Abdala), hit do Carnaval de 1952. Nascido e criado entre bairros do subúrbio carioca, como Inhaúma e Piedade, Zé Kétti subiu muito os morros da cidade e, neles, apreendeu a sintaxe do samba que, no caso das criações do compositor, muitas vezes nascia no batuque suave de caixa de fósforos. Filho e neto de músicos, o artista ascendeu a partir dos anos 1950 quando associou à obra ao engajado Cinema Novo e passou a fazer sambas com fortes tonalidades sociais. Dessa cepa, são Malvadeza Durão (1959) – samba visionário sobre a morte de líder do morro “valente, mas muito considerado” – e Opinião (1964), composição que batizou show teatralizado que uniu Zé Kétti a Nara Leão (1942 – 1989), cantora que, a partir de então, se tornaria uma das principais intérpretes do compositor. Contudo, seria redutor enquadrar somente na moldura social a obra de Zé Kétti, artista cuja trajetória perdeu impulso a partir da década de 1970, embora o compositor jamais tenha deixado de ser gravado com regularidade. Também levam a assinatura de Zé Kétti a marcha-rancho Máscara negra (Zé Kétti e Hildebrando Pereira Passos, 1966) – sucesso do Carnaval de 1967 na voz de Dalva de Oliveira (1917 – 1972) e desde então hit certeiro nos salões – e a obra-prima Mascarada, composta em 1964 com melodia sublime do bamba Elton Medeiros (1930 – 2019), que lançou o samba em 1966 em pot-pourri de disco dividido com Paulinho da Viola. Por tudo isso, 2021 é ano em que o Brasil deve celebrar Zé Kétti, compositor que deu voz às alegrias e desilusões do morro e do samba.
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