Bradesco tem lucro de R$ 16,5 bilhões em 2020, queda de 26,7%
No quarto trimestre, o banco registrou lucro líquido de R$ 5,464 bilhões, o que representa um crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Placa com logomarca do banco Bradesco na avenida Berrini, zona sul de São Paulo Marcelo Brandt/G1 O banco Bradesco informou nesta quarta-feira (3) que registrou lucro líquido contábil de R$ 16,546 bilhões em 2020, uma queda de 26,7% na comparação com 2019 (R$ 22,582 bilhões). No quarto trimestre, o banco registrou lucro líquido de R$ 5,464 bilhões, o que representa um crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 4,883 bilhões). O segundo maior banco privado do país teve lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos extraordinários) de R$ 19,458 bilhões em 2020 e R$ 6,801 bilhões no quatro trimestre – 24,8% menor em relação a 2019 e 2,3% maior em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O número do quarto trimestre veio bem acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de lucro de R$ 5,546 bilhões para o período. "Estamos bastante satisfeitos com o resultado do quarto trimestre do ano e, claro, de todo o exercício de 2020", disse o presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota enviada para a imprensa. As despesas operacionais caíram 5,3% em relação a 2019 (de R$ 49 bilhões para R$ 46,42 bilhões) e 9,3% em relação ao 4º trimestre de 2019 (de R$ 12,66 bilhões para R$ 11,48 bilhões). As despesas com provisões para perdas com inadimplência (PDD) somaram R$ 25,754 bilhões no ano passado, um crescimento de 78,7% em relação a 2019. Já no quarto trimestre, o montante foi de R$ 4,568 bilhões, alta de 14,7% ante o mesmo período do ano passado. "O conservadorismo da nossa política de provisões foi essencial para nos fortalecer, de modo a preparar o Bradesco aos novos desafios pela frente", disse Lazari. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 14,8% em 2020, uma queda de 5,8 pontos percentuais em relação ao observado em 2019 (20,6%). Carteira de crédito e inadimplência O banco apresentou crescimento de 10,3% na carteira de crédito expandida em 2020, de R$ 604,9 bilhões para R$ 687 bilhões. A expansão veio do segmento de pessoas físicas, que subiu 11,7% em um ano, somando R$ 260 bilhões. A taxa de inadimplência acima de 90 dias encerrou o quarto trimestre em 2,2%, abaixo dos 3,3% registados no mesmo período de 2019 e pouco inferior aos 2,3% apurados nos três meses anteriores. Outros bancos Nesta quarta-feira (3), o Santander divulgou ter registrado lucro líquido de R$ 13,469 bilhões, queda de 5% na comparação com 2019 (R$ 14,181 bilhões). Na segunda-feira (1º), o Itaú informou que encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 18,9 bilhões, queda de 28,9% na comparação com o ano anterior (R$ 26,583 bilhões). Vídeos: Últimas notícias de economia
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IPO da Mosaico, dona do Zoom, Buscapé e Bondfaro, movimenta R$ 1,2 bilhão
As ações da plataforma digital de conteúdo e originação de vendas estreiam no Novo Mercado da B3 na sexta-feira (5). Bovespa – Painel da bolsa de valores de São Paulo, B3 Cris Faga/Estadão Conteúdo A plataforma digital Mosaico, dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro, precificou oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inflês) a R$ 19,80 por papel nesta quarta-feira (3), movimentando R$ 1,2 bilhão, de acordo com dados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação da companhia baseada no Rio de Janeiro consistiu na distribuição primária de 29.220.780 papéis, somando R$ 578,6 milhões; e distribuição secundária de 32.142.862 ações, no total de R$ 636,4 milhões, incluindo a colocação dos lotes adicional e suplementar. A Reuters noticiou mais cedo a precificação do IPO, que ficou no topo da faixa indicativa entre R$ 15,40 e R$ 19,80. A Mosaico afirmou que usará os recursos da oferta primária para a quitação de financiamento com o BTG Pactual, bem como ampliação da participação no mercado de comércio eletrônico. As units do BTG Pactual dispararam 7,7% nesta sessão, para a máxima de fechamento de R$ 106,47. BTG Pactual, Itaú BBA, Goldman Sachs, XP Investimentos e JPMorgan foram os coordenadores da operação. As ações da Mosaico, que se apresenta como a maior plataforma digital de conteúdo e originação de vendas para o comércio eletrônico no Brasil, estreiam no Novo Mercado da B3 na sexta-feira (5), com o código "MOSI3". Nos nove meses até o final de setembro de 2020, a companhia teve receita líquida de R$ 160,7 milhões, com Ebitda de R$ 56,7 milhões e margem de 32,28%. O lucro líquido no período somou R$ 33,9 milhões, com margem de 21,06%. Vídeos: Últimas notícias de Economia
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Com fechamento díspar, bolsa de Nova York interrompe escalada
Altas representativas tiveram pausa por resultados sólidos de grandes empresas de tecnologia e da esperança de um acordo para um plano de ajuda econômica nos Estados Unidos. Wall Street Lucas Jackson/Reuters Os principais índices da bolsa de Nova York fizeram uma pausa nesta quarta-feira (3), após dois dias com altas marcantes, diante de resultados sólidos de grandes empresas de tecnologia e da esperança de um acordo para um plano de ajuda econômica nos Estados Unidos. No fechamento, o industrial Dow Jones subiu 0,11%, a 30.722,61 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,10% a 3.830,08 pontos. O tecnológico Nasdaq recuou 0,02%, a 13.610,54 pontos. Vídeos: Últimas notícias de Economia
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American Airlines alerta para 13 mil demissões se não houver ajuda governamental
Grupo começará a enviar notificações de desligamentos na próxima sexta-feira (5). Boeing 737 Max da American Airlines volta a voar AP A American Airlines, afetada pela queda do tráfego aéreo em tempos de pandemia, alertou nesta quarta-feira (3) que pode demitir até 13 mil funcionários se a situação não melhorar e se a ajuda governamental vigente até 1º de abril não for prorrogada. "Trabalharemos com os dirigentes sindicais para fazer todo o possível para mitigar o máximo o impacto nos empregos", disseram executivos da empresa em uma carta aos funcionários consultados pela AFP. Mas a situação está difícil para a indústria aérea. "A vacina não está sendo distribuída tão rapidamente como se pensava e novas restrições às viagens internacionais que exigem que os clientes testem negativo para Covid-19 reduziram a demanda", escreveu o diretor-executivo Doug Parker na carta. "Com base na atual perspectiva de demanda, não vamos operar todas as nossas aeronaves conforme planejado neste verão (boreal)". Com isso, o grupo começará a enviar notificações de demissão para 13 mil funcionários na próxima sexta-feira (5). Na mesma linha, a United Airlines enviou notificações para 14 mil empregados na última sexta-feira (29). O anúncio da American Airlines não se traduz necessariamente em tantas dispensas. A United Airlines avisou 36 mil trabalhadores em julho que eles poderiam ser dispensados, mas acabou dispensando 13 mil deles em outubro, quando a ajuda do governo expirou. A empresa se ofereceu para recontratá-los em dezembro, quando novas medidas foram adotadas para apoiar o emprego no setor aéreo. Elas expiram em 1º de abril. Em sua carta aos funcionários, os executivos da American Airlines insistem que estão pressionando os legisladores dos Estados Unidos, juntamente com os sindicatos, por uma extensão dessa ajuda. O novo presidente Joe Biden está propondo um resgate de 1,9 trilhão de dólares para a economia dos EUA, que atualmente está sendo debatido no Congresso. Ao mesmo tempo, a American Airlines abrirá novos planos para demissões voluntárias e licenças não remuneradas nos Estados Unidos para funcionários que não sejam pilotos. Duramente atingida pela queda nas vendas de passagens aéreas desde o início da pandemia, a empresa viu seu faturamento cair 62% em 2020. A companhia perdeu US$ 8,9 bilhões neste período. Vídeos: Últimas notícias de Economia
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O Assunto #383: Vazamento de dados – você foi exposto
Endereço, nome dos familiares, salário, status na Receita Federal, número de celular… Tem de tudo atrelado aos CPFs de mais de 220 milhões de brasileiros que foram vazados, entre eles alguns que já morreram. Você pode ouvir O Assunto no G1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. Nas palavras de Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, é “o vazamento do fim do mundo”. Endereço, nome dos familiares, salário, status na Receita Federal, número de celular… Tem de tudo atrelado aos CPFs de mais de 220 milhões de brasileiros, entre eles alguns que já morreram. Na avaliação de Lemos, um dos entrevistados neste episódio, pouca coisa sobrou sob o devido sigilo. “Está todo mundo exposto" -inclusive o presidente da República e ministros do Supremo. E exposto a todo tipo de golpe. Ainda não se sabe de onde veio o material, nem quem vazou, e a Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso. Lemos explica que o excesso de concentração de informações numa mesma base de dados aumenta o risco de eventos como este. Ele usa a imagem dos modernos navios petroleiros para defender outro modelo: “A gente tem que ter dados em compartimentos estanques, específicos e interoperáveis", diz. Renata Lo Prete entrevista também Nina da Hora, cientista da computação pela PUCRio e colunista do Gizmodo. Ela orienta sobre o que fazer e, principalmente, o que não fazer agora. "A primeira coisa é não confiar em soluções imediatistas, como site que diz que vai verificar se o seu CPF foi vazado ou não". Nina ensina como criar senhas muito seguras e formas de se proteger, como a dupla autenticação. E fala da importância de ajudar familiares mais idosos para reduzir danos. O que você precisa saber: VÍDEO: O que se sabe sobre o megavazamento de dados Saiba como fraudadores sacam o FGTS e o que fazer para evitar o golpe O que se sabe o que falta saber sobre o megavazamento de dados Blog do Altieres Rohr: Megavazamentos de dados expõem informações de 223 milhões de números de CPF Blog do Altieres Rohr: Sem agência de proteção de dados, 'megavazamentos' evidenciam custo de atraso da lei no Brasil O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Glauco Araújo, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Giovanni Reginato. Apresentação: Renata Lo Prete Comunicação/Globo O que são podcasts? Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia… Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
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Governo ignorou R$ 37 milhões em emendas parlamentares para combater Covid-19 em 2020
Valores foram cedidos por deputados para combate à pandemia, mas Saúde não indicou destinação e nem 'devolveu' recursos ao parlamento. Ministério não comentou. O governo federal deixou de utilizar, repassar ou devolver mais de R$ 37 milhões em emendas parlamentares que haviam sido remanejadas para reforçar o combate à Covid-19. Ignorados pelo Ministério da Saúde, os recursos acabaram bloqueados e não poderão mais ser gastos.
O dinheiro seria utilizado, por exemplo, para a compra de equipamentos hospitalares e para ajudar estados e municípios a custear ações ligadas à pandemia. Segundo os deputados, os recursos ficaram parados por desorganização do governo federal. Questionado, o Ministério da Saúde não se manifestou (leia ao final desta reportagem).
Em dezembro, o ministério informou em rede social que cada leito de UTI destinado à Covid-19 custa R$ 1,6 mil por dia – o dobro de uma UTI tradicional. Com o valor ignorado em 2020, seria possível custear 23.144 diárias de UTIs especializadas.
Seis a cada dez brasileiros com Covid que precisaram ir para UTI morreram, diz estudo
No Amazonas, mais de 90% dos leitos para Covid estão ocupados e 541 pacientes estão na fila
O emprego efetivo desses recursos em 2020 poderia, inclusive, abrir uma folga no orçamento da Saúde para despesas que surgiram em 2021 – como o aumento na compra de oxigênio hospitalar e a compra de novos lotes de vacina.
Em julho do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que remanejou recursos de emendas orçamentárias dos deputados para reforçar o combate à Covid-19.
Na exposição de motivos enviada ao Congresso, o governo dizia que a MP era necessária devido ao "quadro apresentado de rápida propagação da doença, e a velocidade de resposta do poder público é condição necessária para garantir a proteção e recuperação da saúde da população brasileira, restringindo ao máximo a circulação do vírus e o número de doentes e de óbitos".
Os parlamentares, então, autorizaram que recursos que seriam destinados a obras de quadras esportivas e parques em seus redutos eleitorais, por exemplo, fossem redirecionados para medidas destinadas a combater a Covid-19.
Em novembro, no entanto, o prazo da medida provisória expirou sem que o texto fosse aprovado em definitivo pelo Congresso Nacional. Com isso, os créditos gerados pela MP e ainda não autorizados pelo Ministério da Saúde foram bloqueados pelo governo. Ou seja: nem foram usados no combate à Covid, nem devolvidos à destinação inicial.
'Desorganização'
Levantamento feito por técnicos do Congresso a pedido da TV Globo aponta que 43 parlamentares foram atingidos pelo bloqueio. Os valores perdidos somam R$ 37.031.528,86.
Em 11 desses casos, a diferença entre o valor destinado e o valor efetivamente liberado superou R$ 1 milhão. Nem o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escapou: o governo bloqueou R$ 500 mil em emendas do deputado.
Para 18 deputados, a abdicação das emendas foi completamente em vão e nem um único real foi investido.
O deputado Felipe Carreras (PSB-PE), por exemplo, autorizou o remanejamento de R$ 5,43 milhões das emendas a que teria direito.
Os recursos, antes previstos para quadras, parques e castração de animais, deveriam ser entregues à prefeitura do Recife e ao governo de Pernambuco para ações contra a pandemia. Ao fim de 2020, nenhum centavo saiu dos cofres da União.
Em novembro, alta da Covid em Pernambuco levou governo estadual a reativar 107 leitos de UTI
"O maior penalizado foi o estado de Pernambuco. Eu alertei, mandei ofício para o ministro [da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo] Ramos, estive no Palácio do Planalto. Porque me disseram que foi um erro, que iriam corrigir, mas não foi dada uma solução. Errar todo mundo erra, mas tem que ser corrigido", disse o deputado.
A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) também foi atingida pelo bloqueio. Ela autorizou o redirecionamento de R$ 8,57 milhões das suas emendas, mas R$ 3,7 milhões não foram usados nem devolvidos.
Os recursos deveriam ter sido usados para a compra de equipamentos como aparelhos de raio-x e camas para hospitais municipais da periferia de São Paulo. O dinheiro não foi movimentado.
"Enviamos um ofício ao ministro [da Saúde, Eduardo Pazuello] cobrando uma solução, mas não tivemos reposta. Quando essa janela das emendas se abriu, a informação que tivemos foi de que o processo seria muito mais célere, mas não foi o que aconteceu. Esse dinheiro foi perdido e é um recurso que faz muita falta", diz a deputada.
SP tem, atualmente, uma confirmação de Covid-19 a cada nove segundos
Tabata Amaral e outros deputados prejudicados apresentaram um projeto no fim do ano para tentar sanar o problema, mas o texto não foi votado. Agora, a parlamentar diz esperar que o governo dê uma solução – e não descarta recorrer à Justiça.
"O governo se desorganizou, mas tampouco tentou procurar uma solução. Você imagina o tanto de vidas que poderiam ter sido melhor atendidas, salvas, se isso tivesse sido tratado com a seriedade", conclui.
O que diz o governo
Procurados pela TV Globo, o Ministério da Economia e a Secretaria de Governo da Presidência informaram que o assunto era responsabilidade do Ministério da Saúde.
O G1 questionou a pasta do ministro Eduardo Pazuello sobre o que teria impedido o uso dos recursos, sobre o impacto do não investimento e sobre eventuais saídas em estudo pelo governo. O Ministério da Saúde não deu resposta.
A existência do bloqueio foi confirmada pela própria Saúde, em janeiro, em resposta a um requerimento de informação feito pelo Congresso. Segundo o documento, as emendas "estão impedidas legalmente de serem utilizadas e o Ministério da Saúde, portanto, não poderá promover medida compensatória para tanto".
A Secretaria de Governo da Presidência da República também foi procurada, mas não se manifestou.
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Brumadinho: audiência para assinatura do acordo de R$ 37 bilhões com a Vale já começou
Inicialmente, governo queria reparo no valor total de quase R$ 55 bilhões, mas valor foi reduzido ao longo das negociações, que já duram quatro meses. Maior acordo de indenização ambiental da história pode ser assinado nesta quinta em MG Quase quatro meses depois da primeira audiência de conciliação, o governo de Minas Gerais e a Vale devem finalmente assinar nesta quinta-feira (4) um acordo de reparação de danos causados pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os valores do acordo não foram divulgados oficialmente pelas partes. Mas fontes diretamente envolvidas com as negociações informaram ao G1 que o montante deve ultrapassar R$ 37 bilhões – valor 32% inferior ao pedido no início das tratativas, de quase R$ 55 bilhões. A sessão da audiência começou às 9h, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com o secretário de governo Mateus Simões, "este é o maior acordo, em valor, da história do Brasil e o segundo do mundo". O maior acordo judicial até então, segundo Simões, tinha sido de R$ 7 bilhões. O pagamento será feito com a maior parte em 2021 e o restante no prazo de 4 anos. A tragédia matou 270 pessoas no dia 25 de janeiro de 2019. Onze corpos ainda não foram encontrados. Além das mortes, o rompimento da barragem B1 provocou danos ambientais que inviabilizaram o uso da água de parte do rio Paraopeba. Em ano, buscas em Brumadinho conseguiu localizar e identificar corpos ou fragmentos de 96% das vítimas Raquel Freitas/G1 As mesmas fontes detalharam ainda outros pontos da negociação, como quais investimentos serão feitos com o dinheiro. Os investimentos incluem: Novo Anel viário Investimento em hospitais regionais Obras para garantir segurança hídrica da região metropolitana Saneamento básico nos municípios da bacia do rio Paraopeba Reforma do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte R$ 1 bilhão reservado para estradas Auxílio emergencial para 110 mil pessoas, durante quatro anos Atingidos dizem ter ficado de fora O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que representa as vítimas, disse que "discorda da forma com que as negociações do acordo global vêm sendo realizadas, sem a participação dos atingidos, principais vítimas e interessados em fazer um acordo justo, com a mineradora Vale impune de mais um crime". Lideranças de Brumadinho estão se manifestando na porta do Tribunal de Justiça durante a audiência. Eles pedem que o acordo "honre a memória das 270 vítimas" e de suas famílias. Sobre isso, Mateus Simões disse: "Nada jamais será capaz de trazer essas pessoas de volta. É por isso que não há comemoração. O momento é de responsabilizar a Vale pelo que fez com o estado, que carrega a mineração no nome, com as comunidades atingidas, com a economia e o meio ambiente. As famílias das vítimas continuarão sempre sendo assistidas pelo estado, que manterá a busca até que o último desaparecido seja encontrado". Audiência entre Vale e governo de Minas acontece no Tribunal de Justiça Danilo Girundi / TV Globo Relembre a negociação A queda de braço sobre a reparação aconteceu em cinco audiências. A última delas foi em janeiro, quando o secretário-geral do governo, Mateus Simões, chegou a dizer que se a Vale não apresentasse uma proposta até o dia 29 de janeiro – quatro dias depois de a tragédia completar dois anos – seria considerada “inimiga dos mineiros”. A mineradora ganhou ainda mais 15 dias de prazo, que terminaria em 13 de fevereiro. Porém, o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Jarbas Soares Júnior, adiantou nesta quarta (3), em suas redes sociais, que o acordo seria assinado antes disso. “O maior acordo da história se dá em 2 ações do MPMG e 1 do estado, e não incluem as ações penais, os danos desconhecidos e os direitos individuais. Respeito aos atingidos e ao povo de MG”, afirmou no post. O governador Romeu Zema (Novo) também se manifestou, em rede social. Vale e governo de Minas participam de nova audiência nesta quinta-feira O acordo para reparação entre o Executivo estadual e a empresa vem sendo discutido há meses em várias audiências na Justiça. O governo pede R$ 26,7 bilhões, além de R$ 28 bilhões por danos morais. Os valores de indenização foram levantados por estudo da Fundação João Pinheiro e levaram em consideração, "a relevância dos direitos transindividuais lesados, a gravidade e repercussão das lesões, a situação econômica do ofensor, o proveito obtido com a conduta, o grau de culpabilidade, a reincidência e a reprovabilidade social dos fatos". Porém, a mineradora não concordou com os valores. No dia 21 de janeiro, o secretário-geral de Minas Gerais, Mateus Simões, disse que se a Vale não apresentasse proposta para danos provocados pelo rompimento da barragem assumiria "sua posição de inimiga dos mineiros". O prazo terminaria na sexta-feira (29), mas a mineradora havia ganhado 15 dias de fôlego, segundo a Defensoria Pública. Depois de mais uma audiência, governo desiste de conciliação com a Vale Vídeos mais vistos do G1 MG:
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Empregador pode ou não exigir uso de máscara no ambiente de trabalho? Entenda
Empresas podem demitir por justa causa profissionais que não cumprirem regras de segurança. Máscara no trabalho br.freepik.com Os funcionários que se negam a usar máscara no ambiente de trabalho podem sofrer punições ou até ser demitidos, segundo advogados especializados em direito do trabalho. Empregador pode ou não exigir que o funcionário tome a vacina contra a Covid-19? Entenda Sua empresa vai voltar ao trabalho presencial? Veja direitos e deveres de funcionários e empregadores Veja abaixo o tira-dúvidas com Flavio Aldred Ramacciotti, sócio da área trabalhista de Chediak Advogados; Bianca Canzi, advogada trabalhista do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados; Fernando de Almeida Prado, advogado, professor e sócio do BFAP Advogados, e André Leonardo Couto, da ALC Advogados. Um empregado pode ser demitido se deixar de usar máscara? Cabe demissão por justa causa? Bianca Canzi: Empresas podem demitir profissionais que não cumprem exigências de segurança. Em alguns casos, pode até ser por justa causa se comprovado que a regra era clara, o profissional estava ciente e que gerou prejuízos para a organização. Fernando de Almeida Prado: Caso insista em não usar máscara, ele pode ser demitido, inclusive, por justa causa, caso esteja previsto nas regras da empresa. Mas tem que ser um não uso reiterado. Não pode simplesmente pegar um dia sem o funcionário usar máscara e desligá-lo imediatamente por isso. Se o funcionário não usar uma máscara, antes ele deve ser advertido e suspenso. Uma das hipóteses de justa causa previstas na CLT é a indisciplina, que é considerada quando um empregado deixa de cumprir uma regra da empresa. Flavio Aldred Ramacciotti: Sim. Se, após ser advertido, o empregado continuar com a postura faltosa, ou seja, continuar reiterando a falta, ele poderá ser suspenso e demitido por justa causa. Segundo a CLT, o reiterado e injustificado descumprimento de uma determinação do empregador pode ocasionar a dispensa por justa causa por indisciplina ou insubordinação. André Leonardo Couto: o regulamento da empresa nessa situação de pandemia deve ser respeitado. Se o regulamento da empresa prevê que todos os funcionários devem usar máscaras, caso o empregado seja encontrado sem usar máscara, sugiro primeiro a aplicação de uma pena de advertência e observada a gradação das penas (novas advertências e/ou suspensões ao trabalho), para tão somente, ao final, caso ele ainda persista em não continuar usando a mascará ser dispensado por justa causa. A empresa precisa deixar claro que os funcionários devem usar as máscaras no local de trabalho? Bianca Canzi: É obrigação do empregador deixar todas as regras claras e garantir a segurança dos trabalhadores em relação ao risco de contágio por Covid-19. A máscara tem sido considerada pela Justiça como um equipamento de proteção obrigatório, que deve ser fornecida pelo empregador. A empresa deve fornecer ainda todos os equipamentos de proteção individual e coletiva como álcool em gel, além de exigir o distanciamento social e manter o ambiente limpo e saudável para o trabalhador. Fernando de Almeida Prado: A empresa precisa deixar claro que os funcionários devem usar a máscara, especialmente para validar uma eventual justa causa de algum funcionário por força da recusa do uso. Flavio Aldred Ramacciotti: É uma questão de bom senso, mas aconselho que a empresa deixe isso expresso, por meio de treinamentos e cartazes, até para demonstrar e comprovar que a empresa tem adotado medidas para a prevenção do coronavírus. A empresa deve abrir exceção sobre o uso de máscaras para os momentos como café e refeições? Nesse caso, deve haver um local reservado para esses intervalos? Flavio Aldred Ramacciotti: A empresa deve tomar medidas que evitem aglomerações mesmo nesses momentos, como flexibilizar horários, disponibilizar mais máquinas de café e bebedouros e impossibilitar o uso de cadeiras próximas nos refeitórios. Bianca Canzi: Sim. Porém deve ter um local adequado, bem como uma escala de horários, para que não haja o risco de contaminação entre os funcionários. Fernando de Almeida Prado: Não, porque, dependendo do tamanho da empresa e de suas atividades, ela sequer tem um local destinado a café e refeições. É muito comum que os escritórios tenham uma copa reservada, pequena, só para tomar café e não é permitido o consumo de refeições no local. Em prol da segurança e da saúde dos demais, o funcionário que tiver interesse de tomar o café ou comer alguma coisa poderia ir para outro local e não fazer isso no trabalho. É permitido que as empresas não liberem e não autorizem, mesmo que para fins de refeição. Exceto, logicamente, se por alguma situação específica da empresa, a refeição tiver que ser realizada no local de trabalho. Isso é muito comum nas indústrias, que às vezes são afastadas dos centros urbanos e possuem um refeitório no local. Então, o refeitório tem que atender aos protocolos relacionados à Covid-19 e a refeição vai ser realizada sem o uso de máscara. André Leonardo Couto: As organizações devem evitar aglomerações, com ações pontuais para manter o distanciamento entre as pessoas. Entre elas estão manter distanciamento entre as mesas, uso de máscara quando o empregado estiver fora da mesa ou se locomovendo e o rodízio dos empregados em locais como copas e áreas de descanso. Caso o funcionário contraia Covid-19, mesmo usando máscara o tempo todo, ele pode justificar que foi infectado porque a empresa deixou de cumprir as regras de prevenção e higiene? Bianca Canzi: O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a contaminação por Covid-19 se caracteriza como acidente de trabalho e, com isso, as empresas devem redobrar os cuidados para evitar a contaminação. Para configurar um acidente do trabalho, o trabalhador terá que provar que a empresa não cumpria com as regras de prevenção e higiene. Flavio Aldred Ramacciotti: Entendo ser muito difícil a prova de que a Covid-19 foi contraída no trabalho (exceto para os casos de trabalho em locais de muito risco, como hospitais), pois o contágio pode ter acontecido em qualquer lugar. Por esse motivo, é importante que a empresa tenha provas de que adotou todas as medidas para evitar o contágio de seus empregados. André Leonardo Couto: Caso o funcionário seja acometido pela Covid-19 dentro de seu ambiente de trabalho, por falta de higienização correta da empresa, ele poderá recorrer ao Judiciário. O STF já reconheceu a Covid-19 como sendo doença ocupacional. Assim, se presume para determinadas atividades, como área médica, que o profissional da saúde adquiriu a Covid-19 no trabalho. Desta forma, se há elementos que faça presumir que a doença foi adquirida no trabalho e caso a empresa se recuse em emitir o Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), o empregado pode procurar o sindicato da categoria ou o médico que o assistiu e comunicar a doença ocupacional à Previdência Social. Se há elementos relacionando a doença ao trabalho, ele poderá recorrer ao Judiciário para pedir as indenizações pertinentes. Assista a mais notícias de Economia:
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Emprego: confira 316 vagas ofertadas através da Agência do Trabalho em Pernambuco nesta quinta
Oportunidades foram disponibilizadas em 17 municípios do estado. Há vagas para auxiliar de limpeza, técnico eletricista, vendedor, porteiro, pedreiro, gerente de produção entre outros. Confira vagas de emprego ofertadas pela Agência do Trabalho nesta quinta-feira
Profissionais que estão em busca de uma oportunidade de emprego têm 316 vagas disponíveis através da Agência do Trabalho, da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq), em 17 municípios do estado, nesta quinta-feira (4). Do total, sete oportunidades são para pessoas com deficiência e outras 37 são temporárias (veja vídeo acima).
Entre os postos disponíveis, há vagas para garçom, costureira, atendente de telemarketing, arquivista, babá, confeiteiro, serralheiro, soldador, auxiliar administrativo, entre outros (confira lista completa mais abaixo).
Há vagas no Recife (96), Araripina (12), Arcoverde (3), Belo Jardim (12), Bezerros (3), Cabo de Santo Agostinho (33), Caruaru (49), Camaragibe (1), Garanhuns (1), Ipojuca (9), Nazaré da Mata (2), Petrolina (12), São Lourenço da Mata (2), Salgueiro (16), Santa Cruz do Capibaribe (39), Serra Talhada (3) e Vitória de Santo Antão (25).
Os interessados devem procurar uma das Agências do Trabalho do estado. O atendimento ocorre preferencialmente com agendamento, que deve ser feito pelo site da secretaria ou pelo Portal Cidadão.
Vagas de emprego
Vagas para pessoas com deficiência
Vagas temporárias
VÍDEOS: Mais assistidos de Pernambuco
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Emprego: Agência do Trabalho oferece vagas em Petrolina, Salgueiro e Araripina
Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco Divulgação/ Reprodução Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta quinta-feira (4) em Petrolina, Araripina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco e atualizadas no G1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Petrolina Contato: (87) 3866 – 6540 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 – 8381 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871-8467 Vagas disponíveis GR1 de quarta-feira, 3 de fevereiro
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