Depois do Fed, o Tesouro: Janet Yellen volta a fazer história nos EUA
Antes do BC dos EUA, ela foi a primeira mulher a chefiar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, de 1997 a 1999. Janet Yellen REUTERS/Gary Cameron Com Janet Yellen como a primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro americano, o presidente Joe Biden escolheu uma economista progressista focada no desemprego, apoiadora do estímulo fiscal e da luta contra as mudanças climáticas. Yellen, de 74 anos, prestou juramento nesta terça-feira diante da primeira vice-presidente do país, Kamala Harris, em uma cerimônia na Casa Branca, com o prédio do Tesouro ao fundo. No dia anterior, o Senado havia aprovado por esmagadora maioria (84-15) sua nomeação. "Parabéns, senhora secretária! Obrigado, senhora vice-presidente!", disseram uma à outra, sorrindo, as duas funcionárias. Yellen já tinha feito história quando se tornou a primeira mulher presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central mais poderoso do mundo, em 2014. Antes disso, ela foi a primeira mulher a chefiar o Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, de 1997 a 1999. Ao assumir o comando do Tesouro, Yellen se coloca no centro da atual tempestade econômica dos Estados Unidos, que sofreu uma queda recorde no crescimento anual e dezenas de milhões de demissões ao mesmo tempo em que enfrenta o maior surto de coronavírus do mundo. Yellen estará à frente das negociações para ganhar o apoio do Congresso na aprovação do plano de resgate proposto por Biden, de US$ 1,9 trilhão, incluindo o aumento do salário mínimo federal para US$ 15 a hora. Em nota aos funcionários do Tesouro, ela elogiou seu esforço durante a crise financeira mundial de 2008 e disse que "ajudaram a salvar a economia de sua pior crise desde a Depressão". "Agora temos que fazê-lo de novo", disse-lhes Yellen. Embora a crise atual seja muito diferente da de 2008, "a escala é igualmente grande, se não maior", já que a pandemia causou uma "devastação total na economia", escreveu. Paixão pelo trabalho Para Yellen, que teve uma longa carreira em vários cargos no Fed, economia é um assunto de família: ela conheceu seu marido — o ganhador do Nobel e economista George Akerlof — na cafeteria do Fed, e seu filho também é professor de economia. Sua experiência acadêmica e de serviço público, a torna distinta de muitos ex-secretários do Tesouro, incluindo seu antecessor, Steven Mnuchin, que passou anos como banqueiro de investimentos e produtor de cinema. O conhecimento de Yellen sobre o mercado de trabalho em um momento em que a pandemia dobrou o desemprego, alcançando os 6,7%, junto ao respeito que os legisladores têm por seus esforços no Fed após a crise financeira global de 2008-2010, são vistos como seu grande patrimônio. Próxima à elite econômica progressista, Yellen foi ainda mais longe do que Biden ao pedir um imposto sobre o carbono para combater as mudanças climáticas. "Precisamos de políticas públicas orientadas a fazer uma grande diferença nas mudanças climáticas", declarou recentemente. Embates com Trump Como presidente do Fed entre 2014 e 2018, Yellen entrou em conflito com o presidente Donald Trump, que assumiu a presidência em 2017, por causa de discrepâncias sobre os níveis de taxas de juros, a tal ponto que o presidente acabou retirando-a do cargo e transformando-a em um dos únicos titulares do banco central americano a não permanecer no cargo para um segundo mandato. Yellen trabalhou durante anos com o atual presidente do Fed, Jerome Powell, cujo mandato termina em 2022. Filha de um médico judeu, Yellen, que ainda fala com seu sotaque nativo do Brooklyn, obteve um doutorado em economia pela Universidade de Yale. Ela desempenhou vários cargos no Fed, onde passou um terço de sua carreira, primeiro como pesquisadora econômica e depois em cargos mais altos. Yellen também foi conselheira econômica do ex-presidente Bill Clinton de 1997 a 1999, lecionou na Universidade da Califórnia, Berkeley, e chefiou o Banco da Reserva Federal de São Francisco. Em 2010, tornou-se vice-presidente do Fed ao lado de Ben Bernanke, supervisionando o grande plano de apoio monetário para ajudar a economia americana a emergir da crise financeira global de 2008. Quando o substituiu quatro anos depois, a revista Forbes a chamou de a segunda mulher mais poderosa do mundo, atrás da chanceler alemã Angela Merkel. Afável e de estatura mediana, com o rosto emoldurado por um capacete de cabelos brancos e seu distinto "pescoço levantado", Yellen nunca perdeu a compostura diante dos ataques dos legisladores republicanos. No início do mandato de Trump, ela não hesitou em alertar para os riscos que cortes de impostos como os propostos pelo presidente teriam sobre o déficit fiscal. Com o déficit dos Estados Unidos aumentando devido à pandemia, esse será um problema que terá de enfrentar novamente. Vídeos: Últimas notícias de Economia
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Auxílio Emergencial: Caixa encerra calendário regular do benefício nesta quarta
Serão liberados nesta quarta os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício para aniversariantes em dezembro. Outros 196 mil aprovados ainda vão receber parcelas na quinta-feira. A Caixa Econômica Federal (CEF) libera nesta quarta-feira (27) os saques e transferências das últimas parcelas do calendário regular do Auxílio Emergencial para 3,3 milhões de trabalhadores que não fazem parte do Bolsa Família. O pagamento desta quarta é para os trabalhadores nascidos em dezembro. Serão liberados os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício. Com as liberações desta quarta, a Caixa conclui todo o calendário do Auxílio Emergencial. Os créditos das últimas parcelas do benefício se encerraram no último dia 29 de dezembro. Veja o calendário completo de pagamentos do Auxílio Emergencial Saiba como liberar a conta bloqueada no aplicativo Caixa Tem Tira dúvidas sobre o Auxílio Emergencial SAIBA TUDO SOBRE O AUXÍLIO EMERGENCIAL 196 mil aprovados Na quinta-feira (28), a Caixa vai pagar ainda pagamentos para mais 196 mil trabalhadores, que tiveram o benefício aprovado na terça-feira (26). Esses aprovados vão receber de uma só vez todas as parcelas a que têm direito. Estão nesse grupo: Beneficiários que fizeram a contestação no período de 7 a 16 de novembro e de 13 a 31 de dezembro de 2020 – 191 mil pessoas; Beneficiários que tiveram o pagamento reavaliado em janeiro de 2021, decorrente de atualizações de dados governamentais – 5 mil pessoas. VEJA QUEM PODE SACAR A PARTIR DESTA QUARTA: trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em dezembro – poderão sacar as parcelas que foram creditadas em poupança social digital nos dias 12 e 29 de dezembro Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. Calendários de pagamento Calendário de saques do Auxílio Emergencial Reprodução/Caixa Econômica Federal Clique aqui para ver o calendário completo dos pagamentos VÍDEOS: as últimas notícias sobre o Auxílio Emergencial io. Serão liberados os saques das parcelas creditadas em poupança social digital nos ciclos 5 e 6 de pagamento do benefício. Com as liberações desta quarta, a Caixa conclui todo o calendário do Auxílo
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Número de devedores da União registra primeira redução desde 2012, aponta ministério
Redução foi motivada por ação da Fazenda Nacional de reconhecimento de prescrição de dívidas de pessoas e empresas. Valor total devido à União subiu em 2020 e atingiu R$ 2,5 trilhões. O Ministério da Economia registrou no ano passado a primeira redução — desde pelo menos 2012 — no número de devedores inscritos na dívida ativa da União.
Ao final de 2019, segundo dados do ministério, a lista contava com 4,958 milhões de pessoas e empresas, que deviam à União impostos e tributos. No final do ano passado, eram 4,665 milhões.
De acordo com o Ministério da Economia, a redução no número de devedores é resultado de ação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) de reconhecimento espontâneo de dívidas prescritas, ou seja, que não podem mais ser cobradas por vencimento de prazo, e, consequentemente, de retirada dos nomes desses devedores da lista.
"Esse trabalho resultou, em 2020, na extinção de 1,5 milhão de inscrições (dívidas), no valor de R$ 21,7 bilhões. Com isso, milhares de pessoas e empresas deixaram de dever à União", informou o ministério.
O G1 questionou se já havia sido registrada redução no número de devedores da União antes de 2012, mas a pasta respondeu que não dispõe de dados anteriores a esse período.
Esse reconhecimento de prescrição já era feito pela PGFN mas, mais recentemente, o órgão passou a adotar ferramentas digitais para análise mais rápida dos débitos, o que se refletiu na redução dos devedores.
A legislação prevê prazo prescricional de cinco anos para as dívidas com a União. Entretanto, a contagem pode ser interrompida ao longo do processo, o que faz com que a cobrança, assim como presença do nome da empresa ou da pessoa na lista de devedores, vigore por mais tempo.
Dívidas inscritas e estoque
O levantamento do ministério aponta que o número de dívidas inscritas também caiu no ano passado, de 19,078 milhões para 18,8 milhões. Esse número é maior porque uma pessoa ou empresa pode ter mais de uma dívida inscrita.
Apesar da queda no número de dívidas e de devedores, o valor total devido à União aumentou: de R$ 2,436 trilhões, em 2019, para R$ 2,528 trilhões, em 2020.
Sobre o aumento no valor total da dívida, o ministério respondeu que ele se deveu ao "crescimento vegetativo do estoque, por conta da incidência de juros/atualização monetária" e à inscrição no ano passado de novas dívidas que totalizam R$ 158 bilhões.
Pandemia e negociação de dívidas
Com a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, no ano passado o governo federal adotou medidas para acelerar a negociação com devedores da União. O objetivo foi recuperar os valores que deixaram de ser pagos por eles e reduzir o número de processos questionando esses débitos.
A medida previa, por exemplo, descontos de até 50% sobre o crédito e parcelamento em até 84 meses, para pessoas jurídicas, e desconto de até 70% e prazo para quitação de 145 meses, para pessoas físicas, microempresas e empresas de pequeno porte.
De acordo com o Ministério da Fazenda, em 2020 foram recuperados R$ 25,168 bilhões, maior valor desde 2017 (R$ 27,442 bilhões).
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Emprego: confira as 343 vagas disponíveis através da Agência do Trabalho em Pernambuco nesta quarta
Oportunidades foram disponibilizadas em 17 municípios do estado e incluem cargos como manicure, vendedor, barbeiro, mecânico, gerente de produção, entre outros. Confira vagas de emprego disponíveis nesta quarta-feira O sistema público da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq-PE) oferece, nesta quarta-feira (27), 343 vagas de emprego em 17 municípios do estado. As oportunidades foram disponibilizadas através das unidades da Agência do Trabalho (veja vídeo acima). Do total, 19 vagas foram reservadas para pessoas com deficiência e outras 19 foram temporárias. As oportunidades são para os cargos de conferente de logística, manicure, vendedor, barbeiro, mecânico, gerente de produção, auxiliar administrativo, entre outras (confira lista completa mais abaixo). Há vagas disponíveis em 17 municípios do estado Heloise Hamada/G1 Há vagas no Recife (176), Araripina (3), Arcoverde (4), Bezerros (4), Cabo de Santo Agostinho (9), Caruaru (41), Garanhuns (2), Igarassu (5), Ipojuca (6), Paudalho (2), Nazaré da Mata (2), Petrolina (7), São Lourenço da Mata (2), Salgueiro (13), Santa Cruz do Capibaribe (38), Serra Talhada (4) e Vitória de Santo Antão (29). Os interessados devem procurar uma das Agências do Trabalho do estado. O atendimento ocorre preferencialmente com agendamento prévio, feito pelo site da secretaria ou pelo Portal Cidadão. Vagas de emprego Vagas para pessoas com deficiência Vagas temporárias VÍDEOS: Concursos e emprego
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Em um ano, 11,5 milhões perderam emprego no setor privado, enquanto setor público seguiu contratando
Número é superior à população de Portugal e reflete os efeitos da pandemia do novo coronavírus; setor público foi na contramão e contratou 145 mil servidores no período, segundo levantamento do IDados. Em um ano, 11,5 milhões perdem emprego no setor privado Em meio à pandemia do novo coronavírus, a economia brasileira viu um contingente superior à população de Portugal deixar o mercado de trabalho no setor privado. Entre os meses de setembro de 2019 e de 2020, 11,5 milhões de brasileiros saíram da população ocupada no setor privado – número recorde, segundo levantamento realizado pela consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Trimestral. Na contramão, nesse mesmo período, o setor público criou 145,4 mil postos de trabalho. No total, o Brasil tinha 70,6 milhões de trabalhadores que atuavam no setor privado em setembro do ano passado – número que inclui formais, informais, empregadores, conta própria, entre outros. Já no setor público, eram 11,8 milhões. "O ciclo de contratações do setor público acompanha muito mais o calendário das eleições do que a economia do país", explica Mariana Leite, pesquisadora do IDados. "Até porque os servidores, em sua maioria, têm estabilidade no emprego. E a demanda por serviços públicos, em momentos de crise, não diminui tanto quanto a demanda por serviços privados", complementa. População ocupada Economia G1 A diferença de trajetória dos empregos público e privado indica que as desigualdades no mercado de trabalho devem ser reforçadas pela crise atual. Isso porque, além de criar vagas, o funcionalismo paga o dobro da iniciativa privada. Segundo o IDados, a remuneração média dos servidores era de R$ 3.951 em setembro de 2020 – valor 94,4% superior aos R$ 2.032 oferecidos pela iniciativa privada. Brasil é o 7º país que mais gasta com servidor; valor é 3,5 vezes as despesas com saúde, diz instituto Na fila O mecânico de manutenção Roberto Xavier de Souza, de 47 anos, se prepara para engrossar a fila de desempregados da iniciativa privada. Com o encerramento da produção da Ford em São Bernardo do Campo (SP), ele foi demitido, mas, em seguida, recontratado pela empresa responsável por fazer a desmontagem da fábrica da montadora. O desemprego tem data para chegar na vida dele: maio de 2021, quando a desmontagem deverá ser concluída. Sem a perspectiva de contratação no setor privado, ele planeja sobreviver com a fabricação própria de móveis de ferro galvanizado e aço escovado. "A preocupação é tanta que estou tentando me virar sozinho. Não penso em procurar emprego por causa da minha idade, apesar de eu já ter bastante bagagem na área profissional", afirma Roberto. Mecânico de manutenção Roberto Xavier de Souza deve ficar desempregado em maio Arquivo Pessoal Ford encerra a produção de veículos no Brasil Mesmo empregado, Roberto viu sua qualidade de vida piorar. No novo trabalho, o salário é 80% menor, o que obrigou o mecânico a promover ajustes no orçamento doméstico. Casado e pai de dois filhos, ele é o principal provedor de recursos em casa. "Eu tive de cortar muita coisa. Cortei internet, reduzi energia elétrica, economizei na água, até a qualidade da alimentação teve de mudar. Tive de reduzir muitos custos dentro de casa", diz. Patamar recorde Com a deterioração do emprego privado, a participação do setor público no mercado de trabalho passou a rondar um patamar recorde. No trimestre encerrado em junho de 2020, a proporção de funcionários públicos chegou a 14,8% da população ocupada, o máximo já apurado desde que a Pnad Contínua começou a ser realizada, em 2012. Em setembro, apresentou um leve recuo, para 14,3%. Participação do setor público Economia G1 "O setor público está sempre contratando, aumentando as despesas e os salários, enquanto que o mercado de trabalho privado opera numa outra lógica e recebe todos os impactos, quer seja de uma adversidade excepcional – como a que estamos vivendo agora -, quer seja das adversidades da economia e da estrutura do país como um todo", afirma Ana Carla Abrão, economista e sócia da consultoria Oliver Wyman. A estrutura da carreira no setor público ajuda a explicar por que há um aumento na contratação, apesar do cenário de restrição fiscal enfrentado por municípios, estados e União. Com promoções e progressões em excesso, há sempre falta de funcionários na ponta, explica Ana Carla, o que acaba criando uma necessidade permanente de contração de pessoal. "Existe um mecanismo que faz com que novas contratações sejam sempre necessárias, porque falta servidor na ponta, embora haja até excesso de pessoas na atividade meio e nos topos das carreiras", afirma a economista. No Brasil, o gasto com pessoal é a segunda maior despesa do governo federal, atrás apenas dos benefícios previdenciários. O que os especialistas dizem é que a burocracia brasileira não é numerosa, se comparada ao restante do mundo, mas custa caro por causa dos elevados salários. A saída, segundo eles, passa por reformas que alterem a estrutura das carreiras em todos os entes federativos. "O gasto salarial destoa (do resto do mundo) e vem crescendo de forma contínua. Sem que haja uma reforma administrativa, ele continuará crescendo e, daqui a pouco, o Brasil será o país que mais gasta, proporcionalmente ao PIB, com despesa de pessoal", diz Ana Carla. Em setembro do ano passado, o governo enviou uma proposta de reforma administrativa ao Congresso, mas as mudanças valeriam apenas para os novos servidores. O texto propõe, por exemplo, o fim da estabilidade para parte dos funcionários públicos e extingue os chamados “penduricalhos”, que são benefícios, além do salário, garantidos aos servidores. Governo envia ao Congresso reforma administrativa com regras novas para futuros servidores A pesquisa do IDados não detalha qual ente federativo foi responsável pela maior parte das contrações de servidores no último ano. Em nota, o Ministério da Economia informou que "não foi criado nenhum cargo efetivo (…) entre 2019 e 2020" no poder executivo federal civil. Uma crise diferente O levantamento do IDados evidencia que a atual crise do mercado de trabalho tem sido diferente das observadas em anos anteriores. Em períodos recessivos, a população ocupada sempre recua no setor privado, mas não com a intensidade vista atualmente. O que se percebe, agora, é que os brasileiros desistiram de procurar emprego. Entre dezembro de 2015 e 2016, por exemplo, quando o país lidava com a combinação de uma crise econômica e política, a destruição de postos no setor privado chegou a quase 2 milhões. Ou seja, a destruição de empregos causada pela pandemia é cerca de seis vezes maior do que a verificada na última recessão. "Em outras crises, o que a gente via, principalmente na de 2014, era uma saída muito forte do mercado formal, mas ela era compensada com uma maior informalidade da população", afirma Mariana, do IDados. "Dessa vez, o que parece estar acontecendo é que, por falta de emprego, a população tem saído totalmente da força de trabalho", diz a pesquisadora. Com a pandemia e o descontrole da doença no país, muitos brasileiros deixaram de sair de casa para procurar emprego e passaram a ser considerados fora da força de trabalho do país. O Auxílio Emergencial também contribuiu para que uma parcela significativa da população pudesse ficar sem trabalhar durante a crise sanitária. Fim do auxílio emergencial: Norte e Nordeste terão economias prejudicadas "Pelo menos para a população mais pobre, o Auxílio Emergencial ajudou a manter a renda", afirma Mariana. "Existem registros que a pobreza caiu no Brasil, em grande parte por causa do auxílio." O Auxílio Emergencial foi pago até dezembro e chegou a 68 milhões de trabalhadores. O custo do programa foi de R$ 300 bilhões e representou um elevado gasto para o governo num momento de restrição fiscal. A equipe econômica ainda não indicou se o programa será continuado ou se ganhará um substituto. Guedes defende 'travar o resto todo' do orçamento caso auxílio emergencial seja renovado Vídeos: Últimas notícias de economia
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Veja as vagas de emprego disponíveis nesta quarta-feira (27) em Petrolina, Araripina e Salgueiro
Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco Heloise Hamada/G1 Foram divulgadas as vagas de emprego disponíveis nesta quarta-feira (27) em Petrolina, Araripina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. As oportunidades são disponibilizadas pela Agência do Trabalho de Pernambuco e atualizadas no G1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Seteq através da internet. O atendimento na Agência do Trabalho ocorre apenas com agendamento prévio, feito tanto pelo site da secretaria, quanto pelo Portal Cidadão. Petrolina Contato: (87) 3866 – 6540 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 – 8381 Vagas disponíveis Salgueiro Contato: (87) 3871-8467 Vagas disponíveis GR1 de terça-feira, 26 de janeiro
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Como começar um negócio na crise; veja 5 dicas
Especialistas alertam para a importância de observar as necessidades criadas pela pandemia e de dar atenção redobrada na gestão do negócio. Veja 5 dicas para começar um negócio
Criar um negócio foi a solução que muitos brasileiros encontraram para driblar a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, seja para conseguir outras fontes de renda ou para superar o desemprego.
VEJA: dicas para ter sucesso nos negócios
Segundo o Ministério da Economia, até o dia 9 de janeiro haviam 11,1 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) formalizados no Brasil. Antes da pandemia, em fevereiro de 2020, eram 9,3 milhões.
A crise gera uma necessidade que pode virar oportunidade. "É preciso ter coragem para investir nesse momento, mas acredito que o cenário comece a melhorar a partir de agora. Precisamos pensar nas oportunidades pós crise”, afirma o consultor Adir Ribeiro, CEO da Praxis Business, empresa especializada em modelos de negócios.
Como começar um negócio do zero com pouco dinheiro
10 erros ao abrir uma empresa
Plano de negócios: como montar o seu
Para que essa necessidade de empreender, muitas vezes sem o preparo adequado, ocorra de forma responsável, especialistas alertam para a importância de uma atenção redobrada na gestão do negócio. O G1 reuniu dicas para ajudar os futuros empreendedores.
1. Solução de problemas
Uma pergunta que toda pessoa que quer abrir um negócio deve fazer é: “Qual é o problema que eu posso resolver de forma eficiente?”.
“Um bom empreendedor é aquele que encontra problemas na sociedade e procura solucioná-los, buscando alternativas que sejam melhores do que as já existentes no mercado”, afirma o professor e membro do Conselho Curador da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Edson Barbero.
A busca, portanto, é por dificuldades que sejam possíveis de solucionar de acordo com as capacidades de cada empreendedor. O grande desafio é: como conseguir isso?
Para Barbero, a chave para o sucesso está relacionada à busca em compreender o mercado e o público-alvo: “É preciso estar sempre com o radar atento, identificando oportunidades e entendendo quais as dores individuais e necessidades coletivas dos seus futuros consumidores”.
Quanto mais específico for seu público, mais chances de conseguir chegar até ele e ter uma boa aceitação.
“Vá além das necessidades, entregue os reais desejos do seu cliente”, incentiva Enio Pinto, gerente da Unidade de Relacionamento com o Cliente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O consultor Adir Ribeiro dá exemplos de alguns setores que se destacaram durante a pandemia, justamente porque resolvem problemas causados durante a crise:
O setor de casa e construção, tendência que deve se manter neste ano. Passando mais tempo em casa, muitas pessoas começaram a reformar ou procurar outros lugares para morar;
Serviços de delivery e também as 'dark kitchens', restaurantes virtuais, que não recebem clientes, só trabalham com entregas.
Segmentos de tecnologia que oferecem serviços como digitalização e automatização de processos, muito usados por empresas que precisaram aderir ao home office.
Cozinha virtual reúne várias marcas e é tendência no setor de restaurantes
2. Redução de riscos
A melhor forma de reduzir riscos é ter um bom planejamento e, em tempos instáveis economicamente, ser mais conservador com os gastos, mantendo negócios enxutos.
“Vale tentar ter o mínimo de custos possíveis, para ir testando as variáveis do negócio e ir corrigindo o que for necessário”, diz o consultor Adir Ribeiro.
Ter uma postura mais conservadora, porém, não pode levar a uma ausência de inovação.
“Tem que ter realismo com otimismo. Ser conservador no sentido de preservar o caixa, ter mais cuidado com as decisões a serem tomadas, mais esforço de pesquisa, de análise de concorrentes. Em um momento repleto de incertezas, estude bastante e depois tenha firmeza de execução”, orienta o professor Edson Barbero.
Dicas importantes:
Elabore um planejamento adequado antes de iniciar as atividades da empresa e faça um plano de negócios. Não enxergue planejar como uma perda de tempo, mesmo que você já tenha alguma experiência em gestão;
Informação estratégica, com a definição dos objetivos e diretrizes da empresa, é a matéria-prima mais importante para a tomada de decisões.
3. Educação financeira
Um aprendizado que essa crise deixa é a importância de uma boa gestão financeira. Para o consultor Adir Ribeiro, por uma questão estrutural, o brasileiro não tem acesso à educação financeira e quando se vê querendo empreender não tem conhecimentos básicos sobre o assunto.
“O empresário precisa saber, por exemplo, a diferença entre lucro e caixa, afinal um negócio pode viver anos sem lucro, mas não vive meses sem caixa”, alerta Ribeiro.
Entre os erros mais comuns cometidos pelos empresários e que podem ser facilmente evitados estão:
Misturar os patrimônios particular e empresarial;
Não fazer um planejamento financeiro;
Fazer dívidas sem previsão de receitas;
Não ficar atento ao fluxo de caixa e, por isso, ficar sem capital de giro para aplicação ou eventuais gastos.
Veja 10 erros ao abrir uma empresa: de trabalhar como hobby a confundir PF com PJ
4. Redes sociais para atrair clientes
"Pós pandemia, toda empresa, independente do porte, já tem que nascer digital”. Essa é a orientação de Enio Pinto, do Sebrae.
Não é para menos. As vendas online dispararam durante a pandemia e quem já estava investindo na presença digital sentiu menos os impactos da crise.
Para garantir as vendas é preciso potencializar a gestão das redes sociais para aproveitar melhor os recursos disponíveis e se diferenciar da concorrência. (Veja como começar um negócio digital aqui)
“Estudar sobre marketing digital é muito importante. O Sebrae, por exemplo, oferece vários cursos gratuitos na área. Depois disso, é colocar a mão na massa e produzir conteúdo com frequência para atrair a atenção dos clientes e interagir com seu público", afirma Enio.
5 passos para começar um negócio digital ou levar sua empresa para a internet
5. "Novo normal"
Os novos negócios vão precisar se adaptar a uma nova realidade do mercado consumidor, o chamado “novo normal”. Comportamentos, tendências, objetivos… tudo vai mudar.
“Com a esperança reacendida pelo início da vacinação, podemos observar uma forte tendência para negócios voltados à tecnologia, saúde, bem-estar e vida saudável, e aqui entram várias categorias, como alimentação, esportes e cosméticos naturais”, diz Barbero.
O professor ressalta ainda os serviços de entrega, que tiveram um crescimento notável durante a pandemia e é um setor que ainda tem muito a ser explorado e melhorado.
Veja mais dicas para montar sua empresa
Veja vídeos de empreendedores que estão superando a crise
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3 empresas abrem vagas de emprego e estágio; veja lista
Azul, Consórcio Magalu e Ubots são as empresas com seleções abertas. As empresas Azul, Consórcio Magalu e Ubots estão com vagas de emprego e estágio abertas. Veja abaixo detalhes dos processos seletivos:
Veja mais vagas de emprego pelo país
Azul
A Azul Linhas Aéreas abriu inscrições para o seu Programa de Estágio com 40 vagas e bolsa-auxílio de R$ 1.500.
Há vagas para diversas áreas administrativas da companhia em São Paulo (Barueri e Campinas) e Belo Horizonte. Para se inscrever, o estudante deve estar matriculado em um curso de graduação. As inscrições terminam em 19 de fevereiro pelo site https://estagio.voeazul.com.br/ e o processo seletivo dura até março.
Além da bolsa-auxílio mensal, o programa oferece outros benefícios como restaurante próprio, vale transporte, seguro de vida, clube de descontos em escolas de idiomas, universidades, aluguéis de carro e rede de hotéis, plano de saúde, odontológico e concessão de passagens aéreas para voos nacionais e internacionais.
Consórcio Magalu
O Consórcio Magalu está buscando parceiros de vendas para sua área comercial. Profissionais de todo o Brasil podem se candidatar para trabalhar diretamente em uma das 1.100 lojas do Magazine Luiza espalhadas por todo Brasil, em home office ou escritório próprio. Atualmente a empresa conta com mais de 600 parceiros espalhados pelo país e pretende dobrar ainda este ano.
As atribuições será comercializar cotas de consórcio, além de promover a divulgação da marca, contribuindo ainda para realização dos sonhos de pessoas que desejam adquirir bens e serviços através do consórcio. A empresa busca empreendedores que possuam empresas no segmento financeiro e de vendas ou pessoas com interesse em empreender. Exige-se experiência em vendas com habilidade em ferramentas digitais.
Para se candidatar é preciso ter um CNPJ ou abrir uma empresa. O profissional terá a liberdade de trabalhar com horários flexíveis e adotar sua própria estratégia para as vendas. A posição oferece perspectiva de crescimento e integração entre os prestadores de serviço.
Para mais informações, acessar o site https://consorciomagalu.com.br/seja-parceiro/ e clicar em “Seja Parceiro”.
Ubots
A Ubots está com quatro novas oportunidades, sendo duas vagas de emprego em regime CLT e duas de estágio. As vagas são para estágio são na área comercial e para cientista de Dados (NLP). As vagas em regime CLT são para cientista de Dados (NLP) e SRE – DevOps Engineer.
Para participar do processo seletivo é necessário realizar cadastro pelo site: https://ubots.com.br/oportunidades.
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Índices da China fecham em alta após dados sinalizarem recuperação forte da indústria
Ações de bancos e indústrias lideraram ganhos, depois que dados positivos do setor industrial sugeriram recuperação sustentada. O mercado acionário da China fechou em alta nesta quarta-feira (27), com as ações de bancos e indústrias liderando os ganhos, depois que dados positivos do setor industrial sugeriram recuperação sustentada.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, ganhou 0,27%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,11%, deixando de lado preocupações de que autoridades passarão a adotar uma postura de maior aperto para conter os ganhos nos preços de ações.
Dados oficiais desta quarta-feira mostraram que os lucros nas empresas industriais da China cresceram pelo oitavo mês seguido em dezembro. O país asiático é a única grande economia no mundo a evitar contração em 2020, com o Produto Interno Bruto crescendo 2,3% no ano.
O subíndice do setor bancário do CSI300 teve alta de 1,41%, enquanto o industrial saltou 2,07%.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,31%, a 28.635 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,32%, a 29.297 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,11%, a 3.573 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,27%, a 5.528 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,57%, a 3.122 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,27%, a 15.701 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,45%, a 2.958 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,65%, a 6.780 pontos.
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Sanofi vai ajudar a produzir vacinas da Pfizer contra Covid
Enquanto a sua própria vacina enfrenta atrasos devido à baixa eficácia nas pessoas mais velhas, farmacêutica francesa vai fabricar 125 milhões de doses em sua unidade em Frankfurt. Foto de fevereiro de 2020 mostra o logo da Sanofi em Paris Benoit Tessier/Reuters A farmacêutica francesa Sanofi anunciou que vai ajudar a fabricar 125 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelas rivais Pfizer e BioNTech, enquanto a sua própria vacina enfrenta atrasos. A alemã BioNTech vai inicialmente produzir as vacinas nas instalações da Sanofi em Frankfurt a partir do verão europeu, no meio do ano, segundo comunicado divulgado pela Sanofi nesta quarta-feira (27). Os detalhes financeiros do acordo não foram revelados. O governo francês tem pressionado a Sanofi a usar suas instalações para ajudar a produzir vacinas rivais, dada a alta demanda e os problemas que as empresas têm enfrentado para fornecer as poucas vacinas que já estão disponíveis. Vacina da Sanofi A Sanofi e a parceira britânica GlaxoSmithKline vão iniciar um novo ensaio de fase 2 de sua vacina contra a Covid-19 no próximo mês, segundo a farmacêutica francesa. As duas empresas disseram em dezembro que sua vacina não estará pronta até o final de 2021 porque a eficácia do imunizante em pessoas mais velhas precisava ser melhorada. COMPARATIVO: veja comparativo das vacinas candidatas em estágio mais avançado A Sanofi afirmou que os resultados dos testes mostraram "uma reação imunológica baixa em adultos mais velhos, provavelmente devido a uma concentração insuficiente do antígeno". "Nos preocupamos muito com a saúde pública, por isso estamos decepcionados com o atraso anunciado hoje, mas todas as nossas decisões são e sempre serão movidas pela ciência e pelos dados", afirmou a farmacêutica francesa. VÍDEOS: as novidades sobre vacinas contra a Covid-19
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