Ministro diz que empresa privada poderá operar futura rede de 5G do governo federal
Decreto prevê que esse serviço tem que ser feito pela estatal Telebras, mas Fábio Faria (Comunicações) afirmou que texto poderá ser alterado. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou em pronunciamento nesta terça-feira (2) que uma empresa privada poderá operar a rede segura de 5G exclusiva do governo federal.
Segundo Faria, caso se confirme a opção por uma empresa privada, o governo alterará um decreto que define como atribuição da estatal Telebras a administração da rede privativa de comunicação da administração pública federal.
A Telebras está na lista de privatização do Ministério da Economia, por isso o governo pode optar por entregar o serviço a uma empresa privada.
A construção de uma rede privativa da telefonia de quinta geração para o governo consta em uma portaria publicada na sexta-feira (29) que listou as contrapartidas exigidas das empresas que vencerem o leilão do 5G, cujo edital é analisado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Entenda o que é o 5G e como ele pode revolucionar a tecnologia no Brasil
“Se houver necessidade, nós, governo federal, faremos até alteração do decreto”, disse o ministro, que considera em “última análise” a opção da Telebras operar a rede.
“Caso sejam as empresas privadas, nós teremos que fazer um outro decreto porque o de 2017 (o ministro se refere a um decreto de 2018) diz que quem faz a rede segura de governo, a política pública de rede segura de governo, é a Telebras”, acrescentou.
Rede privativa
A rede privada citada na portaria do Ministério das Comunicações deve funcionar como um canal seguro para a comunicação estratégica do governo.
Conforme Faria, a escolha do operador da rede privativa será feita com base em critérios técnicos e de preço, seguindo “requisitos de governança coorporativa exigidos no mercado acionário brasileiro”.
O ministro também informou que a rede segura atenderá a administração pública e as Forças Armadas. O governo oferecerá espaço na rede aos poderes Legislativo e Judiciário e à Procuradoria-geral da República (PGR).
Leilão
A Anatel começou a analisar na segunda-feira (1) o edital do leilão do 5G. A análise foi interrompida por um pedido de vistas do presidente da Anatel, Leonardo de Morais, e deve ser retomada no final de fevereiro.
O leilão de 5G será o maior de frequência da Anatel. Serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. As faixas de frequências são espectros usados para a oferta de telefonia celular e de TV por assinatura.
Depois de aprovado na Anatel, o edital é encaminhado para a o Tribunal de Contas da União (TCU). O aval do TCU não é obrigatório para a publicação do edital, mas o governo costuma esperar a aprovação.
Faria afirmou que recebeu informações de que o TCU deve reduzir o tempo de análise do edital de 150 para 60 dias. “Com isso economizaremos 90 dias para adiantarmos o processo do leilão”, disse.
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Eventual novo estímulo para a economia exigirá contrapartida, diz presidente do BC
Em videoconferência internacional, Roberto Campos Neto também disse que vacinação é uma 'luz no fim do túnel'. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (2) que o Brasil fez um enorme esforço fiscal (aumento de gastos públicos) para combater a pandemia do novo coronavírus no ano passado e, por isso, saiu da crise em situação ainda pior, com a dívida pública beirando 90% do Produto Interno Bruto (PIB) — bem acima de outras nações emergentes.
Segundo ele, o atual patamar da dívida brasileira é muito alto, de modo que a equipe econômica está muito preocupada.
"A mensagem agora é que, se por alguma razão precisarmos de um estímulo fiscal adicional na economia, você tem que ter uma contraparte de onde você tira dinheiro de outro lugar. Porque chegamos a um ponto na inflação em que, se você fizer mais fiscal [aumento de gastos], por causa da credibilidade, eu posso não atingir a meta desejada [de melhorar a economia]", declarou, durante videoconferência internacional.
Dívida pública federal bate recorde em 2020 e atinge R$ 5 trilhões
No fim de janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a estratégia da área econômica é levar adiante a vacinação em massa da população brasileira e aguardar a queda da taxa de mortalidade da Covid-19.
Segundo ele, porém, se a vacinação atrasar e a pandemia se agravar, e isso levar à necessidade de renovar o auxílio emergencial, os demais gastos do governo têm de ser contidos travando o orçamento.
Reformas econômicas
O presidente do BC explicou que é necessário, neste momento, focar nas reformas enviadas ao Congresso Nacional para conter o endividamento público.
"O que temos de fazer é passar as reformas para sustentar a dívida, atingir um equilíbrio e conseguir credibilidade. E para conseguir credibilidade, temos de dizer às pessoas que fizemos um desvio, mas que somos sérios com relação à convergência fiscal. Ser sério com relação à convergência fiscal envolve outras reformas", afirmou.
Na avaliação do presidente do Banco Central, o governo está próximo de colocar uma parte da agenda econômica em votação no Congresso.
"É um grande desafio, mas acho que temos condições de, passadas as eleições no Congresso agora, de começar a combater esses problemas", disse ele. A entrevista foi gravada na última sexta-feira (29), e veiculada somente nesta terça.
A agenda do governo é encabeçada pelas propostas de emenda à Constituição (PECs) da emergência fiscal e do pacto federativo, além das reformas administrativa e tributária.
Um novo programa social, para sair do papel, precisa do "espaço orçamentário" que essas medidas pretendem abrir no teto de gastos – mecanismo que limita maior parte do gastos públicos à variação da inflação do ano anterior.
Vacinação
Campos Neto também avaliou que a vacinação é a "luz no fim do túnel" da pandemia do novo coronavírus, que pode representar também melhora na atividade.
"Olhando para os mercados e como a economia reage, as pessoas estão olhando mais agora em como vai ser o processo de vacinação, do que qualquer outra coisa. Mais do que se precisamos de mais estímulos", disse.
De acordo com ele, é preciso vacinar rapidamente a população.
"Em Israel, depois de vacinar as pessoas mais velhas, o número de pessoas indo ao hospital, e de mortes, caiu dramaticamente. A prioridade de como você vai vacinar a população é muito importante. É algo que estamos falando no Brasil. O Brasil tem uma capacidade muito, muito grande vacinação, tem muitos programas", declarou.
Ele disse que o Brasil tem uma capacidade de vacinação grande, podendo vacinar 5 milhões de pessoas em um único dia, mas ponderou, também, que há novas variantes do vírus que geram incertezas.
"Mesmo com a vacinação, ainda temos esse elemento de incerteza que, para o BC, é muito importante entender para onde isso vai. As vacinas são eficazes contra o novo vírus e suas variantes? Pessoas estão dizendo que as variantes novas se parece mais contagiantes, mas o único caso que tivemos foi Manaus. Estudos que vemos não são muito sólidos. Então, temos de entender melhor para ter um cenário sólido de onde vamos daqui em diante", concluiu.
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Ritmo lento de reformas e falta de vacinação são os maiores riscos para retomada da economia brasileira, dizem empresários
Pesquisa da Amcham também aponta que redução da incerteza política é prioridade para desenvolvimento do país neste ano. O ritmo lento das reformas e o plano de vacinação nacional descoordenado são os maiores riscos a retomada da economia brasileira em 2021, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (2) pela Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio no Brasil). Foram ouvidos 280 empresários do país.
A sondagem questionou os empresários sobre quais os aspectos socioeconômicos brasileiros podem atrasar ou impactar a decolagem da nossa economia neste ano.
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Em ordem de preocupação, os empresários consultados pela Amcham listaram: a baixa agilidade e apoio político para a agenda de reformas (71%) e a demora e pouca coordenação em relação ao plano de nacional de imunizações (40%).
Os entrevistados também apontaram riscos ou incertezas relacionadas a segunda onda de contaminação e ao aumento de infecções (29%), o isolamento político brasileiro no cenário internacional (22%) e a escassez de crédito e fuga de investimento estrangeiro direto (20%).
Sobre a declaração do Ministério da Economia de que emprego, crédito e consolidação fiscal serão as principais variáveis que garantirão o bom desempenho do PIB em 2021, os executivos demonstraram menos confiança no último item. Cerca de 68% dos entrevistados pela Amcham afirmaram que a consolidação fiscal será o fator mais desafiador, seguido do emprego (26%) e acesso à crédito e investimentos (6%).
A pesquisa "Plano de Voo Amcham" integra um plano de retomada da economia liderado pela entidade que representa cerca de cinco mil empresas brasileiras.
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3 empresas abrem vagas de emprego; veja lista
Quali, Sovos e Banco PAN são as empresas com seleções abertas. As empresas Quali, Sovos e Banco PAN estão com vagas de emprego abertas. Veja abaixo detalhes dos processos seletivos:
Veja mais vagas de emprego pelo país
Quali
A Quali está com 170 vagas disponíveis para atuação em nível nacional. As oportunidades são para as áreas de Marketing e Comunicação, Comercial, User Experience, Operações, Produtos, Atendimento e TI, em cargos de diferentes níveis, como jovem aprendiz, assistente, consultor, analista, coordenador e especialista. Todas as vagas consideram a participação de pessoas com deficiência (PCDs) no processo seletivo.
A Quali oferece diversos benefícios como vale-refeição, vale-alimentação, assistência médica e odontológica, seguro de vida, participação nos lucros (PPR), horário flexível, folga no dia do aniversário, sextas-feiras com expediente mais curto, dress code liberado, GymPass, Zenklub (plataforma de orientação psicológica online), maior tempo de licença parental, auxílio home office, cursos para desenvolvimento pessoal e profissional, além do Clube de Parcerias – que inclui descontos em diversos segmentos, como instituições de ensino e escolas de idiomas.
Os interessados podem se cadastrar no site jobs.kenoby.com/qualicorp.
Sovos
A Sovos está com vagas abertas para contratação em CLT de profissionais de TI em seu escritório situado em Barueri, região metropolitana de São Paulo.
São seis oportunidades para Development Manager Java, Senior .Net Developer, Senior Quality Analyst, Senior Software Developer Java / SAP, Solutions Architect – LATAM e Technical Lead Development – Java.
No momento, as vagas estão sendo oferecidas em esquema de home office. Porém, com o futuro retorno ao trabalho presencial no período pós-pandemia, ter fácil acesso ao escritório de Barueri será um diferencial.
Os profissionais interessados nas vagas podem se candidatar através do site https://sovos.com/careers/current-openings-south-america/.
Banco PAN
O Banco PAN anuncia 100 vagas para a área de Tecnologia, com remuneração que varia de R$ 3.500 a R$ 12 mil e processo seletivo 100% online. As vagas estão abertas para todas as regiões do Brasil. Para se inscrever é necessário ter experiência na função.
Além da remuneração, as propostas incluem benefícios como assistência médica e odontológica, vales refeição e alimentação, auxílio creche, seguro de vida, programa de parcerias, programa de participação nos resultados, Gympass e day off de aniversário.
Todas as vagas também são destinadas a pessoas com deficiência, que integrarão o programa de diversidade e inclusão do PAN. Os interessados podem se candidatar pela página de carreiras ou via sites parceiros (Glassdoor, Indeed e Vagas.com).
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Ações europeias fecham em alta sob esperanças de recuperação
Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,78%, a 6.516,65 pontos. Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta terça-feira (2) diante da esperança de uma recuperação econômica mais rápida, com alguns dados positivos de crescimento econômico e perspectivas positivas de grandes nomes como Airbus e LVMH colocando o índice pan-regional a caminho de apagar as maciças perdas da semana passada.
O índice STOXX 600 encerrou em alta pela segunda sessão consecutiva, valorizando-se 1,3%, depois de recuar mais de 3% na semana passada devido às preocupações em torno da lenta distribuição das vacinas contra a Covid-19 na zona do euro.
Europa sofre com 3ª onda da pandemia: sistema de saúde está sobrecarregado
Dados preliminares divulgados nesta terça-feira mostraram que a atividade da zona do euro contraiu menos do que o esperado no quarto trimestre de 2020, já que as economias da Alemanha e da Espanha ainda registraram uma leve expansão.
"Mas com os lockdowns prorrogados até o primeiro trimestre, outra recessão técnica está se formando", disse Bert Colijn, economista sênior para a zona do euro no ING.
As proprietárias de marcas de luxo LVMH e Kering valorizaram-se, respectivamente, 3,4% e 1%, depois que a corretora Berenberg recomendou os papéis, observando que fatores de longo prazo da demanda por produtos de luxo permanecem intactos.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,78%, a 6.516,65 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,56%, a 13.835,16 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,86%, a 5.563,11 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,11%, a 22.066,87 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,96%, a 7.950,90 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,26%, a 4.802,28 pontos.
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Arroba bovina supera R$ 300 e tem novo recorde, mas desempenho interno da carne preocupa
Se por um lado os frigoríficos estão tendo remuneração alta com compradores internacionais, impulsionadas pelo câmbio, no Brasil o enfraquecimento do poder de compra da população em meio à pandemia e o fim do auxílio emergencial travam o avanço das cotações da proteína. Touro animal boi bovinos Uberaba Reprodução/TV Integração O preço do boi gordo superou a marca de R$ 300 por arroba, apontou o indicador Cepea/B3 nesta segunda-feira (2), novo recorde da série histórica iniciada em 1994, motivado pela baixa oferta de animais prontos para o abate e demanda externa aquecida, mas o fraco desempenho nas cotações da carne no mercado interno preocupa, afirmam analistas. Na última sexta-feira, o índice já havia encerrado janeiro com alta de 12,24% na variação mensal, a 299,85 reais por arroba. Agora, a cotação chegou a R$ 301, avanço de 9,97% em relação ao mês anterior e um salto de 53,4% no comparativo anual. A alta no preço dos alimentos em 2020 explicada pelo campo Analistas previam, em reportagem publicada pela Reuters em novembro, que os preços do boi gordo se aproximavam dos R$ 300, o que indicaria aperto para as margens dos frigoríficos que negociam a carne no mercado doméstico. 'Alta perigosa' A diretora da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, disse que a carne bovina está indo bem no mercado externo, mas alertou que essa alta no preço do animal é perigosa do ponto de vista do consumo interno –considerando que cerca de 70% da proteína produzida é consumida no país. "O preço da carne descolou do boi", disse a especialista. Se por um lado os frigoríficos conseguem remunerações elevadas com compradores internacionais, impulsionadas pelo câmbio, no Brasil o enfraquecimento do poder de compra da população em meio à pandemia e o fim do auxílio emergencial travam o avanço das cotações da proteína. Levantamento da Scot Consultoria divulgado em boletim nesta segunda-feira indica que, no acumulado da última semana, o preço médio de 22 cortes analisados no atacado caíram 0,3%. Desde o início do ano o valor dos cortes subiu, em média, apenas 1,8%. A cotação dos cortes de traseiro, de maior valor agregado, caiu 0,6% na semana passada, e a dos cortes dianteiros subiu somente 0,4%. "Estamos em um ciclo de alta de preços da arroba e a expectativa é de mercado firme, mesmo em que pesem as sazonalidades da safra… mas o que assombra muito é o mercado interno", disse o diretor da Scot, Alcides Torres. Segundo ele, a dúvida sobre até quanto o consumidor conseguirá pagar pela carne é o que se contrapõe ao cenário de preços em alta do boi, apertando as margens dos frigoríficos. "Para a economia voltar à atividade precisaríamos ter resolvido o problema da pandemia, ter a vacina (para todos), e estamos patinando nessa questão… o desemprego ainda atrapalha mais", ressaltou. Quanto à oferta de gado, ele disse que janeiro normalmente é um mês em que poucos pecuaristas estão vendendo boiadas "nas praças pecuárias", então "precisamos ver como será fevereiro". Um fator que ajuda a encarecer o valor cobrado pelos pecuaristas é o aumento de custos com animais de reposição. Os pesquisadores do Cepea destacaram em nota que os animais de reposição (bezerro nelore, de 8 a 12 meses), também foram negociados em patamares recordes em janeiro. "Neste caso, o impulso vem do maior aumento do abate de fêmeas entre 2018 e 2019 e da forte demanda por reposição, devido à aquecida procura externa pela carne brasileira ao longo de 2020", disse o instituto. O indicador do bezerro calculado pelo Cepea chegou a tocar 2.811,77 reais por cabeça na última semana. Exportação As exportações brasileiras de carne bovina fecharam 2020 com recorde e superaram pela primeira vez 2 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), impulsionadas por uma firme demanda da China, país que ainda sente déficit de proteína animal em função de um surto de peste suína africana desde 2018. Para este ano, a expectativa é de que o recorde seja renovado, com 2,14 milhões de toneladas, prevê a associação. O diretor da Scot Consultoria disse que, apesar do forte movimento de renovação do plantel suíno na China, as exportações de carne bovina do Brasil só para os chineses podem crescer entre 3% e 5% em 2021. VÍDEOS: veja mais notícias sobre o agronegócio
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Para punir adversários, Lira quer dissolver comissão mista da reforma tributária
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), planeja dissolver a comissão mista criada para analisar as propostas de reforma tributária e pode deixar para o Senado encaminhar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) considerada prioritária para a equipe econômica e setores da economia.
Lira já deixou claro em entrevistas que quer dar prioridade à reforma administrativa.
Com o movimento, Lira esvazia dois adversários políticos. Retira da relatoria da reforma tributária Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que apesar de correligionário é aliado do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, ao deixar o Senado encaminhar o tema, engaveta a PEC 45, proposta pelo adversário na corrida pelo comando da Casa, Baleia Rossi (MDB-SP).
Arthur Lira é o presidente da Câmara pelos próximos 2 anos
O Senado tem uma proposta de reforma tributária, a PEC 110, que era originalmente relatada pelo senador Roberto Rocha. O senador afirmou ao blog nesta terça que seu relatório já está na CCJ do Senado, aguardando votação. O relatório de Aguinaldo não chegou a ser apresentado.
A Comissão Mista foi criada por um ato conjunto dos ex-presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). No acordo, Roberto Rocha havia ficado com a presidência da comissão mista da Reforma Tributária e Aguinaldo Ribeiro ficaria com a relatoria, considerada mais decisiva para os rumos do texto.
Ontem, logo após ser eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) falou em retomar a discussão da reforma e citou a proposta de Rocha.
O tema será discutido nos próximos dias entre Lira e Pacheco. Fontes ouvidas pelo blog, entretanto, dizem que Lira já ofereceu a relatoria da reforma tributária a deputados do PSD, partido aliado. Além das duas PECs, ainda segue na Câmara, sem relator, o projeto enviado pela equipe econômica de criação da CBS, novo tributo que unifica impostos federais.
Criada há quase um ano, em fevereiro de 2020, a comissão já foi renovada e, se não tiver nova prorrogação, acaba em 31 de março.
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Consumo de combustíveis no Brasil em 2020 caiu ao menor nível em 8 anos, aponta ANP
Comportamento do mercado brasileiro no início de 2021, contudo, dá alguns sinais de recuperação. Em meio à crise econômica desencadeada pela pandemia de covid-19, o consumo de combustíveis no Brasil caiu 6% em 2020 ante o ano anterior.
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as vendas totalizaram 131,7 bilhões de litros no ano passado, o menor patamar anual desde 2012. O comportamento do mercado brasileiro no início de 2021, contudo, dá alguns sinais de recuperação.
Entenda o que influencia o preço dos combustíveis
Apesar da retração geral, o principal derivado comercializado no país terminou 2020 relativamente estável, com alta de 0,3% no ano. O consumo de diesel no Brasil totalizou 57,4 bilhões de litros – impactado positivamente, em parte, pelas safras recordes de grãos.
Os números da ANP sugerem que as vendas do combustível têm se mantido em alta. No segundo semestre, o crescimento do volume de diesel comercializado no país foi de 2,95%. Em dezembro, a alta foi de 9,2%, na comparação com igual mês de 2019.
De acordo com o boletim de monitoramento do mercado durante a pandemia, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), os dados preliminares de vendas do combustível acumulavam em janeiro, até o dia 26, uma alta de 1,8% frente a igual período de 2020.
Enquanto o diesel conseguiu se manter firme em 2020, por outro lado, as medidas de isolamento social impactaram negativamente as vendas de gasolina e etanol hidratado, combustíveis mais associados ao consumo das famílias, nos veículos leves. A comercialização de gasolina, por exemplo, recuou 6,1%, para 35,8 bilhões de litros. Já o consumo do biocombustível caiu 14,6%, para 19,25 bilhões de litros.
Com isso, o mercado do Ciclo Otto (veículos que rodam a gasolina/etanol) fechou 2020 com uma queda de 8,6%, em 49,3 bilhões de litros de gasolina equivalente. Os dados, porém, vêm melhorando. No quarto trimestre, a retração desse mercado foi de 1,7%, na comparação com igual período de 2019. Já em dezembro, as vendas no Ciclo Otto fecharam com alta de 0,25%.
Em 2021, o ano começou em trajetórias dissonantes para os dois combustíveis. De acordo com o boletim do MME, a gasolina começou 2021 com alta de 3%, enquanto o etanol com uma queda de 5,1%.
O derivado mais impactado pela crise da covid-19, no entanto, foi o querosene de aviação, que registrou um declínio de 49,2% em 2020, para 3,5 bilhões de litros. Em janeiro, os números preliminares indicam uma retração de 33% em janeiro.
Na contramão da retração do mercado, além do diesel, outro combustível que cresceu em 2020 foi o gás liquefeito de petróleo (GLP). As vendas do derivado subiram 3% no ano passado, para 13,6 bilhões de litros, muito influenciadas pelas medidas de isolamento social, já que o principal uso do GLP é na cozinha, nas residências.
A comercialização do óleo combustível também terminou o ano em alta. As vendas do derivado, muito associadas à indústria e à geração termelétrica, cresceram 6,8%, para 2,019 bilhões de litros.
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Bolsas da Europa fecham em alta, acompanhando melhora do humor em Nova York
Somente o FTSE 100, de Londres, não acompanhou seus pares e encerrou o pregão desta quinta-feira (28) em queda de 0,63%. As bolsas europeias fecharam mistas, mas com viés positivo, acompanhando a melhora no humor vista em Nova York e revertendo as perdas de mais cedo, nesta quinta-feira (28). O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,10%, a 403,39 pontos. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,33%, a 13.665,93 pontos, e o CAC 40, de Paris, avançou 0,93%, a 5.510,52 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 1,17%, a 21.916,50 pontos, e o Ibex 35, de Madri, avançou 1,02%, a 7.932,50 pontos. Somente o FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, não acompanhou seus pares e recuou 0,63%, a 6.526,15 pontos. A Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, cujo índice acionário DAX é o mais importante da Europa continental Reuters Os índices europeus operaram em queda durante a manhã desta quinta, com os investidores demonstrando receio com relação à disparada de algumas ações com pesadas posições "short" (que apostam contra a valorização da ação) em Nova York ontem. A ação da GameStop, que está no centro destes temores, fechou a sessão de quarta (27) em alta de 135%, acumulando ganhos de mais de 1.800% no ano. Este grupo de ações, que inclui as da AMC Entertainment e da BlackBerry, estão no centro de uma pequena batalha entre investidores individuais e fundos de hedge com apostas pesadas contra estas ações. A forte valorização destes papéis desencadeou perdas acentuadas entre os fundos, que estão tendo que se desfazer de ações para cobrir as perdas nas posições vendidas. Mais cedo, os contratos futuros dos índices americanos indicavam mais uma abertura negativa em Wall Street, após o tombo sofrido ontem. Mas os futuros devolveram as perdas após a divulgação de um dado positivo do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que ajudou a dar suporte à confiança dos investidores. De acordo com o relatório divulgado mais cedo pelo Departamento do Trabalho dos EUA, os pedidos de seguro-desemprego caíram para 847 mil na semana passada, número menor do que a expectativa de consenso, de 875 mil. Já os dados do PIB americano vieram um pouco abaixo das expectativas, indicando um crescimento de 4% no último trimestre de 2020 ante o trimestre anterior, em taxa anualizada. O resultado veio ligeiramente abaixo da estimativa de consenso, de expansão de 4,3% no período. Os ganhos hoje foram amplos, com quase todos os setores do Stoxx 600 fechando a sessão com valorização. As ações dos bancos, que são o setor de maior peso no índice pan-europeu, fecharam em alta de 0,89%. Vídeos: Últimas notícias de economia
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Preço do combustível ‘não é caro nem barato, é o preço de mercado’, diz presidente da Petrobras
Roberto Castello Branco deu declarações em evento virtual promovido por um banco. Segundo ele, estatal pratica preços internacionais e, apesar de pressões, 'não será mais vilã'. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu nesta quinta-feira (28) a política de preços da estatal e afirmou que o preço dos combustíveis no Brasil "não é caro nem barato, é preço de mercado”.
Em evento virtual do banco Credit Suisse, Castelo Branco disse que a companhia não será a “vilã dos preços” e que monopólio significa "desestímulo à eficiência", o que implica risco.
“Constantemente, grupos de pressão recorrem aos políticos para intervir para que o governo faça uma interferência nos preços de combustíveis vendidos pela Petrobras. Todo mundo sabe onde bater: 'Vamos bater à porta da Petrobras, o grande vilão é a Petrobras'. A Petrobras não será mais vilã”, afirmou.
Segundo o executivo, a Petrobras pratica hoje preços internacionais. “É extremamente importante para retirar os riscos e para atração de investimentos para o Brasil”, declarou.
Para ele, a discussão sobre o preço de combustíveis é como a de futebol.
“Tem uns que acham que a Petrobras cobra preços muito elevados e tem outros que acham que a Petrobras cobra preços predatórios. Isso é que nem discussão de futebol”, disse.
“Nós adotamos como política ser pacientes e cautelosos. Nós não vamos jogar o preço para cima ou para baixo diante de um núcleo de volatilidade. Precisamos acompanhar o mercado ”, completou.
Roberto Castello Branco e os desafios da Petrobras em 2020
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