Bebidas naturais e com baixo teor alcoólico crescem como alternativa à cerveja no Brasil
Com a saúde no foco dos consumidores, hard seltzers, kombucha e kefir ganham espaço no mercado e se tornam alternativa ao derivado do malte em bares e pequenos encontros em casa. Topo Chico: refrigerante alcóolico da Coca-Cola Divulgação A cerveja é uma das bebidas preferidas do brasileiro. Mas com o consumidor cada vez mais preocupado com bem-estar, produtos considerados "mais saudáveis" e com baixo ou zero teor alcoólico entram na lista de alternativas à bebida derivada do malte em bares e pequenos encontros em casa: entre eles as hard seltzers, a kombucha e o kefir. Na moda entre os norte-americanos, as hard seltzers são uma bebida cuja composição principal é água gaseificada com sabor e álcool. Por conta dos ingredientes, elas têm baixa concentração de calorias e possuem entre 3% e 5% de álcool. Venda de vinhos tem alta de 31% em 2020, impulsionada pela quarentena Venda de vinhos dispara no Brasil durante a pandemia e produtores tentam segurar o novo consumidor Empresário investe em bar sem bebida alcoólica e fatura R$ 150 mil por mês De acordo com a Nielsen CGA, essas bebidas atraíram mais de 7,5 milhões de novos consumidores nos EUA em 2019 e geraram US$ 1,5 bilhão em vendas no mesmo ano. Em 2016, esse volume foi de US$ 65 milhões. Em 2018, a consultoria de dados apontou que havia apenas dez marcas da bebida disponíveis nas prateleiras de supermercados norte-americanos. No ano passado, esse número subiu para 65. Por ser nova no país, ainda não há dados sobre o mercado de hard seltzers brasileiro. Por aqui, o fenômeno desses 'refrigerantes alcoólicos' chegou a São Paulo e ao Rio de Janeiro pela Coca-Cola no final do ano passado, com a marca mexicana Topo Chico. Consumo previsto de bebidas alcoólicas no Brasil em 2020 G1 Disponíveis nos sabores Morango-Goiaba, Lima-Limão e Abacaxi, o produto tem foco principalmente nos chamados millenials — público entre 21 e 35 anos — e nos consumidores que priorizam bebidas leves feitas com ingredientes naturais. Esse perfil, inclusive, parece ser o da própria Coca-Cola. A gigante de bebidas raramente se aventura no mercado de bebidas alcoólicas no mundo e, tampouco, produz cervejas no Brasil. Segundo Renato Shiratsu, diretor de integrated brand experience e premium drinks da Coca-Cola Brasil, a empresa não deve produzir cerveja por aqui "porque não faz sentido dentro da demanda dos consumidores". Em seu relatório global de 2019, a consultoria internacional WGSN apontou que, naquele ano, 52% dos consumidores norte-americanos estavam reduzindo o consumo de bebidas alcoólicas. Por este motivo, grandes marcas estavam criando produtos com baixo ou zero teor alcoólico. "Com o maior foco do consumidor na saúde e interesse em sabor e textura, as bebidas devem inovar ainda mais para manter a demanda do mercado em 2021", disse Arthur Bovino, estrategista sênior da consultoria, em relatório publicado no último semestre de 2020. As pesquisadoras Luana Sousa e Isabela Rosier (à direita), sócias da Kefiran Spritz Divulgação Fazer com que as pessoas comam alimentos saudáveis e, ao mesmo tempo, saborosos foi um dos motivos que levou Luana Sousa, de 30 anos, a estudar nutrição. Durante o mestrado, a paulistana foi além de seu objetivo inicial: criou com sua orientadora, Isabela Rosier, um refrigerante à base da bebida fermentada kefir, o Kefiran Spritz. Com propriedades probióticas, a bebida promete ajudar a equilibrar a quantidade de micro-organismos que fazem bem à saúde. De acordo com Luana, que hoje cursa doutorado em biotecnociência, em contato com o leite ou com misturas açucaradas, como os sucos, os "grãos" geram uma fermentação que dá origem ao refrigerante. O teor alcoólico é 0,5% — residual do processo de fabricação. "A bebida não tem açúcar, nem conservantes. As pessoas estão buscando ter mais qualidade de vida. Elas querem, no lugar de tomar remédio, prevenir doenças. Estão mudando a chave", explicou a doutoranda, que produz, em média, 1 mil litros do refrigerante por mês. Além do refrigerante, Luana conta que também está pesquisando como produzir cerveja com Kefir, em parceria com a cervejaria Tria, localizada na Grande São Paulo. "Temos muita biodiversidade e conhecimento para produzir produtos saudáveis e saborosos. Nossa ideia é criar uma cerveja com características probióticas. Começamos a pesquisa em 2019, mas tivemos que parar pela pandemia", disse Luana. Cervejas se rendem ao zero álcool Para não perder mercado, a própria cerveja, inclusive, está ganhando uma nova roupagem para consumidores mais conscientes: sem álcool e algumas até sem glúten. Entre as marcas que comercializam o derivado de malte sem álcool estão Guinness, Itaipava, Heineken, Budweiser e Estrella Galícia. Na avaliação de Paulo Petroni, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), cervejas sem álcool bem produzidas não deixam a desejar em relação às normais — o que contribuiu para a adesão desse novo perfil de consumidores. "As primeiras gerações ficaram devendo, mas os novos processos produtivos melhoraram bastante a qualidade do produto. Na Espanha, alguns anos à nossa frente neste produto, a cerveja sem álcool atinge mais de 15% do mercado", disse o diretor. Outras bebidas consideradas mais saudáveis, como a Kombucha, não concorrem diretamente com a cerveja – são uma "alternativa", avaliou Petroni. "Até o momento, novas bebidas não impactam o mercado. O que nos preocupa mesmo é o fim do Auxílio Emergencial. Nossa maior força para consumo de cerveja é a disponibilidade de renda." Jovan Demoner, presidente da Associação Brasileira de Kombucha Divulgação Produção de Kombucha no Brasil, em litros G1 O presidente da Associação Brasileira de Kombucha, Jovan Demoner, também acredita que a bebida não vai competir com a cerveja porque são produtos distintos. "São mercados complementares. Nos últimos quatro anos, houve um grande aumento de produção e de consumo da bebida nos EUA e no Brasil, principalmente do público entre 35 e 40 anos. As pessoas saudáveis também saem", afirmou Demoner, proprietário da marca Kombucha Vivaodia. A kombucha começou a ser envasada há cerca de três décadas pelos hippies e passou a ser produzida em maior escala na última década. Ela é fermentada a partir do chá adoçado e rica em bactérias e leveduras benéficas que recomporiam a microbiota intestinal. Por ser fermentada, a bebida possui ácido acético e teor alcoólico de aproximadamente 0,5%. Há também versões de kombucha alcoólicas para quem aprecia bebidas mais fortes. Vídeos: Últimas notícias de Economia
- Publicado em Negócios
Educação Financeira #127: Dicas para fazer um bom currículo e arrumar um novo emprego
Com fim do Auxílio Emergencial, deve aumentar o número de pessoas que buscam um novo trabalho. Saiba como se destacar. Os índices de desemprego tiveram duas melhoras seguidas nos últimos levantamentos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitca (IBGE). Mas o fim do Auxílio Emergencial deve diminuir a renda média da população e intensificar a busca por emprego nos próximos meses. Com mais gente no páreo, fica mais difícil se destacar. Por isso, o podcast Educação Financeira traz as principais dicas para montar um bom currículo, sem erros, para aumentar as chances de avançar nos processos seletivos. Também há recomendações para ser notado em inscrições de vagas pela internet e como se sair bem na entrevista. O G1 ouviu Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), para dar contexto ao cenário atual no mercado de trabalho. Os conselhos para a busca por emprego ficam por conta da especialista em recrutamento Taís Targa. Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no G1, no GE.com e no Gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia:
- Publicado em Negócios
Dólar passa a cair e volta a ficar abaixo de R$ 5,40
Na sexta-feira (5), moeda norte-americana fechou em queda de 1,21%, a R$ 5,3831. Notas de dólar Reuters/Dado Ruvic O dólar passou a recuar nesta segunda-feira (8), em dia marcado por esperanças de mais estímulo nos Estados Unidos em resposta aos danos econômicos da Covid-19. No Brasil, a atenção ficava nas discussões em torno de mais medidas de auxílio emergencial, em meio a persistentes incertezas fiscais. Às 11h43, a moeda norte-americana caía 0,30%, cotada a R$ 5,3668. Veja mais cotações. Na sexta-feira, dólar encerrou a sessão em queda de 1,21%, a R$ 5,3831. Na semana, acumulou queda de 1,60%. No ano, no entanto, tem alta de 3,78% no ano. O Banco Central anunciou para esta segunda-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em junho e outubro de 2021, destaca a Reuters. Cenário No exterior, a semana começa com maior otimismo sobre o ritmo de recuperação da economia global, com o avanço das campanhas de vacinação, a desaceleração dos contágios e a esperança de que o grande plano de estímulo de Joe Biden seja aprovado pelo Congresso americano. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou no domingo que se o Congresso aprovar o plano de 1,9 trilhão de dólares, o país voltará ao pleno emprego no próximo ano. O preço do petróleo tipo Brent opera em alta nesta segunda-feira e a cotação superou US$ 60 dólares pela primeira vez em mais de um ano, estimulado pelo otimismo dos investidores sobre a demanda. Por aqui, os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2021 pela quinta semana seguida, de 3,53% para 3,60%. Para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) no ano, a projeção foi revisada de 3,50% para 3,47%. Já a expectativa para a taxa de câmbio no fim de 2021 ficou estável em R$ 5,01. Variação do dólar em 2021 Economia G1 Vídeos: veja mais notícias de Economia o
- Publicado em Negócios
Lucro da BB Seguridade recua 19% no 4º trimestre
Em todo o ano de 2020, o braço de seguros e previdência do Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 3,877 bilhões, queda de 10% em relação a 2019. A BB Seguridade registrou lucro líquido ajustado de R$ 916,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 19,1% em relação ao mesmo período de 2019, afetado pelo resultado financeiro, diante da Selic ainda em piso histórico e pelo efeito da alta do IGP-M em planos de previdência.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (8) pelo braço de seguros e previdência do Banco do Brasil, o resultado financeiro da holding somou R$ 1,327 milhão, de R$ 52,016 milhões um ano antes.
O desempenho operacional das empresas do grupo reduziu sua taxa de crescimento ano a ano a 7%.
No segmento de seguros, os prêmios emitidos cresceram 21,5% em relação ao mesmo período de 2019, para R$ 2,746 bilhões.
A sinistralidade subiu 5,3 pontos percentuais, em movimento atribuído aumento na frequência e na severidade do segmento rural, consequência da estiagem no início da Safra Verão em diversas regiões do país causada pelo fenômeno La Niña, bem como da maior frequência de avisos em produtos com cobertura de vida, efeito decorrente da pandemia da Covid-19.
A receita total de previdência e seguros de outubro a dezembro de 2020 foi a maior desde 2016 para um último trimestre do ano, com alta de 11,7% ano a ano, para R$ 12,1 bilhões. As reservas de previdência chegaram a R$ 308 bilhões, acima dos R$ 290 bilhões de igual intervalo do ano anterior.
No caso do segmento de capitalização, a arrecadação com títulos de capitalização caiu 20,1% em relação ao mesmo período de 2019, para 1,256 bilhão de reais.
Em todo o ano de 2020, a BB Seguridade apurou lucro líquido ajustado de R$ 3,877 bilhões, queda de 10% em relação a 2019.
Para 2021, a BB Seguridade disse que espera a sustentação da tendência de crescimento operacional, que indicam aumento entre 8% e 13% para o resultado operacional combinado das empresas do grupo.
Vídeos: veja mais notícias de Economia
- Publicado em Negócios
Líder do governo defende ampliar Bolsa Família para substituir auxílio e ‘filtro’ em cadastros
Ideia é que prefeituras verifiquem quem 'realmente precisa' da ajuda financeira extra, diz Ricardo Barros (PP-PR). Bolsonaro conta com continuidade do apoio para se capitalizar para 2022. Líder do governo na Camará , deputado Ricardo Barros, durante encontro para discussão da reforma tributária, em 2020 Wallace Martins/Estadão Conteúdo Na esteira da discussão a respeito da substituição do Auxílio Emergencial, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defende junto a ministros do governo Bolsonaro ampliar as famílias que recebem o benefício e um “filtro” de prefeituras nos cadastros de beneficiários do programa. Como o governo não tem recursos para continuar pagando o Auxílio Emergencial, que acabou em dezembro, a equipe econômica estuda formas de manter assistida a população mais vulnerável e atingida pela pandemia. Oito capitais criaram versão municipal do Auxílio Emergencial; apenas 2 ainda pagam o benefício Barros afirma que o governo vai socorrer quem mais precisa, mas não será no modelo do auxílio. “O Auxílio Emergencial foi feito dentro decreto de calamidade, é um cheque em branco e não temos mais. Não se pode repetir a fórmula do auxílio. Vamos socorrer, mas não naquele modelo. A ajuda para quem precisa vai ser mais uma continuação do Bolsa Família”, diz Barros. Para realizar essa inclusão, o líder do governo defende que as prefeituras verifiquem se quem está recebendo o Bolsa Família e vai, eventualmente, receber o novo benefício “realmente precisa”. “No auxílio tudo foi feito por declaração voluntária. Se precisava ou não, ninguém conferiu. Defendo que as prefeituras façam essa verificação”, afirma Barros. Outro ponto que o parlamentar quer emplacar são novos critérios e exigências para receber o benefício, como qualificação profissional e desempenho escolar. “O programa não incentiva a sair. A rampa de ascensão social precisa ter mecanismos para que as pessoas saiam depois. Então, podemos ampliar mas precisa cobrar desempenho escolar, qualificação profissional, por exemplo”. A substituição do Auxílio Emergencial é prioridade no governo. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conta com a solução do projeto para se capitalizar eleitoralmente para 2022. Barros disse que o tema está sendo tratado por Onyx Lorenzoni (ministro da Cidadania), a equipe econômica e o relator do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC). Até agora, não há definição da fonte de recursos para pagar a extensão do programa. VÍDEOS: Veja comentários da Andréia Sadi
- Publicado em Negócios
Petrobras sobe preços do diesel, gasolina e GLP
Preço médio de venda da gasolina às distribuidoras já subiu 22% desde o início do ano. Diesel subiu 10,9%. Alta do GLP é a primeira do ano. A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) aumentos dos preços médios de venda às distribuidores da gasolina, diesel e GLP, que deverá vigorar a partir de terça-feira (9), segundo comunicado da estatal. Como são formados os preços da gasolina e diesel? O preço médio de venda de gasolina nas refinarias da Petrobras passará a ser de R$ 2,25 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,17 por litro. Já o preço médio de venda de diesel passará a ser de R$ 2,24 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,13 por litro. É a terceira alta do ano nos preços da gasolina, e a segunda no valor do litro do diesel. Desde o início do ano, a Petrobras já elevou em 22% o preço da gasolina – em dezembro, o litro custava R$ 1,84. Já o diesel subiu 10,9%. Com as novas altas, o litro da gasolina passou a custar mais caro que o do diesel às distribuidoras. Preços dos combustíveis nas refinarias – 08.02.21 Economia G1 Já o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,91 por kg (equivalente a R$ 37,79 por 13 kg), um aumento médio de R$ 0,14 por kg (equivalente a R$ 1,81 por 13 kg). Política de preços Na bolsa de valores, as ações da Petrobras têm queda, com os investidores de olho na política de ajustes de preços de combustíveis e preocupações quanto à transparência das decisões da estatal. A petroleira divulgou comunicado neste domingo (7) para reafirmar que não houve alteração no alinhamento dos seus preços de combustíveis em relação ao praticado no mercado internacional após ter confirmado na sexta-feira que ampliou de trimestral para anual o prazo limite em que calcula a paridade internacional de preços. Governo quer mudanças em tributos Diante de reclamações do setor de transporte sobre o valor dos combustíveis, o governo vem falando em alterar a estrutura de tributação do setor. Na última sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo avalia um projeto para estabelecer um valor fixo do ICMS sobre combustíveis ou a incidência do ICMS sobre o preço dos combustíveis nas refinarias. O presidente afirmou que o governo está fazendo estudos sobre as mudanças no ICMS e que, se ficar comprovada a viabilidade jurídica, apresentará um projeto sobre o tema ao Congresso na semana que vem. De acordo com o presidente, o valor do ICMS fixo seria decidido pelos governos estaduais, junto com as assembleias legislativas. Bolsonaro diz que estuda projeto de lei para reduzir preço dos combustíveis Assista as últimas notícias de economia
- Publicado em Negócios
Bovespa passa a subir nesta segunda; Petrobras segue em queda
Na sexta-feira, Ibovespa fechou a 120.240 pontos, acumulando alta de 4,45% na semana. Ibovespa é o principal índice da B3, a bolsa brasileira Amanda Perobelli/Reuters O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, passou a subir nesta segunda-feira (8), em dia marcado por maior otimismo no exterior e com as ações da Petrobras nos holofotes. Às 11h41, o Ibovespa subia 0,17%, a 120.439 pontos. Veja mais cotações. As ações da Petrobras recuavam mais de 1%. Já o dólar é negociado em alta. Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,82%, a 120.240 pontos, acumulando avanço de 4,5% na semana. No ano, o avanço acumulado é de 1,03%. Cenário No exterior, a semana começa com maior otimismo sobre o ritmo de recuperação da economia global, com o avanço das campanhas de vacinação, a desaceleração dos contágios e a esperança de que o grande plano de estímulo de Joe Biden seja aprovado pelo Congresso americano. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou no domingo que se o Congresso aprovar o plano de 1,9 trilhão de dólares, o país voltará ao pleno emprego no próximo ano. O preço do petróleo tipo Brent opera em alta nesta segunda-feira e a cotação superou US$ 60 pela primeira vez em mais de um ano, estimulado pelo otimismo dos investidores sobre a demanda. Por aqui, os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2021 pela quinta semana seguida, de 3,53% para 3,60%. Para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) no ano, a projeção foi revisada de 3,50% para 3,47%. Política de preços da Petrobras A Petrobras seguia nos holofotes, com os investidores de olho na política de ajustes de preços de combustíveis e preocupações quanto à transparência das decisões da estatal. Perto das 10h40, as ações preferenciais da Petrobras recuavam 2,17% e as ordinárias tinham queda de 2,12%. A petroleira divulgou comunicado neste domingo (7) para reafirmar que não houve alteração no alinhamento dos seus preços de combustíveis em relação ao praticado no mercado internacional após ter confirmado na sexta-feira que ampliou de trimestral para anual o prazo limite em que calcula a paridade internacional de preços. Nesta manhã, a Petrobras anunciou aumentos dos preços médios de venda às distribuidores da gasolina, diesel e GLP, que deverá vigorar a partir de terça-feira (9). Com a alta do barril de petróleo nas últimas semanas, analistas calculam que a paridade exigiria um preço do diesel nas refinarias acima do praticado atualmente pela Petrobras. Analistas do Bradesco BBI, por exemplo, cortaram a recomendação das ações da Petrobras para 'neutra', citando riscos relacionados à situação dos caminhoneiros no Brasil. "Embora a Petrobras controle o 'timing' de seus ajustes de preço do diesel, a situação com os motoristas de caminhão nos faz acreditar que esse 'timing' poderia não estar de acordo com as expectativas dos acionistas", afirmaram Vicente Falanga e Gustavo Sadka em relatório a clientes. Também nesta segunda, a Petrobras anunciou que o Mubadala Capital foi o vencedor no processo competitivo para a venda de sua Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, com uma oferta de US$ 1,65 bilhão. Petrobras confirma reajustes, mas reforça independência VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
- Publicado em Negócios
Bitcoin dispara e chega a US$ 44 mil impulsionado por investimento da Tesla
Empresa do bilionário Elon Musk ainda deu indicativo que pretende aceitar a criptomoeda como forma de pagamento por seus carros elétricos. Bitcoin utiliza uma tecnologia muito segura e pode ser usada para comprar produtos e serviços reais Pixabay/Divulgação e O bitcoin chegou nesta segunda-feira (8) à casa dos US$ 44 mil. Por volta das 10h40, a cotação da criptomoeda acumulava alta de 13,6%, a US$ 44.023,72. O novo arranque da principal moeda virtual do mundo tem como combustível um aporte de US$ 1,5 bilhão por parte da Tesla, empresa de Elon Musk, o homem mais rico do mundo. A empresa também indica que espera, no futuro, aceitar bitcoin como pagamento por seus carros elétricos. Há uma semana, Musk disse que o bitcoin está "prestes" a ser mais amplamente aceito entre os investidores em um bate-papo no aplicativo de mídia social Clubhouse, que atraiu milhares de ouvintes. Os comentários seguiram o uso da tag "#bitcoin" em seu perfil no Twitter na sexta-feira (29), o que contribuiu para elevar o valor da criptomoeda em 14%. Bitcoin se valoriza e bate recordes; entenda o que é e os riscos de investir A entrada de investidores institucionais é uma das causas para a valorização recente do bitcoin. Estão nesse rol a Square, empresa de pagamentos de Jack Dorsey, fundador do Twitter, a Fidelity Investments, a MicroStrategy, entre outras. Com as emissões de moeda por parte dos governos de todo o mundo para resgatar suas economias durante a pandemia do novo coronavírus, o bitcoin passou a ser entendido como um ativo de proteção e reserva de valor contra a potencial inflação em cenário global. Além disso, uma promessa antiga do PayPal se realizou e a empresa passou a aceitar transações com bitcoin e outras criptomoedas nos Estados Unidos. O que é bitcoin? As criptomoedas são ativos como real, dólar e euro, mas que circulam apenas em ambiente digital. O bitcoin é o mais importante modelo, mas há tantos outros, como Ethereum, Litecoin e Ripple. Para comprá-las, é necessário abrir uma conta em corretoras especializadas. Saiba como funciona o mercado de Bitcoins, a mais popular das criptomoedas Por que varia tanto o preço? O que faz o bitcoin tão volátil é a busca por seu valor justo no mercado, já que não há lastro nem regulamentação por parte de bancos centrais. As operações são registradas por meio da tecnologia blockchain, que registra todas as quantias transferidas, quem transferiu para quem e qual o valor. Se, por um lado, não há uma autoridade que dite regras ao mercado nem outra moeda que referencie seu preço, também não há uma proteção ao patrimônio. A segurança é calcada na tecnologia e na aceitação no mercado. Quais são os riscos? Primeiro risco do bitcoin é tecnológico, em um cenário que se crie algum embaraço aos arcabouços de segurança das criptomoedas. Os analistas são confiantes que o blockchain não sofre esse risco em um cenário previsível. Segundo, as grandes oscilações demandam que o investidor pense no bitcoin como reserva de valor a longo prazo. Como qualquer investimento de renda variável, a volatilidade traz riscos de perda do patrimônio. A necessidade de retirada em um momento ruim pode colocar a perder uma parte grande do que foi investido. Valem, assim, as regras básicas de se montar uma reserva de emergência em ativos de renda fixa e com liquidez diária para imprevistos, somada ao rescaldo em outros ativos mais arriscados. Quem está com reserva pronta e quer partir para os criptoativos, a recomendação dos especialistas é que se chegue a cerca de 5% da fatia dos investimentos em algo de tamanho risco, caso o perfil do investidor seja mais agressivo. Não menos importante, é preciso entender a dinâmica de funcionamento da moeda digital e o cenário futuro. O que posso comprar com bitcoin? Hoje, é mais comum trocas e pagamentos entre usuários que possuem bitcoins em suas carteiras digitais. O bitcoin ainda não é uma moeda de uso corriqueiro no varejo, mas há lojas digitais e carteiras virtuais que aceitam pagamentos e fazem conversão para possibilitar compras. Ainda são muito específicos e majoritariamente fora do país. A entrada do PayPal nesse mercado, um dos maiores meios de pagamento digitais do mundo, promete expandir os usos do bitcoin no dia a dia. Por enquanto, a opção só está disponível nos Estados Unidos. 1xVelocidade de reprodução0.5xNormal1.2×1.5x2x VÍDEOS: Últimas notícias de Economia
- Publicado em Negócios
Programa de demissão voluntária do Banco do Brasil tem mais de 5,5 mil adesões
Previsão do banco estatal era atrair ao redor de 5 mil funcionários interessados. O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda-feira (8) que validou 5.533 adesões ao seus dois programas de desligamentos voluntários anunciados em janeiro.
A previsão do banco estatal era atrair ao redor de 5 mil interessados.
"Os impactos financeiros dos programas serão informados nas apresentações de resultado do 4º Trimestre de 2020", acrescentou o BB.
Em ambos os programas, a adesão era voluntária e de caráter pessoal. Os incentivos variam de acordo com as condições estabelecidas por cada programa e pelas condições de cada funcionário.
Além dos programas de demissão voluntária, o banco anunciou que irá fechar 361 unidades – 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento – no primeiro semestre deste ano.
Em setembro de 2020, de acordo com último balanço de resultados, o Banco do Brasil tinha 92.106 funcionários, queda de 1,9% em relação a setembro de 2019 (93.872).
Os dois programas lançados eram os seguintes:
Programa de Adequação de Quadros (PAQ), a fim de otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas unidades do banco. Além da opção de desligamento, o PAQ incentiva movimentações laterais para unidades onde existam vagas.
Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos e é específico para o incentivo ao desligamento, com limite de 5 mil adesões.
Na ocasião do anúncio, o presidente Jair Bolsonaro se irritou com a decisão do Banco do Brasil e chegou a pedir ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, que acabou sendo mantido no cargo.
Governo aprovou 23 programas de demissão voluntária em estatais desde 2019
Funcionários do Banco do Brasil protestam contra fechamento de agências e plano de demissã
Vídeos: veja últimas notícias de economia
- Publicado em Negócios
Economias de América Latina e Caribe têm caminho difícil pela frente, diz FMI
Entre os fatores contribuintes, o Fundo listou a falha em conter as novas infecções por Covid-19, a imposição de novos lockdowns. A atividade econômica da América Latina e do Caribe não retornará a níveis pré-pandemia de produção até 2023, e o PIB per capita alcançará esses níveis apenas em 2025, mais tarde do que em outras partes do mundo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira (8). Entre os fatores contribuintes, o Fundo listou a falha em conter as novas infecções por Covid-19, a imposição de novos lockdowns por coronavírus e mudanças no comportamento das pessoas. "O ressurgimento da pandemia no final do ano ameaça impedir uma recuperação já desigual e aumentar os altos custos sociais e humanos", disseram economistas do FMI em um blog. FMI vê nova melhora em projeções para PIB global; Brasil deve ter 'encolhido' 4,5% em 2020 Previsões do FMI para 2020 Economia G1 O FMI disse que uma recuperação fraca nos mercados de trabalho provocará danos sociais mais permanentes, enquanto a mudança no sentimento do investidor internacional "pressionará países com vulnerabilidades fiscais e externas". Na semana passada a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que o aumento da dívida na região não é a principal preocupação do fundo. "O que estamos pedindo na América Latina é, por favor, concentrem-se nas reformas que trarão mais vitalidade para o crescimento", disse ela. As projeções mais recentes do FMI apontam que o PIB na América Latina e Caribe crescerá 4,1% em 2021 e 2,9% em 2022. Assista as últimas notícias de economia
- Publicado em Negócios