Alta de 4,3% em janeiro em relação a dezembro foi puxada por cereais, óleos vegetais e açúcar, aponta agência de alimentos das Nações Unidas (FAO). Aumento dos preços estaria liderado pelos cereais, óleos vegetais e açúcar, segundo FAO. REUTERS/Peter Nicholls O preço dos alimentos no mundo subiu pelo oitavo mês consecutivo em janeiro e atingiu o seu maior nível desde julho de 2014, segundo dados divulgados pela agência de alimentos das Nações Unidas (FAO) nesta quinta-feira (4). A alta no mês passado foi de 4,3% em relação a dezembro, puxada por cereais, óleos vegetais e açúcar. A alta no preço dos alimentos em 2020 explicada pelo campo No mês, os cereais subiram 7,1% diante de uma oferta menor no mundo, provocada pela grande demanda da China somada à produção menor e estoques mais baixos do que os esperados nos Estados Unidos. A disparada de 5,8% dos óleos vegetais também foi puxada pela menor oferta global. Isso porque as produções do óleo de palma da Indonésia e da Malásia foram menores do que o projetado, devido ao excesso de chuvas. Já na Argentina, greves afetaram a entrega do óleo de soja. Açúcar e carne O preço do açúcar, por sua vez, ficou 8,1% mais caro em janeiro, diante das preocupações com a menor disponibilidade global do produto em 2020/21, após piora nas safras da União Europeia, Rússia e Tailândia, e mais secas do que o normal na América do Sul. Colaboraram ainda para o aumento do açúcar a elevação dos preços do petróleo e a desvalorização do real ante o dólar. Por fim, a FAO aponta que houve alta de preços em todos os tipos de carnes. No geral, essas subiram 1%, principalmente as de frango com origem brasileira. Isso ocorreu porque, diante dos surtos de gripe aviária, países europeus tiveram que reduzir a produção e importar o produto, principalmente do Brasil. Alemanha decide abater 37 mil aves após detecção de gripe aviária VÍDEOS: TUDO SOBRE AGRONEGÓCIOS O preço dos alimentos no mundo subiu pelo oitavo mês consecutivo em janeiro e atingiu o seu maior nível desde julho 2014