Projeto 'Tropa do Bruxo' foi criado por jogador para divulgar artistas de trap. Ele participa do vídeo, que sai ao meio-dia. 'Tô conhecendo todo dia um artista novo', Ronaldinho diz ao G1; leia entrevista e veja fotos. Ronaldinho com membros do Recayd Mob e figurantes do clipe 'Rolê aleatório' Divulgação / Rudd "Rolê aleatório", música do grupo de rap paulista Recayd Mob, que faz parte de uma série de rap criada pelo jogador Ronaldinho, foi lançada em streaming nesta sexta-feira (15). O vídeo, que tem participação de Ronaldinho, sai ao meio-dia desta sexta (veja fotos da gravação acima e abaixo). O jogador não canta, mas está presente no vídeo que será lançado no canal do seu projeto "Tropa do bruxo", voltado ao trap, subgênero do rap surgido no sul dos EUA. O G1 conversou por e-mail sobre o lançamento com Ronaldinho e com o rapper Jé Santiago, do Recayd Mob. Leia abaixo: G1 – Sabemos que você tem parcerias musicais há muito tempo, mas a novidade aqui é o foco no trap. Por que você resolveu investir no estilo? E por que chamar a Recayd? Ronaldinho – A galera me vê muito com o samba, o pagode, que estão mais próximos do universo do futebol. Mas eu sou um grande fã de hip hop, rap, e sempre acompanhei os movimentos do gênero. Lá atrás estive com Snoop Dogg, Nicki Jam e o que eu gosto mesmo é de música. Ronaldinho com membros do Recayd Mob Divulgação / Rudd Com a Tropa do Bruxo quis fazer algo diferente e poder investir no trap foi uma chance de dar visibilidade pra essa galera. Junto com o Wusta Studio decidi que todas as faixas teriam uma participação especial, e a Recayd conheci por amigos em comum, ouvi e curti muito, os meninos são irreverentes, energia boa. Leia mais: Ronaldinho celebra hit com Safadão e quer continuar a atacar de cantor G1 – Como você começou a escutar trap? Alguém te apresentou? O que acha que esse estilo tem de especial e quem são seus MCs de trap preferidos? Ronaldinho – Não me lembro bem como começou, mas percebi que era um movimento que a galera já estava ouvindo nos encontros, porque tem um beat diferente, também dá pra dançar, e aí fui entendendo que é uma vertente do hip hop, do rap. Acho que preferido não é a palavra, eu tô escutando de tudo, principalmente para escolher os nomes que vão estar no projeto. Antes dessa música com a Recayd estive com Djonga, MC Rick e Sidoka, uma galera gente boa que fez acontecer. Tô conhecendo todo dia um artista novo. Ronaldinho na gravação do clipe 'Rolê aletório' Divulgação / Rudd G1 – Você já chegou a arriscar alguns versos em outras ocasiões, mas até agora nesse projeto você só aparece nos vídeos. Qual é seu envolvimento nas produções além disso? Há um investimento e retorno financeiro? Ronaldinho – Acho que estar ali curtindo o momento faz com que a música seja o mais importante, eu participando ou não dela diretamente. E as composições são demais também. E a gente tem um objetivo com a Tropa, que é dar visibilidade e alcance para esses artistas. Música é minha paixão e estar nesse ambiente é o que importa pra mim. E ainda temos 8 lançamentos do projeto, estamos cuidando de tudo com muito carinho. Ronaldinho na gravação do clipe de 'Rolê aleatório' Divlugação / Rudd JÉ SANTIAGO G1 – Como chegou essa proposta do Ronaldinho para vocês? De onde veio a mensagem e o quão aleatória ela foi? Jé Santiago – Para nós pareceu do nada, mas descobrimos que temos amigos em comum. E também fiquei sabendo que ele sempre está acompanhando e pesquisando sobre o que tá rolando na música. G1 – O que conversaram com ele durante a produção? Houve algum direcionamento artístico do projeto? Chegaram a tentar que ele cantasse alguns versos? Jé Santiago – A gente não teve muito contato por causa da pandemia, estávamos em lugares diferentes. A maior parte desse contato foi pelo celular, WhatsApp e foi o que aumentou a expectativa para conhecer ele logo, estava contando os dias [risos]. Foi só no dia do clipe que o encontramos, em São Paulo, e foi sensacional, ele chegou lá e ficou no meio do pessoal trocando ideia, tomando um drinque, conversando sobre música, futebol, sobre tudo. Ele é um mano 'mesma fita' que a gente. G1- E como foi a conversa lá além disso? Ele manja de trap? Do que ele gosta e sobre o que falaram? Jé Santiago – Ele é um cara que manja de rap e não é de hoje. O Ronaldinho foi um dos primeiros caras dos super astros do futebol a dar uma atenção ao hip hop, ele é um cara que tinha a fachinha da Jordan, jogava no Barcelona, sempre curtiu esse movimento preto. Mesmo ele sendo do Sul, tem muita representatividade do preto. Se não tivesse no nome dele "Gaúcho", nunca ia achar que ele é de lá, parece muito com um mano de São Paulo ou do Rio. Ele manja demais de música e trocamos várias ideias. Clipe de 'Rolê aleatório' Divulgação / Rudd Segundo a assessoria da Recayd Mob, no dia da gravação do videoclipe todos os envolvidos – artistas, equipe de filmagem, produção, figurantes – fizeram teste para Covid-19 e não houve resultados positivos para o vírus. Além disso, a produção utilizou equipamentos de proteção individual. Ronaldinho na gravação do clipe de 'Rolê aleatório' Divulgação / Rudd Ronaldinho na gravação de 'Rolê aleatório' Divulgação / Rudd Ronaldinho na gravação do clipe 'Rolê aleatório' Divulgação