Na terça-feira, moeda norte-americana fechou em queda de 0,16%, a R$ 5,2603. Notas de dólar Reuters/Dado Ruvic O dólar opera em alta nesta quarta-feira (6), em sessão volátil, com os mercados globais de olho na disputa pelas últimas cadeiras no Senado dos Estados Unidos e com os investidores também reagindo a comentários do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de que o país está "quebrado". Às 12h29, a moeda norte-americana subia 1,21%, cotada a R$ 5,3238. Na máxima até o momento, chegou a R$ 5,3588. Na mínima, foi a R$ 5,2332. Veja mais cotações. Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 0,16%, a R$ 5,2603. O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em maio e setembro de 2021, destaca a Reuters. Em 2020, o dólar acumulou alta de 29,36% frente ao real. Economistas repercutem afirmação de Bolsonaro de que 'O Brasil está quebrado' Cenário global e local Nos EUA, os investidores acompanham a definição das eleições nos EUA, avaliando a perspectiva de um Senado norte-americano controlado pelos democratas. A avaliação é que o controle do Congresso dos Estados Unidos pelo partido do presidente eleito Joe Biden poderá levar ao aumento dos impostos e à criação de regulamentações mais rígidas para as gigantes de tecnologia. Democrata é eleito senador pela Geórgia, e Biden se aproxima de ter o controle do Congresso Na visão dos analistas, a chamada "onda azul" daria mais espaço para o presidente eleito Joe Biden agir em seus planos de reforma, incluindo um novo estímulo contra a Covid-19, mas também poderia significar impostos mais altos e mais regulamentações. "A princípio, coloca-se que um governo de maioria democrata continuaria com um nível de gastos maior, o que poderia significar perda do dólar em relação a outras moedas", disse avaliou Denilson Alencastro, estrategista-chefe da Geral Asset, Alencastro, citando, no entanto, forças conflitantes envolvendo a moeda norte-americana. "Ao mesmo tempo em que o dólar tem essa característica de queda diante da política expansionista nos Estados Unidos, ele é porto seguro em momento de crises", explicou à Reuters, destacando os riscos representados pela Covid-19 como fator de busca pela divisa. Da frente de vacinas contra a Covid-19, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou o imunizante da Moderna, com a liberação do uso pela Comissão Europeia esperada para breve. Na agenda de indicadores, os empregadores do setor privado dos Estados Unidos cortaram 123 mil vagas de trabalho em dezembro, segundo pesquisa da ADP. Foi o primeiro fechamento de vagas desde abril. Por aqui, o ministro da Economia, Paulo Guedes, interrompeu as férias para ir a uma reunião convocada pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Outros ministros também foram chamados. A reunião foi convocada depois que o presidente declarou que “o Brasil está quebrado” e que ele, Bolsonaro, “não pode fazer nada”. Economistas cobram reformas após presidente dizer que Brasil está quebrado Variação do dólar Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia