Com o avanço desta quarta, ao dólar passou a acumular na parcial do mês queda de 2,74% frente ao real. No ano, registra alta de 29,69%. Nota de US$ 5 dólares REUTERS/Thomas White O dólar emendou a quarta alta consecutiva e fechou no maior patamar em quase três semanas nesta quarta-feira (23), acompanhando o vaivém do humor externo e refletindo a cautela dos mercados em relação a uma nova variante do coronavírus e seu possível impacto na economia global. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,75%, vendida a R$ 5,2003. Na máxima, bateu R$ 5,2199. Na mínima, recuou a R$ 5,1290. Veja mais cotações. Com o avanço desta quarta, ao dólar passou a acumular na parcial do mês queda de 2,74% frente ao real. No ano, registra alta de 29,69%. Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,1614. Cenário externo e local Investidores preferiram evitar grandes mudanças de posições antes do retorno das operações apenas na semana que vem, enquanto acompanham desdobramentos sobre novos estímulos nos Estados Unidos e as negociações acerca de um acordo comercial do Brexit. Os mercados de forma geral minimizavam a recusa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sancionar um projeto de lei de quase US$ 900 bilhões para enfrentamento dos impactos do coronavírus, confiantes de que na era Biden mais estímulos serão anunciados. Além disso, segue a atenção para o ritmo de vacinação contra a Covid-19 em países como Reino Unido e EUA. A França concordou em reabrir suas fronteiras à Inglaterra nesta quarta-feira. A detecção de uma nova variante do coronavírus levou grande parte do mundo a fechar suas fronteiras ao Reino Unido, provocando alertas de donos de supermercados sobre escassez de alimentos e pressionando as ações na segunda-feira. À medida que o fim do ano vai se aproximando, o volume de negócios tende a se reduzir, deixando o mercado mais suscetível a variações bruscas e fatores técnicos. "O mercado continuará a ver volatilidade, mas certamente parece que a tendência de baixa (do dólar) está bastante intacta", disse o DailyForex em nota à Reuters. Enquanto isso, no cenário doméstico, a pauta fiscal e o plano de vacinação do governo seguiam no radar dos mercados. Na agenda de indicadores, a taxa de desemprego atingiu 14,2% em novembro e bateu novo recorde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o Ministério da Economia informou que o Brasil gerou 414.556 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), novo recorde histórico. De janeiro a novembro deste ano, o país passou a ter geração de 227.025 postos de trabalho. Variação do dólar em 2020 Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia