De acordo com o Banco Central, demanda das empresas e recuperação do crédito pelas famílias puxaram a previsão para cima. Empréstimos dos bancos devem registrar em 2020 uma expansão maior que a prevista, estimou nesta quinta-feira (17) o Banco Central no relatório de inflação do quarto trimestre.
No documento, o BC informa que a previsão de aumento do crédito bancário passou de 11,5% para 15,6% neste ano. Com isso, a estimativa é de forte aceleração em 2020, com uma alta maior do que a registrada no ano passado – que foi de 6,5%.
Para 2021, porém, a estimativa do Banco Central é de uma alta menor, de 7,8%.
O aumento maior do crédito, projetado pelo BC para este ano, acontece em meio à pandemia do novo coronavírus e da liberação de empréstimos emergenciais pelo governo.
"O aumento decorre tanto da demanda acentuada de crédito das empresas como pela recuperação do crédito às famílias, em especial no segmento com recursos livres [sem contar habitacional, rural e do BNDES]", informou o BC.
Segundo o BC, a previsão de alta do crédito para as empresas em 2020 passou de 16,5% para 22,6%. A estimativa de crescimento dos empréstimos para pessoas físicas, por sua vez, subiu de 7,8% para 10,4% em 2020 (mas ainda com desaceleração frente ao registrado em 2019).
Nos últimos meses, o Banco Central e o Ministério da Economia vêm anunciando medidas para liberar recursos às demais instituições financeiras e elevar os empréstimos bancários às empresas.
Em uma primeira rodada de ações, anunciada em março, foram anunciados R$ 1,2 trilhão em liquidez e capital para as instituições financeiras. Em junho, outros R$ 200 bilhões foram autorizados.
O BC informou que o volume de crédito bancário teve a maior alta para o primeiro semestre em sete anos, e que continuou avançando até outubro.
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