O governo decidiu enviar ao Congresso uma meta fiscal para 2021 de um déficit de R$ 232 bilhões, informou ao blog uma fonte que participou da definição do número, na noite desta quinta-feira (10). O número é fechado pela JEO (Junta de Execução Orçamentária), comandada pela Casa Civil.
A primeira discussão, desde que a equipe econômica passou a estudar qual meta fiscal estabelecer para o ano posterior ao orçamento de guerra da pandemia, era de um déficit em torno de R$ 210 bilhões. Mas o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter autorizado o pagamento de restos a pagar de 2020 ao longo do próximo ano ampliou a previsão de despesas.
Quando enviou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em abril, o governo propôs ao Congresso que 2021 tivesse uma meta fiscal flexível, pela indefinição de como a economia reagiria no pós-pandemia. O TCU, entretanto, exigiu uma meta fixa.
A LDO deve ser votada pelo Congresso no próximo dia 16.
A meta fiscal é calculada com base nas despesas totais previstas para o ano e a expectativa de receitas do governo. Ao calcular a meta fiscal, a equipe econômica estimou um crescimento do PIB entre 3,5% e 4% em 2021.
A previsão de déficit primário do governo enviada em agosto ao Congresso já era de R$ 233,6 bilhões.
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