Ao todo, foram emitidos US$ 500 milhões com vencimento em 5 anos; US$ 1,25 bilhão com vencimento em 10 anos; e US$ 750 milhões com vencimento em 30 anos. O Tesouro Nacional anunciou nesta quarta-feira (2) a emissão de US$ 2,5 bilhões em títulos da dívida externa no mercado internacional.
Segundo o Tesouro, foram emitidos papéis com vencimento em 5 anos, 10 anos e 30 anos:
US$ 500 milhões com vencimento em 6 de junho de 2025;
US$ 1,25 bilhão com vencimento em 12 de junho de 2030;
US$ 750 milhões com vencimento em 14 de janeiro de 2050.
A última operação desse tipo foi em junho deste ano, quando o governo brasileiro emitiu US$ 3,5 bilhões em títulos da dívida externa no mercado internacional.
O Tesouro Nacional informou que houve forte demanda pelos títulos ofertados no mercado externo, superando a oferta em três vezes, o que permitiu a redução do custo do título.
Segundo o Ministério da Economia, a taxa de retorno de 4,5% para os títulos com vencimento em 30 anos foi a menor já obtida pelo Brasil em títulos de 30 anos e a taxa de 2,2% do título de 5 anos foi a menor já obtida pelo Brasil em emissões em dólares.
Cenário internacional
A captação de recursos no mercado externo será feita em meio ao crescimento de casos do novo coronavírus, considerado por especialistas uma segunda onda da pandemia.
Entretanto, também está havendo melhora na busca, por investidores internacionais, de aplicações em países emergentes, em linha com notícias positivas sobre o desenvolvimento de vacinas e com o fim de incertezas eleitorais nos Estados Unidos.
Segundo dados do Banco Central, o valor de aplicações financeiras de estrangeiros em outubro foi maior em 21 meses.
Em novembro, os fluxos de portfólio para os emergentes ficaram positivos em US$ 76,5 bilhões em novembro, bem acima de outubro, segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF).
Captações externas
Os investidores que compram esses papéis da dívida pública pagam em dólar, euro ou real. Na data do resgate, eles recebem de volta o valor pago ao governo brasileiro. Além disso, o Brasil paga juros a esses investidores, a cada seis meses ou um ano, dependendo do contrato.
O lançamento de bônus no mercado externo funciona como um leilão: os investidores fazem suas propostas de taxa de juros e quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro decide se aceita. As ofertas são feitas aos bancos contratados pelo Tesouro Nacional para liderar a operação.