Repertório do disco inclui tributo ao sambista João Nogueira e mapeia referências do subúrbio carioca. ♪ Nascido em 1993, cria do bairro da Glória, o carioca Douglas Lemos está oficialmente em cena desde 2014, ano em que abriu Sambachaça, roda de samba com um pé no glorioso passado do gênero e outro no futuro para fomentar o aparecimento de compositores ligados às tradições. Em janeiro de 2021, o cantor, compositor e violonista expande a roda com a edição do álbum Jogo de cintura – Parcerias com Moacyr Luz. Como o subtítulo já explicita, o repertório é inteiramente dedicado às parcerias de Douglas com Moacyr Luz, bamba projetado nos anos 1980. Precedido em 27 de novembro pela edição do single com o samba-título Jogo de cintura, cantado por Douglas com o parceiro, o álbum é o quarto título de discografia que inclui os EPs Douglas Lemos e Ao vivo na Casa do Choro – ambos lançados em 2017 – e o álbum Ruas da minha história (2018). Capa do álbum 'Jogo de cintura – Parcerias com Moacyr Luz', de Douglas Lemos Divulgação Combinando arranjos do violonista Carlinhos Sete Cordas e do pianista Fernando Merlino, o álbum Jogo de cintura abre com samba de gafieira, Camisa desabotoada (2018), que já havia sido apresentado há dois anos por Douglas em gravação feita com Moacyr Luz para o álbum Ruas da minha história. Nasceu neste disco de 2018 a parceria expandida no álbum Jogo de cintura. Com sambas inéditos como Duras penas, Muro baixo e Penumbra no repertório impregnado de referências do subúrbio carioca, como reforça o samba autobiográfico Cria da Glória ao fim do disco, o álbum Jogo de cintura transita pelo tom político de Avenida dos aflitos, celebra João Nogueira (1941 – 2000) em Vai, João, foca botequins menos badalados em Retrato em exposição e cai miudinho no samba sincopado de Demorou, Madureira. Assim que forem abertos os caminhos de 2021, Douglas Lemos vai pedir passagem com Jogo de cintura para expandir a roda e a afinada parceria com Moacyr Luz.