É o único trabalho de uma orquestra brasileira indicado ao Grammy Latino 2020. Orquestra Filarmônica de Minas Gerais Divulgação/Rafael Motta A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais está concorrendo ao Grammy Latino na categoria "melhor álbum de música clássica" de 2020. O disco apresenta três obras do compositor brasileiro Almeida Prado, que morreu há dez anos. Disco da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é indicado ao Grammy Latino A orquestra foi fundada há 12 anos e rapidamente se destacou no cenário da música erudita. Tem no currículo nove álbuns gravados, além de prêmios importantes, como da Associação Paulista de Críticos de Arte. E mesmo antes do resultado, já tem motivos pra comemorar: é o único trabalho de uma orquestra brasileira indicado ao Grammy Latino 2020. "A musica clássica no Brasil ainda tem uma certa limitação de penetração, seja na própria sociedade brasileira e muito mais na esfera internacional. Então, este trabalho que vem sendo realizado há mais de uma década em Minas Gerais posiciona o estado e cria essa visibilidade incrível na esfera internacional", diz o maestro Fabio Mechetti, que faz a regência da orquestra. "Não são tantas pessoas que recebem essa nomeação e isso nos dá muito orgulho que todo esse trabalho e todo esse investimento tem sido reconhecido localmente e agora internacionalmente", diz o maestro. Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais Eugênio Sávio/Divulgação A orquestra contou com a participação da pianista Sônia Rubinsky. O disco foi gravado no ano passado, na Sala Minas Gerais, que é a sede da orquestra. "A palavra que me vem à mente quando eu penso em Almeida Prado é exuberância. E ele tinha isso como pessoa, ele tinha isso como artista", diz a pianista. Pianista Sonia Rubinsky Reprodução/ EPTV Protocolos Segundo o maestro Fabio Mechetti, a indicação ao prêmio aumenta a visibilidade da orquestra. Ele só lamenta não poder acompanhar a cerimônia como queria, na noite desta quinta-feira (19), por causa dos protocolos sanitários. "Vai ser tudo virtual. Eu já tinha comprado meu smoking, já estava pensando no tapete vermelho, mas vai ser aqui em casa mesmo a celebração", lamenta o maestro. A cerimônia vai ser como mandam os atuais protocolos sanitários. Não como ele sonhava. Ele vai acompanhar a premiação lá dos Estados Unidos, onde costuma passar alguns meses com a família. Os vídeos mais vistos no G1 Minas nesta semana: