Segundo presidente de varejo, novidade é uma forma de explorar melhor os ativos já instalados. Unidade da rede de supermercados Pão de Açúcar, na Zona Sul de São Paulo Karina Trevizan/G1 O Grupo Pão de Açúcar (GPA) começará a vender serviços logísticos para lojistas de seu marketplace (shopping virtual), aberto neste mês, no primeiro trimestre de 2021, disse nesta quarta-feira (18) o presidente de seu braço de varejo, Jorge Faiçal. Além disso, o GPA lançará uma carteira digital, ainda sem data. Segundo Faiçal, as novidades são uma forma de a empresa explorar melhor os seus ativos já instalados, monetizando por meio de acordos com vendedores de sua plataforma. A companhia informa que não fará a venda de eletrônicos em sua plataforma neste momento, concentrando-se em alimentos, bebidas, itens de higiene, beleza e bazar, entre outros. GPA nomeia novo presidente, em preparação para cindir divisão de atacarejo Faiçal disse que o braço digital do GPA opera no positivo e deve buscar manter a rentabilidade. Sobre isso, ele mencionou que a margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustada (sem contar outras despesas e receitas da empresa) está em 8% no GPA Alimentar no terceiro trimestre. No digital, disse que o índice está acima disso. A operação na venda de eletrônicos tem concorrência mais forte no país hoje, com maior pressão nas margens das empresas. Aumento do preço das carnes nos açougues e supermercados tem assustado os brasileiros A diretoria ainda informou que estuda a monetização de dados para ações de mídia em sua plataforma digital e avalia a abertura de sua loja virtual em marketplaces de outras empresas. “Não temos decisão, mas não temos preconceito, é uma possibilidade”, disse Faiçal. Rodrigo Pimentel, diretor de comércio eletrônico, também informou que quer adicionar cerca de 30 mil itens no seu marketplace em três meses e projeta adicionar cerca de 400 mil itens no seu marketplace em um ano. Governo vê inflação maior neste ano; salário mínimo deve subir A empresa ainda está em negociação com 170 lojistas em para que operem em seu marketplace. “Não teremos milhões de ‘sellers’ no ano que vem, mas nossa ideia são centenas de milhares, e de redes grandes”, disse Faiçal. A companhia projeta entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão em vendas brutas transacionadas (GMV, da sigla em inglês) pelo sistema digital em 2020, sem mencionar a taxa de expansão sobre 2019, e cita participação de mercado de 77% no on-line alimentar. Governo aumenta de 1,83% para 3,13% projeção da inflação em 2020 O concorrente Carrefour informou R$ 480 milhões em vendas do segmento alimentar no digital até setembro, sendo R$ 190 milhões no terceiro trimestre. Se apenas repetir o número (no último trimestre, as vendas são mais fortes), chegará a R$ 670 milhões no ano. Ao contrário do Carrefour, o GPA ainda não abre seus dados de GMV por trimestre. Em alimentar e não alimentar, o Carrefour teve até setembro um GMV de R$ 2,3 bilhões. O GPA ainda informou aumento no número de minicentros de distribuição de um para cinco neste ano, além de um centro maior em São Paulo. O grupo tem 295 lojas com opção de “clique e retire” – eram 126 em fevereiro. O clique e retire é 36% das entregas da empresa. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia