Tira-dúvidas comenta qual sistema pode se sair melhor em caso de furto do smartphone. Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores às terças e quintas-feiras. Android tem recurso 'Encontre meu dispositivo' para rastrear aparelhos furtados ou perdidos. Altieres Rohr/G1 Considerando um roubo ou furto em que meu dispositivo seja levado pelo criminoso, um Android atualizado oferece a mesma proteção aos dados que um iOS atualizado? As diferenças de engenharia do sistema não conferem maior segurança aos meus dados em um dispositivo iOS? No iOS há a opção de habilitar que o sistema apague todos meus dados após 10 tentativas incorretas de digitação de senha da tela de bloqueio. – Marcelo Pinto Não seria correto dizer que o Android e o iOS são exatamente iguais. Apesar disso, dois aparelhos atualizados – com a versão mais recente do respectivo sistema – teriam recursos muito semelhantes para o caso de roubo. Na prática, existem dois pontos que devem ser levados em conta: Muitos dispositivos com Android, especialmente os que já estão há algum tempo no mercado, não recebem as atualizações mais recentes – algo que tem ficado evidente todo ano em que a troca automática para o horário de verão ocorre de maneira indevida pela falta de atualização do banco de dados de fuso horário dos aparelhos. Smartphones desatualizados são mais inseguros, embora nem sempre isso abra possibilidades para um ladrão. O iPhone é um aparelho de valor notoriamente elevado, o que pode torná-lo um alvo mais frequente de furtos. Levando isso em consideração, é importante entender que a tela de bloqueio é importante para ganhar tempo em caso de roubo, mas o que realmente impede o acesso aos dados é o envio de um comando remoto para apagar todos os dados do aparelho. Tanto o Android como o iOS possuem essa função, mas vamos conferir todos os recursos que cada sistema oferece. Situações de risco Tanto o iPhone como o Android possuem uma função para situações que você sente que está em perigo. No iPhone, essa função se chama SOS (veja aqui como funciona). A principal função do SOS, para situações de risco de roubo, é desativar o sensor biométrico do iPhone. Uma vez ativado o SOS, não é possível pegar o aparelho e apontá-lo para o seu rosto para tentar desbloqueá-lo. No Android, há um recurso semelhante, chamado "Bloqueio Total", que precisa ser ativado nas configurações do aparelho. Uma vez ativado, ele pode ser acionado segurando-se o botão de Liga/Desliga do smartphone. Assim como o SOS, ele desliga o sensor biométrico e exige a digitação da senha ou o desenho do padrão de desbloqueio Caso o "Bloqueio Total" não esteja disponível, você pode obter o mesmo resultado desligando o aparelho. O primeiro desbloqueio sempre exige a senha ou o desenho e não pode ser realizado com a biometria. Isso também vale para o iPhone se você tiver se esquecido da combinação para ativar o SOS. Depois que o dispositivo é desbloqueado pela primeira vez, a chave que decifra os dados permanece na memória, mesmo que a tela de bloqueio apareça novamente. Qualquer celular ou notebook que usa criptografia para proteger os dados armazenados será sempre mais seguro se estiver desligado no momento do furto. A função de "Ligação automática" do iPhone não está disponível do Android. Ela pode ser realizada por aplicativos de terceiros instalados na Play Store. Opção para ativar 'Bloqueio total' no Android. Reprodução Aparelhos roubados Depois que um aparelho for roubado ou perdido, tanto a Apple como o Google fornecem serviços para localizá-lo e enviar comandos remotamente. Desde que o smartphone tenha conexão com a internet (seja ela Wi-Fi ou no plano de dados), os comandos serão executados com sucesso. Por essa razão, é importante que os comandos sejam enviados imediatamente após o furto ou logo que a falta do aparelho for notada. O uso destes comandos deve ser a primeira reação após o roubo de um aparelho – antes mesmo do cancelamento do chip e do registro de um Boletim de Ocorrência. Se o chip ser cancelado, o celular perde acesso à internet por dados móveis, que é a melhor forma de receber esses comandos. Buscar dispositivo (iPhone) / Encontre meu dispositivo (Android): Os dois sistemas possuem recursos para localizar um aparelho perdido ou furtado. O recurso chama-se "Buscar dispositivo" no ecossistema da Apple e "Encontre meu dispositivo" no Android. Em ambos, é necessário entrar no ID Apple ou Conta Google vinculada ao aparelho. A localização do aparelho será exibida em um mapa. Marcar como perdido (iPhone) / Bloquear dispositivo (Android): É possível enviar um comando que bloqueia o dispositivo e o desvincula da sua conta, o que vai impedir certos pagamentos e acesso ao e-mail. Ou seja, mesmo que o ladrão consiga passar pelo bloqueio de tela após este comando, as contas registradas no aparelho precisam ser reativadas. Apagar Dispositivo (iPhone) / Limpar dispositivo (Android): Quando a proteção dos dados é mais importante que tudo, as funções apagar ou limpar dispositivo tentam garantir que as chaves que decifram os dados presentes no smartphone sejam apagadas. Depois que essas chaves foram apagadas, é praticamente impossível recuperar os arquivos que estavam no smartphone, sendo necessário restaurá-lo e reinstalar todos os apps. Se você conseguir acessar rapidamente esses painéis e enviar o comando correto (em especial o de "Limpar dispositivo"), ambos os sistemas vão proteger seus dados. Não é recomendável depender apenas da tela de bloqueio. Como acessar? As funções que controlam remotamente os aparelhos são disponibilizadas por meio de sites específicos e de apps. Abaixo, os links dos recursos: Apple/iPhone: https://icloud.com/find Google/Android: https://www.google.com/android/find Dúvidas sobre segurança digital? Envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com VÍDEOS: aprenda dicas sobre segurança digital