Brecha pode permitir que páginas de internet contaminem o computador com vírus. Navegador recebeu duas atualizações em duas semanas para eliminar brechas graves. Computadores e smartphones estão vulneráveis. Divulgação A Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) emitiu um alerta após o Google divulgar uma atualização de segurança do navegador Google Chrome que corrige uma falha de segurança considerada grave. De acordo com o órgão e com o Google, já existe um código capaz de explorar a falha circulando na web. Caso seja explorada, a vulnerabilidade permite que um site modifique o sistema do visitante, instalando vírus ou realizando outras mudanças. Se o ataque for combinado com uma falha no sistema operacional, o invasor é capaz de obter acesso completo ao sistema. A atualização deve chegar automaticamente, mas também pode ser manualmente instalada acessando o menu três pontos > Ajuda > Sobre o Chrome no navegador. A versão atualizada, número 86.0.4240.183, corrige outras nove vulnerabilidades, mas nenhuma é tão grave quanto um problema existente no "V8", o componente do Chrome responsável pelo processamento de código JavaScript. Em situações normais, as ações do JavaScript devem permanecer confinadas às páginas que trazem o respectivo código. Com esta falha, o JavaScript pode furar o isolamento imposto pelo navegador e modificar outros aspectos do site além da própria página. O problema existe no Chrome para Windows, macOS e Linux. Saiba mais: Governo dos EUA estuda criar 'central de denúncias' para relatar falhas de segurança em sistemas e aplicativos públicos Tela de atualização do Google. Reprodução Falha diferente no Android O Chrome para Android também recebeu uma atualização (versão número 86.0.4240.185) para corrigir uma falha diferente e específica para a interface do navegador nesse sistema. De acordo com o Google, também já existe um código para explorar esta vulnerabilidade, o que significa que a atualização deve ser instalada o quanto antes. É possível que ela já tenha sido utilizada em ataques, mas não foram informados detalhes. No Android, as atualizações são instaladas automaticamente pelo aplicativo da Play Store. Semana de falhas e ataques Esta é a segunda atualização do Chrome em duas semanas para corrigir uma falha grave no navegador. A primeira atualização, na semana passada, eliminou uma brecha no processamento de fontes (tipos de letras) no navegador. A falha chegou ao navegador por meio da Freetype, um código "base" muito utilizado em vários programas para essa finalidade – o que exige que cada software seja atualizado para incluir a versão mais nova do Freetype. De acordo com o Google, essa brecha no processamento de fontes foi utilizada em ataques acompanhada de uma falha no Windows, mas a vulnerabilidade no sistema da Microsoft só será corrigida no dia 10 de novembro – a próxima data para as atualizações programadas da empresa. Não há detalhes sobre a origem desses ataques. A Adobe também lançou uma atualização de segurança para os produtos da linha Acrobat, utilizados para visualizar e editar documentos no formato PDF. A atualização também corrige falhas de segurança do software. No entanto, o programa também trouxe uma mudança permanente: a remoção dos componentes que permitiam a leitura de conteúdo Flash embutido em documentos. Considerado obsoleto, o Flash está sendo gradualmente descontinuado. A mudança, no entanto, pode afetar a compatibilidade com documentos antigos que dependem da tecnologia. Para usuários da Creative Cloud, as atualizações do Acrobat DC são baixadas separadamente das atualizações dos outros produtos do pacote. Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com VÍDEOS: aprenda dicas sobre segurança digital