Taxas de juros e spread das operações de crédito recuaram desde o início da pandemia, segundo a federação dos bancos. Os bancos brasileiros concederam R$ 2,6 trilhões em crédito no período de março a 23 de outubro, incluindo novas operações, renovações e prorrogações de contratos, informou a Febraban.
De acordo com o levantamento, os dados referentes às três primeiras semanas do mês passado são parciais e contemplam apenas, no caso de pessoa jurídica, os empréstimos e financiamentos com recursos livres, num total de R$ 226,6 bilhões. No caso de pessoas físicas, foram contempladas operações de crédito imobiliário.
Desde o início da crise, o setor prorrogou 15,6 milhões de contratos em dia, que correspondem a um saldo devedor total de R$ 917,6 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações totaliza R$ 127,6 bilhões e se refere principalmente ao crédito a pessoas físicas e micro e pequenas empresas.
As concessões para pessoas jurídicas cresceram 36,5% na média por dia útil do período de 16 de março a 23 de outubro deste ano quando comparadas ao intervalo de março a setembro do ano passado, para R$ 8,797 bilhões.
Segundo a Febraban, taxas de juros e spread das operações de crédito recuaram desde o início da pandemia. "Ultrapassamos a marca de R$ 2,6 trilhões em concessões de crédito, o que, de forma clara, revela o quanto os bancos foram sensíveis e proativos nessa crise com medidas concretas de alívio financeiro, em especial às empresas", afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney, em nota ao Valor.
"Fizemos, portanto, concessões muito robustas, incluindo recursos novos, renovações e adiamento de parcelas e, ainda, reduzimos as taxas de juros e os spreads, que caíram de forma relevante durante toda a pandemia."
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