Mostra é a primeira desde março no local e antecede exposição principal da 34ª Bienal, que foi adiada para setembro de 2021. Vista da instalação 'Insurgências Botánicas: Phaseolus Lunatus', da artista Ximena Garrido-Lecca, na mostra 'Vento' da 34ª Bienal de São Paulo Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo A Fundação Bienal anunciou nesta sexta-feira (30) que vai retomar as exposições presenciais no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, em novembro. "Vento" vai ser a primeira exposição coletiva no local desde março e antecede a mostra principal da 34ª Bienal de São Paulo, adiada para setembro de 2021. Obras de 21 artistas podem ser vistas entre 14 de novembro e 13 de dezembro. (Veja artistas selecionados abaixo). A abertura acontece no dia 13 de novembro, às 18h, com uma performance do artista Paulo Nazareth, ainda sem a presença do público, mas com transmissão pelo Instagram da Bienal. A partir do dia 14, a entrada é gratuita e quem quiser visitar a exposição precisa agendar pelo site. O horário de 11h às 12h é prioritário para idosos e pessoas do grupo de risco. Embora a 34ª edição da Bienal de São Paulo tenha sido adiada para setembro de 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus, a Fundação readequou o calendário e "Vento" faz parte do cronograma de atividades. Para Jacopo Crivelli Visconti, curador geral da 34ª edição, a exposição é como um "índice" do evento que estava programado para este ano: "No sentido de que aponta alguns dos temas que voltarão expandidos na exposição de setembro do ano que vem, e ao mesmo tempo se refere ao que já aconteceu, assim como o índice constitui, em semiótica, o rastro". Obra 'O Abraço' (1981/2020) da artista Regina Silveira estará na mostra 'Vento', da 34ª Bienal de SP Divulgação/34ª Bienal de SP O curador adjunto Paulo Miyada também explica: "O projeto desta Bienal sempre teve a intenção de mostrar as mesmas obras mais de uma vez, em contextos e momentos distintos, para enfatizar que nada permanece idêntico, nem as obras de arte, nem o público, nem o mundo ao redor". "Este movimento começa a se concretizar com esta exposição, ganha força com as mostras da rede que passam a ser apresentadas a partir de agora e deságua em setembro do ano que vem", completa Miyada. As obras seriam mostradas mais de uma vez, porque seriam expostas no Pavilhão e em cerca de 20 museus e instituições de arte espalhados pela cidade. Obras selecionados Os artistas brasileiros Antonio Dias, Clara Ianni e Regina Silveira e outros 8 participantes de "Vento" já haviam sido divulgados. Nesta sexta (30), a Bienal também anuncia dez nomes e completa os 21 artistas participantes com os brasileiros Alice Shintani, Musa Michelle Mattiuzzi e Paulo Nazareth. AnaAdamović (Belgrado, Sérvia), Eleonore Koch (Berlim, Alemanha), Gala Porras-Kim (Bogotá, Colômbia), Jacqueline Nova (Gante, Bélgica), Koki Tanaka (Kyoto, Japão), Luisa Cunha (Lisboa, Portugal) e Melvin Moti (Roterdão, Países Baixos) também vão ter obras expostas no Pavilhão da Bienal até dezembro. Vista da instalação 'Word for Gardens' (2004), da artista portuguesa Luisa Cunha, na mostra 'Vento', da 34ª Bienal de SP Daniel Malhão/Divulgação 34ª Bienal de SP Para contribuir para o distanciamento social, a exposição não vai ter ambientes separados ou paredes falsas para instalações ou artistas, como costumava acontecer em outras edições. As obras vão ser colocadas bem separadas ao longo do grande espaço do Pavilhão. "A distância entre os trabalhos convida o público a olhar não apenas para as obras, mas também para o espaço entre elas, e a ler nesse gesto uma ressonância poética da necessidade de se afastar dos outros e do mundo", explica Crivelli Visconti. "Ao mesmo tempo, confiar que poucas obras irão preencher um espaço tão grande é apostar na capacidade da arte de reverberar infinitamente, o que a torna uma ferramenta insubstituível para enfrentar e superar momentos sombrios como os que vivemos", continua o curador geral. Veja também programação de reabertura da Pinacoteca, Museu do Futebol e Sala SP Ações digitais A 34ª edição da Bienal de SP recebeu o nome de "Faz escuro mas eu canto", um verso do poeta amazonense Thiago de Mello. Com a pandemia, a mostra principal está prevista para acontecer entre 4 de setembro e 5 de dezembro de 2021. Desde o começo da pandemia, a Bienal lançou a campanha "A Bienal tá On", com ações digitais que vão até setembro do ano que vem. Para saber mais, basta acessar o site. Bienal de São Paulo é adiada pra 2021 VÍDEOS: Semana Pop explica temas do entretenimento