Economias europeia recuperam parte das perdas da pandemia, mas novas medidas de restrição no continente elevam temores de nova parada da atividade econômica. PIB da Zona do Euro teve alta recorde de 12,7% no terceiro trimestre A economia da zona do euro mostrou uma recuperação forte no 3º trimestre, após tombo histórico entre os meses de abril e junho. O Produto Interno Bruto (PIB) da região registrou uma alta histórica de 12,7% na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, no entanto, o conjunto das 19 economias que usam a moeda comum europeia ainda aponta queda de 4,3%, mostraram nesta sexta-feira (30) dados preliminares da agência europeia de estatísticas, Eurostat. O resultado veio acima da expectativa de economistas consultados pelo “Wall Street Journal”, segundo a Reuters, que esperavam um recuperação de 9,4%. O dado também mostra uma recuperação superior à registrada pelos Estados Unidos no mesmo período – pela métrica não anualizada, a economia norte-americana teve expansão de 7,4% de julho a setembro. No 2º trimestre, a zona do euro havia registrado uma retração de 11,8% em meio aos impactos da pandemia. A contração entre abril e junho, período em que as restrições devido ao coronavírus estavam em vigor em todo o continente, foi a mais forte desde que a série histórica começou em 1995. Nos três primeiros meses do ano, a economia já havia contraído 3,7% na base trimestral. Veja gráfico: Evolução do PIB da zona do euro Economia G1 No conjunto dos 27 países da União Europeia, o PIB cresceu 12,1% no terceiro trimestre perante os três meses anteriores, mas caiu 3,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda não recuperou perdas Ainda de acordo com a Eurostat, as altas registradas tanto no PIB da zona do euro quanto da União Europeia não foram suficientes para recuperar as fortes perdas do trimestre anterior. Segundo os dados oficiais, tanto para a zona euro quanto para a UE, trata-se das "altas mais marcadas" do PIB desde o início da série histórica, em 1995. Apesar do bom resultado, os países eliminaram apenas parte das perdas provocadas pela pandemia. A Europa está totalmente imersa na segunda onda da pandemia do coronavírus, a ponto de vários países do bloco terem voltado a adotar restrições drásticas. Inflação e desemprego Segundo o Eurostat, a inflação da zona do euro no mês de outubro voltou a fechar no vermelho, a -0,3%, pelo terceiro mês consecutivo, e a taxa de desemprego se manteve estável, em 8,3%. Destaques de recuperação Segundo a Eurostat, os maiores avanços no 3º trimestre foram registrados pela França (18,2%), Espanha (16,7%) e Itália (16,1%). Na Alemanha, que havia caído menos no segundo trimestre, o crescimento foi de 8,2%. PIB dos países europeus Economia G1 Uma nova onda de contágios da Covid-19 na Europa tem elevado temores de uma nova parada da economia. Com casos de Covid-19 crescendo pela Europa, a França decidiu exigir que pessoas fiquem em suas casas exceto para atividades essenciais a partir desta sexta-feira, enquanto a Alemanha vai fechar bares, restaurantes e teatros de 2 de novembro até o final do mês. Angela Merkel defende novo lockdown nacional para tentar frear 2ª onda na Alemanha Vídeos: veja últimas notícias de economia no Brasil e no mundo n