Na Europa, alguns países estão voltando a impor toques de recolher e 'lockdowns' no combate ao aumento no número de casos de coronavírus. Os preços do petróleo recuaram nesta quinta-feira (15), à medida que novas restrições impostas para conter o aumento no número de casos de Covid-19 afetam as perspectivas para o crescimento econômico e a demanda por combustíveis.
Operadores afirmaram, porém, que parte das perdas foi recuperada após a Administração de Informação de Energia (AIE) reportar alta na demanda por petróleo nos Estados Unidos na semana passada, o que ajudou a reduzir os estoques da commodity no país, enquanto as reservas de produtos refinados tiveram a maior queda desde 2003, após o furacão Delta afetar as operações de produção e refino na Costa do Golfo dos EUA.
"O relatório da AIE interrompeu a queda dos preços, que ameaçava se transformar em uma avalanche no começo da manhã", disse Robert Yawger, diretor de Futuros de Energia do Mizuho em Nova York.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,16 dólar, ou 0,4%, a US$ 43,16 por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 0,08 dólar, ou 0,2%, para US$ 40,96 o barril. Mais cedo, ambos contratos de referência chegaram a cair mais de US$ 1 por barril.
Na Europa, alguns países estão voltando a impor toques de recolher e "lockdowns" no combate ao aumento no número de casos de coronavírus, com o Reino Unido aplicando medidas de restrição mais rígidas em Londres a partir de sexta-feira (16).
8 países anunciaram medidas mais duras de isolamento, na Europa
"O avanço do coronavírus está forçando a Europa a restabelecer as restrições ligadas à pandemia, e isso está afetando as previsões de demanda por petróleo no curto prazo", afirmou Edward Moya, analista sênior de mercados da OANDA em Nova York. "A demanda anêmica vai forçar um adiamento (pela Opep+) de qualquer flexibilização de seus cortes de oferta."
Assista as últimas notícias de economia: