No acumulado do trimestre, o WTI avançou 2,41%, mas recuou 5,60% no mês de setembro; já o Brent teve alta de 2,79%, no trimestre, e recuou 6,58% em setembro. Os contratos futuros de petróleo fecharam a quarta-feira (30) em alta, depois de os dados de estoques nos Estados Unidos terem indicado a terceira queda semanal consecutiva na oferta doméstica de petróleo.
As perspectivas renovadas de que um novo pacote de estímulo fiscal seja aprovado no país também impulsionou os ativos de risco, ajudando as referências do petróleo a terminar o terceiro trimestre com ganhos leves.
Os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) para o mês de novembro terminaram o dia com ganhos de 2,36%, aos US$ 40,22 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No acumulado do trimestre, a referência avançou 2,41%, mas recuou 5,60% no mês de setembro. Já os preços do Brent para dezembro terminaram o dia em alta de 1,78%, aos US$ 42,30 o barril, na ICE, em Londres. No acumulado trimestral, a referência teve alta de 2,79%, mas recuou 6,58% em setembro.
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O Departamento de Energia (DoE) informou hoje que os estoques de petróleo dos EUA caíram pela terceira semana consecutiva, em cerca 2 milhões de barris na semana encerrada em 25 de setembro. O número contrariou a expectativa dos analistas consultados pelo "Wall Street Journal", que previam alta de 800 mil barris no período. Já o Instituto Americano de Petróleo (API) relatou, ontem, uma queda de 831 mil barris.
"Os dados revelaram uma queda inesperada no petróleo bruto, mas os investidores devem, definitivamente, tomar nota do grande aumento nos estoques do centro de distribuição em Cushing, Oklahoma", disse Tariq Zahir, membro gerente da Tyche Capital Advisors, ao MarketWatch.
Os dados da EIA mostraram que os estoques de petróleo bruto no centro de armazenamento de Cushing, Oklahoma, subiram em 1,8 milhão de barris na semana.
No geral, os riscos para os preços do petróleo continuam negativos, com outra onda do novo coronavírus podendo ser prejudicial à demanda, disse Zahir. “Junte isso com a oferta adicional que voltou ao mercado da Líbia."
“O mercado de petróleo está lutando para interpretar o aumento contínuo de infecções por covid-19 e o fato de que o total de mortos ultrapassou um milhão nesta semana”, escreveu Paola Rodriguez-Masiu, analista sênior de mercado de petróleo da Rystad Energy, em uma nota.
A contagem global de casos confirmados de covid-19 subiu para 33,78 milhões, nesta quarta, de acordo com dados agregados pela Universidade Johns Hopkins, enquanto o número de mortes subiu para 1,010 milhão. Os EUA têm o maior número de casos, com 7,2 milhões, e o maior número de mortes, 206,4 mil.
“É um número assustador e embora estejamos, agora, acostumados a ver piorar as notícias da pandemia, esse marco não é fácil de ignorar”, disse a analista.
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Os estoques de gasolina nos EUA, enquanto isso, aumentaram em 700 mil barris na semana passada, enquanto os estoques de destilados caíram em 3,2 milhões de barris, informou o DoE hoje.
Ainda nesta quarta, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que republicanos e democratas seguem discordando sobre o tamanho e o escopo do novo pacote de ajuda à economia dos EUA, mas que espera ter uma melhor compreensão da situação amanhã. “Vamos fazer mais uma tentativa séria para fechar o acordo”, disse Mnuchin durante o “Alpha Summit”, um evento organizado pela emissora “CNBC”. “Espero que possamos obter um acordo de compromisso com Pelosi.”
A perspectiva de que um acordo possa ser alcançado em Washington dá força aos ativos de risco, impulsionando também os preços das commodities.