Crédito ofertado a empresas cresceu 2,4% no mês. Oferta a pessoas físicas registrou alta de 1,5%, segundo o banco. O volume total do crédito ofertado pelos bancos cresceu 1,9% em agosto, para R$ 3,736 trilhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central.
De acordo com o BC, o mês registrou alta de 2,4% no volume do crédito bancário ofertado a empresas, para R$1,646 trilhão. No caso de pessoas físicas, o crescimento da oferta foi de 1,5%, para R$2,090 trilhões.
Segundo a instituição, em doze meses, o crescimento do estoque de crédito disponível subiu de 11,3% para 12,1%. A alta foi estimulada pelas operações com empresas (de 15,1% para 16,7%), enquanto as operações com famílias subiram de 8,4% para 8,8%.
O aumento no crédito bancário nos seis primeiros meses deste ano está relacionado às medidas adotadas pelo Banco Central para liberar às instituições financeiras mais recursos destinados a empréstimos em meio à pandemia do novo coronavírus.
Porém, ainda há relatos de dificuldades por parte de pequenos empreendedores no acesso a linhas de crédito emergenciais, ofertadas pelos bancos com garantia do governo federal.
O governo estuda mais recursos para o Pronampe, que já teve sua segunda fase de financiamento aberta e esgotada — foram 14 bilhões em crédito para micro e pequenos empreendedores.
Juros bancários
A taxa média de juros para pessoas físicas caiu 0,9 pontos percentuais no mês passado – de 39,9% para 39%. A taxa para pessoa jurídica ficou estável em 12,4%.
Os juros das operações com cartão de crédito rotativo tiveram queda de 1,8% no período, passando de 312% ao ano em julho para 310,2% em agosto.
O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não quer ficar inadimplente, mas não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento. Essa é uma das linhas de crédito mais caras do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.
Os juros bancários médios com recursos livres (sem contar habitacional, BNDES e rural) de pessoas físicas e empresas, por sua vez, recuaram de 27,3% ao ano, em julho, para 26,7% ao ano no mês passado.
Cheque especial
Segundo o BC, o juro anual do cheque especial teve um aumento de 0,9% pontos percentuais de julho para agosto, passando de 111,5% ao ano para 112,6%.
A variação no mês foi de uma alta de 0,1 ponto percentual, subindo de 6,4% em julho para 6,5% em agosto.
Em doze meses, a redução foi de 142,8%, segundo o órgão. Em 2020, os juros do cheque especial estão limitados pelo Banco Central a no máximo 8% ao mês, próximo de 150% ao ano.
Mas, os bancos podem cobrar pela oferta de limite acima de R$ 500 no cheque especial. A taxa de 0,25% sobre esse limite pode ser aplicada uma vez por mês.
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