MPF em MG ajuizou uma ação civil pública pedindo intervenção na mineradora, com o afastamento de executivos responsáveis pela segurança da companhia. Logotipo da Vale em sede da empresa no Rio de Janeiro Ricardo Moraes/Reuters A Justiça Federal de Minas Gerais negou uma intervenção legal imediata na mineradora Vale requerida pelo Ministério Público Federal (MPF) enquanto aguarda a defesa da companhia, de acordo com um decisão judicial publicada nesta quarta-feira (9). O caso prosseguirá na 14ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária de Minas. Na última semana, o MPF em Minas Gerais ajuizou uma ação civil pública pedindo intervenção na mineradora, com o afastamento dos executivos responsáveis pela política de segurança da companhia. O MPF também havia pedido em caráter de urgência a suspensão de pagamento de dividendos a acionistas — movimento que está sendo retomado — , calculado pela agência Fitch em US$ 2 bilhões. Vale tem declaração de estabilidade negada para quatro barragens em MG "No caso das medidas de urgências requeridas, evidencia-se que possuem nítido caráter satisfativo, esgotando, por completo, o objeto da ação, antes mesmo da manifestação das rés, o que é vedado," disse a juíza Anna Gonçalvez, citando o artigo 1º da Lei 8.437/92. A apreciação do pedido de tutela de urgência será feito após a defesa, informou a juíza. A decisão desta quarta-feira (9) é o último desdobramento de uma série de ações contra a mineradora que correm na Justiça, pendendo decisão final. O procurador federal Edilson Vitorelli considerou a decisão positiva por confirmar a jurisdição da 14ª Vara da Justiça Federal em Minas para apreciação do caso. O MPF aguarda o prazo de defesa, disse. "A sentença pode levar anos, queremos uma intervenção antes disso," disse Vitorelli.