Categoria paralisou parte das atividades em 18 de agosto; mobilização é nacional. Terminal aéreo do DF é um dos principais do país; G1 aguarda posicionamento da Inframerica. Trabalhadores dos Correios do Distrito Federal e Entorno ocupam o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Brasilia FENTECT/Divulgação Funcionários dos Correios do Distrito Federal e Entorno ocupam, desde às 4h desta quarta-feira (2), o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Brasilia – um dos principais do país, responsável pelo transporte aéreo de mercadorias. Os trabalhadores dos Correios estão no 16º dia consecutivo de greve, em todo o Brasil, contra a privatização da estatal, e já paralisaram outros centros de operações no país. A categoria cruzou os braços no dia 18 de agosto. Trabalhadores e empresa não chegam a acordo, e greve nos Correios será julgada pelo TST Em greve, trabalhadores dos Correios ocupam Centro de Cartas e Encomendas de Indaiatuba Funcionários dos Correios entram em greve em todo o país Com a ocupação desta quarta-feira, toda a malha aérea dos Correios no Distrito Federal fica paralisada. O G1 entrou em contato com a Inframerica, concessionária que administra o terminal, e com os Correios, e aguardava um posicionamento até a publicação desta reportagem. A Polícia Militar acompanha a ocupação e afirmou, em nota, que o protesto ocorre de forma pacífica e sem previsão de término. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios (Fentect), em agosto, a estatal retirou 70 cláusulas do acordo coletivo que teria vigência até 2021, conforme dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho. Em greve, funcionários dos Correios ocupam terminal de cargas do Aeroporto de Brasília "Foram retirados direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras", diz nota da federação. Em última audiência realizada pelo TST a direção dos Correios recusou a proposta do Tribunal Superior na tentativa de encerrar a greve. Correios em greve A federação nacional que representa os trabalhadores dos Correios decidiu entrar em greve no dia 18 de agosto. Segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação na estatal. Os grevistas são contra a privatização dos Correios, reclamam do que chamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos. A entidade afirma que desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção da estatal sobre estes pedidos, o que, segundo eles, não aconteceu. Durante os dias 26 e 27 de agosto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e representantes dos Correios se reuniram, mas não houve acordo para a suspensão da paralisação. A empresa informou em nota que a adesão dos servidores à greve é "baixa" e que aguarda retorno de parte dos trabalhadores grevistas às atividades. O vice-presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, apresentou uma proposta de renovação das 79 cláusulas vigentes no acordo coletivo, sem reajustes nas cláusulas econômicas. A proposta chegou a ser aceita pelos empregados, mas os Correios só aceitaram a manutenção de nove das cláusulas. Nota dos Correios "Os Correios estão tomando as medidas judiciais cabíveis para garantir o desbloqueio de acesso ao Terminal de Cargas. A unidade não está parada e continua operando internamente, a fim de minimizar impactos no fluxo operacional. A empresa ainda não tem um balanço da carga bloqueada no terminal. Cabe destacar que, em liminar concedida nesta terça-feira (1º), a ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Kátia Magalhães Arruda, determinou que as federações abstenham-se de impedir o livre trânsito de bens, pessoas e carga postal em todas as unidades dos Correios. A pena por descumprimento é multa diária de R$ 100 mil. Os Correios repudiam tais atos, que demonstram a falta de compromisso dos sindicatos com a sociedade, prejudicando um serviço essencial à população. A empresa agradece os esforços dos empregados que se mantêm firmes no propósito de servir a sociedade e conta com o retorno ao trabalho daqueles que ainda se estão em greve, já que a questão encontra-se em juízo e será resolvida pelo TST." Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.