O excesso de oferta da commodity mais do que compensou os receios em relação a possíveis danos causados pelo fenômeno climático na produção do Golfo do México. Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (27), com o excesso de oferta da commodity mais do que compensando os temores com os danos causados pela tempestade Laura na produção do Golfo do México.
O contrato do petróleo Brent para outubro fechou em queda de 1,20%, a US$ 45,09 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para o mesmo mês recuou 0,80%, a US$ 43,04 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
A tempestade chegou ao continente como um furacão de categoria 4, mas perdeu força ao atravessar o Texas e a Louisianna, com os ventos desacelerando de cerda de 240 km/h para 180 km/h, e, agora, é classificada como uma tempestade de categoria 2. Ainda assim, o National Hurricane Center alertou que "há risco de a tempestade ameaçar vidas, com grandes ondas produzindo danos potencialmente catastróficos".
Furacão Laura atinge a costa da Louisiana, nos EUA, com ventos de 240 km/h
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Tanto unidades de extração de petróleo quanto refinarias foram fechadas na região do Golfo do México preventivamente, mas os investidores parecem, em grande parte, ignorar a tempestade, devido aos amplos estoques da commodity e ao excesso de oferta inundando os mercados no momento.
Ryan Fitzmaurice, do Rabobank, diz que o aumento dos preços do petróleo no começo da semana foi uma resposta aos temores causados pelo furacão, mas que estes receios se dissiparam agora, permitindo que os preços recuem, "conforme a ameaça se dissipa e o foco se volta para o impacto causado pela tempestade sobre a demanda".