O Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum – que acontece via plataformas digitais de 20 a 30 de agosto, com acesso disponível gratuitamente para todo o território brasileiro através do endereço kinoforum.org.br – anuncia a composição dos júris de suas duas competições.
A atriz Camila Pitanga (de “Caramuru – A Invenção do Brasil”) e os cineastas Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”) e Susanna Lira (“Torre das Donzelas”) compõe o júri da competição brasileira.
Já o Prêmio Revelação, voltado para produções de alunos de cursos audiovisuais, tem como jurados os jornalistas Cássio Starling Carlos, Flávia Guerra e Mariana Queen Nwabasili.
O evento promove ainda um “esquenta”, uma programação prévia que tem início nos dias 6 e 13 de agosto. Com exibições de curtas históricos e lives com seus realizadores, o programa especial ‘Criatividade em Tempo de Crise’ reúne alguns dos mais importantes cineastas revelados durante a denominada ‘Primavera do Curta’ (1986 – 1996) e exibe sete filmes históricos, verdadeiros clássicos do formato.
Em 6 de agosto, quinta-feira, a partir das 19h00, são disponibilizados “Cartão Vermelho”, de Laís Bodanzky, “Viver a Vida”, de Tata Amaral, e “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado. As duas primeiras diretoras conversam, a partir das 20h do mesmo dia, com Ana Luiza Azevedo, cineasta que atuou como assistente de direção de “Ilha das Flores”.
Uma semana depois, em 13/08, fica liberada a exibição de “Dov’è Meneghetti?”, de Beto Brant, “A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal”, de Carla Camurati, “A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti”, de Anna Muylaert, e “Frankstein Punk”, de Cao Hamburger e Eliana Fonseca, a partir das 19h. E às 20h é vez de um encontro reunindo todos os cinco diretores.
Entre outras questões, os debates têm como pauta a criação, produção e circulação dessas e de como foi possível eclodir uma filmografia criativa e impactante em pleno período de crise aguda na produção cinematográfica brasileira? E que lições pode-se extrair de tal experiência para iluminar os dias que se seguirão à pandemia planetária do Covid-19?
Os filmes desta programação ficam disponíveis na plataforma do festival.
Para participar das lives e assistir aos curtas, é necessário cadastro prévio na plataforma do evento, via o website kinoforum.org.br, que está aberto a partir de 5 de agosto.
‘Criatividade em Tempo de Crise’ – sobre os filmes
“A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal” (Brasil, 13 min, 1987) – Carla Camurati
Uma varredora das ruas recebe a visita da fada-madrinha que a transforma em fulgurante estrela de cinema e TV. Mas o encanto desaparece quando a programação da televisão sai do ar. Com Carla Camurati, Thales Pan Chacon, Norma Bengell, Bianca Byington, Sérgio Mamberti e Marisa Orth.
Vencedor do prêmio de melhor direção e do Prêmio Abraci no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; prêmio do público e Prêmio Leon Hirszman no Rio Cine Festival.
“A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti” (Brasil, 16 min, 1995) – Anna Muylaert
Comédia de costumes sobre a vida amorosa de um casal não muito amoroso, visto pela ótica de sua filha de seis anos. Com Beatriz Botelho, Marisa Orth, André Abujamra e Etty Fraser.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Rio Cine Festival; melhor ficção e melhor direção na Jornada de Cinema da Bahia; melhor curta-metragem e melhor atriz no Cine Ceará; melhor curta-metragem no festival Mix Brasil; melhor curta-metragem no Festival de Cinema Brasileiro de Miami; Prêmio Incentivo Multishow no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum.
“Cartão Vermelho” (Brasil, 14 min, 1994) – Laís Bodanzky
O curta-metragem focaliza o mundo de uma adolescente que joga futebol com os meninos, no momento em que é surpreendida pelos desejos de mulher. Com Camila Kolber e Francisco Rojo.
Premiado como segundo melhor filme no Festival de Santiago (Chile); prêmio revelação no Festival de Cuiabá; melhor atriz e prêmio da crítica no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; melhor direção no Rio Cine Festival e no Festival Guarnicê; e melhor ficção no Cine Ceará.
“Dov’è Meneghetti?” (Brasil, 12 min, 1989) – Beto Brant
Um retrato da fuga do mais famoso personagem da crônica policial paulistana na década de 1920, Gino Amleto Meneghetti. O ladrão anarquista se notabilizou pela agilidade com que saltava os telhados durante as fugas e pela irreverência com que tratava a polícia. Com Luiz Ramalho, Eliana Fonseca, Ligia Cortez, Mário César Ribeiro, Rosi Campos e Toni Lopes.
Vencedor do prêmio de melhor ator no Festival de Gramado; melhor direção, melhor fotografia, melhor trilha sonora, prêmio do público e prêmio da crítica no Rio Cine Festival; melhor curta no Festival de Curitiba.
“Frankstein Punk” (brasil, ) – Frank nasce ao som da canção “Singing in The Rain” e, a partir daí, seu destino é caminhar em busca da felicidade, sem entender que isso o levaria a assustar as pessoas.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no FestRio; melhor fotografia, melhor som, prêmio especial de animação e prêmio do público no Festival de Gramado.
“Ilha das Flores” (Brasil, 13 min, 1989) – Jorge Furtado
Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. O filme segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Festival de Berlim; prêmio especial do júri e prêmio do público no Festival de Clermont-Ferrand; melhor filme no festival No-Budget (Hamburgo); prêmio Blue Ribbon no festival American Film and Video (Nova York); melhor curta, prêmio do público e prêmio da crítica no Festival de Gramado.
“Viver a Vida” (Brasil, 12 min, 1991) – Tata Amaral
O filme focaliza o cotidiano de um office-boy, repleto de filas, esperas, trambiques, música e gente. O comportamento dele acaba por refletir a atitude daqueles que sempre encontram saídas pela tangente. Com Jeferson Gerônimo, Ligia Cortez e Luciene Adami.
Vencedor dos prêmios do melhor direção, ator, som e prêmio do público no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; melhor roteiro no Festival de Gramado; melhor filme, direção e montagem na Jornada de Cinema da Bahia; melhor filme, fotografia, montagem e trilha sonora no Festival Guarnicê.
‘Criatividade em Tempo de Crise’ – sobre os cineastas que participam das lives
Ana Luiza Azevedo – Cineasta, codirigiu com Jorge Furtado o curta “Barbosa” e teve o seu “Três Minutos” selecionado para competição do Festival de Cannes. Além de séries e especiais para TV, assina os longas-metragens “Antes Que o Mundo Acabe” e “Aos Olhos de Ernesto”.
Anna Muylaert – Diretora e roteirista de cinema e televisão. É diretora, entre outros longas-metragens, de “Durval Discos” e “Que Horas Ela Volta” (vencedor do Panorama Audience Award no Festival de Berlim). É membro da Academia de Artes e Ciências de Hollywood.
Beto Brant – Diretor, roteirista e produtor, Beto Brant ssina diversos videoclipes e curtas-metragens. Dirigiu oito longas, entre eles “outros, os longas “Os Matadores”, “O Invasor”, “Crime Delicado”, “Cão Sem Dono”, “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios” e “Pitanga”.
Cao Hamburger – Duas vezes premiado no Emmy Internacional (com as séries para TV “Pedro & Bianca” e “Malhação: Viva a Diferença”), é diretor, roteirista e produtor. É produtor geral e idealizador da série “Castelo Rá-Tim-Bum”. Assina os longas-metragens “O Dia em que Meis Pais Saíram de Férias” e “Xingu”, entre outros.
Carla Camurati – Após uma premiada carreira como atriz de cinema e televisão, Carla Camurati lançou-se como diretora, produtora, roteirista e distribuidora com o longa-metragem “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”, marco da era da retomada da produção nacional. Dirigiu, entre outros, “Copacabana” e “Irma Vap”.
Eliana Fonseca – Atriz, diretora e roteirista de cinema, teatro e televisão, Eliana Fonseca atuou em 14 trabalhos televisivos e 17 filmes. Dirigiu os longas-metragens “Eliana em o Segredo dos Golfinhos”, “Ilha Rá-Tim-Bum – O Martelo de Vulcano”, “Coisa de Mulher” e “13 Andares”.
Laís Bodanzky – Diretora, produtora e roteirista, Laís Bodanzky destacou-se em 2001 com o longa-metragem “Bicho de 7 Cabeças”, vencedor de sete premiações do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Assina também “Chega de Saudade”, “As Melhores Coisas da Vida” e “Como Nossos Pais”.
Tata Amaral – Diretora, roteirista e produtora, assina curtas-metragens e séries televisivas (como “Antonia”, indicado ao Emmy Internacional). Dirigiu os longas-metragens “Um Céu de Estrelas”, “Através da Janela”, “Antonia”, “Hoje”, “Trago Comigo” e “Sequestro Relâmpago”
O Festival é dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa e é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade sem fins lucrativos que realiza atividades e projetos e apoia o desenvolvimento da linguagem e da produção cinematográfica com destaque para a promoção do audiovisual brasileiro.
31º FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS-METRAGENS DE SÃO PAULO
CURTA KINOFORUM ONLINE
Programa especial ‘Criatividade em Tempo de Crise’: 6/08 e 13/08, às 19h00 (disponibilização dos filmes) e 20h00 (live com os cineastas)
Programação geral do festival: 20 a 30 de de agosto de 2020
Acesso gratuito à programação: kinoforum.org.br
Patrocínio: Sabesp (via Lei de Incentivo à Cultura – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura), Ericsson (via ProAC ICMS – Secretaria de Cultura e Economia Criativa – Governo do Estado de São Paulo), SPCine, Prefeitura da Cidade de São Paulo.
Realização: Associação Cultural Kinoforum, Sesc São Paulo e Museu da Imagem e do Som (SP)
Informações:
www.instagram.com/curtakinoforum
Fonte: assessoria de comunicação:
ATTi Comunicação e Ideias