Maior premiação da TV dos EUA vai anunciar seus concorrentes nesta terça-feira (28), às 12h30 no horário de Brasília. Jimmy Kimmel apresenta o Emmy em 2016. Ele vai apresentar novamente a cerimônia em 2020, mas não se sabe como será o evento Reuters Os indicados ao Emmy, prêmio mais importante da televisão dos EUA, serão anunciados na terça-feira (28) em meio à crise que a indústria atravessa pela pandemia do novo coronavírus. O anúncio será feito em cerimônia ao vivo, às 12h30 no horário de Brasília, em um momento em que o calendário televisivo foi tão afetado que alguns programas não entraram na janela de elegibilidade. As indicações serão anunciadas pelas atrizes Leslie Jones, Laverne Cox e Tatiana Maslany, o ator Josh Gad e o presidente da Academia, Frank Scherma. Outras premiações de Hollywood, como o Oscar e o Globo de Ouro, tiveram que adiar suas cerimônias e alterar parte de suas regras para se adaptar aos novos tempos sem cinemas. Formato indefinido da cerimônia O Emmy será celebrado em 20 de setembro e, embora seus organizadores não tenham dado detalhes sobre a cerimônia, tudo indica que será virtual, enquanto o vírus se espalha com força nos Estados Unidos. "Não sei onde faremos isto ou como faremos ou inclusive porque estamos fazendo isto, mas estamos fazendo e vou apresentá-lo", disse o anfitrião dos Emmy, Jimmy Kimmel, em um comunicado em 16 de junho. Recorde de inscrições Os 24 mil membros da Academia de Televisão, que entrega o prêmio, receberam, contudo, um número recorde de inscrições este ano. Mas a pandemia impediu que estúdios pudessem fazer suas habituais campanhas para conquistar votos entre os membros que tiveram mais tempo em casa para assistir televisão, o que pode pesar em suas decisões. Mais cotados A Academia estendeu a oito o número de indicados nas categorias mais importantes: melhor série dramática e de comédia. Mais uma vez, HBO e Netflix deverão ter o maior número de indicações. Sem os ganhadores do ano passado, "Game of Thrones" e "Fleabag", no páreo, e nenhum programa novo que traga surpresas, produções como "Succession", sobre uma poderosa família dona de veículos de comunicação que luta pelo controle da empresa, e o thriller policial "Ozark" partem como favoritos na categoria drama. Cena de 'Succession' Divulgação/HBO A série marco da Netflix "The Crown" e o drama distópico da Hulu "O conto da Aia" – que não disputaram os prêmios no ano passado – também devem aparecer entre os indicados, junto com a 'prequel' de "Breaking Bad", "Better Call Saul", e "The Morning Show", da nova plataforma Apple TV+. Entre as séries cômicas, "The Marvelous Mrs. Maisel", produção da Amazon sobre uma dona-de-casa dos anos 1950 transformada em comediante de stand-up, é considerada favorita, junto com o sucesso canadense "Schitt's Creek". A Maravilhosa Sra. Maisel (Divulgação/Amazon Prime Video) "Big Little Lies" tentará o Emmy de melhor série dramática, após ter levado em 2017 o prêmio de melhor minissérie. A categoria tem como favorita "Watchmen", sobre vigilantes mascarados tratados como criminosos pelas agências do governo. Nas categorias de melhor ator dramático, é provável que Brian Cox encabece a lista por seu papel em "Succession", junto com Jason Bateman, por "Ozark", e Bob Odenkirk, por "Better Call Saul". A ganhadora do Oscar Olivia Colman deverá encabeçar a disputa pelo prêmio de melhor atriz, com Laura Linney ("Ozark"), Jennifer Aniston ("The Morning Show") e Elizabeth Moss ("The Handmaid's Tale"). Olivia Colman como a rainha Elizabeth 2ª em 'The Crown' Divulgação / Netflix