Ao mesmo tempo, 71% dizem ter algum medo de perder o emprego e 61% afirmam que economia vai demorar pelo menos um ano para se recuperar. A maioria dos brasileiros segue cortando gastos durante a pandemia do novo coronavírus, segundo revela levantamento do Instituto FSB Pesquisa. A consulta ouviu 2.009 pessoas, de 10 a 13 de julho, e teve os resultados divulgados nesta quinta-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com a pesquisa, 71% dos brasileiros disseram ter reduzido seus gastos mensais desde o início da pandemia. No levantamento anterior feito em maio, esse número era um pouco mais alto: 74% informaram ter diminuído suas despesas mensais por conta dos efeitos da crise sanitária.
Os números também mostram que 71% dos entrevistados dizem ter "algum medo" de perder o emprego, o que representa pequena queda em relação aos 77% que tinham algum grau de temor no início de maio.
A porcentagem de trabalhadores que disseram ter "medo grande" de perder o emprego passou de 48%, em maio, para 45% em julho.
De acordo com a pesquisa, 67% dos entrevistados acreditam que a recuperação econômica ainda não começou e 61% afirmam que ela vai demorar pelo menos um ano para ocorrer.
O presidente da CNI, Robson Braga, afirma que os dados recentes da economia mostram que o pior da crise causada pelo novo coronavírus pode ter ficado para trás.
"Mas a pesquisa reforça a enorme importância de se construir uma agenda consistente, com ações de médio e longo prazo, para a retomada das atividades produtivas e do crescimento do país. Recuperar a confiança brasileiro, para que ele volte a consumir, é de suma importância para acelerar esse processo”, acrescentou.
Isolamento social
Ainda segundo o levantamento, apesar das perdas econômicas e da parcela da população com "medo grande" do novo coronavírus ter caído de 53% para 47% em relação à consulta feita em maio, os dados mostram que o brasileiro segue favorável ao isolamento social (84%).
"O grupo das pessoas que saem de casa apenas para ações essenciais, como fazer compras ou trabalhar, aumentou de 58% para 67% entre maio e julho. Sobre o trabalho remoto, oito em cada dez entrevistados admitem que as tarefas que precisam entregar não podem ser feitas de casa", acrescentou a CNI.
Ao mesmo tempo, a pesquisa mostra que a população está dividida quanto ao retorno das atividades do comércio de rua — 49% aprovam e 47% desaprovam.
Porém, quando questionados sobre a retomada de outras atividades como salões de beleza, bares e restaurantes, shoppings, escolas e universidades, academias e cinemas, a maioria dos brasileiros é contra a abertura. Os percentuais variam de 57% a 86% contrários à reabertura desses estabelecimentos.
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