Deputada defende pautas como redução da maioridade penal, militarização em escolas e proteção jurídica para policiais. Há alguns dias, RJ2 mostrou que Alana deu cargo a empregada doméstica que na verdade faxinava a casa da parlamentar. Sobre o bloqueio, ela nega envolvimento com os perfis falsos. Alana Passos, deputada do Rio de Janeiro Divulgação Novata na Assembleia Legislativa, Alana Passos, de 32 anos, foi a deputada mulher mais votada no Rio de Janeiro nas eleições de 2018. Nesta quarta-feira (8), o Facebook anunciou a remoção de contas de funcionários do gabinete dela e do correligionário no Partido Social Liberal (PSL), e também deputado, Anderson Moraes, por "comportamento inautêntico e coordenado". "Ainda que as pessoas por trás dessa atividade tentassem ocultar suas identidades e coordenação, nossa investigação encontrou ligações a pessoas associadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro", informou a rede social. Sobre a ação do Facebook, Alana declarou, em nota, não ter sido notificada pela rede social e sustentou que as contas que possui são verificadas. A deputada também disse não poder responder pelo conteúdo publicado em perfis de pessoas que trabalharam no gabinete dela (veja a íntegra do posicionamento de Alana no fim do texto). Alana Passos Divulgação/Arquivo pessoal "Nenhum funcionário teve a rede bloqueada por qualquer suposta irregularidade. Estou à disposição para prestar qualquer esclarecimento, pois nunca orientei sobre criação de perfil falso e nunca incentivei a disseminação de discursos de ódio", afirmou Alana. Origem militar Alana Passos em selfie com Flávio Bolsonaro Reprodução/Facebook Bolsonarista ferrenha, Alana comparte com o presidente Jair Bolsonaro a origem militar. Sargento do Exército Brasileiro há mais de uma década, deixou a farda e entrou na vida política fluminense angariando 106.253 votos – foi a mulher mais votada e a terceira entre todos os candidatos. Alana é a única representante mulher do PSL na Alerj, e continuou na legenda mesmo após o rompimento de Bolsonaro com o partido. Ao G1, dias após ser eleita, a deputada declarou que não sentia qualquer incômodo por ser a única mulher da bancada do PSL, que tem um total de 12 parlamentares. "Além da responsabilidade ser muito grande, é uma bandeira pela qual eu já luto há muitos anos, que é a igualdade [de gêneros]. Já servi em unidade em que eu era a única mulher no meio de mil homens", justificou, na época, Alana. Além da igualdade entre homens e mulheres, Alana citou outras bandeiras pelas quais pautaria o mandato: redução da maioridade penal, preservação de princípios religiosos, combate à "ideologia de gênero", militarização em escolas, defesa de uma escola sem partido, proteção jurídica para policiais e luta contra o crime organizado. As informações que Alana declarou ao Tribunal Superior Eleitoral no pleito de 2018 incluem que a deputada é natural de Queimados, na Baixada Fluminense e, ao se candidatar, declarou ter bens que, somados, chegavam a R$ 60,4 mil. Caderneta de poupança: R$ 15.003,00 Veículo automotor terrestre: caminhão, automóvel, moto, etc: R$ 34.000,00 Caderneta de poupança: R$ 11.438,00 Alana se declara Cristã e, segundo informações no site da Alerj, é casada com Robson de Souza. Ela também tem uma filha chamada Mikaella. Empregada doméstica nomeada em gabinete Deputada Alana Passos nomeia assessora para trabalhar como empregada doméstica no RJ Recentemente, a TV Globo mostrou que Alana Passos (PSL) nomeou como assessora parlamentar no próprio gabinete a empregada doméstica Fabiana Cristina da Silva. Embora ocupasse cargo de assessora parlamentar nível 9 na Alerj, a mulher, na verdade, fazia faxina na casa da deputada. A deputada negou que Fabiana Cristina fosse doméstica. Ao ser questionada sobre as afirmações da funcionária, ela disse que tem um escritório parlamentar dentro de casa. A reportagem mostrou que na folha de pagamento da Alerj, o salário da funcionária é de R$ 909,81. Além disso, ela ganha mais R$ 1.238 de verba indenizatória, a título de auxílio-educação. Íntegra da nota de Alana Passos "Em nenhum momento fui notificada pelo Facebook sobre qualquer irregularidade ou violação de regras das minhas contas, que são verificadas e uso para divulgar minha atuação como parlamentar e posições políticas. Quanto a perfis de pessoas que trabalharam no meu gabinete, não posso responder pelo conteúdo publicado. Nenhum funcionário teve a rede bloqueada por qualquer suposta irregularidade. Estou à disposição para prestar qualquer esclarecimento, pois nunca orientei sobre criação de perfil falso e nunca incentivei a disseminação de discursos de ódio".