Indicador mensal teve a segunda alta seguida, chegando a 84,4 pontos. Média móvel trimestral, no entanto, teve queda pelo terceiro mês consecutivo, ainda influenciado pelo tombo de abril, quando foi registrado o mínimo histórico. Índice de Confiança do Comércio teve segunda alta mensal seguida em junho, segundo a FGV. Pedro Vitorino/Cedida O Índice de Confiança do Comércio subiu 17 pontos em junho, passando de 67,4 pontos para 84,4 pontos, a segunda alta consecutiva após o tombo de abril, quando atingiu o menor nível histórico. O indicador da média móvel trimestral, porém, teve a terceira queda seguida, atingindo a sua mínima histórica, de 71 pontos, conforme divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). “A segunda alta consecutiva da confiança do comércio sugere que o pior momento do setor nessa pandemia pode ter sido em abril", apontou Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE. O pesquisador ponderou, no entanto, que apesar da melhora do indicador nos últimos dois últimos meses, o resultado precisa ser visto com cautela. Segundo ele, a recuperação representa 60% do que foi perdido entre março e abril e ainda tem sido muito mais influenciado pela evolução mais forte das expectativas, que tem baixo nível de comparação. "Para os próximos meses, a elevada incerteza e a fragilidade do mercado de trabalho não permitem observar um cenário de consistente retomada", enfatizou Tobler. A FGV destacou que, em junho, a confiança subiu em todos os seis principais segmentos do comércio. Do ponto de vista de horizontes temporais, houve melhora na percepção do momento presente e das expectativas, que se tornaram menos pessimistas. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 12,7 pontos, para 82,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 20,6 pontos para 87,5 pontos. Para compor o indicador, a FGV coletou informações de 708 empresas entre os dias 1 e 24 de junho. Maior queda trimestral da série histórica Segundo a FGV, o forte tombo de abril contribuiu para que a média trimestral do ICOM sofresse forte queda no 2° trimestre de 2020. “Como os dados pontuais dos últimos dois meses mostraram recuperação, a expectativa para o terceiro trimestre é de uma melhora marginal, mas ainda potencialmente abaixo do patamar observado no primeiro trimestre”, avaliou Rodolpho Tobler.