'Eu sei que vou te amar' é o primeiro single do álbum em que a cantora, sob direção musical do irmão Dori Caymmi, celebra a fundamental parceria dos compositores cariocas. ♪ Em 1964, Dorival Caymmi (1914 – 2008) visitou Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) em disco e – como ficou explicitado no subtítulo do LP lançado naquele ano – levou os filhos Nana, Dori e Danilo Caymmi. Decorridos 56 anos, Nana Caymmi amplia a histórica conexão entre as famílias Caymmi e Jobim com o lançamento do álbum Nana Tom Vinicius, programado para ser disponibilizado em 10 de julho na plataforma Sesc digital e em 15 de julho nas demais plataformas de áudio. No disco, lançado um ano após o álbum Nana Caymmi canta Tito Madi (2019), a cantora carioca interpreta 12 músicas da parceria fundamental de Tom Jobim com Vinicius de Moraes (1913 – 1980). O primeiro single do álbum, Eu sei que vou te amar (1959), já poderá ser ouvido a partir desta segunda-feira, 22 de junho, na plataforma Sesc digital, chegando na quarta-feira, 24 de junho, aos outros aplicativos de áudio. Trata-se de gravação à altura da voz (ainda em forma) de Nana Caymmi. Capa do single 'Eu sei que vou te amar', de Nana Caymmi Divulgação / Selo Sesc Em 60 anos de carreira fonográfica, iniciada em 1960 com as edições de dois discos de 78 rotações, é a terceira vez que Nana Caymmi grava Eu sei que vou te amar. A primeira foi feita no coletivo álbum ao vivo Uma noite no Chiko's bar, lançado em 1984. Oito anos depois, em 1992, a cantora carioca deu voz novamente à música de Tom & Vinicius, em medley com a canção O bem e o mal (Danilo Caymmi e Dudu Falcão, 1990) incluído no disco Brasil MPB, oitavo dos 12 volumes da série Academia brasileira de música. Nenhum dos dois registros anteriores de Eu sei que vou te amar por Nana têm a classe e a pompa evidenciadas na abordagem orquestral do álbum Nana Tom Vinicius, gravado pela cantora entre 15 e 18 de abril de 2019 no estúdio Cia. dos Técnicos, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), sob direção musical de Dori Caymmi, autor dos arranjos. Mário Gil atuou como diretor musical assistente de Dori na gravação do disco. Com músicas como Se todos fossem iguais a você (1956), As praias desertas (1958), Janelas abertas (1958), Modinha (1958), Por toda a minha vida (1959), Soneto da separação (1959) e Derradeira primavera (1962), o álbum reapresenta repertório calcado na obra composta por Tom & Vinicius na segunda metade dos anos 1950 e lançada em disco pelas cantoras cariocas Elizeth Cardoso (1920 – 1990) e Lenita Bruno (1926 – 1987) em 1958 e 1959, respectivamente. O álbum Nana Tom Vinicius foi gravado com os toques dos músicos Ary da Silveira Júnior (trompa), Bre Rosário (percussão), Daniel Allain (flauta), Daniel D'alcântara (flugelhorn), Francisco Duarte (trompa), Itamar Assiere (piano), Jorge Helder (baixo), Jurim Moreira (bateria), Nahor Gomes (flugelhorn) e Teco Cardoso (flauta), além do próprio Dori Caymmi ao violão. Nana Caymmi e Dori Caymmi no estúdio Cia. dos Técnicos, na gravação do álbum 'Nana, Tom, Vinicius' Divulgação / Selo Sesc Após as gravações das bases e da voz de Nana Caymmi, foram acrescentadas as cordas da Orquestra Filarmônica de São Petersburgo. Por ora sem previsão de edição em CD pelo Selo Sesc, por causa da pandemia do covid-19, o álbum Nana Tom Vinicius dialoga na discografia da cantora com o álbum Falando de amor – Famílias Caymmi e Jobim cantam Antonio Carlos Jobim (2005).