♪ Durante onze anos, Geraldo Azevedo incrementou o circuito junino do Rio de Janeiro (RJ) com shows no Circo Voador, palco pop e caloroso da cidade. Com repertório dançante e festivo, voltado para os ritmos nordestinos, as apresentações do cantor, compositor e músico pernambucano no Circo – intituladas Arraiá de Geraldo Azevedo – sempre fizeram a festa junina para um público jovem, animado e distante da rota do circuito de shows de São João que movimentam o Nordeste do Brasil. Entrando no clima online das festas de São João em 2020, única saída diante da paralisação do mercado de shows por causa da pandemia do covid-19, o artista lança álbum ao vivo com o registro do show que apresentou no Circo Voador em 5 e 6 de julho de 2019 na 11ª edição do Arraiá de Geraldo Azevedo. Gravado ao vivo com direção e produção musical de Cesar Michiles, o Arraiá de Geraldo Azevedo ficou curto no disco. O repertório alinha somente 14 músicas em 10 números do show. O álbum contabiliza 11 faixas, ao todo, mas uma é versão estendida do medley em tributo ao cantor e ritmista paraibano Jackson do Pandeiro (1919 – 1982), homenagem ouvida duas vezes no disco. Capa do álbum 'Arraiá de Geraldo Azevedo', de Geraldo Azevedo Divulgação Com o coco Sebastiana (Rosil Cavalcanti, 1953) na versão estendida, o medley com Já que o som não acabou (Geraldo Azevedo e Geraldo Amaral, 2007) e O canto da ema (Alventino Cavalcanti, Aires Viana e João do Vale, 1956) anunciou em maio a chegada do álbum Arraiá de Geraldo Azevedo ao mercado fonográfico em 5 de junho. Entre temas autorais como Moça bonita (Geraldo Azevedo e José Carlos Capinan, 1981) e Sétimo céu (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo, 1988), além do recente frevo É só brincadeira (Geraldo Azevedo e Zamma, 2019), o cantor armou o arraiá com a base sólida do cancioneiro do compositor pernambucano Luiz Gonzaga (1912 – 1989). Do rei do baião e de outros ritmos da nação nordestina, Azevedo rebobina O xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1953) e as quadrilhas Olha pro céu (Luiz Gonzaga e José Fernandes, 1951) e São João na roça (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1952), além de sucessos como ABC do sertão (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1953) e Sabiá (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1951).