O PMI, calculado pela IHS Markit, mostra que o mês teve outra queda considerável da atividade do setor privado, especialmente no setor de serviços. Funcionários de empresa têxtil que é uma fornecedora da indústria automotiva, em Osnabrueck, na Alemanha, fazem máscaras para serem usadas em meio à pandemia de Covid-19 Friso Gentsch / AFP O Índice Consolidado de Dados de Produção (PMI) brasileiro em maio foi de 28,1 pontos, de acordo com a consultoria IHS Markit. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (3) e registrou o primeiro crescimento do indicador em quatro meses. O índice foi apenas ligeiramente superior ao recorde de baixa de 26,5 registrado em abril. A marca de 50 pontos separa crescimento de retração. O resultado indica outra queda considerável da atividade do setor privado. O volume de produção continuou a se contrair acentuadamente, tanto na economia do setor industrial quanto na de serviços, diz a consultoria. Com pandemia, produção industrial tem tombo recorde de 18,8% em abril, diz IBGE “Os volumes de novos negócios recebidos foram novamente bastante mais baixos, caindo a uma taxa quase inalterada em relação ao recorde para as séries observado em abril", diz o relatório. "As restrições relacionadas ao surto da Covid-19 continuaram a pressionar a demanda, tanto para produtos manufaturados quanto para serviços.” Já o PMI do setor de serviços brasileiro sazonalmente ajustado foi indicativo de outra “contração substancial” na atividade do segmento em maio, ao registrar 27,6 pontos, em comparação com o valor de 27,4 em abril. “Os dados do PMI de maio indicaram que a pandemia de coronavírus de 2019 continuou a ter um impacto severo no desempenho da economia do setor brasileiro de serviços", diz a IHS Markit. "A atividade caiu a uma taxa próxima ao recorde para a pesquisa registrado em abril, ao passo que o volume de novos negócios se contraiu a um ritmo sem precedentes”, afirma a consultoria. “O corte de empregos também se intensificou e foi o segundo mais acentuado em mais de 13 anos de coleta de dados, com o grau de otimismo no futuro se mantendo negativo no geral." Produção industrial cai 18,8% em abril e tem pior resultado em 18 anos