Na quinta-feira, moeda norte-americana fechou em alta de 1,87%, a R$ 5,3812. Nota de US$ 5 dólares REUTERS/Thomas White O dólar opera em alta nesta sexta-feira (29), em dia de divulgação do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 1º trimestre – que mostrou recuo de 1,5%, na maior queda desde 2015, enquanto operadores avaliavam perspectivas sombrias para a economia doméstica em dia de expectativa sobre as relações EUA-China. Às 14h34, a moeda norte-americana subia 0,75%, a R$ 5,4224. Na máxima do dia até o momento chegou a R$ 5,4626 Veja mais cotações. Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,87%, a R$ 5,3812. Na parcial do mês, passou a acumular queda de 1,08% frente ao real. No ano, porém, ainda tem avanço de 34,2%. Até onde vai o dólar? Cenário externo e interno No exterior, a cautela prevalece, com os investidores voltando seu foco para a reação do presidente norte-americano, Donald Trump, à pressão chinesa para impor lei de segurança nacional em Hong Kong. Trump fará coletiva de imprensa a esse respeito nesta sexta, e os índices de ações em Wall Street abriram em baixa em meio aos temores de um acirramento nas tensões entre as duas maiores economias do mundo. Na cena doméstica, os investidores seguem de olho nas tensões políticas e nos impactos da pandemia de coronavírus na atividade econômica. Bolsonaro tem reprovação de 50% e aprovação de 27% na gestão da crise do coronavírus, diz Datafolha Além dos números do PIB, os mercados reagem às declarações de Campos Neto na noite de quinta. O dirigente afirmou que a autoridade monetária estava preparada para “fazer uma intervenção maior” pelo câmbio, que andou descolado dos pares por algum tempo, mas que isso não foi necessário. Campos disse também que não vê esgotamento da efetividade da política monetária no momento e que, portanto, medidas heterodoxas como a compra de ativos, cuja permissão para uso foi garantida pela PEC do “Orçamento de Guerra”, ainda estão distantes. "Os comentários de Campos podem levar analistas de mercado a precificar um BC mais ativo caso o real volte a se depreciar", dizem analistas do Citi em nota. Variação do dólar em 2020 Economia G1