Lojas Renner: negócio da varejista foi afetado pela pandemia do novo coronavírus (Renner/Divulgação)
A Lojas Renner ainda vislumbra margens sob pressão no segundo trimestre, embora as vendas tenham melhorado desde o início de abril, com a reabertura gradual de suas lojas físicas, disseram executivos da varejista de moda nesta sexta-feira.
“Março machucou um pouco mais e de abril para frente vemos aceleração boa de vendas em lojas abertas, mas ainda 80% delas estão fechadas e isso pesa na margem”, afirmou o diretor-presidente, Fabio Faccio, a analistas e investidores em teleconferência sobre o resultado do primeiro trimestre. Até 21 de maio, a Lojas Renner havia retomado as atividades em 109 de suas 597 lojas físicas.
As ações da Lojas Renner recuavam cerca de 7,5% na tarde desta sexta-feira, entre os piores papéis do Ibovespa. Na noite de quinta-feira, a varejista divulgou queda de 94% no lucro líquido do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, uma vez que a pandemia de Covid-19 atingiu as vendas e levou a empresa a aumentar as provisões para inadimplência.
Analistas do Credit Suisse disseram que a crise do coronavírus desempenhou um “papel doloroso” nos resultados trimestrais da Lojas Renner, destacando uma queda de 10,7% nas vendas mesmas lojas e um aumento de 175% nas perdas de crédito.
“O desempenho de Lojas Renner deverá ser prejudicado enquanto o cenário pandêmico persistir”, escreveram em relatório, acrescentando que 93% das lojas da empresa estão localizadas em centros comerciais e que a disposição dos consumidores para comprar produtos não essenciais tende a ser menor nos próximos meses.