A partir desta data, também será cancelada a quarentena obrigatória imposta atualmente a estrangeiros. 18 de maio – Uma mulher toma café usando um protetor facial durante a reabertura do comércio em Roma, na Itália, após dois meses de bloqueio bloqueio devido ao surto de doença por coronavírus (COVID-19) Yara Nardi/Reuters O governo italiano anunciou neste sábado (16) que irá reabrir as fronteiras para turistas da União Europeia em 3 de junho. A partir desta data, também será cancelada a quarentena obrigatória imposta atualmente a estrangeiros. O coronavírus deixou cerca de 32 mil mortos na Itália. As medidas foram anunciadas após um Conselho de Ministros que durou cerca de 10 horas, presidido pelo chefe de governo Giuseppe Conte, na noite de sexta-feira (15) para sábado. Em comunicado, Roma declarou que as novas medidas serão aplicadas "em conformidade com os vínculos derivados da ordem jurídica da União Europeia". O principal objetivo é reativar o setor do turismo, um dos principais motores da economia da Itália, que contribui para cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB). Confinados desde 10 de março, e autorizados a se deslocar apenas em seu município por razões de saúde ou a trabalho, os italianos também poderão transitar livremente a partir de 18 de maio dentro de sua região. Já a partir de 3 de junho, os cidadão estarão autorizados a viajar livremente pelo país. Um dos principais sindicatos de agricultores indica que a abertura das fronteiras da Itália a europeus também favorece o retorno ao país de cerca de 150 mil cidadãos da Romênia, Polônia e Bulgária que trabalham em colheitas na Itália. No entanto, em caso de aumento do número das contaminações por coronavírus, o governo italiano prevê revisar as medidas de relaxamento. Abertura do comércio Apesar de ainda não ter sido anunciado pelo governo, a imprensa italiana adianta que o comércio poderá reabrir completamente a partir desta segunda (18), inclusive salões de beleza, bares e restaurantes, que deveriam voltar a funcionar somente em 1° de junho. Alguns jornais indicam que a retomada das atividades comerciais ficará a cargo do governo de cada uma das 20 regiões do país. Já a prefeitura de Roma anunciou na noite de quinta-feira (14) sua intenção de acelerar o relaxamento da quarentena e retomar boa parte das atividades na capital. A partir de segunda-feira (18), as igrejas romanas reabrirão, bem como a emblemática Basílica de São Pedro, no Vaticano. Praias No litoral italiano, a corrida é grande para desinfecção e a preparação para receber os turistas nas praias durante o verão, que inicia em 21 de junho no Hemisfério Norte. Uma série de medidas já foi anunciada pelo governo para proteger os veranistas, como ao menos 4,5 metros de distância entre os guarda-sóis, limpeza de chuveiros, instalação de distribuidores de gel hidroalcóolico, estabelecimento de direções para a circulação de pessoas, entre outros. "No Vêneto, a região mais turística da Itália, que tem um volume de negócios de € 18 bilhões – € 9 bilhões apenas com as praias – falar de verão é uma questão de vida ou morte para a economia", declarou nesta semana Luca Zaia, presidente desta rica região do norte da Itália.